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Distopias vaginais

Dra Thais Lourenço


Prolapso de órgãos pélvicos (POP)

• Deslocamento permanente

• Parcial ou total

• Qualquer órgão pélvico

• Compartimento
– Anterior: cistocele / uretrocele
– Posterior: retocele / enterocele
– Apical: prolapso uterino / cúpula vaginal
Fatores de risco

• Incidência aumenta com a idade • Gestação

• Partos
• Pós menopausa
• Obesidade

• Multíparas • Hipoestrogenismo

• Tabagismo

• Colágeno
Anatomia

• Defeito

– Tecidual

– Fascial

– Ligamentar
Quadro clínico

• “Bola” na vagina

• Peso, ardor, pressão vaginal ou perineal

• Sensação de vagina larga

• Dificuldade para urinar

• Constipação
Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q)

CVT Estadio 0

Caruncula himenal
Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q)

CVT

Estadio 1
- 1cm
Caruncula himenal
Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q)

CVT

- 1cm
Caruncula himenal Estadio 2
+ 1cm
Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q)

CVT

Caruncula himenal
+ 1cm

Estadio 3

CVT – 2 cm
Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q)

CVT

Caruncula himenal

CVT – 2 cm
Estadio 4
CVT
Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q)

CVT Estadio 0

Estadio 1
- 1cm
Caruncula himenal Estadio 2
+ 1cm

Estadio 3

CVT – 2 cm Estadio 4
Exame físico
Exame físico
Tratamento conservador

• Perda de peso

• Cessar tabagismo

• Reduzir atividades que aumentam pressão intra abdominal

• Tratamento da constipação

• Fisioterapia
– Prolapsos pequenos
– Prevenção
– Eletroestimulação
– Biofeedback
Tratamento conservador – pessários

• Desejo de tratamento não cirúrgico ou

contraindicação cirúrgica

• Manter estrogenioterapia tópica

• Orientar troca e higiene

• Avaliar adaptação nas primeiras semanas


Tratamento conservador – pessários

• Dificuldades

– Retocele

– Uso contínuo

• Medida vaginal

– Distancia sínfise púbica – promontório

– Pessários para teste

– Colpometro de Raine
www.pessarios.com.br
Tratamento cirúrgico – sem tela

• Correção cirúrgica sítio específica

– Prolapso de compartimento anterior e posterior

– Plicatura da fáscia

– Específica nos locais de defeito fascial:

central, longitudinal, paravaginal

– Paravaginal: plicatura no arco tendíneo da

fáscia endopélvica
Correção sítio específica
Tratamento cirúrgico – sem tela

• Encurtamento ligamento úterossacro


– Prolapsos apicais estadios 3 e 4

– Identificação e reparo dos ligamentos


durante a histerectomia

– Plicatura do ligamento na altura da


espinha isquiática e fixando-o na cúpula
vaginal

– Necessária realização de cistoscopia para


assegurar-se da não angulação ureteral
próxima à pexia do ligamento
Encurtamento ligamento úterossacro
Tratamento cirúrgico – sem tela

• Colpocleise
– “fechar a vagina”

– Prolapsos apicais (útero ou cúpula)

– Indicada para pacientes idosas, com comorbidadades que exigem menor tempo
cirúrgico e procedimentos menos invasivos

– Orientar sobre atividade sexual

– Ressecção de mucosa vaginal anterior e posterior, com sutura das fáscias


anterior e posterior

– Invaginação do prolapso
Tratamento cirúrgico – sem tela

• Manchester

– Donald-Fothergill-Shaw

– Amputação parcial do colo uterino e encurtamento de paramétrios

– Hipertrofia do colo

– Manutenção da função reprodutiva


• Jovens
• Desejo reprodutivo
• Complicações: incompetência cervical e estenose do colo uterino
Tratamento cirúrgico – com ou sem tela

• Fixação sacroespinhal

– Fixação da cúpula vaginal ou do colo uterino

no ligamento sacroespinhal

– Geralmente com prolapsos de compartimento

anterior associados

– Dispositivos para pexia no ligamento


Tratamento cirúrgico – com tela

• Sacrocolpofixação

– Fixação do prolapso apical no periósteo sacral

– Procedimento abdominal aberto ou laparoscópico

– Prolapsos uterinos ou de cúpula vaginal

– Tela de polipropileno em formato de Y


Tratamento cirúrgico – com tela

• Telas vaginais

– Sintética: polipropileno monofilamentar e macroporosa

– Complicações: extrusão, erosão, infecção, fístulas, dor

– Biológicas: autólogas ou heterólogas


Tratamento cirúrgico – com tela
Tratamento cirúrgico – com tela

• Sem estudos com resultados a longo prazo

• Telas vaginais
– Dor
– Erosão
– Dispareunia
– Disfunções trato urinário
– Sangramento intraoperatório
– Comprometimento emocional
Rotura perineal

• Correção do corpo perineal

– Estreitamento do hiato urogenital

– Auxílio na sustentação anatômica

• Aproximação de musculatura

– Músculo bulboesponjoso

– Músculo transverso superficial do períneo

– Esfíncter anal externo

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