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FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS

Ementário
1. Conceitos básicos de estatística;
2. Amostragem;
3. Medidas de tendência central e de dispersão
4. Interpretação de histogramas.
5. Teoria da probabilidade.
6. Estimação de parâmetros;
7. Distribuições probabilísticas
8. Teste de hipóteses;
9. Regressão simples e múltipla;

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Bibliografia

1. FREUND, J.E. e SIMON, G.A. “Estatística Aplicada”, Ed. Bookman


2. TRIOLA, M.F. “Introdução à Estatística” , ED. LTC
3. BUSSAB, W.O. e MORETTIN, P.A. “Estatística Básica”, Atual Editora
4. STEVENSON, W.J. “Estatística Aplicada à administração”, Ed. Harbra
5. DOWNING, D. e CLARK, J. “Estatística aplicada”, Editora Saraiva

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Critério de Avaliação

 Serão realizados testes de verificação de


aprendizagem durante o período letivo totalizando 4
(quatro) pontos;
 O último dia do período letivo será dedicado a
avaliação final totalizando 6 (seis) pontos.

 O aluno que obtiver um total mínimo de 7


(sete) pontos na disciplina será considerado
aprovado.

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Visão Sistêmica da Estatística

A partir de valores obtidos em uma amostra de


uma certa população de interesse, descrevemos
esta amostra e caracterizamos a população como
um todo generalizando as observações feitas na
amostra.

população

Amostra representativa

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1. Conceitos Básicos de Estatística

Se você pode transformar em números aquilo


sobre o qual está falando, você tem algum
conhecimento do assunto. Se não, seu
conhecimento é estéril.

lord Kelvin

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1. Conceitos Básicos de Estatística

Mas o que é afinal “Estatística?”


Conjunto de métodos para planejar experimentos de interesse,
obter dados, organizá-los, descrevê-los, analisá-los afim de tomar
decisões.
PARÂMETRO: Valor numérico referente a uma característica da
população.

ESTATÍSTICA: Valor numérico referente a uma característica de


uma amostra.

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1. Conceitos Básicos de Estatística

 Estatística Descritiva
Parte da estatística que descreve aspectos importantes de
um conjunto de dados:
. Organização dos dados
. Cálculos de medidas de tendência central e dispersão
. Construção de gráficos diversos.
 Estatística Inferencial
Parte da estatística que, a partir de uma amostra,
utilizamos para fazer generalizações a respeito de aspectos
importantes da população.

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1. Conceitos Básicos de Estatística

Variáveis: Informação sobre a qual buscamos um


resultado.Fatores de um processo susceptível a
mensuração.
Qualitativas: São aquelas que não podemos
medir. O seu resultado é dado por um atributo
pessoal.
Ex. sexo, religião, cor dos olhos, etc.

Quantitativas: são as definidas por números.


. Discretas: por contagem (Naturais)
. Contínuas: por intervalos (Reais)
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2. Amostragem
Conjunto de técnicas utilizadas para selecionar a
amostra de uma população.

População:
Conjunto de entes que tem pelo menos uma
característica em comum
Amostra:
Parte de uma população que tem o objetivo de
representá-la.

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2. Amostragem

Por que utilizamos amostras:


- Tempo;
- Custos operacionais;
- Impraticabilidade.

Cabe uma pergunta:


Nossa turma representa uma amostra, ou uma
população???

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2. Amostragem

A amostragem se divide em:


Probabilística
Tipo de amostragem em que se define claramente a
probabilidade de um dado elemento vir a fazer parte da
amostra.
Não Probabilística
Tipo de amostragem onde os elementos são
selecionados por critérios subjetivos do pesquisador, de
acordo com sua experiência e objetivos do estudo.

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2. Amostragem

Probabilística:
Amostragem Aleatória Simples (AAS)

Neste tipo de amostragem cada elemento da população


tem a mesma chance de ser selecionado para compor a
amostra.
Processo semelhante a um sorteio.
Geralmente utiliza-se para retirada da amostra uma tabela de
números aleatórios que pode ser feita no Excel.

