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Aprendizagem

Miriam Duany Timosthe. PhD


Processo dialógico de construção de saberes
subjetivação e produção de valores e configuraçaõ de
competências culturais, a partir de que emergem
mudanças mediatas, na forma como o sujeito regula e
auoto-regula seu comportamento
Os estilos de aprendizagem são maneiras que uma pessoa
utiliza para conseguir aprender o que lhe é proposto. Tais
estilos são únicos e pessoais, pois cada pessoa apresenta
facilidade com um determinado estilo e dificuldade em
outros.
A aprendizagem física pode ser realizada através de movimentos
corporais como em recitais e teatros.
A aprendizagem interpessoal pode ser realizada através de
assuntos voltados para o meio externo como forma de estímulo.
A aprendizagem intrapessoal pode ser realizada
através de atividades individuais que exigem concentração para
se pensar numa atitude antes de tê-la.
A aprendizagem lingüística pode ser realizada através de leituras
e explicações faladas.
A aprendizagem matemática pode ser realizada através de
raciocínios lógicos e critérios impessoais.
A aprendizagem musical pode ser realizada através de tópicos
que utilizam a música e sons diferentes.
A aprendizagem visual pode ser realizada através da
iniciação à imagens, pinturas e tudo aquilo que instiga a visão.
Três características do bom aprender:

a) Uma mudança duradoura;


b) E transferível para novas situações;
c) Como consequência direta da prática
realizada.
(Romero,1995)
Aprendizagem como uma atividade contínua, estendendo-
se ao longo da vida.
As teorias sócio-interacionistas explicam a aprendizagem
como fruto da interação do aprendiz com o mundo dos
objetos e das pessoas (Freire, 1970; Piaget, 1976; Vygotsky,
1991; Wallon, 1989). A diferença entre eles está na ênfase
colocada nas interações com os objetos, o papel do
mediador no processo de apropriação da informação e a
função da sociedade como fonte de recursos culturais a
(Romero,1995)
serem adquiridos.
Piaget mostrou que as pessoas têm uma capacidade de aprender a
todo momento, desde os primeiros minutos de vida.
O bebê já demonstra aprendizagem no estabelecimento de relações
com a mãe e na atividade de amamentação.
DEZ PRINCÍPIOS DA APREENDIZAGEM

História Aprender a
Particular aprender

Autoconceito Modo de
Apropriação
conhecimento
ESTUDANTE
Consciência
Aprendizagem Do erro
significativa

Transferência
Motivação Conhecimento
Elogios Aprendizagem (repetir)
Vivenciada
Como manter o Estudante
Motivado no Processo Ensino/Aprendizagem
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PLANEJAMENTO

ORGANIZAÇÃO
ORGANIZAÇÃO
ESPAÇO
TRABALHO
ESCOLAR
ESCOLAR

CURRICULO AÇÃO ORGANIZAÇÃO


INTERDISCIPLINAR PEDAGÓGICA ENSNO

TRABALHO ORGANIZAÇÃO
COLETIVO TEMPO

RECUPERAÇÃO
APRENDIZAGEM
No processo de aprendizagem intervêm quatro variáveis fundamentais:
a necessidade, o estímulo, a expectativa e o hábito.

O estímulo é considerado não só no seu aspecto físico, mas também na


sua relação com a pessoa que o recebe. Dois estímulos similares
tendem a provocar respostas parecidas.
O indivíduo enfrenta estímulos sobre determinado produto. Porém, a
aprendizagem começa quando estes estímulos provocam uma
necessidade que se torna consciente.

Por expectativa entende-se a previsão de um resultado, mau ou bom.


Dela dependerá que o comportamento e a acção do indivíduo sejam
promovidos ou impedidos.
O hábito designa um certo processo de regulação do
comportamento que se transforma em estado. Quanto
maior é o estado, maior será a dependência da resposta
perante o estímulo. O hábito consiste em concretizar a
tendência num acto determinado, passando assim de
uma regularidade no comportamento a um estado dele
mesmo.
Fatores para o aprendizagem.

Os principios do aprendizagem
A educação nem sempre é cercada somente por sucessos e aprovações.
Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas que
deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim são
rotulados pela própria família, professores e colegas. Entre esses problemas,
encontram-se as dificuldades na aprendizagem e na socialização. É importante
que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas
dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem por algum
tempo.
As fases do desenvolvimento da criança são estudadas por vários autores com abordagens

diferentes. Vygotsky denominou que, no processo de aprendizagem, a interação é

constante e acontece por meio do desenvolvimento real, desenvolvimento potencial e

zona de desenvolvimento proximal. O desenvolvimento não é dividido em estágios para

Vygotsky, ele denominou os níveis de desenvolvimento, chamados de real e potencial. O nível

de desenvolvimento real é tudo aquilo que a criança já aprendeu e é capaz de desempenhar

sozinha. Enquanto que o nível de desenvolvimento potencial corresponde ao que a criança

ainda irá aprender e desenvolver.


