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Patologias do Sistema Hipotrofia do endométrio

♡ É uma alteração adquirida, em que a


Reprodutor Feminimo uma redução do endométrio e
possivelmente de suas glândulas.
O animal acaba tendo também uma
redução de todo trato, e o ovário
também é reduzido.
♡ A subnutrição severa e/ou doenças
crônicas desencadeiam essa alteração,
sendo uma consequência. Ou seja, um
animal que volte a ter uma nutrição
balanceada, o animal volta a sua
normalidade.
♡ Reversível e adquirida.
Função do útero: Estrutura que será responsável
pela implantação, reconhecimento materno,
desenvolvimento e crescimento do embrião e feto.
Hipoplasia de endométrio
É uma estrutura que produz secreções e glândulas ♡ Diminuição de números de células que
endometriais. O útero é dividido em corpo do útero dão origem ao útero. O útero é
e corno uterino direito e esquerdo, ele possui 3 hipodesenvolvido e algumas estruturas
camadas sendo endométrio, miométrio e
podem estar ausentes ou alteradas
perimétrio.
Ele promove contração, sendo importante para a também, como as glândulas
expulsão do feto no parto. endometriais (produzem uma secreção
Qualquer alteração pode afetar o processo, nutritiva para o embrião). Logo, pode
ocasionando uma perda embrionária.
desencadear problemas embrionários, e
Barreiras físicas que impedem que o útero não
em longo prazo, aborto.
seja contaminado: cérvix, vulva e prega vestíbulo
vaginal. ♡ É um problema congênito e
irreversível, tem diagnóstico difícil com
necropsia ou endoscopia.
Aplasia Segmentar
♡ É rara, e quando ocorre são em
♡ É a falta de um segmento, sendo uma
novilhas e animais já em abatedouros.
alteração congênita, sendo uma falha no
corpo ou corno uterino, fazendo que o
animal nasça sem esse segmento. Cisto endometriais
♡ Pode ser total ou parcial. ♡ Apesar de ser comum em Fêmeas
♡ Uma alteração total causa mais velhas porque os cistos são
infertilidade, já em parcial não. formados através de distúrbios
♡ É uma condição hereditária. hormonais e principalmente também por
♡ É uma condição rara, porém problemas de drenagem linfáticas,
encontrada com mais evidência em sabemos que fêmeas mais velhas terão
vacas e porcas. esse tipo de alteração, principalmente
por desgaste no útero devido aos partos ♡ O útero fica exteriorizado na vulva.
ao longo de sua vida, fazendo com que
esses cistos sejam mais evidentes. ♡ Em animais grandes que ficam
Porém, fêmeas mais jovens podem ter, expostos, pode ocasionar uma
mas em fêmeas mais velhas é mais contaminação, edema, necrose,
comum devido a essas alterações. isquemia.
♡ Esses cistos não comprometem a ♡ Fatores predisponentes: partos
fertilidade. oriundos distócicos ou gemelares, por
Porém, pode dificultar a implantação do ter uma contração excessiva, retenção
embrião e reconhecimento materno, de placenta, infecção uterina,
principalmente em éguas, pois o relaxamento excessivo de ligamentos
embrião precisa migrar por todo útero pélvicos e hipocalcemia.
para que haja a sinalização de que o ♡ Acomete todas as espécies, sendo
embrião está presente no útero e não mais comum em ruminantes e raros em
tenha a liberação de prostaglandina. equinos.
Então, essa migração tem efeito ♡ O tratamento é de urgência para não
anti-luteolítico, ou seja, ele evita a ter danos na reprodução e nem a perda
luteólise. da fêmea.
♡ Pode variar em tamanho e quantidade.
♡ Não são malignos.
♡ O tratamento seria uma cauterização,
queimando esses cistos em nível uterino.
Porém, queimar esses cistos não seria
tão eficaz, já que é um problema de
drenagem linfática.

