espessa, como se fosse acolchoado, sensível Edematosa: tem um aspecto pastoso quanto à dor. Afeta geralmente jovens, magros ou ao toque, podendo apresentar o sinal de com excesso de peso, que nunca houve perda cacifo e edema. Atinge qualquer faixa de tecido adiposo, tem aspecto de “casca de etária, peso, usuárias de contraceptivos laranja”, regiões endurecidas e com pouca hormonais, podendo haver desequilíbrio na vascularização. circulação e aparência de “casca de laranja”. Flácida: geralmente nota-se que os membros Mista: a mulher apresenta mais de um tipo inferiores parecem pesados, seu formato de FEG em diferentes partes do corpo. permanece o mesmo em ambos os decúbitos. Representa variações, como, por exemplo, Afeta geralmente indivíduos com mais de 30 do tipo compacta na região posterior de anos, sedentários ou que perderam peso sem coxas e flácida no abdome. associação de atividades musculares. Método avaliação tipos de FEG Tratamento
A abordagem terapêutica de FEG é composta de:
recursos manuais, eletro-estéticos; Nutricionais; atividade física e; do uso de cosméticos específicos com princípios ativos que podem colaborar promovendo o aumento da circulação e aumentando a permeabilidade da pele. Ativos cosméticos
Os produtos cosméticos devem conter ingredientes ativos para
aumentar o fluxo da microcirculação, reduzir a lipogênese e estimular a lipólise, contribuir para o reparo da estrutura da derme e hipoderme e evitar a formação de radicais livres. Ativos cosméticos
Frequentemente, nas formulações, os ingredientes vêm
associados aos de ação tonificante e para firmeza da pele. Nesse caso, agirão sobre a celulite com redução dos líquidos excedentes, além da estimulação do colágeno e elastina. Com a diminuição dos fluidos, o tamanho dos adipócitos reduz e a superfície da pele fica mais lisa. Durante esse processo pode surgir a flacidez cutânea, e os resultados serão melhores se forem aplicados princípios ativos com essa finalidade. Ativos cosméticos Dentre os princípios ativos mais indicados para FEG, estão:
as metilxantinas: agem realizando a lipólise dos adipócitos.
Nessa classe de metilxantinas estão a cafeína, a teofilina, a aminofilina e a teobromina. Uma informação importante é que a Anvisa, em 2002, estipulou que, para o uso da cafeína em procedimentos estéticos, a concentração não deve passar de 8% e para a a teofilina, a aminofilina e a teobromina, o limite é de 4%. Ativos cosméticos
Chá verde (Camellia sinensis) — Ação: diurética Castanheiro-da-índia (Aesculus hippocastanun L.) — Ação: aumento do tônus venoso, aumento da resistência capilar e anti-inflamatória. Gingko biloba L. — Ação: redução da viscosidade do sangue, estimula a microcirculação, diminui a permeabilidade vascular e aumenta o seu tônus. Ativos cosméticos
Rutina — Ação: antioxidante, melhora a insuficiência venosa e linfática, aumento da
resistência capilar e diminui a permeabilidade capilar. Mentol — Ação: vasodilatadora. Cânfora — Ação: vasodilatadora. Silício — Ação: regula a permeabilidade dos capilares sanguíneos e linfáticos. Alcachofra (Cynara scolymus L.) — Ação: antiedematosa, diurética e estimula a microcirculação. Meliloto (Melilotus officinalis Pallas) — Ação: redução do edema linfático e diminuição da permeabilidade capilar. Videira vermelha (Vitis vinifera L.) — Ação: antioxidante, aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos e linfáticos e aumenta a circulação sanguínea. Ativos Cosméticos
Cafeína (Coffea arabica L.) — Ação: promove a lipólise e aumento da
microcirculação. L-carnitina — Ação: transportar os ácidos graxos para a mitocôndria para produção de energia. Arnica — Ação: estimulante, anti-inflamatória e descongestionante. Retinol — Ação: antiadipogênica por inibir a diferenciação dos pré- adipócitos em adipócitos. Nicotinato de metila — Ação: aumento da microcirculação, hiperemiante, rubefaciente e vasodilatador. Massagem modeladora É um tipo de massagem que utiliza movimentos de deslizamento, amassamento e pressão com movimentos rápidos, vigorosos e repetitivos sobre a pele. A técnica está indicada por oferecer efeitos circulatório, neuromuscular e metabólico. No efeito circulatório ocorre um deslocamento de líquido nos vasos e na circulação sanguínea localizada, dessa forma, o fluxo e a troca de substâncias e metabólitos aumentam. O efeito neuromuscular aumenta a circulação, com eliminação mais rápida de substâncias residuais, melhora a nutrição das miofibrilas e elimina o líquido extracelular. No efeito metabólico, a massagem estimula a diurese, com elevada excreção de nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio, favorecendo o tratamento de FEG por evitar o acúmulo de líquidos e a retenção de macromoléculas no interstício. Drenagem linfática
É em um tipo de massagem com manobras específicas, por meio
de uma pressão leve, suave e rítmica, que segue o trajeto do sistema linfático.
