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Cirurgia genitourinária
Relevância A
MD, D, GD
Schwartz’s principles of surgery 11.ª ed.
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LEGENDA
SÍMBOLO COMPETÊNCIA SÍMBOLO SIGNIFICADO
MECANISMOS
MD de DOENÇA
INTEGRAÇÃO DE
CONHECIMENTO
D Estabelecer um
DIAGNÓSTICO ESTRATÉGIA
PEDAGÓGICA
P Medidas de saúde e
PREVENÇÃO
MUITO IMPORTANTE
Elaborar plano de
GD GESTÃO DO DOENTE
CONHECIMENTO
ESSENCIAL
MENOS perguntável
SÍMBOLO SIGNIFICADO
REFERÊNCIA INCOERÊNCIA
CHECK
a outros capítulos
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EMERGÊNCIAS UROLÓGICAS
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA MD
Causas mecânicas:
• Estreitamento uretral
• Estenose uretral
• Carcinoma uretral
• Válvulas da uretra posterior
• Uretrite
• Estenose do meato uretral
• Fimose/Parafimose
As causas de aumento da glândula prostática também podem causar retenção urinária crónica 5
RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA MD
Causas mecânicas:
• Obstrução do colo vesical
• Tamponamento vesical por coágulos (devido a qualquer causa de hematúria)
• Cálculo vesical
• Carcinoma da bexiga
• Obstrução extrínseca
• Prolapso da parede vaginal anterior
• Massas pélvicas (p.e. neoplasias ováricas benignas/malignas)
• Massa retal ou impactação fecal/obstipação
• Trauma uretral/vesical
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA MD
Causas funcionais:
• Diminuição da atividade do detrusor e/ou aumento do
tónus do esfíncter uretral
• Causas neurológicas (bexiga neurogénica)
• SNC
• Compressão medular aguda (hérnia discal,
neoplasias, hematoma/abcesso epidural ou trauma)
• AVC, esclerose múltipla, Doença de Parkinson
• SNP
• Neuropatia autonómica diabética
• Guillain-Barré
• Trauma (p.e. fratura pélvica e cirurgia/radioterapia
pélvica)
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA MD
Causas funcionais:
• Diminuição da atividade do detrusor e/ou aumento do tónus do esfíncter uretral
• Fármacos
• Diminuição da atividade do detrusor
• Anticolinérgicos, anti-histamínicos 1ª G, antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, antagonistas dos
canais de cálcio e antiparkinsónicos
• Aumento do tónus do esfíncter uretral
• Simpatomiméticos, bloqueadores beta não seletivos e opióides
• Dissinergia detrusor-esfíncter
• Disfunção do colo vesical (falência na abertura completa do colo vesical durante a micção)
• Retenção urinária pós-operatória
Os fármacos anticolinérgicos e opióides podem causar como efeito secundário obstipação, que
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por sua vez também agrava a retenção urinária
RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA D
Retenção urinária aguda vs Retenção urinária crónica
Alguns fatores podem precipitar uma retenção urinária aguda em crónica (“acute on chronic”): diurese induzida pelo
consumo de álcool, anestesia espinhal, cirurgia pélvica, certos fármacos e infeções do trato urinário
Doentes sob opióides ou com bexigas cronicamente descompensadas podem não sentir dor/desconforto!
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA - DIAGNÓSTICO D
● O diagnóstico faz-se ao demonstrar urina retida na bexiga, por ecografia ou por cateterizaçao da
bexiga.
● Se a ecografia for facilmente realizável é uma boa primeira opção para os doentes que não estão com
dor intolerável, porque não é invasivo e a descompressão vesical pode ser evitada se os achados
forem normais.
● Nos doentes em que a história clínica o exame objetivo sugerem fortemente este diagnóstico e nos
casos em que os doentes estão com dor excruciante é legítimo começar por algaliar o doente.
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA - EXAME FÍSICO D
● Toque retal - realizar em todos os doentes para pesquisa de massas, fecaloma, tónus do esfíncter,
avaliação prostática (HBP?) nos homens.
● Exame pélvico - em todas as mulheres.
● Exame neurológico - avaliar força, sensibilidade, reflexos e tónus muscular.
