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Eng. Abdala, drs.

Murrube e Celia Cassamo 04/03/2024

UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
CURSO DE LICENCIATURA EM FARMÁCIA
TÉCNICAS LABORATORIAIS DE FARMÁCIA

ERROS E TRATAMENTO
ESTATÍSTICO DE DADOS
LABORATORIAIS

Autoria: Felizardo Abdala (Eng. Químico) e Neivaldo Murrube


(Farmacêutico) E Celia Cassamo (Quimica MARINHA)

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Eng. Abdala, drs. Murrube e Celia Cassamo 04/03/2024

ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

 É impossível fazer tratamento estatístico analítico de dados


laboratorias sem conhecer os Algarismos Significativos (AS).
 São os dígitos que representam uma medida experimental e
que possuem significado físico, sendo que o último algarismo é
duvidoso.
 O número de algarismo significativos expressa a precisão de
uma medida.
NOTA IMPORTANTE: para expressar toda e qualquer medida
experimental é preciso conhecer os algarismos significativos!!

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ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

 Dados experimentais podem ser obtidos de duas


formas:
Directamente: determinação da massa de uma substância.
pesagem de massa em balança analítica ou determinação do
volume de uma solução com uma pipeta volumétrica ou
bureta.
Indirectamente: a partir dos valores de outras grandezas
medidas, através de cálculos. Exemplo: o cálculo da
concentração de uma solução a partir da massa do soluto e
do volume da solução.

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ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
EXEMPLOS
A) Medida de massa em balança analítica que
possui quatro casas decimais.

Considere a massa medida igual a 2,1546 g.


Este resultado nos informa que a massa da amostra é
maior do que 2,1545 g e menor do que 2,1547 g.

*Precisão em décimo de miligrama!

** Incorreto expressar o resultado como:


2,15 g, pois informa precisão menor!
2,15460 g, pois informa precisão maior!
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ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

Quantos algarismo significativos temos?


 24,95 mL possui QUATRO algarismos significativos

 6,450 g possui QUATRO algarismos significativos

 1,1215 g possui CINCO algarismos significativos

 0,0108 g possui APENAS TRÊS algarismos significativos porque


os zeros à esquerda servem apenas para indicar a posição da
casa decimal!
* Este número pode ser expresso como 1,08 x 10-2 g.

 0,0025 kg possui APENAS DOIS algarismos significativos, pois


pode ser facilmente expresso como 2,5 g ou 2,5 x 10-3 kg. 5
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ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

Algarismo ZERO
a) Não é significativo quando serve apenas para localizar o
ponto decimal  zeros à esquerda!!!
0,0670  quantos AS?
b) É significativo quando:
 Encontra-se entre dois algarismos: 1,203 g
 Encontra-se no final do número, à direita: 15,20 mL

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ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

Exercícios
a) 1,427 x 102
b) 1,4270 x 102 (significa que o dígito zero após o 7 é
conhecido)
c) 6,302 x 10-6 pode ser escrito como 0,000006302
d) 9,00
e) 1,0
f) 0,01 pode ser escrito como 1 x 102
“número mínimo de algarismos necessários para escrever um
determinado valor em notação científica”
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CÁLCULOS COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

Adição ou subtração
Quando duas ou mais quantidades são adicionadas
ou subtraídas, o resultado da soma ou da diferença deverá
conter tantas casas decimais quantos existirem no fator com
o menor número delas.

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CÁLCULOS COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

Adição ou subtração
Exemplos

a) 3,4 + 0,020 + 7,31 = 10,730 = 10,7


Observe que o resultado possui três algarismos
significativos, embora os números 3,4 e 0,020 possuem
apenas dois algarismos significativos.
b) 2,432 x 106 + 6,512 x 104 - 1,227 x 105 = 2,374 x 106
2,432 x 106
0,0 6512 x 106
0,1227 x 106 9
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REGRAS PARA ARREDONDAMENTO DE DADOS

1. Se o dígito a ser arredondado é < 5:


Manter o algarismo anterior
Exemplo: 0,523 será arredondado para 0,52.

2. Se o dígito a ser arredondado é >5:


Adicionar uma unidade ao algarismo anterior.
Exemplo: 44,8 será adicionado para 45.