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2. Amostragem

Probabilística:
Amostragem Aleatória Simples (AAS)

Imagine que uma empresa resolve premiar dois dos seus 30


motoristas de caminhão, e para isso, deseja utilizar um
processo em que todos tenham a mesma chance de ser
selecionado.
Como você resolveria o problema utilizando uma tabela de
números aleatórios?

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2. Amostragem

Probabilística:
Amostragem Aleatória Simples (AAS)

Sugestão:
1. Elaborar uma lisa dos motoristas (ordem crescente)
2. Determinar o critério de utilização da tabela
3. Elaborar uma tabela de números aleatórios
4. Utilizar o critério para verificar a posição dos motoristas na lista

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2. Amostragem

Probabilística:
Amostragem Sistemática (AS)

Neste tipo de amostragem o especialista geralmente determina


o critério de seleção da amostra (processo de fabricação).
Ex. selecionar 10 peças a cada hora de produção para compor
uma amostra no final do dia.
Chamamos o tempo de uma hora de razão de retirada ( r )

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2. Amostragem

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2. Amostragem

Probabilística:
Amostragem Sistemática (AS)
Se uma população tem 100 elementos e pretendemos escolher
uma amostra de tamanho 6, temos que r = 100/6 = 16,6 = 17
Digamos que numa amostragem aleatória simples da
população foi escolhido o número 3. Logo este será o nosso
primeiro elemento que formará a amostra.
Amostra: 3, 20, 37, 54, 71 e 88 ou formando a seqüência:
K, (K+ r), (k+2r)...

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2. Amostragem

Probabilística:
Amostragem Estratificada (AE)

Utilizamos este tipo de amostragem quando temos


interesse em subdividir a população em grupos
denominados estratos.
Após a seleção dos estratos, a amostra é composta per elementos
de cada grupo retirados por AAS.
Os elementos dentro de um estrato devem ser tão homogêneos
quanto possível.

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2. Amostragem

Probabilística:
Amostragem Estratificada (AE)

Uma empresa é formada por 300 funcionários dos quais


40 são mulheres. O gestor do refeitório deseja saber
qual a melhor opção de cardápio e para isso solicita
uma pesquisa entre os funcionários. A sugestão é
pesquisar apenas 20 funcionários.
Como selecionar essa amostra?

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2. Amostragem

Probabilística:
Amostragem por Conglomerado(AC)
Tipo de amostragem utilizada quando a população se
acha dividida em grupos chamados de conglomerados.
Ex.: agências, edifícios, famílias, etc.
- É difícil identificar seus elementos mas sim grupos de
elementos.
A amostra é composta de um sorteio dos
conglomerados e considerado todos os elementos
destes.

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2. Amostragem

Probabilística:
Amostragem por Conglomerado(AC)

 Como regra geral, o número de conglomerados


deve ser grande e o número de elementos do
conglomerado pequeno.

 Tanto na amostragem por conglomerado, como


na amostragem estratificada, a população deve estar
dividida em grupos.

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2. Amostragem

Não Probabilística:
Amostragem por Julgamento

Tipo de amostragem em que os elementos da amostra


são selecionados por critério de julgamento do
pesquisador.
Ex. Verificar o motivo da rejeição de um determinado
produto.
O pesquisador seleciona os usuários e os não-
usuários do produto.

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2. Amostragem

Não Probabilística:
Amostragem por Conveniência

Tipo de amostragem em que os elementos da amostra


são selecionados por conveniência do pesquisador.

Ex. Optar por um determinado item em estoque


para comprovação de saldo.

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2. Amostragem

Não Probabilística:

É importante ressaltar que as amostras obtidas pelas


técnicas não-probabilisticas NÃO permitem a inferência
sobre a população, pois, nesses casos, é desconhecido o
erro cometido na escolha dos elementos que farão parte
da amostra.