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA GD
• Estenose uretral:
• Deve ser suspeitada quando o catéter encontra resistência próximo do meato uretral
• É útil utilizar um catéter de menor diâmetro (12-14F)
• Se não se conseguir colocar o catéter vesical UROLOGIA, que pode optar por uma de duas
soluções:
• Dilatar a estenose através de um cistoscópio e colocar um catéter vesical “council tip” via técnica de
Seldinger
• Colocar um catéter suprapúbico
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA GD
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA GD
Utilizar um ecógrafo ou realizar aspiração com uma agulha previamente para localizar a bexiga e evitar assim ansas intestinais,
embora a lesão de ansas intestinais seja pouco provável perante uma bexiga muito distendida
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COMPLICAÇÕES CATETERIZAÇÃO VESICAL GD
1. Hematúria
2. Hipotensão transitória
3. Diurese pós-obstrutiva (diurese
que persiste após descompressão, mais
comum nas situações de retenção
urinária crónica)
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DURAÇÃO DA CATETERIZAÇÃO E INDICAÇÃO PARA INTERNAMENTO GD
Duração da cateterização:
● Depende da etiologia da RUA. Se a etiologia está a ser tratada e é expectável que
resolva (como ITU) pode tentar-se micção espontânea o mais cedo possível.
● Se a resolução da etiologia não é expectável que aconteça (como na lesão medular)
e nos que têm RU acute-on-chronic a necessidade de algaliação pode tornar-se
crónica.
• Estudo laboratorial:
• Exame sumário de urina e urocultura – permite avaliar a presença de infeção do trato urinário e a presença de
hematúria microscópica
• Função renal e ionograma – permite avaliar a presença de disfunção renal causada pela retenção urinária
(nefropatia obstrutiva)
• Perfil glicémico – permite avaliar o controlo glicémico nos doentes com diagnóstico prévio de DM ou estabelecer o
diagnóstico nos doentes sem diagnóstico prévio
• Hemograma e tempos de coagulação – nos doentes com tamponamento vesical por coágulos
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA D
• Exames de imagem
• Ecografia reno-vesical – permite avaliar a presença de
uretero-hidronefrose, podendo sugerir a causa da retenção urinária
(presença de um cálculo ou de uma massa vesical)
• Retenção urinária aguda – distensão vesical com > 400 mL de
urina
• Retenção urinária crónica – volume residual pós-micção > 300
mL, podendo ou não existir espessamento da parede vesical (na
retenção urinária obstrutiva crónica)
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA GD
• Estenose uretral
• Uretrotomia – por via endoscópica, consistindo na
libertação da estenose/do tecido fibrótico
• Uretroplastia – por via aberta, consistindo na excisão da
porção fibrótica da uretra e subsequente reanastomose.
Indicada quando a uretrotomia não é eficaz
• Colocação de stent uretral permanente – por via
endoscópica, estando indicada nos doentes com estenoses
curtas que não são candidatos à uretroplastia
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA GD
• Deve ser monitorizado o resíduo pós-miccional após a desalgaliação. Nos doentes com
incapacidade para micção espontânea ou com um resíduo pós-miccional > 200 mL:
• Cateterização vesical intermitente – preferível por diminuir a probabilidade de infeções do trato
urinário e por melhorar a funcionalidade vesical
• Manter o catéter vesical durante mais alguns dias
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA GD
• Fármacos
• Descontinuar ou substituir
• Obstipação
• Medidas não farmacológicas
• Laxantes
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RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA GD
• Complicações:
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CASO CLÍNICO
Um homem de 65 anos recorre ao serviço de urgência por dor abdominal suprapúbica que se iniciou há
aproximadamente 3 horas. Refere que não urina desde há 6 horas. Nega febre, disúria e polaquiúria. Apresenta os
seguintes antecedentes pessoais: hipertensão arterial e gonartrose. Está medicado com olmesartan +
hidroclorotiazida e nestas últimas semanas tem tomado regularmente tramadol + paracetamol por agravamento
da gonalgia. Consome aproximadamente 30 g de álcool por dia. Nega hábitos tabágicos e toxicofílicos. Sinais vitais:
temperatura 36.9ºC, frequência cardíaca 110 /min, pressão arterial 129/71 mmHg e frequência respiratória 19
/min. Ao exame físico, apresenta uma massa suprapúbica dolorosa à palpação e ao toque retal uma próstata
globosa e indolor à palpação, não se palpando massas retais. Não apresenta outras alterações ao exame físico.
