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DISTÚRBIOS da Motricidade
Orofacial
Introdução
Os distúrbios da motricidade orofacial envolvem alterações de funções, como a respiração, a masti-
gação e a deglutição, e podem ainda estar associados a outras funções, como os problemas da fala.
Em geral, as alterações dessas funções são consequência de problemas muito comuns na área
otorrinolaringológica. O diagnóstico dos distúrbios orofaciais e a sua reabilitação são fundamentais
para o sucesso terapêutico.
Objetivo
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
Atualmente, outras duas funções – a respiração e a mastigação – devem ser avaliadas e tratadas
caso tenham alterações, já que interferem diretamente no desenvolvimento e no funcionamento
do sistema sensório-motor-oral.
A respiração oral é vista, hoje, por médicos, dentistas e fonoaudiólogos como uma das
causas das alterações do tônus das estruturas da boca e da face, assim como das alte-
rações das funções de mastigar, deglutir e, até mesmo, da produção articulatória da fala.3
lembrar
O diagnóstico da causa da obstrução é importantíssimo frente ao sucesso da terapia
dos distúrbios orofaciais. As causas mais comuns de obstrução nasal são rinopatia
inflamatória, principalmente a alérgica, aumento das tonsilas faríngeas ou palatinas,
desvio septal, entre outras.
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comum na faixa pré-escolar, e as rinites e o desvio septal em crianças maiores, adolescentes e
adultos.4
O indivíduo respirador oral pode apresentar vários sinais e sintomas característicos da chamada
síndrome do respirador oral. As possíveis alterações encontradas vão desde a simples mudança
da postura corporal até interferências no crescimento craniofacial.
A respiração oral gera sinais diferentes ativando sistemas distintos para o estímulo do crescimento,
podendo resultar em uma variação morfológica da face. Há íntima relação entre os componentes
funcionais e estruturais na cabeça e no pescoço.5
São comentadas, a seguir, as alterações mais frequentes encontradas nos respiradores orais e
suas consequências.7
Com a boca aberta, a relação de forças entre os músculos da cavidade oral se modifica. Em geral,
pode-se avaliar os músculos clinicamente e também utilizando a eletromiografia de superfície, já
que o orbicular da boca, ao não ser utilizado de forma adequada, perde a sua tensão muscular
normal. A musculatura supra-hióidea e a língua também apresentam o tônus modificado, assim
como os músculos mentual e bucinadores.
A modificação do tônus e o posicionamento inadequado da língua na cavidade oral fazem com que
as funções orofaciais, como a mastigação, a deglutição e a fala, se alterem.
As modificações na deglutição são clássicas. A projeção da língua para anterior, os ruídos para
deglutir e o pressionamento exagerado do orbicular da boca são as alterações mais frequente-
mente encontradas.
As modificações na mastigação decorrentes da boca aberta vão desde a perda de força mastigató-
ria até a ausência total da mastigação, sendo esta substituída por amassamentos da língua contra
o palato. O fato de a mastigação não acontecer com toda a sua eficiência leva a uma alteração da
deglutição, uma vez que o bolo alimentar, não estando bem formado, força um novo posicionamento
de língua durante a ejeção do bolo da fase oral para a fase faríngea.
Quanto à fala, se observa principalmente a mudança dos pontos de articulação dos fones bilabiais,
que se tornam enfraquecidos, e dos fones linguodentais, que, além de enfraquecidos, são produ-
zidos com a parte média da língua. A modificação do ponto de articulação, por menor que seja,
associada ao enfraquecimento na produção dos mesmos, pelo fato de o tônus estar diminuído,
sempre traz uma imprecisão na produção da fala como um todo.
dade oral ou nas comissuras labiais. A boca aberta, com a língua mais baixa, leva a um menor
número de deglutições. O fato de a saliva ficar na cavidade oral sem ser deglutida interfere na
produção da fala e também pode ser expelida de forma involuntária.
