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DER Miracatu

Equipe dos Anos Iniciais


Formação de Técnicos
Rede Estadual e Redes Municipais
Agosto/2023
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu
cântico na música
de seus versos.

Cora Coralina
APROPRIAÇÃO DOS RESULTADOS DA
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE
FLUÊNCIA LEITORA

Agosto /2023
OBJETIVOS
- Retomar conceitos de alfabetização e letramento;
- Analisar e interpretar os resultados da avaliação diagnóstica de fluência
leitora;
- Compreender a consolidação dos processos que envolvem a fluência em
leitura;
- Conhecer o teste da avaliação em fluência e os perfis de leitor;
- Dialogar sobre possíveis estratégias para o trabalho com leitura;
- Planejar ações de intervenção e monitoramento visando à melhoria do
resultado de aprendizagem dos estudantes.
LEITURA INICIAL
Rubem
Alves

https://youtu.be/anvGhA1WMTg
SÃO PAULO - DADOS SOBRE A REDE DE EDUCAÇÃO
Ênfase na alfabetização das crianças

6.867 escolas públicas 91 Diretorias


645
municípios com oferta de 1º e 2º anos EF* de Ensino

942.245 alunos 73.617 professores 74% de municipalização das


(1º e 2º anos EF)* (1º e 2º anos EF)* matrículas de 1º e 2º anos do
EF*

Fonte: *Censo Escolar 2021 Inep/Mec.


63% das crianças paulistas concluíram o 2º ano
do EF em padrões insuficientes de alfabetização
em 2021
  Fonte: Saeb de 2º EF (Língua Portuguesa) - Inep/MEC
PARC

Parceria pela Alfabetização em


Regime de Colaboração

Garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao


final do 2º ano do ensino fundamental (meta 5 do PNE).
Pública – 4,8
Estadual – 4,9
Municipal – 4,8
Circuitos de Governança

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Governança no âmbito regional - O papel das Diretorias

● Gestão descentralizada com forte atuação das Diretorias de Ensino;


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➢ Implementação de Materiais Estruturados;



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➢ Coordenação de Formação Continuada para gestão escolar e


professores;

➢ Acompanhamento sistemático às redes municipais;


CALENDÁRIO DOS
MOMENTOS FORMATIVOS
PERÍODO DE
AÇÃO CARGA HORÁRIA RESPONSÁVEL
REALIZAÇÃO
Oficina de apropriação 08h SEDUC-SP e CAEd 09 e 10/08
com os técnicos das
Diretorias de Ensino

Multiplicação da 08h Diretorias de 30/08


oficina de Ensino
apropriação para as (dirigentes e
redes estaduais técnicos)
Multiplicação da 08h Diretorias de 30/08
oficina de Ensino
apropriação para (dirigentes e
as Secretarias técnicos)
Municipais
Multiplicação da 08h Secretarias 1 a 14/09
oficina de Municipais
apropriação para (técnicos e
as escolas supervisores
municipais municipais)
FORMAÇÃO EM EFEITO CASCATA
REGIONAIS <> ESCOLAS
ESTADUAIS
Formação e
apropriação dos
resultados pela
equipe estadual
Educa Juntos SP Oficina de apropriação Equipe Regional (técnicos
oferecida pela SEDUC-SP, regionais, coordenadores
UNDIME e CAEd dos anos iniciais, PECs)

Equipe escolar, corpo Escolas Estaduais (Direção,


docente, famílias e alunos. equipe pedagógica)
FORMAÇÃO EM EFEITO CASCATA
REGIONAIS <> SECRETARIAS MUNICIPAIS <> ESCOLAS
MUNICIPAIS

Equipes Regionais (técnicos Secretarias Municipais de


regionais, coordenadores ensino (secretários, técnicos,
dos anos iniciais, PECs) coordenadores)

Equipe escolar, corpo Escolas Municipais (Direção,


docente, famílias e alunos. equipe pedagógica)
MATERIAIS DE APOIO AO PROCESSO FORMATIVO
ORGANIZACIONAL E PEDAGÓGICO
Protocolo de e Apropriação
Devolutiva dos
Resultados: guia prático que irá nortear a
execução da cascata nas Diretorias de
Ensino, Secretarias Municipais e Escolas.
● Qual o papel de cada ator envolvido?
● Quais são os principais aspectos que devem
ser observados na formação?
● Como organizar o momento formativo?
● Quais as entregas devem ser pactuadas?
● Como estabelecer um fluxo de
acompanhamento dos planos de intervenção
definidos?
MATERIAIS DE APOIO AO PROCESSO
FORMATIVO ORGANIZACIONAL E
PEDAGÓGICO Guia de Orientações Pedagógicas para
a Alfabetização na Idade Certa: instrumento
de
apoio aos professores dos 2º anos para a
incorporação dos resultados da de
Avaliação
Fluência Leitora em sala de aula:
● Compreensão dos perfis de leitura;

