LABORATÓRIO DE PRINCÍPIOS E PRÁTICAS DE ELETROTERAPIA CORPORAL
TRATAMENTO DE FLACIDEZ TISSULAR E GORDURA LOCALIZADA
TRATAMENTO DE FLACIDEZ TISSULAR
E GORDURA LOCALIZADA
A flacidez tissular é uma condição em que se observam a perda da tonicidade e
a diminuição da firmeza pele, decorrentes da rigidez gradual ou do enfraquecimento das fibras de colágeno e da perda viscoelástica do tecido, caracterizada pela degradação ou enfraquecimento das fibras de elastina. Apesar de ser uma condição natural ocasionada pelo envelhecimento cronológico, pode ser acelerada pela predisposição genética, maus hábitos alimentares, vestuários que dificultam o retorno do sangue e da linfa, medicamentos e hormônios. É possível também observar a flacidez após emagrecimento rápido ou redução da gordura localizada. Como um dos recursos para o tratamento de flacidez tissular, a radiofrequência (RF) é um equipamento de estimulação eletrotérmica que induz a neocolagênese e a neoelastogênese no tecido dérmico e seus adjacentes por meio de microdanos controlados, favorecendo a revitalização tecidual. Esse processo ocorre devido aos aspectos ondulatório e térmico gerados no tecido. O aspecto ondulatório é caracterizado pelas ondas de radiofrequência que induzem o movimento e o fluxo de elétrons em um ponto receptor (a pele). O efeito térmico é produzido pelo campo eletromagnético de alta frequência no tecido, provocando a oscilação e a fricção das moléculas de água que transformam essa energia eletromagnética em calor. Quando o cabeçote é acoplado ao estrato córneo, permite gerar o aquecimento e direcioná-lo ao tecido utilizando uma substância de acoplamento, como gel condutor, glicerina ou óleos específicos. Esse calor eleva a temperatura natural da derme em aproximadamente 55oC, causando dano térmico controlado no tecido, sem provocar queimaduras. Assim, promove vasodilatação, hiperemia e a desnaturação do colágeno, com contração imediata das suas fibras e posterior ativação dos fibroblastos, com
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neocolanogênese das fibras colágenas. Ao longo do tempo, promove a remodelação do
tecido cutâneo. O aumento maior de temperatura e manutenção em 40 oC na epiderme durante todo o período de aplicação diminui a extensibilidade e aumenta a densidade do colágeno, proporcionando um efeito lifting. Esses efeitos imediatos da contração do colágeno ocorrem porque o corpo produz uma resposta adaptativa ao surgimento de um agente estressor e estimula a liberação da proteína de choque térmico, a heat shock protein (HSP). Pesquisas também mostram que o estresse inflamatório, decorrente das alterações térmicas, desencadeia a liberação das proteínas de choque térmico nos adipócitos humanos, culminando na liberação de substâncias pró-inflamatórias e de resistência à insulina, ainda que estejam envolvidas na ativação das células inatas do sistema imune, o que resulta na infiltração de macrófagos no tecido adiposo. Assim, o efeito de aquecimento leva à melhora da microcirculação e ao consequente acréscimo do fluxo sanguíneo ao tecido adiposo, uma vez que os equipamentos funcionam com a produção de calor e causam excitação celular grande, levando a gasto calórico acentuado e aumento do metabolismo. Em virtude da variedade de equipamentos existentes no mercado, a sua forma de aplicação pode ser diferente. Entretanto, há alguns pontos principais que devem ser observados durante sua aplicação, como: utilizar substância para promover o acoplamento e a transferência do campo eletromagnético do equipamento para a pele, bem como facilitar o deslizamento do eletrodo ativo na pele. Conforme o equipamento, pode ser uma emulsão à base de silicone, glicerina ou gel condutor. Cada substância influencia no aumento do calor na superfície na pele. Por isso, é importante não descuidar da movimentação dos eletrodos, da velocidade e da aferição da temperatura por meio do termômetro infravermelho durante aplicação, evitando risco de queimaduras; dosagem está relacionada a sensibilidade, hiperemia e limiar de dor, e a temperatura está relacionada à disfunção estética a ser tratada, sendo indicada a temperatura de 40 a 42°C para flacidez tissular e gordura localizada, com tempo de aplicação de 2 a 5 minutos por área tratada para flacidez de pele e de 10 a 15 minutos por área tratada para gordura localizada.
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Em alguns equipamentos, também é possível encontrar uma ponteira de
resfriamento com o intuito de gerar maior conforto durante a aplicação da técnica, uma vez que protege a epiderme da temperatura mais elevada e permite o efeito térmico nas camadas cutâneas mais profundas, ocasionando a desestabilização dos termoceptores localizados na pele. Estes são as criofrequências, que associam simultaneamente a emissão tanto do frio como do calor, produzindo o efeito de choque térmico nas estruturas da pele. Alguns estudos defendem que esse choque térmico é tão efetivo para a produção e a refração do colágeno quanto no processo lipolítico. Assim, a radiofrequência é indicada principalmente para a flacidez tissular e como coadjuvante nos tratamentos de gordura localizada. Também pode ser aplicada para redução de fibroses recorrentes no pós-operatório tardio, fibroedema gelóide (FEG), estrias e cicatrizes de acne. Há temperatura e periodicidade de aplicação específicas para cada indicação. A RF é contraindicada em caso de placas, pinos e implantes metálicos no local da aplicação, marca-passo cardíaco, em gestantes, na presença de transtornos de sensibilidade, infecções e inflamações, no caso de uso contínuo de vasodilatadores e anticoagulantes, sobre o globo ocular, em pessoas com hemofilia, em quadros de febre e varizes e em áreas com transtornos circulatórios e intradermoterapia para indução de colágeno nos últimos seis meses. A vasodilatação decorrente do calor da aplicação da RF aumenta a permeabilidade das células, favorecendo sua nutrição e oxigenação. Assim, logo em seguida, é recomendado finalizar o procedimento com uma massagem, utilizando-se ativos firmadores (DMAE, Raffermine®, Densiskin®, coenzima Q10, xantalgosil, hydroxyprolisilane, complexo de elastina e colágeno), lipolíticos (cafeína, L-carnitina, fosfatidilcolina, extrato de lótus), hidratantes (ceramidas, ácido hialurônico, ácidos graxos) e nutritivos (vitaminas C e E, oligominerais, aminoácidos), para fornecer subsídios importantes ao metabolismo celular e potencializar os resultados do tratamento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGNE, J. E. Eletrotermofototerapia. 4. ed. Santa Maria, RS: Andreoli, 2017.
INACIO, F. R. Análise comportamental do tecido adiposo frente ao tratamento de