Prolapso Uterino ♡ O ligamento largo do útero ele une o


órgão à parede dorsal do abdômen e se
divide em 3 porções: mesovário,
mesossalpinge e mesométrio.
Esse ligamento é geralmente
responsável pelo acontecimento do
prolapso nessas fêmeas que têm a
predisposição a terem essa estrutura
mais fragilizada.
♡ Prolapso é quando uma estrutura sai
Mesovário - é a porção do ligamento
do seu posicionamento de origem e fica
largo do útero que sustenta o ovário.
exposta, ou seja, é o deslocamento de
Mesossalpinge - é a porção do
órgão que estão anatômicas para o
ligamento que sustenta a tuba uterina;
exterior de cavidade que elas se
localizam.
Mesométrio - sustenta o útero na
parede dorsal do abdômen. ♡ Pode ter endometrite por fungo,
sendo a Candida responsável.
Consequências: ruptura do útero, ♡ A mais comum é a endometrite
edema, hemorragia, necrose e até óbito. persistente pós cobertura - é a
Tratamento desse prolapso é um inflamação que ocorre depois da monta
desafio, pois requer força, técnica e ou IA. Pois colocamos a pipeta no útero,
rapidez. e ultrapassamos todas as barreiras
físicas, sendo comum ter uma resposta
Vídeo que ele passou para a turma passada inflamatória aguda fisiológica.
sobre passo a passo: ♡ Uma vez que esse sêmen está no
Necessário epidural, higienização e útero, o útero responde esse sêmen com
posterior retorno reposicionamento do um aporte de neutrófilo de células de
útero e fazer uma sutura de sustentação defesa que serão identificadas no útero
da vulva para evitar que o útero 30 minutos após cobertura.
prolapso novamente, após isso o ♡ Após 12 horas é normal ter um pico
profissional aplica um antibiótico. de inflamação, e em 48 horas é resolvido
esse processo inflamatório.
Endometrite
♡ É o processo inflamatório do
endométrio.
♡ As barreiras físicas impedem que
tenham contaminação no útero, além
dos mecanismos mecanismos que são as
contrações miometriais do útero que
ajudam a drenar o conteúdo uterino.
♡ Caso haja falha nos mecanismos de
defesa, agentes bacterianos
oportunistas podem surgir e causar uma
Endometrite persistente pós cobertura -
endometrite.
são fêmeas que não conseguem debelar
♡ Animais mais velhos podem ter falha
o processo inflamatório fisiológico
nessas barreiras em função de partos a
dentro do tempo hábil e acabam
longo de sua vida, hormonais, aborto,
persistindo o processo inflamatório por
retenção de placentas, partos distocicos,
mais de 48 horas pós cobertura, fazendo
IA.
com que muitas vezes a fêmea não
♡ As principais bactérias são:
limpe o útero para a chegada do
Escherichia coli e Streptococcus
embrião, muitas vezes o embrião chega
zooepidemicus
e o útero está todo inflamado e sujo, não
♡ Principal inflamação em grandes
animais.
conseguindo se desenvolver e mais velhas e de baixa contratilidade
ocasionando a perda embrionária. uterina.

Como diminuir a chance dessa


inflamação nessas fêmeas?
IA ou uma única cobertura e de
preferência antes da ovulação.

Esses exames complementares é feito


no estro, no cio para

O que fazer para saber se a égua é facilitar a identificação do problema.

suscetível ou resistente? Na citologia irá avaliar os neutrófilos,

Exames ginecológicos para avaliar. sendo importante para inflamação

Avaliando a vulva, cervix. aguda.

Exame ultrassonográfico, tendo fluido Feita através de pipeta e swab.

intra uterino após 48-96 horas pós


cobertura é indicativo de EPPC Éguas com 0 a 2 neutrófilos por campo

(endometrite persistente pós cobertura). de visão no microscópio possuem mais


de 60% de taxa de prenhez.
Éguas com 2 a 5 neutrófilos por campo
de visão no microscópio possuem ao
redor de 36 a 40% de taxa de prenhez.
Éguas com mais de 5 neutrófilos por
campo de visão no microscópio possuem
ao redor de 23% de taxa de prenhez.
A localização do fluido uterino pode
indicar o tipo de patologia. A presença Não existe um protocolo certo, e sim as
de fluido imediatamente cranial à cérvix técnicas de manejo e um bom
costuma ter relação com contrações veterinário!
uterinas eficazes porém com falha da
cérvix em permitir a limpeza. Acúmulo Em campo, há alguns veterinários que
de fluidos nos cornos uterinos ou na introduzem coca cola no útero pelo pH
bifurcação são característicos de éguas baixo e poder antibactericida.
Utilizam querosene também.
Porém, nada é cientificamente
comprovado!

Possibilidades terapêuticas - lavado


uterino para remover os produtos
inflamatórios, agentes ecbólicos que
promovem contração uterina, como
ocitocina, antibióticos sistêmicos e
locais, antifúngicos.
Se for em função da abertura excessiva
da vulva, uma possibilidade é a
vulvoplastia.
Uso de ozonioterapia, PRP (plasma rico
em plaquetas).
PRP - Sempre coletar o sangue da
própria égua em tubo vacutainer com
citrato de sódio (15 tubos de 5ml),
centrifugar por 10 minutos a uma força
de 150G, aspirar o sobrenadante e
infundir de 20 a 40 ml no útero da égua
durante a indução de ovulação e 4 horas
após a inseminação.

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