● Mapeamento das intervenções conforme as etapas de


leitura dos estudantes;

● Sugestões de atividades em sala de aula para


aprofundamento e desenvolvimento das habilidades
Importante que todos façam o curso de Fluência do
CAED e que todos os docentes tenham uma cópia do de leitura.
documento.
ENTREGAS PÓS FORMAÇÃO
QUAIS INSTRUMENTOS DEVEM SER PREENCHIDOS?

Planos de ação:

● Nível Municipal: técnicos responsáveis


pela multiplicação com as escolas devem
preencher e enviar neste e-mail

maria.leonardo@educacao.sp.gov.br

○ Cada município precisa estabelecer


um Plano de Ação frente aos
• A SEDUC vai analisar os Planos das 91 Diretorias de resultados. Esse plano precisa ser
Ensino enviado à respectiva regional
• A DER vai analisar os Planos das Escolas Estaduais e da responsável por aquele município.
SME
• A SME vai analisar o Plano das escolas municipais
• Entrega para a DER Miracatu 14/09
PLANOS DE AÇÃO
Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração – PARC

SÃO PAULO

FLUÊNCIA EM LEITURA
AVALIAÇÃO ENTRADA
2023

2023
CONTEXTUALIZANDO ...

BNCC
Eixos orientadores para o ensino
da Língua Portuguesa Análise
linguística/semiótica

Ensino da
Leitura Língua Oralidade
Portuguesa

Escrita
Importância da fluência em leitura para o desenvolvimento da compreensão leitora

“Visão simplificada da leitura”

Compreensão Identificação de Linguagem oral


leitora palavras escritas

Gough e Tunmer, 1986.


ASPECTOS ENVOLVIDOS NA FLUÊNCIA

Velocidade

Precisão Automaticidade

Prosódia
Algumas referências

• National Reading Panel (NRP, 2000)


• “ fluent reading as reading with ‘speed, accuracy, and proper expression’”.
Velocidade e precisão geralmente aumentam junto com o esforço e a falta de intenção ou consciência.
Quando a leitura é fácil, os leitores não lutam para reconhecer as palavras. Como eles não dedicam todos
os seus recursos mentais ao reconhecimento de palavras, os leitores fluentes conseguem se concentrar na
compreensão como resultado.

A expressão ou prosódia adequada abrange entonação e fraseado. Frases apropriadas podem ajudar a
lembrar e compreender informações. A entonação pode ser útil para enfatizar pontos importantes ou
introduzir novos tópicos. No entanto, certos aspectos da prosódia podem não se desenvolver até mais
tarde na infância. O impacto da expressão adequada na compreensão da leitura não é bem
compreendido.
Algumas referências

Rasinski (2004; 2006) dá destaque para a fluência nos processos de alfabetização, apontando-a como o
efetivo elo entre a decodificação e a compreensão, não podendo, pois, ser confundida com a
decodificação, mas sendo primordial que essa esteja consolidada e automatizada para que se possa avançar
no caminho do desenvolvimento de uma leitura fluente e hábil. Isto é, uma leitura em que não se gaste
esforço cognitivo nos processos de reconhecimento de palavras, mas sim nas estratégias de construção de
sentidos do e no texto.
Algumas referências

“Fluência não pode ser confundida com a decodificação, mas é primordial que a decodificação esteja
consolidada e automatizada para que se possa avançar no caminho do desenvolvimento de uma leitura
fluente e hábil. Isto é, uma leitura em que não se gaste esforço cognitivo nos processos de
reconhecimento de palavras, mas sim nas estratégias de construção de sentidos do e no texto.”
(RASINSKI, 2014)
DECODIFICAR É SER FLUENTE?
“O nefelíbata encontrou-se com o anacoreta e,
juntos, travaram um conciliábulo a respeito do azo
que lhes assomou.”

https://blog.ataba.com.br/fluencia-leitora-ler-rapido-e-ler-bem/
Algumas referências

Termos e conceitos importantes


TERMO DEFINIÇÃO EXEMPLO
Conhecimentos sobre o impresso O conhecimento das convenções que Reconhecer que os espaços em ambos
ocorrem organizam a escrita. os lados de uma letra ou grupo de letras
indicam uma palavra distinta.

