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e dispositivos mecânicos
0850 | 25 Horas
CCF TMOF
Centro de Competências Ferroviário
5. Localização e espaçamento
Avanço – Distância percorrida por um parafuso ou por uma porca em relação ao seu eixo (pode ser
ascendente, ou descendente) quando estes completam uma rotação.
Rosca direita - é o tipo de rosca mais usual, ao rodar um parafuso ou uma porca no sentido dos
ponteiros do relógio, estes avançam segundo o seu eixo.
Rosca esquerda - é o tipo de rosca excecional, ao rodar um parafuso ou uma porca no sentido contrário
aos ponteiros do relógio, estes avançam segundo o seu eixo.
Nomenclatura da rosca:
D = Diâmetro maior da porca.
P – Passo de rosca.
D1 – Diâmetro menor da porca.
d – Diâmetro maior do parafuso.
D2 – Diâmetro efetivo da porca.
d1 – Diâmetro menor do parafuso.
he – Altura do filete do parafuso.
d2 – Diâmetro efetivo do parafuso.
rre = raio de arredondamento da raiz do filete do
a – Ângulo do perfil da rosca. parafuso
f – Folga entre a raiz do filete da porca e a crista rri – raio de arredondamento da raiz do filete da
do filete do parafuso. porca.
Nomenclatura da rosca:
D = Diâmetro maior da porca.
P – Passo de rosca.
D1 – Diâmetro menor da porca.
d – Diâmetro maior do parafuso.
D2 – Diâmetro efetivo da porca.
d1 – Diâmetro menor do parafuso.
he – Altura do filete do parafuso.
d2 – Diâmetro efetivo do parafuso.
rre = raio de arredondamento da raiz do filete do
a – Ângulo do perfil da rosca. parafuso
f – Folga entre a raiz do filete da porca e a crista rri – raio de arredondamento da raiz do filete da
do filete do parafuso. porca.
Rosca Witworth - A rosca Whitworth foi criada em 1841 pelo Inglês Joseph Whitworth.
Características:
- Perfil básico: triângulo isósceles.
- Ângulo de 55º entre os ângulos adjacentes.
- Cristas e fundos arredondados.
- Dimensões em polegadas.
- Os sistemas americano e inglês são calculados pelo número de fios por polegada.
Exemplo 1: um parafuso 5/16 de rosca grossa (UNC) possui 18 fios (filetes) numa polegada.
Exemplo 2: um parafuso 7/8 de rosca fina (UNF) possui 14 fios (filetes numa polegada).
Rosca Witworth
No sistema withworth a rosca normal é caracterizada pela sigla BWS (British Standard Whitwort) e a
rosca fina pela sigla BSF (British Standard Fine).
Rosca Métrica - A rosca métrica ISO é o tipo de rosca mais comumente usado em todo o mundo.
Características:
- Perfil básico: triângulo equilátero.
- ângulo de 60º entre os ângulos adjacentes.
- Crista e fundos com forma triangular, quadrada ou trapezoidal.
- Identifica-se pelo passo de rosca, ou seja, pela distância entre os filetes de rosca.
- Dimensões em milímetros.
Exemplo 1: um parafuso M8 rosca grossa (MA) possui um passo de rosca de 1,25 mm. Ou seja, entre
um filete e outro há uma distância de 1,25 mm.
Exemplo 2: um parafuso M16 de rosca fina (MB) possui um passo de rosca de 1,50 mm. Assim, a
distância entre um filete e outro é de 1,50 mm.
NOTA – Para o cálculo de roscas triangulares métricas finas, são usadas as mesmas fórmulas das
roscas triangulares métricas normais, a única diferença está relacionada com a medida do passo.
Sistema americano
A diferença entre rosca fina e rosca grossa está relacionada ao número de filetes por polegada, ou
seja, a rosca fina possui maior número de filetes.
Cálculo do Passo:
ou
Rosca de Tubos ou Canos – A rosca usada nas ligações de tubos e respetivos acessórios, tem um
perfil triangular, idêntico ao perfil whitworth só que neste caso as suas dimensões estão no
sistema métrico, por conversão das dimensões em polegadas (in) para mm.
Roscas paralelas: A única função das roscas paralelas é de fixar a conexão. A vedação faz-se
através de outros meios, como por exemplo um o’ring. A única função da rosca neste caso é
resistir à pressão.
