Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sofrimento Moral
Questões 932 e 933
O Livro dos Espíritos
“Que vos direi, que já não conheçais, dos mundos de
expiações, pois que basta considerar a Terra que
habitais?”
“[O Espírito humano] foi engenhoso para pintar os
tormentos do inferno, mas jamais pode representar as
alegrias do céu. E isso por quê? Porque, sendo
inferior, só tem experimentado penas e misérias, e não
pode entrever as claridades celestes. Ele não pode
falar daquilo que não conhece.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. II
Condição da Terra
“O mal e o falso, eu conheço bem. O
bem e o verdadeiro, tenho uma vaga
ideia do que possa ser.”
Blaise Pascal
Condição da Terra
932. Por que, neste mundo, os maus exercem
geralmente maior influência sobre os bons?
-- Pela fraqueza dos bons. Os maus são
intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos.
Estes, quando quiserem, assumirão a
preponderância.
Regeneração
“Aliás, todos sabem quanto ainda deixa a desejar a
atual ordem de coisas. Depois de se haver, de certo
modo, considerado todo o bem-estar material,
produto da inteligência, logra-se compreender que o
complemento desse bem-estar somente pode achar-
se no desenvolvimento moral.”
A Gênese, cap. XVIII, item 6
Como mudar?
933. Se é o homem, em geral, o artífice dos seus
sofrimentos materiais, sê-lo-á também dos
sofrimentos morais?
Sofrimentos materiais
• Imprevidência;
• Orgulho;
• Ambição;
• Uniões infelizes;
• Filhos ingratos;
• "Se eu tivesse ou não tivesse feito tal coisa
não estaria nesta situação".
Sofrimentos materiais
933. Se é o homem, em geral, o artífice dos seus
sofrimentos materiais, sê-lo-á também dos
sofrimentos morais?
-- Mais ainda, pois os sofrimentos materiais são
às vezes independentes da vontade, enquanto o
orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade
da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões,
enfim, constituem torturas da alma.
Sofrimentos morais
“Felizes os que não conhecem esses dois vermes
vorazes. Com a inveja e o ciúme não há calma, não
há repouso possível. O invejoso e o ciumento vivem
num estado de febre contínua. (...) É essa uma
situação desejável? Não compreendeis que, com
essas paixões, o homem cria para si mesmo
suplícios voluntários e que a Terra se transforma
para ele num verdadeiro inferno?”
Inveja e Ciúme
“Esse então, como qualquer outro que deseja,
deseja o que não está à mão nem consigo, o
que não tem, o que não é ele próprio e o de
que é carente; tais são mais ou menos as
coisas de que há desejo e amor, não é?”
Sócrates em O banquete
Eros
“O homem só é infeliz, geralmente, pela importância
que liga às coisas deste mundo. A vaidade, a ambição e
a cupidez fracassadas o fazem infeliz. Se ele se elevar
acima do círculo estreito da vida material, se elevar o
seu pensamento ao infinito, que é o seu destino, as
vicissitudes da Humanidade lhe parecerão mesquinhas
e pueris, como as mágoas da criança ao se afligir pela
perda de um brinquedo que representava a sua
felicidade suprema.”
O Ponto de Vista
“Para a fome, um pedaço de pão. Para a sede, água. [...] Os
excessos, face aos desejos naturais e necessários de comer,
beber e dormir, resultam de um descontrole do corpo e do
espírito frente às paixões. Denunciam uma potencial
tristeza. [...] a glória, o sucesso, o luxo, a riqueza e a
preocupação com a beleza. Todos esses desejos, se
realizados, nada agregam ao bem-estar, [...] não trazem
tranquilidade para o corpo e para a alma. Por isso não são
desejos bons. Para sermos felizes não devemos buscar sua
realização.”
Clóvis de Barros em A vida que vale a pena ser vivida, cap. 3
Epicuro
“Aquele que só encontra a felicidade na satisfação
do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz
quando não os pode satisfazer, enquanto o que não
se interessa pelo supérfluo se sente feliz com
aquilo que para os outros constituiria infortúnio.”
Felicidade e Progresso
“Caridade! Palavra sublime, que resume todas as
virtudes, és tu que deves conduzir os povos à
felicidade. Ao praticar-se, eles estarão semeando
infinitas alegrias para o próprio futuro, e durante o
seu exílio na Terra, serás para eles a consolação, o
antegozo das alegrias que mais tarde desfrutarão,
quando todos reunidos se abraçarem, no seio do
Deus de amor.”
Adolfo, bispo de Alger, 1861