3. Se o dígito a ser arredondado é =5:


a) manter o anterior se ele for par.
Exemplo: 0,525 será arredondado para 0,52.
b) adicionar uma unidade ao algarismo anterior se ele for ímpar.
Exemplo: 237,5 será arredondado para 238.

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REGRAS PARA ARREDONDAMENTO DE DADOS

Para que um resultado analítico seja expresso


com número adequado de algarismos significativos, é
comum ser necessário realizar o arredondamento do
número.

IMPORTANTE: o arredondamento deve ser feito


somente no resultado final. Não deve ser aplicado a
cálculos e resultados parciais, pois acarreta erros de
arredondamentos.

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REGRAS PARA ARREDONDAMENTO DE DADOS

Exemplos
a) 9,47 Respostas
b) 9,43 a) 9,5 f) 12
c) 9,55 b) 9,4 g) 8
d) 0,625 c) 9,6 h) 27,0
e) 0,635 d) 0,62 i) 49,34
f) 12,5 e) 0,64
g) 7,5
h) 26,95
i) O preço da gasolina Mt$ 49,339 está correto
em termos de algarismos significativos?
Arredonde. 12
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ERROS EM MEDIÇÕES

 São definidos como a diferença existente entre


um valor medido e um valor mais provável de
ser verdadeiro .

 Obs: embora as concentrações reais nunca


possam ser exatamente conhecidas para a maioria
das medições, é possível informar com bastante
certeza o valor verdadeiro ou mais provável.

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ERROS EM MEDIÇÕES

 Todas as medidas físicas possuem um certo grau de incerteza


associado ao processo de medição.
 Todo valor numérico, que é o resultado de uma medida
experimental, terá uma incerteza associada. É necessário
conhecer e expressar o intervalo de confiabilidade do resultado.
 Não há como evitar incertezas em medições, mas é
possível melhorar métodos e técnicas para minimizá-las.
 Os erros e incertezas são conhecidos e calculados por meio
de tratamento estatístico dos dados experimentais, para que se
obtenha o resultado analítico, ou seja, a informação desejada.

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ERROS EM MEDIÇÕES

 ERRO ABSOLUTO: é a diferença entre o valor


medido e o mais provável de ser verdadeiro.
 Informa se existe desvio positivo (a maior) ou
negativo (a menor) entre o valor medido e o valor
verdadeiro ou mais provável.

 E = erro absoluto
 Xi = valor medido
 Xv = valor verdadeiro
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ERROS EM MEDIÇÕES

 ERRO RELATIVO: é o erro absoluto dividido


pelo valor verdadeiro ou mais provável, expresso
em percentagem.

 Er = erro relativo
 Xi = valor medido
 Xv = valor verdadeiro ou mais provável

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EXACTIDÃO E PRECISÃO
A exactidão: é a aproximação dos resultados obtidos a média do
padrão. Um operador exacto é sempre preciso.
A precisão: é a aproximação dos resultados obtidos em relacão a
média do próprio avaliador. Está relacionada à concordância
entre diferentes medidas. É o dado mais analisado entre os
operadores.
 quanto mais os valores medidos são diferentes entre si, maior
a dispersão dos resultados, ou seja, menor a precisão.
 quanto mais parecidos são os valores medidos, menor a
dispersão de resultados, ou seja, maior a precisão.

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Eng. Abdala & dr. Murrube

Exatidão e Precisão

I Exato e Preciso I

II Inexato e Preciso II

III Inexato e impreciso III

Valor verdadeiro ou
mais provável
04/03/2024 Eng. Abdala, drs. Murrube e Celia Cassamo 18
Eng. Abdala & dr. Murrube

Exemplo A – Exato e impreciso


Valor médio = 49,1 %
Valor verdadeiro = 49,1 +- 0,1 %

49,0 49,1 49,2 49,3 49,4

Exemplo B – Inexato e preciso


Valor médio = 49,4 %
Valor verdadeiro = 49,1 +- 0,1 %

04/03/2024
49,0 49,1 49,2 49,3 49,4 19
Eng. Abdala, drs. Murrube e Celia Cassamo
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TIPOS DE ERROS
A) Determinados ou sistemáticos
Podem ser medidos, corrigidos ou
eliminados.
Em geral, influenciam na exatidão de uma
medida, pois afastam o valor medido do valor
verdadeiro.
B) Indeterminados ou aleatórios
Não são mensuráveis, são aleatórios e afetam
a precisão das medidas.
Em geral, seguem a distribuição gaussiana.
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ERROS DETERMINADOS

 Pessoais e operacionais
São erros que nao dependem de propriedades físicas e
químicas do sistema ou de equipamentos e reagentes químicos,
mas dependem do conhecimento e da habilidade do tecnico.