O aumento das tonsilas palatinas leva a língua para uma posição mais anterior. Outra caracterís-
tica frequente, nesses casos, é a ingestão de porções menores de alimento na boca durante as
refeições na tentativa de obter uma mastigação mais efetiva. Observa-se, ainda, um tempo maior
de mastigação e movimentos de cabeça para anterior e/ou superior no momento da deglutição, au-
mentando o espaço orofaríngeo e facilitando a passagem do bolo alimentar da boca para a faringe.
A respiração pela boca pode ainda causar alterações oclusais, e as mais frequentes são as mordi-
das abertas anteriores e/ou cruzadas unilaterais. Ambas trazem prejuízos diretos para a mastigação
e, consequentemente, para a deglutição. A atresia do arco palatino superior é frequente nesses
casos, não permitindo o adequado acoplamento da língua.
Pelo exposto, observa-se que, se a respiração oral não for tratada precocemente, as alterações
de boca aberta, postura da língua alterada, tônus, acúmulo de saliva na cavidade oral, alterações
oclusais e alterações nas funções de mastigação, deglutição e fala não serão resolvidas adequa-
damente, e as recidivas serão frequentes.
Sabe-se que, nos casos de grandes alterações oclusais, mesmo que o otorrinolaringologista resol-
va o problema da respiração, o paciente não consegue fechar os lábios, uma vez que a alteração
oclusal causa impedimento mecânico para que o fechamento dos lábios ocorra de forma normal,
evidenciando, para esses casos, a necessidade de um trabalho conjunto entre o dentista e o médico.
Após a adenoamigdalectomia, observou-se que cerca de 50% das crianças mantiveram as alte-
rações de mastigação e deglutição até o sexto mês pós-operatório.11 Provavelmente, o hábito ou
mesmo o tônus diminuído, não permita o correto fechamento dos lábios. Nesses casos, novamente
o tratamento conjunto, agora entre o médico e o fonoaudiólogo, é essencial para que o resultado
seja favorável.
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2. O paciente respirador oral apresenta alterações craniofaciais e funcionais seme-
lhantes, independentes de sua causa. Dessa forma,
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Mastigação
Uma outra função do sistema sensório-motor-oral, de certa forma “menosprezada” ou não obser-
vada pelos médicos e fonoaudiólogos, era a mastigação. Entendia-se que a mastigação é de
avaliação e tratamento exclusivos do dentista, uma vez que, para mastigar bem, são necessários
dentes em boas condições, e isso é garantido pelos dentistas. Nesse sentido, outros profissionais
não se preocuparam com essa função durante muito tempo.12,13
A mastigação se altera não somente quando existem alterações dentárias ou oclusais, mas
também por alterações de tônus muscular, alterações respiratórias, doenças da cavidade
oral, alterações neuromotoras e maus hábitos alimentares, como o uso prolongado de
alimentação líquida ou pastosa, entre outras causas.
uma vez que são funções sequenciais. Assim, a avaliação da mastigação e da deglutição deve
ser realizada em sequência e não de forma isolada, uma vez que, após a mastigação, o ato de
deglutir é o esperado.16,17,18
Distúrbios da fala
A fala, que também é uma das funções do sistema sensório-motor-oral, é um ato motor comple-
xo utilizado pelos seres humanos para expressar o pensamento. Em média, os sons da fala são
aprendidos durante os seis primeiros anos de vida.
Para o aprendizado da fala, muitos fatores estão envolvidos, entre eles a audição e os aspectos
cognitivos, motores e, inclusive, afetivos. Para que possa haver um bom aprendizado da fala, tam-
bém é importante que bons modelos sejam fornecidos pelos pais ou responsáveis pela criança.20
Muitas vezes, os pais são informados de que a criança irá falar corretamente até os 5 anos de idade.
Esse é um grande problema, pois a fala, assim como as outras funções, são processos evolutivos.