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2. Amostragem
Tamanho da Amostra:

 z 
2
z N2 2

n  n 2
 e  e N  1  z 
2 2

z pˆ qˆ
2
z pˆ qˆN
2

n 2 n 2
e e N  1  z pˆ qˆ
2

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2. Amostragem

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MEDIDAS DE POSIÇÃO

Média aritmética
Dados brutos : Entrega de pizzas de calabresa por dia.
40, 56, 38, 38, 63, 59, 52, 49, 46
A média de todos esses elementos é calculada somando todos os
números e dividindo pela quantidade de números.
números

40  56  38  38  63  59  52  49  46 441
  49
9 9
Portanto em média foram entregue 49 pizzas de calabresa por
dia.
xi
Generalizando a média pode ser calculada por: x
n
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Mediana
A mediana é o ponto ou elemento ao meio do caminho
dos dados,
dados isto é, metade dos números está acima dela e
metade está abaixo. A lista de números deve estar ordenada.
Lista de valores de venda de pizzas de calabresa em
ordem decrescente: 63, 59, 56, 52, 49, 46, 40, 38, 38.
A mediana é 49, quatro valores são maiores que 49 e
quatro são menores.
Para um número ímpar de elementos é fácil achar o número
(único) que está no meio.
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Mediana (cont.)
Suponha que a lista abaixo representa a entrega diária
de pizzas de cogumelo:
53, 52, 49, 48, 47, 46, 44, 41.
A mediana é o número que está exatamente no meio,
entre os dois números mais próximos do meio.
47  48
 47,5
2
A média e a mediana são chamadas medidas de
tendência central da distribuição.
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Média x Mediana
Suponha que os valores abaixo representem entregas de pizzas tipo
bacon/abacaxi por um período de 9 dias:
36, 35, 37, 29, 39, 36, 340, 35, 36.
Observe que, um certo dia, uma caravana de pessoas amantes de pizza
bacon/abacaxi elevou o número de solicitações.
Calculando a média tem-se: 623/9 = 69,22 pizzas.
Mas nenhum dos valores está próximo de 69,22.
A lista ordenada (rol) fica: 29, 35, 35, 36, 36, 36, 37, 39, 340
Verificamos que a mediana é 36. O valor da mediana representa
muito melhor o provável número de entregas em determinado dia.
Se existem valores extremos a mediana é mais representativa
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Moda
A moda é o valor que ocorre com maior frequência.
frequência Se há mais de um valor nessas condições, todos eles
são chamados modas.
 Entrega de pizzas de calabresa:
63, 59, 56, 52, 49, 46, 40, 38, 38.
O valor da moda é 38, por que o número 38 ocorre duas vezes.
 Entrega de pizza tipo bacon/abacaxi:
29, 35, 35, 36, 36, 36, 37, 39, 340
A moda é 36, que ocorre três vezes.
 Entrega de pizzas de cogumelo:
53, 52, 49, 48, 47, 46, 44, 41.
Não há moda.

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SEPARATRIZES

 MEDIANA: Divide o conjunto de dados em 2 partes iguais

 QUARTIL: Divide o conjunto de dados em 4 partes iguais

 DECIL: Divide o conjunto de dados em 10 partes iguais

 PERCENTIL: Divide o conjunto de dados em 100 partes iguais

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SEPARATRIZES - Quartis

Ex: considere a amostra: 10 7 15 12 20 8 5 25


Em ordem: 5 7 8 10 12 15 20 25

L25 = Localização do primeiro quartil = (8-1) x 0,25 +1 = 2,75


Logo: Q1 = 7 + (8-7) x 0,75 = 7,75

Interpretando: 25% dos valores estão abaixo de 7,75

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MEDIDAS DE DISPERSÃO

O termo dispersão indica o grau de afastamento de


um conjunto de números em relação à sua média.
média

Situação 1: entrega de 200 pizzas todos os dias.