Exemplos:

-manter copo de béquer destampado durante as análises;


-não regular o nível da balança analítica;
-derramar soluções durante transferências;
-deixar ebulir, promovendo a projeção de volumes da amostra.

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ERROS DETERMINADOS

 Instrumentos e reagentes
São erros determinados ocasionados pela inadequada
operação do instrumento analítico (instalação, condições de uso,
calibração etc.) e pureza dos reagentes químicos.

Exemplos:

-aparelhos como pipetas, buretas e balões volumétricos sem


calibração ou com callibração viciada;
-impurezas em reagentes sólidos podem comprometer a massa
medida.
-Impurezas em reagentes líquidos podem actuar como interfentes.

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ERROS DETERMINADOS

Erros de método
A escolha do método deve ser cuidadosa e o
procedimento deve ser rigorosamente observado.

Exemplos:
-uso de indicador inadequado;
-aplicação do método a faixas de concentração
inedequadas;
-uso de soluções-padrão para volumetria com
concentração inadequada.
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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

Considere que os erros determinados são


conhecidos e estão corrigidos ou eliminados.
 Ainda assim, os resultados obtidos para
repetidas medidas sofrerão flutuações devido
aos erros indeterminados.
 São intrínsecos ao processo analítico e devem ser
estimados por meio do tratamento estatístico de
dados.

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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

Lei de Distribuição de Gauss


 Admite-se que os erros indeterminados seguem
a Lei de Distribuição de Gauss ou Distribuição
Normal.
População  é o conjunto de todas as medidas de
interesse. Corresponde a um número elevado de
medidas.
Amostra  é um subconjunto de medidas selecionadas
a partir da população, escolhidas para se fazer
estimativas sobre a população. É
representativa da população e torna viável o
experimento. 25
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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

Lei de Distribuição de Gauss


 Uma variável segue a lei de distribuição normal
quando, em princípio, pode tornar todos dos
valores de - a + , com probabilidades dadas
pela equação:

1  1 ( xi   ) 
2
y exp   
 2  2 
2

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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

Lei de Distribuição de Gauss


Y – probabilidade de ocorrência
(relação entre o número de
casos em que o resultado
ocorre e o número total de
resultados observados) de um
Y

valor Xi da variável X;
 m é a média da população e 
Grandeza , variável X
é o desvio padrão da
0
população;
Desvio, X i  

-3 -2 -1 0 1 2 3

Xi  
Desvio,
 27
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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

Lei de Distribuição de Gauss


Média da amostra

X = média da amostra
Xi = medida
N = número de medidas

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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

Lei de Distribuição de Gauss


Desvio padrão da amostra

2
 ( x  x)
s i
n 1
Variância da amostra é o quadrado do desvio
padrão da amostra, s2.

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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

Lei de Distribuição de Gauss


Desvio padrão da população

2
(x  )
 i
n
Variância da amostra é o quadrado do desvio
padrão da amostra,  2.
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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

Lei de Distribuição de Gauss

s
 Desvio padrão relativo, s r 
x
s
 Coeficiente de CV  100
variação, x

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Exercício
1) Os seguintes resultados foram obtidos para réplicas da
determinação de chumbo em uma amostra de sangue:
0,752; 0,756; 0,752; 0,751 e 0,760 mg L-1 de Pb. Calcule:
a) a média dos valores;
b) o desvio padrão para o conjunto de dados;
c) a variância;
d) o desvio padrão relativo;
e) o coeficiente de variação.
f) avalie os resultados em termos de precisão.