Roscas cónicas: As roscas cónicas possuem duas funções: Para fixar a conexão e para a Vedação
mesmo com ajuda de material vedante como por exemplo fitas PTFE (Teflon).
1) Rosca fina (rosca de passo pequeno) – corresponde a uma rosca de passo pequeno, muito
empregada na construção de automóveis comboios, aeronaves, etc… sobretudo porque nesses
veículos acontecem choques e vibrações que tendem a aliviar o parafuso quando em aperto direto
(por ex. º em peças no motor) ou as porcas. A sua utilização pode ocorrer quando há necessidade
de um ajustamento fino ou devido a uma maior tensão inicial de aperto. Ela também é empregada
em chapas de pouca espessura e em tubos, por não diminuir sua secção.
2) Rosca média (normal) – este tipo de rosca é empregue normalmente em construções mecânicas
e em parafusos de modo geral, por proporcionar uma boa tensão inicial de aperto. A sua utilização
em montagens sujeitas a vibrações exige, como segurança, o uso de anilhas de pressão.
A melhor forma para se identificar se uma rosca é métrica ou em polegadas é utilizando uma
ferramenta chamada Galga de roscas, ou Conta fios. Esta ferramenta foi desenvolvida
exclusivamente para essa finalidade. Para utilizá-la basta selecionar a lâmina que mais se pareça
com os filetes em questão e tentar encaixá-la. A que encaixar perfeitamente na rosca indicará o
passo ou o número de fios.
Uma forma mais simples (mas não tão fiável) de identificar a rosca é utilizando uma escala (régua)
com medidas métricas e polegadas. Se achar que é métrica, meça cerca de 10 filetes e depois
divida o resultado por 10 - assim encontrará o passo de rosca. Se acreditar que é polegada, conte
quantos filetes estão presentes em uma polegada.
Em ambos os casos é importante confirmar o resultado numa tabela padrão. Ver se o passo ou o
número de fios está de acordo com o diâmetro do parafuso.
Ainda uma outra opção é utilizar um paquímetro para medir o passo ou a quantidade de fios por
polegada.
A melhor forma para se identificar se uma rosca é métrica ou em polegadas é utilizando uma
ferramenta chamada Galga de roscas, ou Conta fios. Esta ferramenta foi desenvolvida
exclusivamente para essa finalidade. Para utilizá-la basta selecionar a lâmina que mais se pareça
com os filetes em questão e tentar encaixá-la. A que encaixar perfeitamente na rosca indicará o
passo ou o número de fios.
ROSCAGEM
O fabrico de porcas ou roscas interiores com machos de roscar é uma técnica recente se o
compararmos com os outros processos de maquinação dos metais, já que este data de finais do
século XIX.
Se segurarmos nas nossas mãos um macho de roscar e o estudarmos atentamente, observamos
que se trata de uma ferramenta de forma cilíndrica, roscada exteriormente e sobre a qual se
“lavraram” umas ranhuras as quais proporcionam à rosca os respetivos gumes de corte. Estes
gumes são os que ao introduzir-se no furo previamente, geram a rosca correspondente e inversa à
rosca do macho.
Metodologia da roscagem:
ROSCAGEM MANUAL
Os jogos de machos manuais de rosca normal são normalmente constituídos por três machos
escalonados; o primeiro de desbaste, o segundo de pré-acabamento e o terceiro de acabamento.
ROSCAGEM AUTOMÁTICA
A roscagem automática tem sido fortemente implementada nos últimos tempos por razões de
economia de tempo na execução. A própria máquina que executa o furo prévio, executa
posteriormente à furação a respetiva rosca, usando a mesma montagem da peça na máquina.
Para que as máquinas possam roscar com machos é necessário, como porta ferramenta, uma
cabeça de roscar. Este acessório tem como objetivo proteger o macho contra a rutura. Estando a
cabeça regulada para um binário de força de acordo com a resistência do macho (diâmetro como
referência), a partir do momento em que esse binário excede o valor regulado na cabeça, a mesma
desembraia e uma parte continua rodando solidária à máquina, a parte que fixa o macho pára
evitando a rotura do mesmo.
Material do macho
Velocidade de corte
Lubrificante
Geometria de corte
s Avanço (mm/min)
p Passo da rosca
Gripagem do macho devido ao material a roscar ser Usar machos com bom acabamento e lubrificante
demasiado macio ou fibroso. adequado.