Situação 2: Entrega de 400 pizzas na metade dos dias e nenhuma
pizza na outra metade.

Média 1 = 200 pizzas


Média 2 = 200 pizzas

Na situação 2 a dispersão é muito maior.


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Amplitude
É a forma mais simples de se medir a dispersão, é a diferença
entre o maior e o menor valor.
valor
Entregas de pizzas de calabresa:
63, 59, 56, 52, 49, 46, 40, 38, 38.
Amplitude = 63-38 = 25.
A amplitude nem sempre é uma boa medida para a dispersão de
toda a distribuição.
 Lista a: 500 250 250 250 250 0
 Lista b: 500 490 480 20 10 0
As amplitudes são 500, mas a dispersão geral em relação à lista b
é muito maior que a dispersão geral em relação à lista a.
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Variância (Var = S² = σ²)


A função módulo usada no desvio médio absoluto em certos casos é
inconveniente.
Para muitos propósitos, é interessante elevar ao quadrado cada
desvio e tomar a média de todos esses quadrados, essa grandeza
é chamada variância. Acompanhe a tabela abaixo.
Entrega de pizzas tipo
calabresa Distância da média 2
n 2

 x  x 
40 ( 40 - 49 ) ² = 81
56 ( 56 - 49 ) ² = 49 i
38
38
( 38 - 49 ) ² = 121
( 38 - 49 ) ² = 121
Var ( x)   2  i 1

63 ( 63 - 49 ) ² = 196
n
59 ( 59 - 49 ) ² = 100
686
52 ( 52 - 49 ) ² = 9
Var ( x)   76,222
49 ( 49 - 49 ) ² = 0 9
46 ( 46 - 49 ) ² = 9
TOTAL 686
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Desvio Padrão (S = σ)
O desvio padrão é a raiz quadrada da variância.
variância
Desvantagem da variância: o seu valor numérico é difícil de
interpretar, a variância tem como unidade o quadrado da
unidade de medida de x, no caso 76,222 pizzas².

n 2

 x  x  i
S   i 1
n

S    76,222  8,731 pizzas

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Coeficiente de variação (CV)


O coeficiente de variação mede o quanto o desvio padrão é
maior que a média.
É uma medida adimensional o que facilita comparações
independendo das dimensões envolvidas.

(desvio padrão) 
CV  
(média ) x

s 8,731
CV    0,178  17,8%
x 49
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INTRODUÇÃO A PROBABILIDADE

Experimento - procedimento claramente definido que


conduz a um resultado. A realização de um experimento
é chamada tentativa,
tentativa e cada tentativa tem o seu
resultado.
Experimentos aleatórios - experimentos onde não é
possível prever o resultado, embora sejam conhecidos
todos os resultados possíveis.
Espaço amostral “S” - conjunto de todos os
resultados possíveis de um experimento aleatório.

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População - todo o conjunto de seres em estudo.


Amostra - parte da população a ser analisada.
Evento - subconjunto do espaço amostral tal que todos
os elementos a este pertencente satisfaçam a uma
regra comum.
Especificação de um evento - pela regra que os
elementos satisfazem ou pela enumeração de todos os
seus elementos.
Exemplo (com base no dado)
Espaço amostral: S={1, 2, 3, 4, 5, 6}
Evento: A={Número mostrado menor que quatro} ou A={1, 2, 3}
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Experimento - Espaço Amostral - Eventos


Lançar um dado e ver o número mostrado
S={1,2,3,4,5,6}
A={nº
A={nº menor
menor que
que 4}=
4}={1,2,3}
Lançar duas moedas e observar as faces
S={CaCa,CaCo,CoCa,CoCo}
B={n
B={noo
mínimo
mínimouma
umacara}=
cara}={CaCa,CaCo,CoCa}
Lançar
Lançar duas
duas moedas
moedas ee contar
contar oo número
número de
de caras
caras
S={0,
S={0, 1,
1, 2}
2}
C={nenhuma}=
C={nenhuma}={0}
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Eventos independentes - a ocorrência de um evento


não afeta a chance de ocorrência de outro.
Ex.: Lançamentos de dados ou moedas honestos
(quaisquer que tenham sido os resultados anteriores,
estes não afetarão o próximo).
Eventos dependentes - a ocorrência de um evento
afeta a do outro. Ex.: Retirada (sem reposição) de uma
carta de ouros de um baralho.

