CONFECÇÃO DE PINO ANATÔMICO EM FIBRA DE VIDRO

RELATO DE CASO

UCEFF – UNIDADE CENTRAL DE EDUCAÇÃO FAEM FACULDADE

Gabriela dos Reis Araujo

Rita dos Santos
Camila Lago
Sidnei A. Moro
 Introdução:

Introduzidos no mercado com a finalidade de

substituir os núcleos metálicos fundidos nas
reabilitações estética por sua cor similar à da
estrutura dental.

Outro fator importante dos pinos de fibra é que

apresentam um módulo de elasticidade (12
GPa) semelhante ao da dentina intrarradicular
(18,6 GPa) facilitando uma melhor distribuição
nas cargas mecânicas o que diminui a
possibilidade de fraturas radiculares.

(PARISI C., et al., 2015, ZHOU L., et al., 2012; SCHWARTZ R.S., et al., 2004).
 Vantagens do Pino de Fibra de vidro:

- Módulo de elasticidade semelhante ao

da dentina;
- Risco menor de falha, reversível;
- Número de sessões;
- Estética;

(BARJAU-ESCRIBANO A., et al., 2006).

 Pino de fibra de vidro Anatômico:
Esse foi desenvolvido para proporcionar:
- menor espessura da linha de cimento resinoso fornecendo uma maior
resistência;
- a ausencia da desadaptação do pino de fibra nas paredes do conduto
radicular.

(VOLPATO et al., 2017; ZHANG Y.Y., et al., 2014; SORENSEN J.A., et al., 1990, SILVA N.R., et al., 2010; SOUZA et al., 2011; MACEDO V.C., et al., 2010; FARINA A.P., et al., 2016)
Objetivo:

Confecção de um pino anatômico em

fibra de vidro reembasado com resina
composta em um segundo pré-molar
superior direito com pouco
remanescente coronário e tratamento
endodôntico com bom selamento
apical.
Metodologia:
Busca nas bases de dados PubMed e Google Acadêmico utilizando
como descritores MESH: “post-and-core technique”, “tooth
nonvital”, “tooth rooth”, “fiber glass” seguido dos operadores
booleanos "AND" e "OR".

Aprovado pelo comitê de ética: 6.270.976

“O trabalho possui relevância social e tem o apoio deste relator.

Possui potencial de publicação. Todos os direitos do participante
foram respeitados e preservados.”
Caso Clínico:

Paciente R.P., gênero

feminino e 46 anos de
idade;

ASA I: não apresentava

alterações sistemicas;

Queixa principal: Dente

15 fraurado.
Plano de Tratamento:

Radiografia;

Pino de Fibra de vidro

Anatômico.
Etapas da confecção:

Iniciou-se pela inserção do

fio retrator Ultrapak #00
no interior do sulco
gengival.
Preparo do remanescente:
Broca diamantada nº
3216 (KG).
Desobturação:

Brocas gattes e largo

número 1, 2 e 3.

O remanescente
possuía 13mm e
procedeu-se a
desobturação de 9mm.
Seleção do Pino de fibra:

Whitepost System DC
0.5 (FGM).
Isolamento do conduto:

Isolante hidrofilico

Seringa Luer
Desinfecção do Pino:

Álcool 70%
Aplicação do silano:
Anatomização:

Aplicação de uma
camada de resina opaca
Fotopolimerização:
Finalização parte radicular
Finalização parte radicular
Preparo da parte coronária:

Resina composta
Preparo da parte coronária:
Finalização do preparo da parte coronária:
Disco diamantado Flex de baixa rotação
Finalização do preparo:
Broca nº3216: forma do preparo
Broca FF: polimento e acabamento
Aspecto final de da parte coronária completa
Descontaminação da parte radicular do pino:

Ácido fosfórico 37% por

30s
Descontaminação da conduto radicular:

Ácido fosfórico 37% por 30s

Cimentação do pino:
Aplicação do sistema adesivo universal Ambar (FGM)
Cimentação do pino:

Cimento resinoso dual convencional Allcem Core (FGM)

Cimentação do pino:
Aspecto final:
Coroa em E-MAX: pós-imediato
 Discussão:

Critérios para a utilização dos pinos de fibra:

- remanescente coronário de no mínimo de 2mm de
paredes axiais paralelas até a região cervical do
preparo
- com o objetivo de dissipar melhor as tensões das
cargas mastigatórias e também evitar fratura do
cimento na sua interface.

(VOLPATO et al., 2017; ZHANG Y.Y., et al., 2014; SORENSEN J.A., et al., 1990; SILVA N.R., et al., 2010).
 Discussão:

A vantagem mais importante na utilização de pino de fibra de

vidro é que possibilitam a reabilitação de restaurações
indiretas melhores esteticamente.

