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PRIMEIRO SEMESTRE
TURNO MATUTINO
ESTUDO DIRIGIDO NP
Maio de 2020
Relação entre o trabalho de algumas áreas de atuação da Fonoaudiologia, ao
1. Introdução
5. Conclusão
6. Referências Bibliográficas
1. Introdução
A interdisciplinaridade é um caminho para melhor se compreender a complexidade do
ser humano e para que se tenha dele uma visão articulada, com o seu meio natural, e que assim
seja possível construir e transformar esse meio. A interdisciplinaridade pode ser vista como
essencial também na área dos Distúrbios da Comunicação Humana, pois como se tendo em vista
que a comunicação é fundamental para a vida em sociedade, assim como para o estabelecimento
de relações individuais, é por meio dela que compartilhamos mensagens, ideias, sentimentos e
emoções que poderão influenciar na relação com outros indivíduos, os quais levarão em
consideração suas crenças, seus valores, suas histórias de vida e sua cultura.
Também é uma questão de atitude. É uma relação de reciprocidade que pressupõe uma
conduta diferenciada diante do problema do conhecimento, ou seja, é a substituição de uma
concepção fragmentária para uma concepção unitária do ser humano.
Faz-se necessária uma avaliação com o Ortodontista, pois o aspecto fundamental para o
sucesso do tratamento é o diagnóstico precoce, tanto dos problemas faciais e oclusais quanto dos
funcionais, alertando para a importância da terapia interdisciplinar.
Muitos casos de mordida aberta e respiradores bucais só são corrigidas com exercícios
de reposicionamento lingual executados pelo fonoaudiólogo, assim como existem aparelhos
dentários específicos para auxiliar neste trabalho.
Existem casos onde deve-se tratar o paciente primeiramente com a área da Ortodontia e
em outros casos deve-se iniciar com a área da Motricidade Facial, ou haverá casos onde as duas
áreas trabalharão simultaneamente.
Um grande exemplo são as crianças com autismo, as quais, em sua grande maioria,
apresentam movimentos estereotipados, balança as mãos, correm de um lado para o outro,
insistem em manter determinados objetos consigo, fixam somente numa característica do objeto,
apresentam atraso no desenvolvimento da coordenação motora fina, grossa e de linguagem,
demoram para adquirir o controle esfincteriano e habilidades da vida diária, como comer com a
colher, abotoar a camisa ou sentar. O trabalho com essas crianças, para a aquisição da fala
necessita ser interdisciplinar, envolvendo uma equipe, onde estarão presentes o Psicólogo para
trabalhar o comportamento e o Fonoaudiólogo, especializado na área de linguagem, para
trabalhar na aquisição ou melhora da fala.
Por razões como esta é que o tratamento multidisciplinar se faz necessário, pois
enquanto uma área trata a função, a outra trata a raiz do problema e vice-versa.
Nenhum paciente pode ser liberado até que conheça a verdadeira natureza de seus
sintomas vocais. Ele deve ser auxiliado a interpretar suas próprias dificuldades e a reconhecer
que as circunstâncias da vida(juntamente com as reações emocionais que elas produzem) e os
distúrbios vocais são fatos ligados e não são isolados.
Esses resultados evidenciam a preocupação dos geriatras com os idosos frágeis, pois
devido aos comprometimentos físicos ou cognitivos, esses indivíduos podem não ser capazes de
realizar as adaptações necessárias, acarretando o desenvolvimento da disfagia. Dentre esses
comprometimentos, ainda há a presbifagia, que ocorre devido à diminuição da reserva funcional
dos órgãos e sistemas, com deterioração das funções tanto motoras quanto sensitivas. É
decorrente da redução da sensibilidade e mobilidade orofacial a diminuição da saliva, perdas dos
dentes e uso de próteses dentárias. Estudos mostram que uma porcentagem importante dos idosos
apresenta algum tipo de queixa com relação à alimentação.
Então, resumindo, pode-se dizer que as síndromes geriátricas são condições de saúde
multifatoriais que não se enquadram na categoria de doenças, mas ocorrem quando os efeitos
cumulativos de disfunções em múltiplos sistemas colocam a pessoa idosa numa condição de
maior vulnerabilidade, podendo contribuir para o declínio da capacidade funcional, um maior
nível de dependência e a institucionalização. Entre as síndromes geriátricas, temos a
instabilidade postural, imobilidade, incontinência, iatrogenia, incapacidade cognitiva e
incapacidade comunicativa.
Alguns exemplos são destacados: deglutição alterada por perda de dentes (Disfagia), a
perda da audição por ruídos permanentes (Audiologia), a reabsorção óssea da mandíbula, atrofia
das fibras musculares da face, prejudicando a linguagem oral do idoso (Motricidade Orofacial),
entre outras. Estas são alterações ocasionadas pelo envelhecimento, que podem ser prevenidas e
reabilitadas pelo profissional fonoaudiólogo.
5. Conclusão
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