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DOR ESCROTAL AGUDA GD
Ausente: Presente:
TORÇÃO TESTICULAR ORQUIEPIDIDIMITE
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TORÇÃO TESTICULAR MD
• Fatores de risco:
• Criptorquidia
• Neoplasia testicular
• Deformidade em badalo (“bell-clapper”) –
fixação deficitária do gubernáculo testicular à parede escrotal, o
que causa uma maior mobilidade do testículo dentro da túnica
vaginal
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TORÇÃO TESTICULAR D
Pode haver história de exercício físico vigoroso ou trauma testicular recente.
• Sintomas:
• Dor testicular unilateral súbita e intensa
• Pode ou não acompanhar-se de dor no hipogastro
• Edema testicular unilateral
• Náuseas e vómitos
• Sinais:
• Testículo edemaciado, subido e doloroso à
palpação
• O testículo pode apresentar-se em posição transversal
• Reflexo cremastérico ausente do lado do
testículo afetado (+ evidente nas crianças)
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TORÇÃO TESTICULAR D
O diagnóstico é clínico!
O diagnóstico pode ser suportado pela ecografia com estudo doppler, no entanto a
sua realização não deve atrasar a exploração cirúrgica. Está sobretudo indicada nos
doentes com clínica atípica.
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TORÇÃO TESTICULAR D
• Diagnóstico diferencial:
• Epididimite
• Sintomas: dor e edema testicular associados a febre, disúria e
polaquiúria, podendo acompanhar-se de corrimento uretral (C.
trachomatis; N. gonorrhea)
• Sinais: testículo doloroso à palpação e sinal de Prehn positivo
(elevação testicular alivia a dor)
• Neoplasia testicular
• Sintomas e sinais: massa testicular indolor, de consistência
pétrea
Por ordem:
1. Incisão escrotal mediana (ao longo da rafe) ou transversal bilateral
2. Redução (reversão da torção) do testículo afetado
3. Avaliar a viabilidade do testículo afetado
• O fluxo sanguíneo pode ser avaliado diretamente (através da observação testicular após incisão na túnica
vaginal) ou indiretamente através de Doppler
• Se testículo necrótico, realizar orquiectomia do testículo afetado para evitar o risco de formação de abcesso
4. Orquidopexia de ambos os testículos
• Fixação testicular à fáscia dartos com uma sutura não absorvível nas suas faces medial, lateral e dependente,
tomando atenção para não torcer o cordão espermático aquando da fixação
• A fixação do testículo contralateral é recomendada, pois existe a possibilidade do mesmo defeito anatómico
que facilitou a torção testicular do outro testículo se verificar também neste
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DOR ESCROTAL AGUDA
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CASO CLÍNICO
Um adolescente de 16 anos recorre ao serviço de urgência pediátrico acompanhado pela sua mãe por uma dor
testicular muito intensa que começou subitamente há aproximadamente 1 hora. Para além disso, teve 2 vómitos
no percurso desde casa até ao hospital. Não tem qualquer antecedente pessoal nem toma qualquer medicação
habitual. Sinais vitais: temperatura 37ºC, frequência cardíaca 120 /min, pressão arterial 110/69 mmHg e
frequência respiratória 20 /min. Ao exame físico, o testículo esquerdo encontra-se edemaciado e ruborizado e
mais elevado que o direito, sendo muito doloroso à palpação. A sua elevação não provoca alívio da dor.
A. Manter em observação.
B. Realizar ecografia com estudo doppler.
C. Realizar exploração cirúrgica imediata.
D. Realizar tomografia computorizada abdomino-pélvica.
E. Solicitar exame sumário de urina.
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GANGRENA DE FOURNIER MD
Infeção polimicrobiana (aeróbios e anaeróbios) que se propaga através das fáscias de dartos, Scarpa e
Colles
Rapidamente progressiva e fatal se não tratada prontamente (taxa de mortalidade de até 67%)
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GANGRENA DE FOURNIER D
Fatores de risco:
• Abcesso perirretal
• Diabetes Mellitus
• Obesidade
• Perturbação do uso abusivo de álcool
Diagnóstico é clínico!
