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ERROS AMOSTRAIS E INCERTEZAS

EXPERIMENTAIS
Tipos de erros experimentais

Os erros podem ser classificados, de acordo com a sua natureza em:

1. Erros sistemáticos:

 Devido a causas identificáveis

 Conduzem em geral a valores sistematicamente desviados (para valores superiores ou inferiores) do

valor da grandeza a medir, contribuindo para uma menor exatidão

Exemplos

 Erro instrumentais: instrumento mal calibrado e o seu uso em condições diferentes das que são

recomendadas
 Erros de observação: leituras sistematicamente incorrectas do observador e da utilização de um

método físico que não é adequado à descrição da experiência

 Erros ambientais. Causados pela variação das condições ambientais

 Erros teóricos: simplificação de modelos de sistemas

 A eliminação dos erros é feita corrigindo a causa.

 Comparação dos resultados obtidos com outros instrumentos de referência (calibração) pode elucidar

se esses erros foram suficientemente reduzidos.


2. Erros aleatórios:

 Aqueles que resultam de variações ao acaso que se observam nos resultados obtidos

para diferentes leituras e pioram a precisão, ou seja, resulta de causas não exatamente conhecidas

 Os erros aleatórios podem e devem ser sempre caracterizados, mas dado o seu carácter estocástico,

não podem ser eliminados totalmente, pelo que qualquer medição tem associada uma Incerteza

experimental

Exemplos:

 Falta de sensibilidade dos instrumentos e do observador, por leituras incorrectas (mas não

sistemáticas)

 Processos estatísticos intrínsecos ao fenómeno observado


3. Erros grosseiros:

 Aqueles que resulta da falta de conhecimento da medida ou falha de medição

Exemplos:

 Se uma pessoa não conhece o sistema métrico para poder efectuar a medição do

cumprimento de uma amostra, ela pode errar

 O erro pode ser eliminado repetindo a medição ou a analise


 Toda a medição experimental é sujeita a um erro experimental.

 Só por grande coincidência o valor numérico obtido pela medição é igual ao valor verdadeiro da

grandeza

 Antes da experiência deve-se identificar e corrigir os erros sistemáticos de todas as grandezas

directas e das constantes utilizadas, de modo a minimizar os erros sistemáticos e aumentar a

exactidão.

 No final, a comparação do valor médio obtido com o valor da mesma grandeza tabelado, nas

mesmas condições físicas (ou proveniente de outras experiências), permite estimar o desvio à

exactidão do valor obtido, que pode ser estimado em percentagem:


 Como sempre existem erros aleatórios, toda a medição é afectada de uma incerteza, que indica o

grau de precisão, então.

 Obrigatoriamente em todos os resultados tem de apresentar sempre o valor mais provável da

grandeza, mais a respectiva estimativa numérica da incerteza. Exemplo: 343.5 ± 0.6

 Quando se calculam grandezas indirectas a partir das medições directas, utilizando as equações

físicas, as incertezas propagam-se, gerando uma incerteza do resultado final .


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 A repetição de uma medição da variável x nas mesmas condições experimentais conduz a uma

distribuição aleatória de resultados em torno de um valor médio (média aritmética), que pode ser

considerado como o melhor valor obtido nesta medida

 Num grande número de situações, esta repetição realizada N vezes nas mesmas condições

experimentais conduz a um valor médio que se aproxima do “verdadeiro” valor da grandeza à

medida que N aumenta

 Para 𝑁 grande (ex: 𝑁 > 10) pode calcular-se o desvio padrão s, que exprime a dispersão dos

resultados e o melhor valor para a incerteza do valor médio u, é dado pelo desvio padrão da

média, também chamado “erro padrão” ou “erro padrão da média”.


Desvio padrão

Incerteza do valor médio

 O resultado final neste caso (para um número elevado de determinações nas mesmas condições

experimentais) deve apresentar-se como:


 Mas se o número de determinações 𝑁 nas mesmas condições experimentais é pequeno

(tipicamente 1 < 𝑁 < 5), a análise estatística perde significado e a incerteza deve ser então

estimada usando um majorante 𝛥𝑥, que será o maior desvio em relação à média

 Resultado final neste caso pode apresentar-se como 𝑥 ± 𝛥𝑥 (incerteza absoluta)


Teoria de propagação do erro

 A teoria de propagação do erro permite determinar o erro de um valor calculado, utilizando outros

valores com os seus próprios erros estimados.

 Vamos supor três valores experimentais com os seus respectivos erros:

 Supomos também uma função conhecida destes valores experimentais:

 O erro associado à função f pode ser obtido por:


 Muitas vezes precisamos calcular uma grandeza a partir de um conjunto de medidas de grandezas

experimentais afetadas de incertezas.

 E depois será necessário quantificar a incerteza da grandeza calculada

 Quando se pretende medir o valor de uma grandeza, pode-se realizar apenas uma ou várias

medidas repetidas, dependendo das condições experimentais particulares ou ainda da postura

adotada frente ao experimento.

 Em cada caso, deve-se extrair do processo de medida um valor adotado como melhor na

representação da grandeza e ainda um limite de erro dentro do qual deve estar compreendido o

valor real.

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