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Sua principal função é fornecer métodos para avaliar a precisão e a confiabilidade dos
resultados experimentais. Discutiremos sobre a importância dessa Teoria e como aplicá-la para
tornar mais preciso o resultado de um experimento ou medições.
DESENVOLVIMENTO
1. A Teoria dos Erros e sua utilização
A importância da Teoria dos Erros pode ser observada em diversas áreas científicas e
tecnológicas. Pois, ela desempenha um papel fundamental no avanço do conhecimento, uma vez
que permite que os cientistas obtenham resultados precisos e confiáveis em suas investigações.
Sem a compreensão adequada dos erros experimentais e a aplicação apropriada de técnicas
estatísticas, os resultados podem ser distorcidos e não refletirem a realidade.
Na Física, por exemplo, a Teoria dos Erros é essencial para a realização de medidas precisas
e a interpretação correta dos resultados, pois, ela permite que os cientistas calculem e expressem a
incerteza associada a uma determinada medida, fornecendo uma indicação da confiabilidade dos
dados obtidos. Isso é crucial para validar teorias, verificar a consistência dos resultados e tomar
decisões com base em evidências sólidas. Ela reconhece que qualquer medição realizada em um
experimento está sujeita à erros devido a uma variedade de fatores, como instrumentos imperfeitos,
condições ambientais e limitações humanas. Esses erros podem ser classificados em erros
sistemáticos e erros aleatórios.
2 ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Na Teoria dos Erros, os algarismos significativos são dígitos em uma medida que contribuem
para a sua precisão e incerteza. Eles representam a informação confiável e são determinados pelas
regras básicas: todos os dígitos diferentes de zero são significativos; zeros à esquerda não são
significativos; zeros à direita são significativos se houver um ponto decimal explícito. Os
algarismos significativos são importantes para expressar corretamente a incerteza de uma medida
e evitar dar uma impressão de precisão maior do que realmente existe.
3. INCERTEZAS
Na Teoria dos Erros, a incerteza é uma medida da imprecisão ou erro associado a uma
medição. Ela representa a diferença entre o valor medido e o valor verdadeiro, que é desconhecido.
A incerteza é expressa em unidades da mesma grandeza da medida e é estimada levando em
consideração fatores como a precisão do instrumento, erros experimentais e variações ambientais.
Comunicar adequadamente a incerteza é fundamental para interpretar corretamente os resultados
experimentais e tomar decisões confiáveis. A incerteza de uma medida pode ser classificada em
dois tipos:
4. ARREDONDAMENTO
O arredondamento na teoria dos erros é um procedimento comum usado quando se deseja
expressar uma medida com menor número de algarismos significativos. Quando fazemos
medições, muitas vezes nos deparamos com valores que possuem uma quantidade excessiva de
algarismos, o que pode dificultar a leitura e a interpretação dos resultados. No arredondamento,
um valor numérico é aproximado para um valor mais próximo, levando em consideração a precisão
desejada.
Existem várias regras de arredondamento, mas a regra geral é que, se o dígito a ser eliminado
for inferior a 5, o número é arredondado para o número anterior. Se o dígito a ser eliminado for
igual ou superior a 5, o número é arredondado para o número seguinte. Ao realizar o
arredondamento, é importante considerar a incerteza associada à medida original. Geralmente, o
resultado arredondado deve ter a mesma quantidade de algarismos significativos que a incerteza.
Por exemplo, se a medida original for 5.32 ± 0.05, o resultado arredondado seria expresso como
5.3 ± 0.1.
O arredondamento é uma prática comum para melhorar a apresentação dos resultados e
simplificar cálculos, mas é importante ter em mente que ele introduz uma certa imprecisão na
medida. Portanto, é recomendado manter o número original com todos os algarismos significativos
durante cálculos intermediários e realizar o arredondamento apenas no resultado final.
6.3 VARIÂNCIA
É uma medida estatística que quantifica a dispersão dos valores de um conjunto de dados em
relação à média. Em outras palavras, ela mede a variabilidade dos dados em torno da média. Na
teoria dos erros, a variância é usada para avaliar o grau de precisão e confiabilidade das medições.
Ela é calculada como a média dos quadrados das diferenças entre cada valor e a média do conjunto
de dados. Quanto maior for a variância, maior será a dispersão dos dados.
A variância é expressa em unidades ao quadrado, o que pode dificultar sua interpretação direta.
Por essa razão, é comum usar a raiz quadrada da variância, conhecida como desvio padrão, que
possui a mesma unidade de medida dos dados originais. A variância é um conceito central na teoria
dos erros e é fundamental para o cálculo de incertezas, análise de regressão, estimativa de
parâmetros e diversos outros métodos estatísticos.