No relato de caso optou-se em desobturar os 2/3, pois dessa

forma as cargas mastigatórias serem melhores dissipadas
pelo longo eixo da raiz.

(BARJAU-ESCRIBANO A., et al., 2006; SOARES C.J., et al., 2018).

 Discussão:

A confecção do pino anatômico em fibra de vidro

reembasado com resina composta permite diminuir o
espaço entre a superfície do pino e o conduto
radicular, espaço este que será compensado pelo
cimento.

(SOUZA et al., 2011; MACEDO V.C., et al., 2010; FARINA A.P., et al., 2016).
 Conclusão:
A utilização de pinos anatômicos em fibra de vidro na
odontologia representa uma abordagem promissora.

Os estudos e ensaios clínicos, demostraram uma série de

vantagens como a capacidade de dissipar melhor as tensões
mastigatórias e, também, melhores resultados estéticos.

O presente estudo contribui para a compreensão e

promoção do uso eficaz dessa técnica, destacando seu
papel na melhoria da qualidade e longevidade nas
restaurações dentárias.
OBRIGADA
 REFERÊNCIAS
1. DRISCOLL, C.O. et al. Effects of sodium hypochlorite solution on root dentine composition. Journal of materials science.
Materials in medicine, vol. 13, n.2, pág. 219-223, Fevereiro (2002). Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15348646/.
2. BIVEN G.M., et al. Effect of eugenol and eugenol-containing root canal sealers on the microhardness of human dentin.
Journal of dental research, vol. 51, n.6, pág. 162-179, Dezembro (1972). Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/4565555/.
3. MEIRELES, M. M. et al. A utilização de pinos de fibra de vidros anatômicos como uma alternativa para a melhoria estética
em tratamentos reabilitadores: revisão de literatura. Research, Society and Development, vol. 10, n. 15, pág.2-6, novembro
(2021). Disponível: https://pensaracademico.unifacig.edu.br/.
4. VOLPATO, C. A. M. et al. Próteses Odontológicas: uma visão contemporânea - fundamentos e procedimentos. São Paulo:
Guanara Koogan, 2017.
5. PARISI C, et al. Clinical outcomes and success rates of quartz fiber post restorations: A retrospective study. J Prosthet Dent,
vol.114, n.3, pág. 367-72, setembro (2015). Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26013066/.
6. BARJAU-ESCRIBANO A, et al. Influence of prefabricated post material on restored teeth: fracture strength and stress
distribution. Oper Dent., vol.31, n.1, pág. 47-54, fevereiro (2006). Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16536193/.
7. DOYON G.E., et al. Fracture resistance of human root dentin exposed to intracanal calcium hydroxide. Journal of
endodontics, vol. 31, n.12, pág. 895-897, dezembro (2005). Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16306826/.
8. SCHWARTZ R.S., ROBBINS J. W. Post placement and restoration of endodontically treated teeth: a literature review. Journal
of endodontics, vol.30, n.5, pág.289-301, maio (2004). Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15107639/.
 REFERÊNCIAS
9. ZHOU L., WANG Q. Comparison of fracture resistance between cast posts and fiber posts: a meta-analysis of literature.
Journal of endodontics, vol.39, n.1, pág.5-11, janeiro (2013). Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23228250/.
10. ZHANG YY, et al. The effects of ferrule configuration on the anti-fracture ability of fiber post-restored teeth. Journal of
dentistry, vol.43, n.1, pág.117-125, janeiro (2015). Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25456614/.
11. SORENSEN J.A., ENGEMAN M.J. Ferrule design and fracture resistance of endodontically treated teeth. The Journal of
prosthetic dentistry, vol.6, n.5, pág. 529-536, maio (1990). Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/2187080/.
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treated bovine anterior teeth. The Journal of Prosthetic Dentistry, vol.104, n.5, pág. 306-317, novembro (2010). Disponível:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20970537/.
13. MACEDO V.C.,et al. Effect of cement type, relining procedure, and length of cementation on pull-out bond strength of fiber
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https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20728724/.
14. FARINA A.P., et al. Influence of Cement Type and Relining Procedure on Push-Out Bond Strength of Fiber Posts after Cyclic
Loading. Journal of prosthodontics: official journal of the American College of Prosthodontists, vol.25, n.1, pág. 54-60, janeiro
(2016). Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25676086/.
15. SOARES C.J.,et al. How biomechanics can affect the endodontic treated teeth and their restorative procedures? Brazilian oral
research, vol. 32. n.1, pág. 76, outubro (2018). Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30365617/.
16. SOUZA, L. C. et al. Resistência de união de pinos de fibra de vidro à dentina em diferentes regiões do canal radicular.
Revista Gaúcha de Odontologia (Online), v. 59, n. 1, p. 51-58, (2011). Disponível: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?
pid=S1981-86372011000100008&script=sci_abstract