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DISFUNÇÕES PERINEAIS

Fisioterapia Uroginecológica e Obstétrica


Profª.Dra.Patrícia Rosa

DIAFRAGMA PÉLVICO
• 90 % constituído pelo Músc. elevador ânus;
• Principal suporte aos órgãos pélvicos durante hiperpressão
abdominal.

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DIAFRAGMA UROGENITAL
• Porção anterior períneo;
– M. transverso superficial e profundo;
– M. bulboesponjoso ou bulbocavernoso;
– M. isquicavernoso.

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RELAÇÃO LOMBOPÉLVICA

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DISFUNÇÃO DE APOIO DA MAP

Fatores causais:

– Influencia hormonal da gravidez


– Trabalho de Parto
– Tamanho do feto
– Aumento crônico da pressão intra-abdominal causado pela
obesidade ou por doenças respiratórias associadas a tosse
– Levantamento incorreto de peso
– Constipação crônica
– Cirurgia pélvica
– Disfunções neurológicas (nervos periféricos pelve e do SNC)

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DISFUNÇÃO DE APOIO DA MAP

Perda de força e integridade dos tecidos moles

– Fraqueza MAP

– Incontinência de esforço – IUE

– Incontinência mista – IUM

– Prolapsos órgãos urogenitais

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DISFUNÇÃO POR HIPERTONIA DA MAP

Fatores causais:
– Trauma lombar, sacro, cóccix ou pélvico
– Aderências abdominais e pélvicas
– Contração persistente e habitual MAP
– Inflamações pélvicas (endometriose, intestino irritável)
– Fibromialgia
– Fissuras anais/hemorróidas
– Episiotomia ou laceração perineal durante parto
– Disfunção articulações pélvicas

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DISFUNÇÃO POR HIPERTONIA DA MAP

Relacionada à dor e espasmo da MAP:


– Síndrome do levantador do ânus
– Mialgia por tensão do AP
– Coccigodinia
– Vaginismo
– Anismo
– Dispareunia
– Dor pélvica crônica

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DISFUNÇÃO POR INCOORDENAÇÃO

Síndromes neurológicas e não-neurológicas


– Pode ocorrer por discinesia do esfíncter-detrusor;
– Disfunção de componentes de apoio ou hipertonia,
– Constipação com defecação obstruída;
– Dor pélvica.

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DISFUNÇÕES DOS MAP

SINAIS E SINTOMAS

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA

• IU é um sinal e um sintoma
• Atinge homens e mulheres
• Perda de urina de forma involuntária

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TIPOS DE IU
IUE Perda aos esforços Disfunção de apoio

IUU Perdas associada a Disfunção visceral e


urgência miccional fraqueza MAP

IUM Perdas aos esforços e Disfunção de apoio,


na urgência visceral e fraqueza
MAP
Incontinência por Perdas constantes Disfunção por
transbordamento incoordenação vesical,
por hipertonia
Incontinência Perda durante Deficiência mobilidade
funcional longos percursos (marcha)

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PROLAPSOS UROGENITAIS

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PROLAPSOS UROGENITAIS
• São causado pelo enfraquecimento das estruturas de
sustentação dos órgãos pélvicos, principalmente os
músculos e ligamentos.

• Alteração estrutural: ligamentos (uterossacro, úraco,


largo, redondo) fáscias e MAP.

• Ocorrendo a descenso da parede anterior, média ou


posterior da vagina ou ainda de todas para o exterior.

• Causas: congênitas (nulíparas) ou adquiridos (multíparas).

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PROLAPSOS UROGENITAIS

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PROLAPSOS
Compartimento Anterior
- Também chamado de cistocele - “bexiga caída”:
- Herniação da parede vaginal anterior em que parte da
bexiga se projeta para dentro da vagina, podendo levar a
sintomas urinários como incontinência, urgência,
polaciúria e retenção (às vezes precisando reduzir o
prolapso para conseguir urinar).

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Prolapsos
Compartimento Anterior
– Cistocele – a parede posterior da bexiga empurra a
parede anterior da vagina.
• No Estágio I ocorre incontinência, mas nos estágios
II e III não ocorre porque a uretra fica “obstruída”.

– Uretrocele – a parede anterior da vagina é empurrada


pela bexiga e uretra.

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Prolapsos
Compartimento Anterior
A diferença entre cistocele e uretrocele:

– Na Cistocele – Durante o exame físico não se


observa a uretra. Pede-se para a paciente
tossir... A bexiga desce e a uretra não se mexe.

– Na Uretrocele – Observa-se uretra e bexiga.

• CISTOCELE – Retenção

• URETROCELE - Incontinência

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Prolapsos Medianos
• Deslocamentodo utero ou da cúpula vaginal. Chama-se
histerocele ou histeroptose quando ocorre a descida do
útero. As paredes vaginais se desenrolam para o exterior,
ocorrendo a exteriorização do útero.
• Não é reeducável por que ocorre devido a uma fraqueza do ligamento
útero-sacral. O tratamento é cirúrgico.

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Prolapsos Uterinos - Classificação

· Primeiro grau: o colo uterino desce em direção à vagina

· Segundo grau: o colo chega até a saída da vagina

· Terceiro grau: o colo ultrapassa a vagina e sai para fora dela

· Quarto grau: o útero todo está fora da vagina

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Prolapsos Compartimento
Posterior
Também conhecido como enterocele e retocele.

A enterocele é uma herniação do fundo de saco de Douglas


(parte do peritônio entre reto e útero) desce empurrando a
parede posterior da vagina.

A retocele é a herniação do reto em direção à parede


posterior da vagina, o que pode dificultar as evacuações, às
vezes necessitando de auxílio manual empurrando o reto
prolapsado para poder conseguir evacuar.

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Prolapsos Compartimento
Posterior
• Para diferenciar RETOCELE e ENTEROCELE:
• Se introduz o dedo no canal anal solicitando ao paciente
uma manobra de valsalva – a parede posterior desenrola-
se e por transparência observa-se o dedo ... RETOCELE.

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PROLAPSO PERINEAL
• Movimento do períneo além do plano das tuberosidades
isquiáticas, em estado de repouso ou durante pressão
para baixo.

• Abaulamento do períneo para fora, observado durante


esforço evacuatório (até 2cm normal);

• Pressão de cima para baixo, alongamento fáscia do AP,


do esfíncter e MAP; distensão simultânea nervos;

• Pode ser acompanhada de prolapso urogenital ou


incontinência.

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PROLAPSO PERINEAL

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FATORES CAUSAIS

• Insuficiência das estruturas musculares e nervosas ou do


tecido conjuntivo = enfraquecimento aparelho de
sustentação;

• Gravidez, parto vaginal, fatores endócrinos e


envelhecimento = prejudicam sistema sustentação, pelo
declínio das células precursoras de colágeno (fibroblastos);

• Constipação crônica (esforço evacuatório).

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ROTURAS PERINEAIS

CLASSIFICAÇÃO:

I GRAU : Compromete mucosa e peri mucosa.

II GRAU : Atinge a pele , mucosa e músculos perineais,


sem atingir o esfíncter externo do ânus.

III GRAU: Rotura completa do corpo perineal, formando


uma “cloaca”. Rotura total.

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Roturas Perineais

I GRAU II GRAU III GRAU


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ROTURAS PERINEAIS

QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO

• As roturas de I grau normalmente são assintomáticas;

• Nas de II grau a queixa mais freqüente é a sexual;

• Nas de III grau é a de incontinência parcial ou total


de gases e fezes.

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