Uma criança que não fala nada até os 2 anos de idade é uma criança de risco, pois está no limite
do que se considera normalidade para a aquisição do início da comunicação oral.
Não se pode confundir a linguagem em si, que pode ser representada por expressões faciais,
gestos, escrita e desenhos, com a simples produção articulatória, a qual gera a fala que poderá
ocorrer com ou sem significado.
Os sons da fala do português são adquiridos, em média, até os 6 anos de idade. Geralmente, as
crianças sem alterações de nenhuma espécie, que são estimuladas adequadamente, aos 5 anos já
terminaram esse processo. Os problemas de linguagem, no geral, são mais facilmente identificados
pelo fato de virem acompanhados de outras alterações de desenvolvimento.
A fala também não se desenvolverá de forma adequada quando existirem perdas auditivas, sejam
elas pequenas ou grandes. As otites de repetição, muitas vezes, levam a criança, no futuro, a ter
dificuldade com a discriminação do que é figura e fundo durante a recepção da fala, e isso a torna
confusa, principalmente quando ocorrem muitos estímulos auditivos ao mesmo tempo.
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lembrar
O diagnóstico diferencial dos distúrbios da fala normalmente é realizado pelo fonoau-
diólogo, que tem conhecimento do desenvolvimento da linguagem e da fala. Porém,
considera-se essencial que todos os profissionais da área da saúde conheçam como
a fala se desenvolve e quais são as causas dos problemas mais comuns. Isso é muito
importante principalmente para aqueles profissionais que lidam, com mais constância,
com crianças em fase de desenvolvimento.23
Serão comentadas, a seguir, algumas das causas das alterações na produção articulatória da fala.
Tonsilas hiperplásicas
Quando há o aumento das tonsilas, faríngea e/ou palatinas, observa-se que a passagem do ar fi-
ca diminuída ou mesmo totalmente obstruída. Quando isso ocorre, a boca se entreabre e a língua
toma uma posição mais baixa. Como consequência desse posicionamento inadequado de lábios
e língua, podem-se ter:
As funções de mastigar e deglutir também podem, como consequência do aumento das tonsilas,
estar alteradas. É previsto ainda o acúmulo de saliva na cavidade oral, uma vez que o número de
vezes que o paciente passa a deglutir se torna menor.
Com esse quadro de alterações ósseas, dentárias, musculares e funcionais, podem-se ter altera-
ções nos fones [s] e [z], que podem estar sendo produzidos de forma distorcida, principalmente por
causa do posicionamento da língua. Além da distorção, pode ocorrer imprecisão, já que a flacidez
da língua dificulta que os pontos de contato sejam corretos.
Em alguns casos, a parte média da língua fica elevada, facilitando o aparecimento do ceceio cha-
mado de lateral. Se ocorrer mordida aberta anterior, também pode-se ter o ceceio anterior. Os indi-
víduos que respiram pela boca, não importando a causa, quase sempre terão a língua posicionada
no assoalho da boca, com possíveis alterações musculares, ósseas e até oclusais.
A alteração da fala decorrente do aumento das tonsilas palatinas é uma indicação relativa
para amigdalectomia.25
Entretando, quando há a lingualização dos dentes superiores e o espaço interno ficar diminuído, a
língua tende a baixar a ponta e elevar o dorso para se acomodar melhor dentro da cavidade oral,
fazendo com que os fones [s] e [z] percam os seus pontos de contato, podendo ficar distorcidos.
Quando ocorrem as doenças periodontais, em que as peças dentárias podem ter se movimentado
com o consequente aparecimento de diastemas, tem-se a fala com assobio e maior escape de
saliva, além da anteriorização dos fones linguodentais.
Alterações da oclusão
As mordidas abertas, cruzadas e sobremordidas podem favorecer o aparecimento de pontos de
contato inadequados na produção dos sons da fala. Nas sobremordidas, é comum o aparecimento
do assobio nos fricativos alveolares. Isso ocorre pela diminuição do espaço vertical interno.