6.4 DESVIOS
Na Teoria dos Erros, são comumente considerados três tipos de desvios:
Desvio absoluto médio (DAM): O DAM é uma medida de dispersão que quantifica o grau
de afastamento dos valores medidos em relação à média. Para calcular o DAM, somamos
os desvios absolutos de cada valor medido em relação à média e dividimos pelo número
total de observações. Quanto maior o DAM, maior a dispersão dos dados em relação à
média.
Desvio padrão (DP): O DP é outra medida de dispersão que avalia o quanto os valores
medidos se afastam da média. Ele é calculado como a raiz quadrada da variância, que é a
média dos quadrados dos desvios em relação à média. O DP é uma medida mais precisa e
sensível à dispersão do que o DAM. Um DP maior indica uma maior variabilidade dos
dados em relação à média.
Desvio relativo: O desvio relativo é uma medida que relaciona o DP com a média dos
dados, expressando a dispersão relativa em relação à média. É calculado dividindo o DP
pela média e multiplicando por 100 para obter uma porcentagem. O desvio relativo é útil
para comparar a dispersão de diferentes conjuntos de dados em que as médias são
significativamenteentemente, a confiabilidade dos resultados obtidos diferentes.
Esses desvios são importantes para aval. Eles nos fornecem informações sobre a dispersão
dos dados em relação à média e nos permitem entender aiar a qualidade das medições
experimentais e, consequ precisão das medições. Vale ressaltar que a escolha do desvio mais
apropriado depende do contexto e da natureza dos dados em questão.
7. PROPAGAÇÃO DE ERROS
A propagação de erros na teoria dos erros refere-se ao processo de estimar as incertezas em
um cálculo ou equação que envolva medidas com diferentes incertezas. Quando realizamos
cálculos com quantidades medidas, as incertezas nas medidas individuais podem se propagar para
a incerteza final do resultado.
A propagação de erros é importante para avaliar a confiabilidade das grandezas derivadas a
partir de medições diretas. Ela permite quantificar as incertezas associadas a resultados calculados
e tomar decisões informadas com base nessas estimativas. A propagação de erros é realizada
usando regras matemáticas específicas. As principais regras são:
Regra da soma/subtração: A incerteza combinada de duas quantidades medidas somadas
ou subtraídas é obtida somando-se as incertezas individuais.
Regra da multiplicação/divisão: A incerteza combinada de duas quantidades medidas
multiplicadas ou divididas é calculada somando-se as incertezas relativas (em termos
percentuais) das quantidades individuais.
Regra da potência: A incerteza de uma quantidade medida elevada a uma potência é
obtida multiplicando-se a incerteza relativa pela potência absoluta do resultado.
Essas regras permitem estimar a incerteza final de um cálculo com base nas incertezas das
medidas individuais. É importante ressaltar que a propagação de erros assume algumas suposições,
como a independência das medidas e a linearidade das relações entre as grandezas. A propagação
de erros é uma ferramenta valiosa na análise de dados experimentais, ajudando a quantificar as
incertezas em resultados calculados e a avaliar a confiabilidade das conclusões baseadas nessas
medidas.
8. CONCLUSÃO
A Teoria dos Erros desempenha um papel fundamental na ciência e na pesquisa, fornecendo
uma estrutura sólida para a análise e interpretação de dados experimentais. Ela permite uma
compreensão mais precisa das incertezas associadas a medições e cálculos, tornando possível
tomar decisões informadas e confiáveis com base nessas estimativas.
A importância da Teoria dos Erros reside em sua capacidade de fornecer uma maneira de
quantificar as incertezas e a variabilidade presente nos dados experimentais. Ela ajuda a estimar a
confiabilidade das medições, identificar erros sistemáticos e aleatórios, e avaliar a precisão e a
precisão dos instrumentos de medição. A Teoria dos Erros também desempenha um papel crucial
na propagação de incertezas em cálculos matemáticos e na análise estatística de resultados. Ela
permite que os cientistas obtenham uma visão mais completa e precisa dos resultados, levando em
consideração as incertezas associadas.
Além disso, a Teoria dos Erros é essencial para a validação e a comparação de teorias
científicas. Ao considerar e quantificar as incertezas presentes nos dados experimentais, é possível
verificar se os resultados experimentais são consistentes com as previsões teóricas. Em resumo, a
Teoria dos Erros é uma ferramenta indispensável para a ciência e para a pesquisa, permitindo uma
análise crítica, confiável e precisa dos dados experimentais. Sua utilização adequada contribui para
a tomada de decisões fundamentadas, para o avanço do conhecimento científico e para a
construção de bases sólidas para futuras investigações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MALVEZZI, André Luiz. Laboratório de Física I - Engenharias. André Luiz Malvezzi, 2023. Disponível
em: http://wwwp.fc.unesp.br/~malvezzi/LabFisIEng.HTML. Acesso em: 02/09/2023.