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Capítulo I

Na escola primária da vila, um menino estava a construir um robô de forma


a combater a sua “robite”. A “robite” é um problema complicado, uma
espécie de doença que, se for apanhada por uma criança, pode levá-la a ter
comportamentos parecidos com os de um robô. A pupila dos olhos fica
quadrada e faz faíscas, a voz parece de um altifalante, os dedos tremem e
quando os pais chamam, os meninos têm dificuldade em ouvir.

Isto acontece porque os meninos ficam muito tempo em frente aos ecrãs
de tabletes, a jogar e a ver vídeos.

Foi a professora de artes que teve a ideia de sugerir aos alunos a realização
de um projeto de robô para ajudar os meninos a ultrapassar esta doença.
Capítulo 2

A Maria, a Milu e o Quincas (as meninas e o papagaio que aparecem


em todas as histórias do Dia do Pijama) estavam na casa da avó
Mimosa quando ouvem um estrondo. Era o robô do menino que
aterrou em cima das couves da horta da avó.
Ele estava a deitar fumo na cabeça e as meninas apagam o fumo e
salvam o robô.
O robô era de papelão e tinha uma ventoinha na cabeça.
Elas tentam falar com o robô e, quando se chegam mais perto, vêm
uma porta pequena montada nas costas do robô e de lá sai o menino
que estava a construi-lo.
Capítulo 3

O menino explica que o seu projeto da “robite” estava quase pronto


mas que de repente uma forte ventania fez levantar o robô que saiu a
voar pela janela da sala de artes. O menino não conseguiu controlar o
robô porque ele estava destinado a atuar sozinho sem ninguém o
pilotar e como ele estava dentro da portinhola, não conseguiu saltar e
veio dentro dele a voar até ao jardim das meninas.
O menino também confessa que não estava a conseguir terminar o
projeto porque o tempo para acabá-lo estava a chegar ao fim.
O papagaio Quincas diz a todos que o robô de papelão é uma grande
invenção e o menino explica que o robô é um projeto de escola que foi
construído para acabar com a robite dos meninos da vila. Foram
escolhidos robôs para brincar com as crianças porque elas gostam de
brincar com pequenos robôs que realizam tarefas sozinhos e emitem
sons engraçados.
O menino também confessa a sua tristeza porque o robô não funciona
corretamente e comete erros. Ele pensava acabar o robô, colocando
uma lâmpada num casquilho e no encaixe de papelão, um aparelho de
som que também guardasse a energia produzida pela ventoinha, para
os dias sem vento.
Perante isto a Maria traz algumas ferramentas do seu avô para ver se todos juntos
conseguem terminar o robô. O menino está desanimado e diz que não consegue fazer
mais nada e que tempo já acabou.
Ao ver o menino triste, as meninas decidem pedir-lhe que ele lhes dê o robô para elas
terminarem e ele aceita. O Quincas diz que o robô voador será o primeiro robô do
mundo a funcionar a vento.

A Maria lança o desafio de quando o robô estiver quase pronto para o menino ir à sala
Lilás, a sala delas, para acabar juntamente com elas.

Fica combinado e na escola da pequena vila os 4 amigos encontram-se durante os dias


em que trabalham na construção do robô. Eles decidem dar ao robô o nome de
Jeremias, o que vai onde tu ias. Eles decidem esconder o robô na casa da lenha da
avó, transformada em sítio secreto já com a lâmpada e o altifalante aplicados.
Capítulo 4

Durante a noite, o vento forte conseguiu entrar pelas frinchas de madeira, carregou as
pilhas que fornecem energia para ele funcionar e ele “ganha vida”. Vai ter com a avó
Mimosa e apresenta-se.
Capítulo V

Na conversa com a avó Mimosa esta descobre que o robô conseguia dizer
um poema antigo que o seu marido lhe tinha dito há muitos anos.

O Quincas descobriu como isso aconteceu: o robô Jeremias é o único no


mundo com a capacidade de contar histórias desde que tenham sido
iluminadas por uma lâmpada antiga quando foram lidas ou escritas.
Capítulo VI

Na sala Lilás, a Maria e a Milu contam tudo sobre o robô Jeremias.

Em casa da avó Mimosa, o Jeremias lê um livro sobre o cultivo de


hortas e máquinas e transforma a horta que fica perfeita.
Capítulo VII

O robô Jeremias, ao ver o álbum de fotos da avó Mimosa, confessa aos


amigos que gostaria de ter nascido humano e pede a eles se podem
torná-lo um pouco mais humano e parecido com eles porque quer ser
curioso e aprender a fazer coisas novas.

A avó diz que cantar, pintar, escrever ou dançar é uma forma de ser
criativos e oferece-se para ensinar o Jeremias a dançar. Num dos ensaios,
com a força dos movimentos, um dos braços do robô solta-se e vai cair
em cima das couves do quintal. As meninas e a avó procuram-no por
todo o lado, mas não conseguem encontrar um dos parafusos, que faz
muita falta.
Capítulo VIII

A avó diz que, para procurarem um parafuso para o robô, as meninas


devem ir à Fábrica do Engenhocas. O Engenhocas era um rapaz da vila
que gostava de estudar as coisas do espaço e que emigrou para a
América. Quando regressou, abriu uma loja de ferro-velho de robôs e
de discos voadores usados.
Os amigos vão à fábrica e o Engenhocas ficou maravilhado com um
robô tão original e único no mundo porque ele já viu muitos e
nenhum é como ele.