Nas mordidas cruzadas, pode-se ter o deslizamento da mandíbula para uma das laterais, o que
também favorece a má-produção das fricativas anteriores [s] e [z]. As mordidas abertas podem
favorecer o aparecimento do ceceio anterior, assim como a anteriorização do ponto de articulação
dos fones linguodentais.
Na maloclusão de classe II de Angle, pelo fato de haver discrepância posteroanterior das bases
ósseas, da maxila e da mandíbula, observa-se que os fones bilabiais são produzidos quando o
lábio inferior entra em contato com os dentes incisivos superiores, ao invés do contato normal, que
seria o lábio inferior em contato com o lábio superior.
O ceceio lateral também pode ocorrer pelo fato de a parte média da língua se manter próxima do
palato duro, diminuindo, dessa forma, o espaço de saída do ar. O deslize mandibular anterior tam-
bém é frequente para ampliar o espaço interno, facilitando o correto posicionamento da língua na
produção dos sons da fala. Bastante comum ainda é o acúmulo de saliva na cavidade oral, favore-
cendo uma articulação mais fechada e evitando que a saliva seja expelida da boca durante a fala.
Na classe III de Angle, pode-se observar a mudança do ponto articulatório das fricativas labioden-
tais [f] e [v], em que sua produção fica invertida, ou seja, o lábio superior se articula com os dentes
inferiores para produzir esses sons. Observa-se, ainda, maior uso do lábio superior nos plosivos e
maior participação da parte média da língua durante a fala.
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Os pacientes com disfunção da articulação temporomandibular tenderão a apresentar redução da
amplitude do movimento mandibular, aumento da atividade da musculatura perioral, lateralização
da mandíbula no [s] e [z], diminuição da velocidade da fala e, ainda, alterações de voz.
Os movimentos mandibulares são mais frequentes em indivíduos com respiração oral, classe II
de Angle divisão primeira, excessiva sobressaliência, mordida cruzada lateral ou aberta anterior,
assim como nas disfunções da articulação temporomandibular. Provavelmente, esses movimentos
inadequados de mandíbula ocorram como forma de compensação para encontrar a melhor possi-
bilidade da correta articulação dos fones a serem produzidos.
Alterações da saliva
A quantidade e a qualidade da saliva interferem na produção da fala. Quando há excesso na sua
produção, ela tenderá a se acumular nas comissuras e será expelida durante a fala. Para que isso
não aconteça, há, instintivamente, a diminuição do espaço entre os maxilares durante a fala, evi-
tando esse escape. No entanto, essa manobra de compensação para conter a saliva leva a uma
imprecisão da fala.
Quando existe pouca saliva, a língua aumenta os seus movimentos na tentativa de buscar mais
saliva. Esse movimento causa um ruído característico, frequentemente produzido pelos idosos
que já não possuem saliva suficiente, e que acompanha a fala quase todo tempo, interferindo na
inteligibilidade da mesma.
Nas faces longas, observa-se maior flacidez da musculatura, propiciando a abertura da boca com
mais frequência e com o consequente posicionamento baixo da língua. Nas faces curtas, o es-
paço intraoral é menor, propiciando maiores deslizamentos da mandíbula para anterior ou lateral,
com a finalidade, por exemplo, de possibilitar a correta articulação dos sons fricativos alveolares.
mo nos casos de acidentes, queimaduras ou câncer na região da face. Essas alterações estruturais
são acompanhadas por modificações musculares adaptadas à estrutura transformada. Observa-se
o mesmo fenômeno nas malformações da face, nas síndromes que afetam a face e nas fissuras
labiopalatinas, além de outros.
Em cada uma dessas alterações poderão haver compensações buscando melhores apoios para
uma melhor articulação dos sons. As estruturas que produzem a fala passam a utilizar os pontos
mais favoráveis para a produção dos fones. A compensação é sempre realizada para que a fala
permaneça com as suas características o mais próximo possível do que se espera como normal.