Consciência fonológica A capacidade de identificar e manipular Entender que “pato” é composto de


unidades (por exemplo, palavras, quatro sons separáveis: p/a/t/u.
sílabas, fonemas) na linguagem oral.

Reconhecimento de palavras A identificação de palavras, Saber que “s” em “sapo” é diferente de


isoladamente ou em contexto, a fim de “s” em “casa”.
determinar a pronúncia e o significado.

Fluência A combinação de precisão, Incorporar o reconhecimento preciso e


automaticidade e prosódia na leitura automático de palavras e ritmo
para facilitar a compreensão. apropriado para apoiar a compreensão.

(Kuhn e Levy, 2015)


ALFABETIZAÇÃO
E
LETRAMENTO
▪ O que significa estar alfabetizado?

▪A alfabetização é a apropriação do
Sistema de Escrita Alfabética (Sistema
Notacional).
O QUE É NECESSÁRIO PARA ESTAR ALFABETIZADO?

1. Compreender o que é um símbolo;


2. Discriminar as formas das
letras;
3. Discriminar os sons da fala;
4. Captar o conceito de palavra;
5. Reconhecer sentenças.
(LEMLE, 2005, p. 7-
15)
ALFABETIZAÇÃO

Segundo Magda Soares (1998), a alfabetização se faz pelo domínio


de uma técnica: grafar e reconhecer letras, usar o papel,
entender a direcionalidade da escrita, pegar no lápis, codificar,
estabelecer relações entre sons e letras, de fonemas e grafemas;
perceber unidades menores que compõem o sistema de
escrita (palavras, sílabas, letras).
LETRAMENTO

▪ Letramento refere-se às práticas sociais de


leitura e escrita.
ALFABETIZAR E LETRAR?

▪ ...alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não


inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando,
ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas
sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se
tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado
(SOARES, 1998, p. 47).
LEITURA
LEITURA

▪ Leitura não é apenas decodificação, é também compreensão e crítica. Isso


significa que o leitor precisa realizar ações sobre o texto.

▪ É uma atividade complexa, em que o leitor produz sentidos a partir das


relações que estabelece entre as informações do texto e seus
conhecimentos.
LEITURA
LEITURA

São as práticas sociais que vivenciamos em nossas ações de leitores


competentes, que devem ser tomadas como base para o ensino e o
trabalho na sala de aula com a leitura(…).
(BRASIL, 2012, p.08)

Quanto maior for a experiência de ouvir e ler textos, mais


elaborada será a produção de sentidos por parte do leitor.
FLUÊNCIA
O QUE É FLUÊNCIA?

(flu:ên.ci:a)
sf.

1. Qualidade de fluente; FLUIDEZ.

2. Espontaneidade, naturalidade; FLUIDEZ.

3. Facilidade, nitidez com que alguém se expressa.


FLUÊNCIA EM LEITURA

Segundo Rasinki (2004) a fluência em leitura é a


capacidade de:
▪ler com precisão (decodificação com exatidão
das
palavras),
▪domínio das relações entre grafemas e fonemas;
▪automatismo (reconhecimento/ velocidade das palavras do
texto);
▪expressividade (ritmo e entonação).

Sendo assim, a consolidação dos processos que


envolvem a fluência possibilita a compreensão do
que está sendo lido.
FLUÊNCIA EM LEITURA

LEITORES CAPAZES DE LER FLUENTEMENTE


AVALIAÇÃO
DE
FLUÊNCIA
OBJETIVO DA AVALIAÇÃO
A avaliação de fluência consiste na aferição da capacidade de os alunos lerem com velocidade e precisão
(automaticidade), um número de palavras dicionarizadas e palavras inventadas, isoladas, e um pequeno texto
narrativo em determinado tempo.

• O processo de automatização da decodificação é essencial para a compreensão da escrita.

• A fluência é a ponte entre a decodificação e a compreensão de textos.

• Para uma leitura hábil, é fundamental consolidar e automatizar a decodificação para se avançar na
compreensão de textos.
AVALIAÇÃO

A avaliação oferece dados das práticas de leitura


utilizadas pelas crianças, possibilitando mapear as
dificuldades dos leitores em formação ou seus avanços no
campo da leitura.
Como avaliar a fluência em leitura?

• A fluência é a ponte entre a leitura e a compreensão.