Dor de intensidade e extensão desproporcionais à área de eritema
Eritema difuso
Induração do tecido celular subcutâneo
Necrose
Crepitação
Sintomas sistémicos: febre e alteração do estado de consciência
O diagnóstico pode ser suportado pelos achados encontrados na TC pélvica, mas esta não deve atrasar o
tratamento: presença de ar nos tecidos moles e abcessos intra-fasciais 36
GANGRENA DE FOURNIER GD
Tratamento:
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GANGRENA DE FOURNIER GD
Tratamento:
• Derivação fecal:
• Através de tubo endorretal
• Através de colostomia (se lesão do esfíncter anal externo)
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CASO CLÍNICO
Um homem de 70 anos é trazido ao serviço de urgência pela esposa que refere que o seu marido desde há 2 dias
que tem tido uma dor intensa na região escrotal, trazendo-o hoje ao serviço de urgência porque, para além da dor
se manter, hoje está febril e prostrado, gemendo constantemente. Como antecedentes pessoais, de destacar
Diabetes Mellitus tipo 2, obesidade, dislipidemia e HTA. Como medicação habitual, toma diariamente metformina
+ sitagliptina, dapagliflozina, sinvastatina e perindopril + indapamida. A esposa refere um consumo etanólico de
aproximadamente 40 g de álcool por dia, negando hábitos tabágicos e toxicofílicos. Sinais vitais: temperatura 39ºC,
frequência cardíaca 120 /min, pressão arterial 100/65 mmHg e frequência respiratória 17 /min. Ao exame físico, o
doente encontra-se prostrado, com abertura ocular fugaz ao estímulo verbal e com edema e eritema difuso do
escroto e da região perineal, com crepitação à palpação e algumas áreas de necrose cutânea.
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PRIAPISMO MD
2 tipos
UpToDate
PRIAPISMO (BAIXO FLUXO) MD
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PRIAPISMO (BAIXO FLUXO) MD
Fatores de risco:
• Fármacos/Drogas
• Sildenafil
• Alprostadil (injeção intracavernosa)
• Trazodona
• Prazosina
• Cocaína
• Nutrição parentérica total
• Neoplasias pélvicas (bexiga, próstata)
• Anemia de células falciformes (ou traço falciforme)
• Os eritrócitos falciformes obstruem a drenagem venosa
dos corpos cavernosos
• Leucemia
• Por leucostase – aumento da viscosidade sanguínea
pela existência de um número excessivo de leucócitos
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PRIAPISMO (BAIXO FLUXO) D
Manifestações clínicas:
• Ereção dolorosa
• Corpos cavernosos rígidos e glande flácida
• vs priapismo de baixo fluxo: ereção indolor e
corpos cavernosos não totalmente rígidos
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PRIAPISMO (BAIXO FLUXO) GD
OU
• Injeção intracavernosa de fenilefrina
• Injeções a cada 3-5 minutos até 1 hora
• Monitorizar pressão arterial (risco de crise hipertensiva)
e frequência cardíaca (risco de bradicardia reflexa)
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PRIAPISMO (BAIXO FLUXO) GD
2ª linha:
• Criação de shunts entre o corpo cavernoso e o corpo
esponjoso ou a glande
Por exemplo:
• Anemia de células falciformes
• Fluidoterapia
• Oxigenoterapia suplementar
• Fármacos
• Descontinuar
…
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CASO CLÍNICO
Um homem de 62 anos recorre ao serviço de urgência devido a uma ereção dolorosa que já dura há
aproximadamente 5 horas. Nega trauma prévio. Como antecedentes pessoais, de destacar hipertensão arterial,
dislipidemia, perturbação de ansiedade generalizada e disfunção erétil. Como medicação habitual, toma
hidroclorotiazida, atorvastatina, trazodona e sildenafil. Nega hábitos tabágicos, alcoólicos e toxicofílicos.
Sinais vitais: temperatura 37ºC, frequência cardíaca 110 /min, pressão arterial 129/75 mmHg e frequência
respiratória 15 /min. Ao exame físico, o doente encontra-se agitado. O pénis encontra-se ereto, com os corpos
cavernosos rígidos, sem evidência de corrimento uretral nem de trauma. Não apresenta outras alterações ao
exame físico. Foi realizada gasimetria de um dos corpos cavernosos que revelou: pH 7.21, pO2 50.8 mmHg, pCO2
58 mmHg e HCO3 17 mg/dL.