Portanto, as modificações articulatórias serão dependentes, por exemplo, das cirurgias realizadas
ou da grandeza da malformação encontrada na face.
Próteses dentárias
As próteses dentárias, quando não são bem construídas e/ou adaptadas, causam problemas para
o individuo, que tem dificuldades para articular com perfeição os sons da fala. As próteses também
podem ser confeccionadas para a melhora da fala, como são usadas com frequência nos indivídu-
os com fissuras labiopalatinas ou nos indivíduos com doenças neurológicas evolutivas, as quais
podem causar perda da mobilidade do palato mole.
Em geral, a prótese dentária, quando não está bem adaptada, traz problemas, como falar com a
boca mais fechada para não perder a estabilidade da prótese, e isso acaba causando imprecisão
articulatória.
A diminuição dos movimentos mandibulares também fica evidente, assim como aparecem movi-
mentos alterados da mandíbula e dos lábios em uma tentativa de manter a prótese mais firme e
de compensar ou melhorar a precisão da fala.
Frênulo da língua
O frênulo lingual, quando alterado, dificulta os movimentos da língua, assim como seu contato com
alguns pontos articulatórios, levando a alterações em alguns fones, principalmente nos laterais e
no flape alveolar ([r] simples realizado com a parte anterior da língua).
Com isso, os movimentos da língua ficam reduzidos, a abertura da boca tenderá a ser menor du-
rante a fala, o flape alveolar poderá estar distorcido e os grupos consonantais com [l] e com [r]
podem não ser produzidos de forma clara e consistente.
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Lalekea e Messner descrevem que 74% dos otorrinolaringologistas indicam a terapia
cirúrgica contra apenas 29% dos pediatras.30 Estes sugerem que com o crescimento e o
desenvolvimento do indivíduo o problema do frênulo lingual desaparecerá.
Entre os adolescentes com frênulo lingual curto, porém, a grande queixa é o distúrbio da fala.31
Dessa forma, na presença de restrição intensa de mobilidade da língua e de distúrbio articulatório
da fala, a frenuloplastia está indicada. Após a cirurgia, caso o problema não se resolva, a fonote-
rapia deve ser indicada.
Utilizar um protocolo com escores para a avaliação do frênulo da língua é um dos primeiros passos
para saber se existe ou não alteração do frênulo, qual o grau da alteração e qual o melhor proce-
dimento a ser indicado.32
Piercing
A inserção de objetos de metal na boca, como o piercing, parece ser moda, principalmente entre
os jovens; no entanto, essa nova mania pode trazer numerosas complicações orais e dentais. Nem
sempre são observadas as alterações de fala, mastigação e deglutição em quem usa esse adorno.
Os piercings utilizados na língua podem interferir, com mais frequência, na articulação da fala. É
fundamental que os jovens, assim como os seus pais, sejam alertados para as possíveis interfe-
rências que podem ocorrer pelo uso desse objeto.
Em geral, a simples retirada do piercing já é suficiente para que quaisquer alterações das funções
orais desapareçam.
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A) mastigar.
B) deglutir.
C) falar.
D) todas as alternativas estão corretas.
9. Quais são os sinais clínicos apresentados pelos pacientes com disfunção temporo-
mandibular?
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10. De que forma o excesso e a diminuição da produção da saliva podem interferir na fala?
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12. Em relação ao frênulo lingual,
Casos Clínicos
Caso clínico 1
Paciente C. D., 11 anos, masculino. Queixa: respiração oral, problemas para mastigar e
alteração assistemática de voz.
Dados do histórico
Não foram observadas alterações nas pregas vocais, embora a criança fique rouca com
frequência, principalmente quando gripada. Parece que o processo alérgico é o que mais
interfere no modo de respirar e mesmo na qualidade vocal.
Mastiga com a boca entreaberta, o que pode estar relacionado com a respiração oronasal.
