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O Republicanismo de 1870

A VISÃO JURÍDICO-POLÍTICA SOBRE O POVO


NAÇÃO
A centralidade da reforma política na reolução do problema nacional

expansão da participação política,


alterações no sistema eleitoral
organização federativa do Estado,
 mudanças no sistema político (crítica ao poder
pessoal)
 reformas administrativas racionalizantes
Problemas econômico-sociais
: uma obra do tempo

Logo, a escravidão deveria


ter um fim gradual, em seu
“tempo oportuno)
acompanhada de uma
corrente migratória)
Evolucionismo político

Influência do positivismo, mas depurado de vários


aspectos (religião, república ditatorial)
Influência do evolucionismo e do cientificismo da
época (visão sobre as raças e historicização do real)]
Profunda influência do liberalismo clássico
brasileiro
 Saber acompanhar a marcha progressiva de uma idéia no animo dos
povos; facilitar o êxito de sua propaganda; proporcionar, pela ilustração dos
espíritos, novos instrumentos de ação à causa de perfectibilidade social;
fortificar as consciências pela prática assídua das virtudes civis, que únicas
podem concorrer para a afirmação e para o cumprimento do dever em todas
as esferas da atividade moral; saber acompanhar os movimentos impulsivos
da sociedade política, que sempre aspira chegar ao cumprimento da sua
organização, e tende a elevar-se sucessivamente às regiões da
perfectibilidade relativa das suas funções e do seu mecanismo; fazer ao
tempo e às circunstancias especiais do meio em que se vive e trabalha,
aquelas concessões que razoavelmente se lhes pode fazer sem quebra dos
princípios nem desfacelamentos morais; concessões que nada mais
exprimem do que uma contemporização legitima e necessária com a
modalidade ocasional ou transitória da sociedade; tal é, no nosso humilde
entender, a definição do evolucionismo político.
(SILVA, Eduardo. Quintino Bocaiúva, um republicano em busca da
republica. In. BOCAIUVA, Quintino. Idéias Políticas de Quintino
Bocaiúva. Cronologia, introdução, notas bibliográficas e textos
selecionados por Eduardo silva. Brasília: Senado Federal; Rio de Janeiro:
Fundação Casa de Rui Barbosa, 1986. p 60.)
Posição quanto à abolição e o movimento abolicionista

partido republicano não deveria se imiscuir no


movimento abolicionista, visto como essencialmente
revolucionário e desestabilizador da ordem.
Os republicanos se posicionaram contra a Lei do Ventre
Livre de 1871 como um “monstruoso projeto”
 eram favoráveis á descentralização das decisões sobre o
elemento servil, bem como à indenização aos
proprietários de escravos
O Manifesto Republicano de 1870

Problema central: instituições monárquicas,


responsáveis pela “decadência moral, desorganização
administrativa e perturbações econômicas” (poder
pessoal, irresponsável)
Visão da História

História brasileira como o conflito entre o Estado e o


“povo”, entre o despotismo e as forças vivas e
democráticas da sociedade.
Dissolução da Assembleia de 1823 e outorga da Carta
de 1824: conciliação impossível entre dois princípios
(soberania do povo e poder dinástico hereditário -
obscurantismo): deturpação da História
Resultado

Deturpação da nação, “decadência moral”,


pois tornou inerte o eixo político em torno do qual
deve girar o poder político: a vontade do povo
Povo

Abstrato e Genérico
Outros políticos adeptos do evolucionismo político

Alberto Sales (SP): Manobra dinástica

 O povo brasileiro estava sendo “levado espontaneamente pelas


suas próprias tendências ao regime político da republica, foi, no
entanto, obrigado a aceitar o governo despótico da monarquia
bragantina, pela pressão irresistível das baionetas reais. Nunca se
poderá , portanto dizer, em presença deste fato que a monarquia no
Brasil teve a sua origem na escolha franca do povo. Ela aqui se
estabeleceu pela vontade única de um homem.”
(Política Republicana.)
Julho de Castilhos: tirania
O espírito de um povo, sob a pressão vitoriosa da
tirania, ou sob a ação funesta da corrupção política, pode
se entorpecer, retardar-se mesmo no seu desenvolvimento
através da história; mas não pode ser votado ao
abatimento irremediável.
(SALES Apud VITA. VITA, Luis Washington. Alberto Sales. Ideólogo
da República. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1965. p. 10)

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