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SCOTT, C. K., VELO, M. M. de A. C., MICHELLIN, M. B., ZABEU, G. S., JALKH, E. B.

, BOMBONATTI,
J. F. S., MONDELLI, R. F. L. Abordagem restauradora estética e conservadora para o
fechamento de diastemas múltiplos após tratamento ortodôntico: relato de caso. Clin Lab
Res Den 2019:1-10. DOI http://dx.doi.org/10.11606/issn.2357-8041.clrd.2019.149527.

A estética dental comprometida pela presença de diastemas é uma grande


complicação em relação à autoestima dos pacientes, podendo afetar até o seu convívio na
sociedade. Scott et al., em 2019, abordaram uma técnica restauradora com o objetivo de
comprovar um melhor prognóstico no fechamento de diastemas múltiplos em dentes
anteriores superiores após tratamento ortodôntico. Após a moldagem e obtenção de modelos
de gesso, o enceramento diagnóstico foi realizado nos dente 11, 12, 13, 21, 22 e 23 para
confecção de uma matriz de silicone. A seleção de cores das resinas foi realizada através da
técnica de incrementos na vestibular dos dentes. Em seguida, com o isolamento absoluto e um
leve desgaste realizado, foi aplicado o sistema adesivo em cada dente. A matriz de silicone foi
posta na palatina dos dentes para confecção de uma fina camada de esmalte. Para confecção
dos mamelos, incrementos de resina de dentina foram colocados com a sonda exploradora e
resina neutra foi aplicada entre os mesmos para evidenciá-los. As faces proximais foram
confeccionadas com resina de esmalte, assegurando pontos de contatos entre cada dente. Na
face vestibular, uma única camada de resina para esmalte foi aplicada e finalizada com pincel
sobre toda a superfície. O acabamento foi realizado imediatamente com brocas
multilaminadas e discos abrasivos e após 48 horas foi realizado o polimento com borrachas
siliconadas. Para alcançar um resultado satisfatório, o enceramento diagnóstico foi de extrema
importância, pois auxiliou na determinação do tamanho e forma dos elementos dentários. O
planejamento digital também vem sendo considerado para aperfeiçoamento e previsão do
tratamento restaurador, já que é possível avaliar forma, tamanho e proporção de cada dente
“fora da boca” do paciente. Contudo, o profissional deve dominar a técnica e, junto com um
sistema adesivo aplicado de forma correta, o sucesso do procedimento é mais previsível.
Resinas nanohíbridas e nanoparticuladas são as mais indicadas para restaurações diretas em
dentes anteriores, pois apresentam propriedades satisfatórias semelhantes ao tecido dental. A
literatura atual comprova a longevidade clínica para o tratamento restaurador direto em
dentes anteriores, apresentando uma falha anual de até 4,1%. Pelo caso apresentado, pôde-se
ter conhecimento de que a estética de um sorriso, quando comprometida com a presença de
diastemas, pode gerar insatisfação aos pacientes, porém são suscetíveis à reabilitação,
promovendo durabilidade e satisfação tanto do paciente quanto do profissional. A preferência
pelo tratamento restaurador direto em casos de diastemas em dentes anteriores é uma ótima
escolha por se tratar de um procedimento menos invasivo que, quando planejado
corretamente, pode garantir resultados favoráveis.

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