A mãe da criança também se submeteu à cirurgia de septo e de adenoide quando adulta
para poder respirar melhor.
Durante a fala, interpôs constantemente o lábio inferior atrás dos dentes superiores, devido
à sobressaliência. Também se observou que, durante a fala, acumula saliva nas comissu-
ras labiais. Provavelmente, a criança deglute a saliva menos vezes do que o normal, por
ficar com os lábios entreabertos, causando o acúmulo da mesma nas comissuras labiais.
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A b
Figura 2 – A) Ângulo nasolabial aberto, dificultando ainda mais o fechamento dos lábios. B) Terço inferior da
face aumentado. O lábio superior cobre apenas metade dos dentes superiores, e o lábio inferior é evertido.
Fonte: Arquivo de imagens das autoras.
A b
c d
Figura 3 – A), B), C) e D) Sobressaliência e palato estreitado. Isso faz com que o lábio inferior se interponha
durante a deglutição e a fala, e também dificultem o fechamento dos lábios. Observar a sobremordida dentária.
Fonte: Arquivo de imagens das autoras.
A b
c d
Figura 4 – A e B) Face tipo II com possível avanço de maxila e/ou deficiência da mandíbula, levando a
uma discrepância maxilomandibular no sentido horizontal, o que também dificulta o fechamento dos lábios.
C) e D) No exercício de sucção, a força da língua é maior do lado direito.
Fonte: Arquivo de imagens das autoras.
As alterações anatômicas visíveis nas fotos que provavelmente dificultam o fechamento dos lá-
bios são:
A partir das informações descritas no caso clínico 1 e das respectivas figuras, responda às ques-
tões a seguir.
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14. O que impede ou dificulta a permanência dos lábios fechados?
15. Qual a causa mais provável do acúmulo de saliva nas comissuras labiais no caso
apresentado?
Caso clínico 2
Paciente B. S., masculino, com 9 anos e 8 meses. Queixa: segundo os pais, a criança fala
“comendo” parte de palavras, muitas vezes, rápido demais, e, em outras vezes, parece
falar pelo nariz. Também fica sempre de boca aberta, e os seus lábios são ressecados
e rachados.
Dados do histórico
A família procurou tratamento para a criança principalmente por causa da fala, uma
vez que a sua comunicação está bastante prejudicada. Ao nascer, a pediatra indicou a
frenuloplastia, a qual foi realizada quando ele tinha 6 meses de vida.
Dados do exame
A criança manteve a boca entreaberta durante todo o exame. A postura da língua é baixa,
permanecendo a maior parte do tempo no assoalho da boca. Não foram encontradas alte-
rações no exame de mobilidade de estruturas como bochechas, palato mole e mandíbula.
Quanto à língua, observou-se que, ao lateralizar, a ponta vai para baixo, sendo pior para
a esquerda. Isso, no geral, é indicativo de interferência do frênulo lingual. Na postura
habitual da língua e ao protrair, observa-se o formato de coração no ápice.
Na análise eletromiográfica, constatou-se que não houve apoio adequado do terço anterior
da língua durante a ejeção do bolo alimentar. Nas provas de fala, a musculatura supra-
hióidea apresentou valores maiores à direita, provavelmente compensando uma menor
atividade da língua desse lado. Em casos de frênulos de língua alterados, é comum o
funcionamento assimétrico da língua durante a execução das funções orofaciais.
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as seguintes características:
o tônus dos lábios está diminuído e o inferior está bastante evertido; a criança apre-
senta olheiras e bochechas baixas. Todos esses dados são típicos de indivíduos
respiradores orais;
forma-se um coração no ápice da língua e a parte central fica deprimida, achados
típicos de alteração de frênulo lingual. A língua é alargada e alta, com tônus diminuí-
do, assim como a musculatura supra-hióidea. O frênulo da língua é alterado, estando
fixado próximo ao ápice da língua;
nos movimentos realizados pela língua, a lateralização é feita com a ponta voltada para
baixo, sendo pior para a esquerda. Ao elevar a língua de encontro ao lábio superior,
além de ela desviar-se para a direita, o lábio superior desce na tentativa de facilitar
esse movimento. Esses dados são condizentes com a alteração de frênulo de língua.