• Considerando-se o que o aluno lê, tendo como parâmetro de


cálculo (métrica) o espaço temporal de 60 s, a análise da leitura, os
seguintes indicadores:

1. Fluidez (velocidade/ palavras por


minuto).
2. Precisão (número de erros e acertos).
3. Prosódia (cadência, entonação, ritmo).
Avaliação em larga escala da fluência em leitura

Tem o intuito de oferecer informações que permitam


intervenções para a correção de possíveis insuficiências
apresentadas na área de leitura.
Avaliação em larga escala da fluência em leitura
A aplicação do teste

▪Ocorre individualmente, envolvendo apenas o aplicador e o estudante avaliado.


▪A leitura deve ser realizada em ambiente externo ao da sala de aula e sem
interferências sonoras que possam afetar a captação do áudio do estudante.
▪O teste utiliza um aplicativo off-line para smartphones, criado pela equipe de
desenvolvimento do CAEd/UFJF.
▪Uma vez captado o áudio do aluno, a gravação não pode ser
alterada e é encaminhada para o CAEd/UFJF (em processo de
sincronização digital – upload).
Avaliação em larga escala da fluência em leitura
O desenho do teste

▪Apresenta-se à criança um conjunto de palavras e pseudopalavras (palavras


inventadas), além de um texto narrativo com perguntas acerca de sua compreensão.

▪Para cada um desses blocos de tarefa, considera-se o tempo de


60s para a realização da leitura.
Modelagem do teste

Elementos avaliados 2º ano do Ensino Fundamental


Entrada

Quadro de palavras 60 palavras

Quadro de pseudo-palavras
40 pseudo-palavras

Nível de complexidade 1
Texto narrativo
Avaliação em larga escala da fluência em leitura
LEITURA DE LISTA DE PALAVRAS

▪ Apresenta-se à criança um conjunto com 80 palavras dicionarizadas.

▪ Adotam-se como critérios de seleção dos vocábulos:

- termos com diferentes extensões (número de letras e sílabas) e estruturas


silábicas canônicas (CV) e não canônicas (CVC, VC, CCV);

- familiaridade (menor ou maior) em relação ao contexto de leitura acessível os alunos da etapa de


escolaridade;

- presença de regularidades e irregularidades ortográficas


(ou seja, relação direta e/ou indireta entre grafemas e fonemas).
Avaliação em larga escala da fluência em leitura
LEITURA DE LISTA DE PSEUDOPALAVRAS

▪ Apresenta-se à um conjunto com 60 pseudopalavras


criança
(palavras inventadas).
▪ PSEUDOPALAVRAS - palavras sem correspondência de significado,
sem interferências lexicais, morfológicas, sintáticas e/ou semânticas, a
partir das quais a avaliação centra-se, exclusivamente, no processamento
fonológico.
Avaliação em larga escala da fluência em leitura
LEITURA DE LISTA DE PSEUDOPALAVRAS

Adotam-se como critérios de seleção dos vocábulos:

I. termos com diferentes extensões (número de letras e sílabas) e estruturas silábicas


(canônicas e não canônicas);

I. presença de regularidades e irregularidades ortográficas (ou seja, relação direta e/ou


indireta entre grafemas e fonemas).
Avaliação em larga escala da fluência em leitura
LEITURA DE TEXTO

▪ Apresenta-se às crianças uma narrativa de domínio público, de gênero familiar


ao ambiente escolar, porém com enredo não recorrente em materiais didáticos.

▪ A narrativa possui estruturas sintáticas compatíveis com o nível de


leitura almejado para estudantes do ciclo de alfabetização.

▪ O texto é composto por um quantitativo médio entre 150 e 180 palavras.


Avaliação em larga escala da fluência em leitura
LEITURA DE TEXTO
▪ Questões de compreensão do texto:
Avaliação em larga escala da fluência em leitura

▪ Questões
de compreensão
do texto:
Avaliação em larga escala da fluência em leitura

A análise dos dados

▪De posse dos resultados de desempenho, são traçados os


PERFIS DE LEITORES:
PRÉ-LEITOR
- Não tem apropriação dos princípios que organizam o sistema alfabético de escrita
e não dispõe de condições para realizar a leitura oral, ainda que de palavras
isoladas.

- Apresenta dificuldades relacionadas ao processo de decodificação


das palavras, principalmente quanto à associação de consoantes e/ou
vogais aos seus valores sonoros (consciência fonológica), ou seja,
reconhece as letras, mas não identifica sua sonoridade ou, quando o
faz, não compreende seu emprego enquanto constituinte da sílaba.
PRÉ-LEITOR
- Consegue ler uma ou outra palavra, isoladamente, porém de modo
silabado, com excesso de pausas e diversos desvios no que concerne à relação
entre grafema (letras) e fonemas(sons).