Furos cegos pouco profundos. Certificar-se que o macho não toca no fundo do furo.
Alinhamento do macho com o furo incorreto. Confirmar o alinhamento do macho com o furo no início.
Roda Dentada: é o nome genérico usado para rodas com dentes padronizados internos ou
externos, usados para transmitir movimento e força entre dois eixos. São muitas vezes usadas
quando se deseja variar o número de rotações e (ou) o sentido da rotação de um eixo para outro.
A transmissão de movimento tem normalmente como objetivo aproveitar o máximo de potência
gerada em trabalho mecânico útil.
O tipo de roda dentada varia de acordo com a aplicação que lhe será destinada, sendo úteis
inclusive nas mais diversas indústrias. Há uma grande variedade de rodas dentadas disponíveis no
mercado, por isso, antes de construir ou reparar a sua máquina, é muito importante escolher a
melhor roda dentada para obter consequentemente, o máximo rendimento e durabilidade.
A roda dentada com dentes retos e de formato cilíndrico é aplicada em motores, porque exerce
funções essenciais para que mantenham a mesma velocidade e rotação do eixo ao longo de todo o
processo. Ela possui um custo mais baixo e pode ser encontrada no mercado com facilidade:
O formato inclinado deste tipo de roda garante uma vantagem importante, pois os dentes não se
engatam com rapidez, eles são inclinados para criar um ângulo entre o eixo e o segmento dos
dentes. Além de uma operação mais silenciosa também sustentam mais carga:
Possui a vantagem de mudar sua força e direção do giro para transmitir energia a eixos com
diferentes ângulos. Contudo, por ser mais inclinado, esse modelo exige maior cuidado e precisão
na montagem. O formato reto dos dentes faz com que a roda se desgaste mais conforme o tempo.
Por isso, também faz a roda suportar cargas mais baixas e com menor velocidade:
O modelo cônico com dentes helicoidais conta com um aproveitamento significativo de energia em
relação ao formato reto dos dentes. Por isso, o material precisa aguentar o forte impacto que uma
roda gera na outra. Devido à inclinação, a roda tem uma operação silenciosa e com maior
eficácia:
Composta por rodas cônicas com dentes em ângulo de hélice, a roda dentada cônica espiral é
aplicada nos mais variados tipos de maquinário, desempenhando sua atividade com ruído
praticamente inaudível e alta potência. Montado em eixos que podem ou não ser perpendiculares,
o formato da roda dentada é usualmente produzido em eixos separados por 90°, no entanto a
distribuição de pressão e suavidade na interação das peças possibilita que a operação seja feita
sob diversas condições:
Esse modelo tem a capacidade de transmitir mais torque, devido aos seus dentes mais longos.
Além disso, os eixos de engrenagens descentralizados garantem uma margem de translação do
eixo da segunda roda. Contudo, o maior espaço entre os eixos exige o uso mais frequente de
lubrificantes:
O fabrico de Rodas dentadas pode ser obtido através de dois processos básicos, que são:
1 – Maquinagem - Fabrico de Rodas dentadas com remoção de material é o processo mais comum
e pode ser realizado através de:
• Fresa módulo – é considerado o processo mais simples, normalmente empregado para rodas
frontais. Neste processo, o dentado obtido pela maquinagem total de cada dente é realizado
isoladamente, sendo isto uma desvantagem.
• Fresa caracol – este processo faz parte de um processo conhecido como geração, no qual o
dentado da roda vai surgindo como um todo, porém o perfil do dente, só é definido no final do
processo, quando a Roda Dentada se encontra concluída.
A produção de rodas dentadas, sem remoção de material, pode ser feita através dos seguintes
processos:
• Fundição – processo usado para fabricar Rodas Dentadas de grande porte com reduzido número
de rotações, e que atuarão mais em função do peso do que pelo esforço.
• Extrusão – o processo de extrusão aplica-se a Rodas dentadas com grande número de dentes,
pequeno diâmetro e espessura, onde o esforço de trabalho é extremamente reduzido.
Ex. º de materiais utilizados no fabrico destes tipos de engrenagens: latão, bronze, materiais
não ferrosos.
• Estampagem – para produzir Rodas Dentadas de diâmetro médio, com elevado número de
dentes e espessura reduzida.
• Forjagem – este processo é utilizado para Rodas cónicas cujo número de dentes é variado, mas
com maior quantidade de material.