A b
Figura 6 – A) e B) Observa-se o ápice da língua dividido, e o centro da língua marcado por uma depressão.
Além disso, a língua é alargada e alta, e parece ter o seu tônus diminuído.
Fonte: Arquivo de imagens das autoras.
A b c
Figura 7 – A), B) e C) Musculatura supra-hióidea com o tônus diminuído e o frênulo lingual anteriorizado. Em
7B, ao elevar a língua de encontro ao lábio superior, ocorre desvio da língua para a direita, e o lábio superior
desce na tentativa de facilitar esse movimento.
Fonte: Arquivo de imagens das autoras.
A b c
Figura 8 – A) Frênulo lingual anteriorizado B) e C) Na lateralização da língua, a ponta vai para baixo, sendo
pior para a esquerda.
Fonte: Arquivo de imagens das autoras.
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A criança apresenta alteração miofuncional orofacial caracterizada por respiração oronasal e im-
precisão de fala. A boca entreaberta leva ao tônus diminuído da face, dos lábios, da língua e da
musculatura supra-hióidea. A postura da língua permanentemente no assoalho da boca contribui
para a permanência da boca aberta.
As causas da imprecisão da fala podem estar correlacionadas tanto com a respiração oronasal,
como com o frênulo de língua alterado. A imprecisão da fala, neste caso, também é causada pela
velocidade de fala aumentada e pela boca mais fechada. Nos casos de frênulos fixados próximo
ao ápice da língua, observa-se uma menor abertura da boca para que a ponta da língua alcance
o arco superior.
A produção da fala ainda piora pelo fato de a língua manter-se com o dorso alto e mais posterio-
rizada. Esse posicionamento de língua é bastante comum em casos de respiração pela boca. A
distorção específica encontrada nos fones [r], [l], [t] e [d] é bastante comum em casos de frênulos
anteriorizados.
A partir das informações descritas no caso clínico 2 e de suas respectivas figuras, responda às
questões a seguir.
17. Entre as condutas a seguir, qual delas deverá ser feita em primeiro lugar neste
paciente?
A respiração oral resulta em alterações da morfologia facial, como alongamento do terço inferior
da face e alterações da oclusão dentária que se relacionam a problemas funcionais. A mastigação,
quando alterada, pode ter, como possíveis causas, problemas oclusais, respiratórios, alterações
neuromotoras, maus hábitos alimentares, uso prolongado de alimentação líquida ou pastosa, den-
tre outras.
Atividade 3
Resposta: D
Comentário: Ao respirar pela boca, a relação de forças entre os músculos da cavidade oral se mo-
difica, assim como ocorre a modificação da musculatura supra-hióidea e da língua. A alteração do
tônus e o posicionamento inadequado da língua na cavidade oral, além dos lábios entreabertos,
levam à alteração da deglutição, ocorrendo a projeção anterior da língua com pressionamento exa-
gerado do orbicular da boca na tentativa de conter essa projeção e o ruído pelo apoio inadequado
do dorso da língua contra o palato duro.
Atividade 5
Resposta: D
Comentário: Todas as condições citadas podem trazer distúrbios no sistema sensório-motor, acar-
retando comprometimento da fala.
Atividade 6
Resposta: C
Comentário: Quando há aumento das tonsilas, da faríngea e/ou das palatinas, observa-se que a
passagem para o ar fica diminuída ou mesmo totalmente obstruída, podendo não apresentar re-
lação com infecções de repetição. Quando isso ocorre, a boca se entreabre e a língua toma uma
posição mais baixa. Como consequência desse posicionamento inadequado de lábios e língua
podem-se ter flacidez da língua e dos lábios, principalmente do inferior, retração do lábio superior,
possível atresia do arco maxilar e possíveis alterações oclusais. As alterações de tônus ou oca-
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produção dos fones [s] e [z], e ainda contribuir para as alterações na mastigação e na deglutição.