Essa técnica tem por objetivo aumentar o transporte de líquidos
pelo sistema linfático, com a finalidade de mobilizar o edema e remover manualmente o excesso de líquido intersticial. Recurso eletroésteticos: Vacuoterapia
A técnica de vacuoterapia, ou endermologia, age por meio de
um equipamento que fornece pressão negativa e sucção para massagem provocando a mobilização do tecido.
Para a sua aplicação são utilizadas ventosas ou manoplas com
roletes de diversos tamanhos para adaptação de acordo com a região a ser tratada e, dessa forma, a pressão externa da pele é diminuída e a pressão interna é aumentada, levando a uma hiperoxigenação e a um aumento do intercâmbio metabólico celular. Recurso eletroésteticos: Vacuoterapia
Ao deslizar a ventosa, forma-se uma prega
móvel na pele com tamanhos variados de acordo com a regulagem da pressão negativa no aparelho e, dessa forma, mobilizando profundamente a pele e o tecido subcutâneo. A técnica deve ser empregada de maneira que obedeça ao trajeto do sistema venoso e linfático e o sentido de tensão das linhas da pele. Recurso eletroésteticos: Vacuoterapia
O equipamento pode ser ajustado com pressão de 0
a 700mmHg e o ajuste vai depender da área a ser tratada, da manopla utilizada, do tipo de tecido e o objetivo do tratamento.
No caso de FEG, a pressão pode ficar em torno de
200 a 300mmHg, de acordo com a região e com o objetivo de mobilizar o tecido.
Se o objetivo for drenagem linfática, a pressão deve
ser de 40mmHg, podendo ser de modo pulsado. Recurso eletroésteticos: Vacuoterapia
Com a vacuoterapia aplicada ao FEG,
temos os efeitos de desfibrosagem do tecido conjuntivo, aumento da extensibilidade das fibras de colágeno, mobilização da gordura, remodelamento corporal e auxílio na drenagem de líquidos e toxinas pelo estímulo à circulação sanguínea e linfática. Recurso eletroésteticos: Radiofrequência Esta técnica gera a oscilação das moléculas com posterior aquecimento por meio de campos eletromagnéticos.
É um equipamento cujo mecanismo de ação se
processa pela conversão de correntes eletromagnéticas na ordem de kilohertz (KHz) e megahertz (MHz) em energia térmica nos tecidos, podendo ser de baixa ou alta frequência, de acordo com os objetivos do tratamento e com a profundidade pretendida. Recurso eletroésteticos: Radiofrequência
A ação da radiofrequência se dá por três mecanismos:
vibração iônica, na qual os íons presentes no organismo vibram
provocando fricção e colisão e, assim, gerando calor intenso; rotação das moléculas dipolares, ou seja, a água contida no organismo é eletricamente neutra, mas em sua parte final atrai cargas opostas que a convertem em um dipolo, gerando colisão entre as moléculas e produzindo calor; distorção molecular, que acontece nas moléculas e nos átomos neutros e, por isso, o seu movimento será nulo (porque não tem carga elétrica) e o calor gerado, nesse caso, será mínimo. Recurso eletroésteticos: Radiofrequência
Com a aplicação da radiofrequência para FEG, podem ser alcançados dois
objetivos: Para flacidez, aumentando a temperatura do tecido entre 40 e 43ºC, desencadeando, assim, uma série de eventos fisiológicos, como aquecimento local, induzindo a vasodilatação e o estímulo da formação de colágeno; Para aumento da maleabilidade e, neste caso, a temperatura deve ficar em torno de 38ºC. Está técnica tem ação em nível epidérmico, dérmico e hipodérmico, melhorando a estrutura da pele, com efeitos como diminuição da distensibilidade e aumento da densidade do colágeno, levando ao efeito lifting pela contração do tecido conjuntivo. Recurso eletroésteticos: Radiofrequência O aumento da temperatura melhora o FEG e as fibroses devido à ação vasodilatadora, aumentando a circulação, melhorando a oxigenação e as trocas metabólicas.