CCF TMOF – UFCD 0850
1.2. Rodas Dentadas.
• Injeção / Impressão 3D - rodas dentadas poliméricas podem ser obtidas por injeção ou por
impressão 3D. As rodas dentadas poliméricas apresentam como principais vantagens o baixo
peso e o custo reduzido. Este último aspeto é particularmente relevante quando se trata de
grandes séries. As rodas poliméricas têm, todavia, menor capacidade de carga. Este tipo de
rodas dentadas é utilizado, sobretudo, em sistemas mecânicos de pequena dimensão, tais como
os eletrodomésticos e os brinquedos, tal como se ilustra na imagem seguinte.
V – vão do dente – corresponde ao espaço entre dois dentes consecutivos. Não é a mesma
medida de espessura do dente.
P – passo – medida que corresponde à distância entre dois dentes consecutivos, medida à altura
do Dp.
Ângulo de Pressão
Ao ângulo agudo formado pela tangente ao perfil do dente num ponto qualquer e pelo raio da
roda nesse ponto chama-se ângulo de incidência (θ), tal como ilustra a figura 14. Na situação em
que o ponto considerado para a tangência é o ponto primitivo (I), então o ângulo denomina-se
ângulo de pressão (α). O ângulo de pressão é o ângulo que define a direção da força que a roda
motora exerce sobre a movida.
Conceito de Módulo:
Com o intuito de relacionar as dimensões caraterísticas dos dentes defina-se passo angular de
uma roda dentada como sendo
a)
em que p é o passo primitivo e r representa o raio primitivo da roda. Por seu lado, o passo
primitivo é expresso do seguinte modo
b)
c)
Conceito de Módulo:
Este parâmetro não é conveniente na definição de engrenagens, uma vez que nele aparece
explicitamente o número irracional π!
Por isso, define-se uma outra grandeza denominada de módulo, que é indubitavelmente mais
apropriada e conveniente na definição das rodas dentadas. Deve desde já referir-se que só é
possível a engrenagem de rodas dentadas se estas tiverem o mesmo módulo, a fim de que os
espaços entre os dentes sejam compatíveis.
Conceito de Módulo:
d)
e)
que é também uma definição de módulo. Alternativamente, a equação (e) pode ser reescrita
como
f)
Conceito de Módulo:
Com efeito, o módulo em conjunto com o número de dentes, define completa e perfeitamente
qualquer roda dentada.
Pode dizer-se que o módulo está diretamente relacionado com a dimensão dos dentes e, por
conseguinte, com a sua resistência.
Por seu lado, o número de dentes de uma roda dentada está diretamente associado à relação de
transmissão de uma engrenagem.
A equação (f) estabelece a relação fundamental, a partir da qual se podem traçar os perfis dos
dentes.
O módulo é um parâmetro normalizado que visa uniformizar os perfis adotados para os dentes
das engrenagens e facilitar a obtenção de máquinas e ferramentas.
Conceito de Módulo:
As engrenagens são, portanto, mecanismos compostos por rodas dentadas rígidas que transmitem
movimento entre veios afastados, e/ou quando se pretende reduzir ou aumentar a velocidade ou
ainda o binário do veio motor.
Tipos de Engrenagens
Tipos de Engrenagens
Tipos de Engrenagens
• Engrenagens de eixos
não-complanares.
Caraterísticas Fundamentais
Outras caraterísticas que concorrem para a popularidade e sucesso das engrenagens prendem-se
com:
Caraterísticas Fundamentais
Vários são os critérios que permitem classificar as engrenagens mais comummente utilizadas em
máquinas e mecanismos. Um dos principais critérios de classificação das engrenagens tem a ver
com a disposição relativa dos eixos das rodas. Assim, três grupos podem ser distinguidos:
Deve referir-se que nas engrenagens cilíndricas e cónicas os eixos são complanares.
Um segundo critério, utilizado na classificação das engrenagens, é o que considera a forma dos
dentes. Costumam distinguir-se os seguintes tipos:
Em geral, as engrenagens interiores permitem distâncias menores entre os eixos das rodas. Ao
contrário das engrenagens exteriores, nas engrenagens interiores, as rodas dentadas rodam no
mesmo sentido. As rodas com dentado interior são normalmente utilizadas em sistemas de
engrenagens planetárias, quando há limitação de espaço ou quando se pretende proteger os
dentes.