Atividade 8
Resposta: D
Comentário: As maloclusões são frequentes em nossa população. Em geral, estão presentes em
pacientes respiradores orais, com alterações do crescimento e desenvolvimento craniofacial, e
costumam afetar as principais funções do sistema estomatognático, como a mastigação, a deglu-
tição e a fala.
Atividade 11
Resposta: A
Comentário: Nas faces longas, observa-se maior flacidez da musculatura, propiciando a abertura da
boca com mais frequência e com o consequente posicionamento baixo da língua. Nas faces curtas, o
espaço intraoral é menor, propiciando maiores deslizamentos da mandíbula para anterior ou lateral,
com a finalidade, por exemplo, de possibilitar a correta articulação dos sons fricativos alveolares.
Atividade 12
Resposta: B
Comentário: O frênulo lingual, quando alterado, dificulta os movimentos da língua, interferindo na
amamentação, na mastigação e na deglutição. A restrição dos movimentos da língua dificulta o conta-
to da mesma com alguns pontos articulatórios, levando a alterações de alguns fones, principalmente
dos líquidos laterais e vibrantes, os quais são produzidos de forma distorcida. Quando a alteração
do frênulo é pequena, a fonoterapia é indicada por 2 a 3 meses, e, caso não haja resultados posi-
tivos, deve-se indicar a frenuloplastia seguida ou não de fonoterapia. A fonoterapia, após a cirurgia
do frênulo, só deve ser indicada caso as alterações funcionais, após 1 mês da cirurgia, persistam.
Atividade 13
Resposta: O diagnóstico do paciente do caso clínico 1 é de alteração miofuncional orofacial ca-
racterizada por quadro alérgico, com respiração oronasal e alterações oclusais com consequente
prejuízo na postura de lábios e língua e nas funções de mastigar e deglutir. Voz com alteração de
origem funcional.
Atividade 14
Resposta: B
Comentário: A respiração viciosa ou habitual, assim como a diminuição do tônus, podem contribuir
para a manutenção dos lábios abertos, porém o que impede ou dificulta enormemente a manutenção
dos lábios fechados é o excesso vertical da maxila, lembrando que essa é uma alteração estrutural.
Atividade 15
Resposta: D
Comentário: Frequentemente, indivíduos que respiram pela boca tendem a deglutir um menor nú-
mero de vezes, e isso leva ao acúmulo de saliva nas comissuras ou mesmo à baba. Evidentemente
que nos indivíduos respiradores orais também é comum que a propriocepção esteja diminuída e
o tônus rebaixado. Essas alterações também podem levar ao acúmulo de saliva nas comissuras,
mas a causa mais comum do acúmulo de saliva nas comissuras ou mesmo de baba é o menor
número de deglutições.
Resposta: B
Comentário: A documentação de fotos realizada evidencia uma alteração de frênulo evidente. Além
disso, existe a análise eletromiográfica, a análise acústica e as medidas do frênulo que mostram a
alteração existente. Embora a fala esteja alterada, a alternativa A não deve ser a escolhida já que
o frênulo é uma das causas de alteração de fala, mas não a única.
Atividade 17
Resposta: D
Comentário: A alteração da respiração e do frênulo lingual pioram consideravelmente o posiciona-
mento e os movimentos da língua, levando a alterações das funções orofaciais.
Atividade 18
Resposta: D
Comentário: As alternativas A, B e C podem ocorrer em indivíduos com frênulos de língua altera-
dos; no entanto, o correto é avaliar o frênulo da língua por protocolo específico, pois basear-se
apenas em um ou dois sinais ou somente na avaliação visual, pode levar a erros de diagnóstico.
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