Na avaliação de fluência, o pré-leitor:

– Lê em média, até 10 palavras em uma lista (ou em um texto, quando conseguem ler) com vocábulos em
padrões silábicos diversos, mesclando termos mais e menos frequentes ao seu cotidiano, independentemente
da precisão de sua leitura

(acertos). Assim, esse estudante apresenta uma maior fluidez na leitura de


palavras com menor extensão e formadas por sílabas em padrão canônico.
E
– Lê, em média, até 5 pseudopalavras dispostas em uma lista.
INICIANTE

- Embora consiga ler palavras e pequenas sequências textuais, realiza de forma


vagarosa, em um padrão de leitura silabada e/ou pausada, comprometendo a
compreensão daquilo que lê, pois ainda precisa de tempo para
realizar uma decodificação da palavra, especialmente no caso de padrões
silábicos não canônicos (CVC, VC, CCV), e/ou que são poucos frequentes
na Língua Portuguesa.
INICIANTE

- Tem apropriação das regras que organizam o sistema de escrita alfabética, mas
ainda apresenta dificuldades com a base ortográfica e, muitas vezes, decodifica a
palavra em uma leitura silenciosa prévia para depois reproduzi-la oralmente.
INICIANTE

Na avaliação de fluência, o leitor iniciante:

•Lê mais de 11 palavras, independente do padrão silábico;

•Lê mais de 5 pseudopalavras, também composta por padrões silábicos distintos.

Contudo, a leitura desse estudante ainda apresenta fragilidades quanto à compreensão dos vocábulos,
pois tem dificuldade em relação à transposição dos fonemas para os grafemas, apresentando precisão de leitura
abaixo de 90%. Mesmo ao realizar a leitura de textos, apresenta o padrão de leitura semelhante ao
observado em relação à compreensão de palavras e pseudopalavras.
FLUENTE

- Domina a decodificação das palavras e, por isso, lê mais rapidamente, o que lhe
permite dedicar mais esforços à compreensão do que está lendo. Entretanto, os
textos com vocabulário e/ou estrutura sintática mais complexa e/ou de maior
extensão, podem ser lidos sem o devido respeito a pontuação, pausas ou
entonação, comprometendo a compreensão de seu conteúdo.
FLUENTE

- Nesse perfil aloca-se o estudante já alfabetizado, mas não proficiente em leitura,


uma vez que a proficiência é uma característica de leitores que não
apenas localizam informações na superfície textual, mas são capazes de
realizar inferências com base no que leem.
FLUENTE

Na avaliação de fluência, o leitor fluente:

-Lê e estabelece sentido para o que leu em sequências textuais ficcionais, como por exemplo, aquelas que
mesclam estruturas morfossintáticas variadas, com uma extensão média entre 150 e 180 palavras, lidas com
precisão superior a 90% (ou seja, acima de 65 palavras corretas).

-Reconhece elementos prosódicos básicos, como ritmo, entonação, pausas, entre outros.

Destaca-se, porém, que o estudante em nível mais elevado do perfil FLUENTE, já consegue compreender
pequenas informações não explícitas no texto, desde que sejam indicadas por meio de pistas textuais que o
ajudarão na construção de hipóteses sobre o que leu.

- No teste de fluência, acerta de 3 a 5 perguntas referentes ao texto lido.


ESCALA DE FLUÊNCIA EM LEITURA
PRÉ-LEITOR

Perfis de Leitor Nível 1


O estudante não leu OU conhece letras, mas
não as associa à pauta sonora da palavra.
Nível 2
O estudante reconhece letras/soletra.
Nível 3
O estudante leu silabando, eventualmente, cometeu
desvios na leitura silabada.

Nível 4
Estudante leu corretamente até 10 palavras e 5
pseudopalavras em um minuto.

LEITOR INICIANTE
Estudantes que leem palavras e pequenas sequências
textuais, porém o fazem de forma pausada, em um
padrão de leitura silabada.
LEITOR FLUENTE
Estudantes que já venceram os desafios relacionados à
decodificação das palavras e, por isso, leem de modo
mais automático.
PERFIL PRÉ-LEITOR
2021 e 2022 2023 SÍNTESE
Nível 1 O estudante não realizou a leitura OU o
Nível 1 estudante disse letras, sílabas ou palavras
Nível 2
que não constavam no item.