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PARAFIMOSE MD
Comum em doente internados, que estão confinados ao leito ou com alteração do estado de
consciência e que são incapazes de responder à dor
Fatores de risco:
- Fimose;
- Procedimentos urológicos;
- Trauma;
- Atividade sexual;
- Infeção por Plasmodium falciparum.
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PARAFIMOSE D
O diagnóstico é clínico!
• Prepúcio retraído formando uma banda de constrição proximal à glande
• Prepúcio não consegue voltar à sua posição habitual
• Edema e dor da glande
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PARAFIMOSE GD
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PARAFIMOSE GD
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CASO CLÍNICO
Um homem de 77 anos encontra-se internado no serviço de Medicina Interna por uma pneumonia adquirida na
comunidade a condicionar insuficiência respiratória tipo 1. Aquando dos cuidados de higiene, a enfermeira
constatou que o prepúcio estava retraído e a glande edemaciada e dolorosa à palpação, estando o pénis flácido.
Como antecedentes pessoais, de destacar hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade e insuficiência cardíaca,
para as quais o doente toma diariamente lisinopril, bisoprolol, furosemida, espironolactona e rosuvastatina. Refere
hábitos tabágicos de aproximadamente 40 UMA, negando hábitos etanólicos e toxicofílicos. Sinais vitais:
temperatura 37ºC, frequência cardíaca 89 /min, pressão arterial 135/87 mmHg e frequência respiratória 15 /min.
Ao exame físico, o doente encontra-se irrequieto, com fácies de dor. O exame físico peniano corrobora os achados
descritos pela enfermeira.
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PIELONEFRITE ENFISEMATOSA MD
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PIELONEFRITE ENFISEMATOSA D
As manifestações clínicas são aquelas da pielonefrite aguda,
apresentando-se os doentes frequentemente em sépsis e cetoacidose
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PIELONEFRITE ENFISEMATOSA GD
Nefrostomia Nefrectomia
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CASO CLÍNICO
Uma mulher de 70 anos é trazida ao serviço de urgência pela sua filha porque desde há 2 dias que a mãe está
prostrada e com febre, tendo tido 2 vómitos alimentares. A filha refere que a mãe, antes da febre e da prostração
iniciarem, se queixou de disúria, tendo notado que a mãe ia mais vezes à casa de banho. A filha nega dispneia,
tosse e diarreia. Como antecedentes pessoais de destacar hipertensão arterial e Diabetes Mellitus tipo 2, estando
habitualmente medicada com lisinopril, metformina, sitagliptina e insulina glargina. A filha nega hábitos alcoólicos,
tabágicos e toxicofílicos. Sinais vitais: temperatura 39ºC, frequência cardíaca 130 /min, pressão arterial 80/50
mmHg e frequência respiratória 20 /min. Ao exame físico, a doente encontra-se prostrada, com abertura ocular ao
estímulo doloroso. Apresenta um tempo de reperfusão capilar > 2 segundos, encontrando-se as extremidades
frias. A auscultação cardíaca e pulmonar não apresenta alterações. O exame físico abdominal revela RHAs +,
encontrando-se mole e depressível à palpação, com algum gemido aquando da palpação profunda do flanco
esquerdo. O exame sumário de urina revela a presença de nitritos e de leucócitos. O estudo analítico revela:
Hemoglobina 12 g/dL, Leucócitos 20 000/mm3 (78% de Neutrófilos), Plaquetas 200 000/mm3, Proteína C reativa
200 mg/L (Normal < 5 mg/dL) e Glucose 350 mg/dL. Iniciou fluidoterapia com cloreto de sódio a 0.9% e realizou
uma tomografia computorizada abdominal que revelou o seguinte:
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CASO CLÍNICO
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CASO CLÍNICO
Qual dos seguintes é o próximo passo mais adequado?
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Emergências urológicas
Cirurgia genitourinária
Relevância A
MD, D, GD
Schwartz’s principles of surgery 11.ª ed.
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