A Maria e a Milu explicam que o robô foi criado para tratar a robite e
ajudar as crianças a ser novamente felizes. O Engenhocas concorda
com o projeto e diz que vão ser precisos milhares de robôs destes.

Ele convida as meninas a fazer uma visita guiada à sua fábrica e elas
vêm muitas peças interessantes, das quais se destacam os Discos
Voadores Usados.
Na fábrica vêm Robôs do futuro muito sofisticados que fazem tudo e se
transformam em qualquer coisa. No fim da visita, o Engenhocas diz que
se precisarem de mais material ou do disco voador podem pedir-lhe.
No fim, dá-lhes uma caixinha com dez botões para acabarem o projeto.

Ao chegarem a casa, o robô está triste e diz à avó que acha que vai ser
substituído porque os outros robôs sabem fazer coisas que ele não
sabe.
A avó percebe que o Jeremias está a se tornar mais humano porque
está a ter emoções que um robô não tem.
Capítulo IX
O robô Jeremias vai à sala Lilás e todos os meninos correm a abraçá-lo.
Lá, o menino que o criou juntamente com a Maria, a Milu e os outros meninos
terminam de o aperfeiçoar. Foi-lhe aparafusado os botões “cantar”, “escrever”,
“pintar” e “dançar” e ainda os botões relacionados com os sentimentos “alegria”,
“gentileza”, “amor” e “esperança”. Por fim, juntam os botões “conversar” e
“natureza”.

O robô fica pronto e decidem testá-lo na casa da menina das tranças que tem robite.
A educadora sugere que se organize uma grande festa para celebrar. Convidam
todos os pais e avós dos meninos para conhecerem o Jeremias: o primeiro remédio
do mundo contra a robite.

Deram à festa o nome de Festa das Lâmpadas.


Capítulo X
O Jeremias vai à casa da menina das tranças e vê que ela não larga o tablete e
não fala com ele.

Ele pede-lhe para carregar nos seus botões que são parecidos aos botões dos
jogos do tablete e ela carrega no botão “conversar”. O Jeremias que tinha
colocado a lâmpada do avô dela no seu interior, já conhecia muitas histórias da
sua família e sabia que desde pequena aquela menina passava muito tempo a
olhar para os ecrãs.

Ela confirmou e disse que desde pequena a mãe dava-lhe um tablete para ela
comer a sopa e fazer as coisas que a mãe queria.

O Jeremias disse que o ecrã afasta as pessoas e que para se conhecer alguém é
preciso olhar nos olhos que são a janela do coração.

Também disse que a menina apanhou robite e que ele vai ajudá-la.
Eles começam a jogar o “Jogo da vida” com os botões dele e a menina
escolhe os botões “cantar” e “amor”. Logo, o Jeremias canta-lhe uma
canção de embalar que a avó lhe cantava quando ela era pequena. Dia
após dia, a menina carrega nos botões criativos e de sentimentos do
robô e até os de “dançar” e “natureza”. Começou a sair e a apanhar ar
livre e a dançar…coisas que não fazia quando estava presa ao ecrã e a
menina adorou.

O robô diz que o este Jogo da vida fez parte da sua missão para
combater a “robite”. A menina, ao se despedir dele, dá-lhe um abraço
e diz que nunca foi tão feliz como agora.
Capítulo XI
Chegou ao dia da Festa das Lâmpadas, a maior de sempre da escola.
O campo da relva onde as crianças costumam fazer as suas brincadeiras é agora o sítio
onde pais e avós estão reunidos para o começo da festa.
Todos falam da questão da robite e que é um perigo para as crianças.

Então, a professora de artes apresenta o Jeremias que vem no ar no disco voador do


Engenhocas juntamente com os 4 amigos que o construíram.
Todos batem palmas e a menina das tranças fala da experiência que teve com ele e de
que como ela mudou a sua vida. Ela agora gosta de conversar, da natureza, de histórias
familiares, é gentil e tornou-se melhor aluna na escola.
Os pais das crianças ficam deslumbrados com o robô e todos querem um para as suas
casas.
Todos querem ouvir o robô de papelão e ele chega-se À frente e diz que
foi construído com uma missão que está a terminar: mostrar que há
melhores coisas na vida do que ver vídeos e jogar nos tabletes e que o seu
trabalho com a menina das tranças foi um sucesso.
Agora ele vai ficar na Fábrica do Engenhocas a cuidar dos robôs usados e
que daqui para a frente devem ser os avós, que são os melhores modelos
para ajudar as crianças a crescer naturalmente já que conhecem as
histórias mais belas das famílias e fazem parte delas, a ajudar as crianças a
sair da robite.
Todos ficam felizes com a solução e descobrem que afinal o remédio estva
dentro de casa.
Os meninos abraçam os avós e sentem-se felizes por os ter junto com eles.
O robô despede-se e vai pelos ares.

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