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Exercício - respostas
1) Os seguintes resultados foram obtidos para réplicas da
determinação de chumbo em uma amostra de sangue: 0,752;
0,756; 0,752; 0,751 e 0,760 mg L-1 de Pb. Calcule:
a) média, x = 0,754
b) desvio padrão , s = 0,004
c) variância, s2 = 0,00001
d) o desvio padrão relativo, sr = 0,005
e) o coeficiente de variação, CV = 0,500
f) os resultados são precisos, pois o conjunto de dados apresenta baixos
valores para desvio padrão e variância.
O teor de chumbo na amostra de sangue corresponde a 0,754 +- 0,004
mg L-1.
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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

 A lei Gaussiana pode ser simplificada utilizando-se o conceito mais


clássico do Erros. O conceito do maior desvio absoluto. Desde que
se subtraia o valor mais distante da média pela média. Este valor
fornecerá o erro absoluto (Ea). A divisão do Ea pela média,
multiplicado por 100% Resulta no erro relativo (Er). Que pode
significar a precisão (média ou o valor mais provável do próprio
avaliador) ou exactidão (média ou o valor mais provável do padrão).

 Exemplo: No exercício anterior ache o Er a partir do conceito mais


clássico dos Erros.

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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

 Alguns autores aperfeiçoaram os achados do


Gauss. Autores como Gosset, Dean, Dixon e mais.
Estes apresentam algumas alternativas de
demonstrar o Erros relativos dos analistas.

 Gosset (t de Student): onde o autor criou uma


tabela, que facilita a manipulação das precisões
para obter vários intervalos de confiança. O que
pode fornecer diversas formas de obter o Er.
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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

PARA GOSSET O VALOR MAIS PROVAVEL DE SER VERDADEIRO DEVE SER


ENCONTRADO OBEDECENDO A TABELA DOS T.

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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

 Dean-Dixon: o Er deve ser calculado obecendo o


t de Gosset e a amplitude (A) dos dados. μ =
média ± tA. O Er também se obtém a partir da
tabela do student.

 Exemplos: No exercício 1 ache o Er a partir da


técnica de Gosset e Dea-Dixon.

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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

 As duas técnicas fornecem ainda possibilidade de rejeitar determinações duvidosas. As


determinacões que encontram-se afastadas ou muito afastadas do outro grupo de resultados
devem ser certificadas se podem ser consideradas pertencentes ao grupo ou não. Os três
autores abaixo dizem o seguinte:

 Gosset
Se: X - média = ± tS/N ou X - média > ± tS/N, seja N = 1, então a determinação duvidosa é rejeitada.
Deve-se considerar não pertencer aquele conjunto de valores. É mais indicado em pequenos
afastamentos.

 Dean-Dixon:
Se: Q= a/A > Q 90, então a determinação duvidosa é rejeitada. Onde o Q90 é o Q num nível de
confiança de 90% para um determinado número de observações (N). O a: é a diferença entre a
determinação duvidosa e o valor do grupo mais próximo dela. O A: é a amplitude. Já discutida
anteriormente. É mais indicado em grandes afastamentos, para um N igual ou inferior a 10.

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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

 Exemplos: Se no exercício 1 tivessem sido


determinados valores como 0.860mg/L e
1.760mg/L, poderiam ser considerados como
pertencentes as determinações.

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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

 Precisão dos resultados


 A precisão dos dum operador na prática, é demostrado pelo seu erro relativo.
Independemente da técnica que estiver a utilizar, o erro é a parcela que indica o afastamento
em relacão à média. Ex: μ = média ± tA. tA indica o erro absoluto, que depois é indicado de
forma percentual (erro relativo).
 Poderia ser desvio padrão (s) se estivéssemos a usar a técnica Gaussiana , maior desvio
absoluto na técnica clássica e tS/√N para a técnica de Gosset. Depois indicando de forma
percentual.
 Um técnico é preciso, se este não tiver um erro acima de 5% em relação a sua própria
média.

 Exactidão dos resultados


A forma mais simples de se testar a exactidão dum técnico, é substituindo na formula do
cálculo do erro a média do técnico pelo valor padrão ou também chamado média
padrão. Depois é só saber quanto ele erra em relação ao padrão, que traduz-se em
exactidão.
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ERROS INDETERMINADOS OU ALEATÓRIOS

 Comparacão de Precisões

 A comparacão de precisões pode ser feita usando os erros


relativos de dois operadores. O que tiver menor erro é mais
preciso.

 Mas também podem ser usadas técnicas mais sofisticadas como o


teste F de Fisher-Snedecor. Este teste necessita apenas das
variâncias. F= v1/v2. onde: v1 é a maior variância entre os
operadores e v2 é a menor;

 A hipótes nula do teste é H0: V1=V2, se Fcal = ou > Ftab.


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OBRIGADO

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