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Probabilidade Condicional
É o calculo da probabilidade de um evento
acontecer na condição de outro ter ocorrido.

Uma rifa composta por 15 números irá sortear 2


prêmios. Qual a probabilidade de ganhar os dois
prêmios comprando apenas 2 bilhetes?

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Probabilidade de um evento P(A) – número entre 0


e 1 que indica a chance de ocorrência de um evento
quando o experimento a este associado é executado.
P(A) = 0 → Evento que não pode ocorrer.
P(A) = 1 → Evento certo de ocorrer
P({moeda mostra cara})=0,5
P({dado mostra “5”})= 1/6

Note que: 0≤P(Evento qualquer)≤1, P(S)=1 e P(∅)=0


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VARIAVEL ALEATÓRIA
Variável aleatória - É uma variável que assume um
valor aleatório. O próximo valor não pode ser previsível
com certeza.
Exemplos:
a) Núm. mostrado por um dado arremessado.
b) Núm. de coroas (H) quando uma moeda é arremessada 3 vezes.
c) O peso de um recém nascido num hospital.
d) A altura de um adulto.
e) Núm de arremessos necessários para uma moeda dar 3 caras
(T) consecutivas.
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Discreta - É uma variável que assume um número


contável de valores. Exemplos a); b); e)
Muitas vezes associadas a valores inteiros

Contínua - É uma variável que pode assumir um número


infinito de valores. Exemplos c); d)
A quantidade de valores é incontável; está associada
muitas vezes a valores reais

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Contínua
Admite um valor dentro de um determinado intervalo
como é o caso de um processo de medição

Ex.:

. Comprimento de um produto manufaturado;

. Altura de um adulto;

. Duração de conversas telefônicas

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Seja X uma variável discreta. A função p(x) é definida


como função massa de probabilidade (fmp) e tem as
propriedades:

a) p(x) = P(X=x)

b) p(x) ≥ 0 para qualquer x

c) ∑x p(x)=1 é claro pois P(S)=1 (as somas das


probabilidades de todos os valores possíveis)

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Uma variável aleatória X denota o número de coroas


quando uma moeda é arremessada 3 vezes. Função de
probabilidade.

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DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE

Distribuições são modelos matemáticos para


descrever o comportamento de variáveis aleatórias.
Tais modelos são usados em controle de qualidade e
confiabilidade. Serão vistas as seguintes
distribuições:
1 - Binomial (discreta)
2 - Poisson (discreta)
3 - Normal (contínua)

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BINOMIAL

Diz-se que a variável X tem distribuição binomial com


parâmetros n e p se a função massa de probabilidade é :

 n x
px    . p 1  p  , x  0,1,..., n
n x

 x
Parâmetros
 n n! “n” e “p”
Onde :    X ~ B(n,p)
 x  x!n  x !

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Para a variável aleatória X ~ B( n , p) tem-se:

Média μx = n.p
(número de tentativas x probabilidade de sucesso)

Variância σx2 = n.p.(1-p)

Desvio Padrão σx = ( n.p.(1-p) )1/2

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1. X: Número de caras quando uma moeda honesta é lançada 10


vezes:
X ~ B(10 , 1/2)
2. Y: Número de cestas feitas por um jogador de basquete em 12
arremessos se sua média é 0.4 (cestas/arremesso):
Y ~ B(12, 0.4)
3. W: Número de produtos defeituosos em uma amostra de 20
unidades retirada de um grande lote que contém 2% de
defeituosos:
W ~ B(20, 0.02)

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Exercício

1. Uma amostra de 12 parafusos é retirada de uma


linha de produção e inspecionada. Sabe-se se que o
processo produz 2% de defeituosos. Qual a
probabilidade da amostra ter exatamente um
defeituoso? Qual a probabilidade de não existir
mais de um defeituoso?
2. Com base no exercício acima, qual a média,
variância e o desvio padrão do número de
defeituosos?

