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O tendão pré-púbico é um tendão que vai se inserir na região de púbis, e ele dá a sustentação
principalmente para o músculo reto abdominal (sustentação da parte ventral do abdômen).
Quando há a ruptura do tendão pré-púbico, há uma tendência de queda ventral do abdômen.
Existem algumas complicações em relação a isso
Tem maior ocorrência em grandes animais. Esse tendão se insere na vaca e na égua de forma
diferente.
Na vaca a inserção desse tendão é na face ventral do púbis, mas a grande diferença é que na
vaca além do tendão pré-púbico, tem o tendão sub-púbico, ou seja, na vaca tem dois tendões
dando essa sustentação. Já na égua, tem apenas o tendão pré-púbico, e ele se insere na face
dorsal do púbis, e isso faz que com que tenha maior ocorrência de ruptura desse tendão nas
éguas
Fatores predisponentes:
o Final da gestação
o Hidroalantóide – acúmulo de líquido que leva a um grande peso
o Gestação gemelar
Esses fatores tem uma possível relação com a ruptura de tendão pré-púbico
Tendão é uma estrutura forte de um modo geral, então quando se tem uma ruptura de tendão, é
porque tem alguns fatores que estão juntos levando a ruptura
Frequentemente, junto com essa ruptura de tendão, além da queda abdominal, há uma laceração
dos músculos dessa região, levando a dor, desconforto e eventração
Sintomas:
o Edema na região ventral (do apêndice xifoide até a base do úbere) – toda a parte ventral
apresenta-se edemaciada
o Aumento de volume abdominal ventral, geralmente é repentino, acontece muito rápido
o Afundamento de flanco
o Dor/sudorese (éguas)
o Desconforto abdominal
o Dificuldade para locomoção
o Ruptura da musculatura abdominal circunvizinha – eventração
o Hemorragia regional
Tratamento:
Égua de 500 quilos com ruptura de tendão – tratamento paliativo, não tem correção cirúrgica
o ?????
o Tratamento paliativo: baia grande, exercício restrito, alimentação controlada, cinta
abdominal (desloca o peso ventral para a coluna)
o Cesariana/parto assistido – normalmente cesariana
o Prognóstico reprodutivo desfavorável, são animais que tem que ser bem manejados, não
podem reproduzir
HISTOCELE INGUINAL GRAVÍDICA:
Hystero útero
Cele hérnia
Hérnia com conteúdo uterino inguinal, porque a passagem dessa hérnia é pelo canal inguinal, e
gravídica por que o útero é gestante
o Presença parcial ou total do útero gestante como conteúdo da hérnia inguinal (geralmente
parcial)
o Mais comum em cadelas
o Raro em gatas, porcas e éguas
o Útero não gestante pode ser conteúdo de hérnia inguinal também
A hérnia inguinal, principalmente em cadelas, tem como conteúdo, muito frequentemente, o útero,
porque o conteúdo que primeiro começa a descer pelo anel inguinal é o útero, mais do que o
intestino. Se for uma cadela gestante, chamamos de histerocele inguinal gravídica
Etiologia e fatores correlacionados:
o Hereditariedade
o Mais comum nas fêmeas, porque o anel inguinal é mais curto e com diâmetro maior
o Anatomia da fêmea – canal inguinal mais curto e maior diâmetro
o Condição hormonal – estrogênio, tende a alargar o anel inguinal abdominal, além de ser
importante na etiopatogenia dos prolapsos, tende a relaxar o anel inguinal, relaxa a região
de vulva, vagina
o Fragilidade do anel inguinal – fêmeas mais idosas
Diagnóstico diferencial:
o Neoplasias mamárias – é fácil diferenciação
PROLAPSO VAGINAL:
Grandes fêmeas
Relaxamento dos tecidos de fixação da vagina na região pélvica – todo o canal vaginal, a
mucosa vaginal, tem todos os meios de sustentação para que as estruturas estejam na sua
localização anatômica normal
Exteriorização da mucosa vaginal pela rima vulvar
Espécies mais acometidas: vaca e pequenos ruminantes
Gestação – principalmente a vaca que já tem tendência de prolapso vaginal, na gestação ela
vai ter o prolapso/cio – tem relação estrogênica, tem esse poder de relaxamento das
estruturas, relaxa os ligamentos, os elementos de sustentação da vagina/pós-parto imediato –
situações em que tem a tendência de prolapsar mais. A vaca que faz o prolapso vaginal
durante a gestação, se ela tiver um parto normal tem maiores chances de prolapsar
novamente
Cadela: hiperplasia do assoalho vaginal – na cadela, essa condição é estritamente
relacionada ao cio
Temporário ou definitivo – o prolapso vaginal temporário é aquele que vai e volta, por exemplo
uma vaga gestante que quando deita prolapsa, quando levanta volta ao normal; ou o animal
que está no cio e tem prolapso, passa o cia volta ao normal. O definitivo é aquele em que ela
faz o prolapso e continua
Parcial ou total (prolapso cérvico-vaginal)
Pode estar associado a prolapso retal
Complicações:
o Contaminações
o Traumas na mucosa
o Escoriações
o O animal sente dor
Prolapso vaginal – fatores predisponentes:
o Aumento da pressão intra-abdominal (final de gestação, hidropsias anexos fetais, gestação
gemelar) – a vaca que tem uma tendência a prolapsar, nessas situações ela vai prolapsar
o Predisposição hereditária ligada à fixação vaginal menos eficiente
o Fêmeas pluríparas (mais de uma gestação) que tem um maior relaxamento do sistema de
fixação da vagina – mais idosas
Fêmea multípara pare mais de um filhote, ovulação múltipla
o Estrógeno: relaxamento dos ligamentos pélvicos e relaxamento vulvar/vaginal
o Leguminosas com altas concentrações estrogênicas
o Micotoxinas com ação estrogênica Fusarium sp., Fusarium graminiarum
o Distocia
Tratamento:
o Anestesia epidural
o Limpeza da mucosa prolapsada
o Redução do prolapso
o Sutura de BUHNER com agulha de Gerlach