A radiofrequência também é benéfica no caso de
flacidez de pele, pois por meio do calor gerado provoca desnaturação do colágeno, levando à contração imediata de suas fibras, e pela ativação dos fibroblastos ocorre a reorganização das fibras de colágeno e remodelamento do tecido. Recurso eletroésteticos: Radiofrequência São utilizadas manoplas para a sua aplicação, que podem ser monopolares, com ação mais profunda, bipolares, com ação mais superficial, ou tetrapolares, em que são misturadas as duas anteriores, oferecendo uma ação profunda e homogênea.
A manopla deve ser constantemente
movimentada para não acumular calor em um único ponto (sob o risco de queimadura) e ao mesmo tempo deve-se controlar a temperatura da pele com um termômetro a laser a uma distância de uns 20cm para não interferir com a temperatura ambiente. Recurso eletroésteticos: Ultrassom
O equipamento de ultrassom, por
meio das ondas sonoras emitidas, promove vibrações nas moléculas, levando a efeitos específicos como: aumento da irrigação sanguínea e da permeabilidade da membrana celular, favorecendo as trocas metabólicas. Também tem ação anti-inflamatória e favorece a reabsorção de líquidos. Recurso eletroésteticos: Ultrassom A técnica é aplicada por meio de um transdutor cujo diâmetro se chama ERA (Área Efetiva de Emissão), que varia de tamanho entre 1 e 10cm².
Para tratar áreas grandes, como no caso de
FEG, recomenda-se utilizar as ERA’s maiores e, se possível, com a função combinada de correntes elétricas, como é o caso das terapias combinadas. Recurso eletroésteticos: Ultrassom
O modo de propagação das ondas ultrassônicas pode ser:
contínuo (térmico) pulsado (atérmico) Para o FEG, o indicado é provocar o aquecimento do tecido para incrementar a circulação sanguínea, principalmente para o calor chegar ao tecido colagenoso e aumentar a sua extensibilidade. Pode-se citar também um importante efeito a partir do estímulo do sistema circulatório, levando a um aumento da circulação dos fluidos intra e extracelulares, facilitando a retirada de metabólitos e a chegada de nutrientes. O principal efeito esperado para a celulite é o tixotrópico, que é a capacidade das ondas ultrassônicas em amolecer estruturas mais densas e viscosas e torná-las mais fluidas. Recurso eletroésteticos: Ultrassom
O ultrassom pode ser aplicado com a
proposta de introduzir princípios ativos no tecido, chamada de fonoforese.
Ao invés de usar um gel inócuo para
acoplamento, pode-se usar um gel com ativos específicos. Recurso eletroésteticos: Ultrassom O ultrassom utilizado na estética é o de 3MHz por ter uma ação diretamente no tecido adiposo e a intensidade recomendada está entre 0,8 e 1,0w/cm2 no modo contínuo, principalmente quando se trata de FEG com alterações mais severas, porém é comum encontrar na prática clínica doses entre 1,2 e 1,5w/cm2. Pode ser aplicado 3 vezes por semana, se necessário, e sempre associado a técnicas de mobilização do tecido, como massagem e/ou vacuoterapia. Recurso eletroésteticos: Carboxiterapia Tem como finalidade o aumento da circulação e a oxigenação dos tecidos.
Consiste no método de tratamento
para estruturas cutâneas por meio da injeção de gás carbônico medicinal, ou seja, infusão de CO2 de forma subcutânea com uma agulha de insulina. Recurso eletroésteticos: Carboxiterapia
Para a aplicação da técnica é necessário acoplar o aparelho a um cilindro
de gás carbônico por meio de um regulador de pressão do gás e o dióxido de carbono é injetado diretamente na pele por meio de um equipo (sonda) com uma agulha de insulina. O fluxo de gás a ser difundido em problemas estéticos geralmente fica em torno de 20 a 80mL/min e o volume total a ser injetado por sessão está entre 600 a 1000mL/min, podendo exceder até 3000mL/min no caso de grandes volumes de tecido adiposo, porém o ideal é não ultrapassar 2000mL/min. Podem ser realizadas 2 sessões por semana com duração entre 15 a 30 minutos e os resultados começam a aparecer entre a quinta e a oitava sessão. Recurso eletroésteticos: Carboxiterapia
A carboxiterapia tem efeito vasodilatador, levando a um aumento do
fluxo de nutrientes, um aumento das proteinases necessárias para remodelar os componentes da matriz intersticial. Nos mecanismos de ação, ainda podem ser citadas a quebra da membrana adipocitária e a alteração na curva de dissociação da hemoglobina com o oxigênio (efeito Bohr), promovendo uma importante ação lipolítica oxidativa. Após a sua aplicação, pode ser realizada massagem, drenagem linfática, corrente russa ou outros procedimentos capazes de potencializar o efeito do gás abaixo da pele.