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Exercício

1. Dois times de futebol, A e B, jogam entre si 6


vezes. Encontre a probabilidade de o time A:
a) Ganhar dois ou três jogos;
b) Ganhar pelo menos um jogo.

2. A probabilidade de um atirador acertar o alvo é


2/3. Se ele atirar 5 vezes, qual a probabilidade de
acertar exatamente 2 tiros?

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DISTRIBUIÇÃO DE POISSON

Poisson: Diz-se que a variável aleatória X segue a


distribuição de Poisson se a sua função é :

e   x Parâmetro :
p( x)  , x  0,1,2...
x! " "
x! x.( x  1)( x  2)..1 X ~ Po( )

Média : Variância : Desvio Padrão :


x    x2   x 
1
2

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Aplicações
Esta distribuição é um bom modelo para descrever o
comportamento das variáveis aleatórias nos seguintes exemplos:

1. Número de nós por folha de madeira tratada;


2. Número de imperfeições por peça de tecido;
3. Número de acidentes por mês numa fábrica;
4. Número de chamadas que chegam a uma central telefônica em
um intervalo de tempo “t”;
5. Número de glóbulos sangüíneos visíveis ao microscópio num
campo visível de área “A”.

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1. Os números de eventos durante intervalos não sobre-postos


de tempo, área ou espaço constituem variáveis aleatórias
independentes;
2. A distribuição do número de eventos durante um intervalo
(tempo ou espaço) depende apenas do comprimento do
intervalo e não de seus pontos extremos;
3. Para pequenos intervalos, a probabilidade de ocorrência de um
evento é diretamente proporcional ao comprimento do
intervalo;
4. A probabilidade de ocorrência de dois ou mais eventos para
intervalos infinitesimais é desprezível;
5. A condição inicial do processo é que o evento não ocorreu. No
instante zero de tempo o evento ainda não ocorreu.
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Exercício

1. Um digitador faz uma média de 3 erros


por página. Qual a probabilidade de que
ele digite uma página com menos de 2
erros?
2. Qual a média, variância e desvio padrão
desta variável de Poisson?

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Exercício

1. Um tear produz um defeito a cada


200m de tecido produzido. Se o número
de defeitos for segundo Poisson, Qual a
probabilidade de:
a) Uma peça com 20m não apresentar
defeitos;
b) Um lote de 10 peças de 20m cada,
apresentar exatamente um defeito.

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DISTRIBUIÇÃO NORMAL

Entre as distribuições de variável aleatória contínua, uma das


mais empregadas é a Distribuição Normal.
Muitas das variáveis analisadas na pesquisa socioeconômica
correspondem à distribuição normal ou dela se aproximam.
Aspecto gráfico:

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DISTRIBUIÇÃO NORMAL

Função de probabilidade e Área sob a curva normal.

OBS: Os valores 1, 2 e 3 (no eixo), se referem a


quantidade de desvios padrão.
x    68% dos dados
2
1  x x 
   x  2  95% dos dados
2  
e x  3  99,7% dos dados
f ( x) 
 2

x  3 x  2 x   x  x  2 x  3

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NORMAL

EXERCÍCIOS:
1. As entregas de um produto em um porto seguem uma
distribuição normal com média 63,5 horas e desvio
padrão de 1,5 horas.
Qual a probabilidade de uma determinada entrega chegar:
a) Acima de 65 horas?
b) Entre 61 e 63 horas?
c) Abaixo de 62 horas?

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