O processo de aprendizagem acontece a partir da
aquisição de conhecimentos, habilidades, valores e
atitudes através do estudo, do ensino ou da experiência.
A construção de conhecimentos em sala de aula deve
se constituir de forma gradativa adequando-se a cada
estágio do desenvolvimento da criança. O professor
deve oportunizar situações de aprendizagem em que o
aluno participe ativamente desse processo, ainda que a
fonte desse conhecimento possa estar tanto no exterior
(meio físico, social) como no seu interior
A estrutura cognitiva é um factor a considerar na aprendizagem.
Bloom (1979),na sua taxonomia dos objectivos pedagógicos
situa no domínio cognitivo a aquisição dos conhecimentos e as
habilidades ou capacidades intelectuais de compreensão
(transposição, interpretação, extrapolação), de aplicação, de
análise (procura dos elementos, das relações e dos princípios
de organização), de síntese (produção de uma obra pessoal,
elaboração de um plano de acção, derivação de um conjunto de
relações abstractas) e de avaliação (crítica interna e externa).
A personalidade é, portanto, o conjunto, a totalidade das
características, das experiências e dos processos de um
indivíduo, é a totalidade empírica que confere o seu
sentido aos fenómenos psíquicos particulares (Thinès,
1984).

A personalidade é vista hoje como um complexo padrão de


características profundamente enraizadas e dificilmente
irradicáveis, que se exprimem de forma automática em
cada faceta do funcionamento individual.
FACTORES SOCIAIS E INTERPESSOAIS

A interacção social e fundamental na aquisição de uma


perspectiva social. A capacidade para diferenciar e
integrar diferentes pontos de vista sobre uma dada
situação é a tomada de perspectiva social, estrutura
socio-cognitiva subjacente ao pensamento interpessoal
e social (Keller & Meuss, 1984)
FACTORES MOTIVACIONAIS

A motivação é um factor que deve ser equacionado


neste contexto e educação, tem grande importância
na análise do processo educativo.
A motivação apresenta-se como o aspecto dinâmico
da acção: é o que leva o sujeito a agir, ou seja, o que
o leva a iniciar uma acção, a orientá-la em função de
certos objectivos, a decidir a sua prossecução e o seu
termo (Fontaine, 1990)
Os factores motivacionais afectam a retenção, pelo facto de
alterarem os nlimiares da disponibilidade e influenciarem o processo
de reprodução ou reconstrução por meio do qual o material retido é
expresso (Ausubel, 1980).
Daqui, segundo Rodrigues (1986), derivam três tipos de estudantes:
Os orientados para o domínio. Sujeitos que têm êxito escolar, consideram-se
capazes, apresentam elevada motivação e mostram confiança em si mesmos.

Os que aceitam o fracasso. Sujeitos derrotistas que apresentam uma imagem


própria deteriorada e manifestam um sentimento de desalento, o que quer dizer que
aprenderam que o controlo sobre o ambiente é difícil ou impossível e, por isso
mesmo, renunciam ao esforço.

Os que evitam o fracasso. Aqueles estudantes que carecem de um firme sentido de


aptidão e auto estima e colocam pouco esforço no seu desempenho, para proteger
a sua imagem ante um possível fracasso, recorrem a estratégias como a
participação mínima em sala de aula, atraso na realização de uma tarefa, etc..
1-A história particular do aluno deve ser considerada no
processo de ensino;

2-O auto-conceito do aluno influi em sua capacidade de


aprender;

3-A aprendizagem deve ser significativa, isto é, ser relevante


para a vida do aluno e articular-se aos conhecimentos anteriores
4-Aprender motiva quando o aluno já tem alguma idéia do que está
sendo ensinado e quando lhe for mostrado como os novos
conhecimentos podem fazer sentido à sua vida;

5-Elogios verdadeiros são poderosos para promover a


aprendizagem;

6.A aprendizagem vivenciada é doradoura;


7-As aprendizagens devem se repetir para serem interiorizadas,mas a
repetição deve se dar de forma interessante: lúdica;

8-A aprendizagem se torna sólida qdo. os erros são conhecidos pelos


alunos;

9.O aluno só aprende qdo. o seu cognitivo faz a descoberta e a


apreende;

10-Aprender a aprender é fundamental para que o aluno conquiste


autonomia no aprendizado.
BIBLIOGRAFIA
• ARENDS, R. I. – Aprender a ensinar. Lisboa: McGraw-Hill, 1997.
• AUSUBEL, D. P. ; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. – Psicologia educacional. Rio
de Janeiro: Editora Interamerica, 1980.
• BLOOM, B. S. – Taxonomia de Objectivos Educacionais. Porto Alegre: Editora
Globo, 1979.
• CARVALHO, A. L. R. F. – Factores que Influenciam a Aprendizagem do
Aluno de Enfermagem. Porto: [s.n.]. Dissertação de Mestrado, 1996.
• COIMBRA, L. B. S. – Desenvolvimento interpessoal e moral. Rev. Psicologia do
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• CUNHA, M. D. – As representações sociais das práticas dos enfermeiros. Porto:
[s.n.], 1995. Dissertação apresentada à Universidade do Porto, Instituto de Ciências
Biomédicas Abel Salazar. de Mestrado Dissertação.
• DIXE, M. A. C. R. – As atitudes dos Enfermeiros Perante Doentes em Situação
Problemática. Badajoz [s. n.], 1995 – Dissertação de Mestrado.
• FONTAINE, A. M. – Motivação e realização escolar em função do contexto
social. Braga: Revista Portuguesa de Educação, Universidade do Minho, 1988.
• FONTAINE, A. M. – Motivation pour la Réussite scolaire. Lisboa : INIC, 1990.
• GAGNÉ, R. M. – Como se realiza a aprendizagem. Rio de Janeiro: Livros
técnicos e científicos, 1975.

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