O estudante nomeou letras isoladas das palavras


Nível 3 Nível 2 constantes no item, ou seja, o estudante identifica
letras.

Nível 4
O estudante silabou ao realizar a leitura das palavras
Nível 3
Nível 5 constantes no item.

Nível 6 Nível 4  O estudante leu até 10 palavras e 5 pseudopalavras


constantes no item.
PERFIS DE SÍNTESE
LEITOR
Leitor O estudante leu corretamente, no tempo de 60 segundos, 11 ou
iniciante mais palavras e 6 ou mais pseudopalavras constantes no item
do teste. Mesmo que consiga ler fragmentos de texto, ele ainda
não chega a 65 palavras com o mínimo precisão de 90%.

Leitor Fluente O estudante leu corretamente, no tempo de 60 segundos, no


mínimo, 65 palavras com uma precisão superior a 90%,
considerando-se o texto narrativo constante no teste.
O leitor fluente é aquele que consegue:

Reconhecer letras, Localizar informações Realizar inferências de Reconhecer recursos


palavras, frases e menos ou mais alcance e níveis de expressivos
textos específicas complexidades variados empregados no texto
VAMOS OUVIR ALGUNS EXEMPLOS DE ÁUDIOS DE NOSSOS ESTUDANTES?
Áudios
COMO VOCÊ CLASSIFICARIA O PERFIL DE
LEITOR DE CADA UM?

▪ALUNO
1.

▪ALUNO
2.
AQUISIÇÃO
DE
FLUÊNCIA
Aquisição da fluência em leitura

Para que nossos estudantes alcancem uma leitura FLUENTE e compreensão de


textos, é necessário muito mais do que o reconhecimento de palavras.

É preciso incentivar o estudante a ler, conversar sobre textos e se familiarizar com a


cultura escrita.
Aquisição da fluência em leitura

Para tanto, é importante que seja trabalhado,


sistematicamente, com a precisão, especialmente em
palavras:

▪com maior número de sílabas;

▪ com sílabas não canônicas (CCV, CVC, CCVC, V);


▪ com grafemas cujo valor varia de acordo com a posição na palavra (como o
s em sapo, casa, lápis e pássaro).
ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PARA
DESENVOLVER A LEITURA
1.TRAÇAR OBJETIVOS PARA A LEITURA

Os objetivos da leitura pelo professor ou aluno são essenciais para definir “como o texto será
lido e o que deve ser priorizado durante a leitura”

 (BRANDÃO, 2006, p.65).


- Por que vou ler esse texto?


-

- O que espero aprender com a leitura desse texto?


-
2. SELECIONAR INFORMAÇÕES NO TEXTO

• Estratégia que permite ao leitor focar sua atenção nas


informações centrais.

• Auxilia o leitor a definir o que deve guardar em sua memória,


constituindo um todo coerente do texto lido.
3. ATIVAR OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS
4. ANTECIPAR SENTIDO NO TEXTO

Na antecipação do texto são ativados: as ideias, crenças,


conhecimentos e experiências, os quais fazem parte dos
conhecimentos prévios do leitor, de modo, que auxiliarão
hipóteses pessoais que permitirão construção de “conexões entre
o que lê e suas expectativas” (BRANDÃO, 2006, p.67).
5. ELABORAR INFERÊNCIAS

• Estratégia que auxilia o leitor captar o que não foi dito de


forma explícita, de modo que recorra a pistas deixadas pelo
autor, buscando relações entre informações no texto e/ou
conhecimentos prévios.
• Tal estratégia possui maior complexidade, pois exige a
capacidade de construção de significados implícitos.
6. AVALIAR E CONTROLAR A COMPREENSÃO
DO TEXTO
6. AVALIAR E CONTROLAR A
COMPREENSÃO DO TEXTO

O professor, como mediador do processo, deve permitir


situações variadas como: realizar a leitura sendo um modelo
de leitor, guiando a aprendizagem dos alunos, de forma a
explorar e orientar a compreensão do texto.
6. AVALIAR E CONTROLAR A
COMPREENSÃO DO TEXTO
AQUISIÇÃO DA FLUÊNCIA EM LEITURA

-Para o automatismo e leitura expressiva pode-se criar situações


significativas para a leitura em voz alta, sempre antecedida pela leitura
silenciosa.

-A leitura prévia também é fundamental porque permite a construção de


um vocabulário mental.
PRÁTICAS DE LEITURA QUE AJUDAM A DESENVOLVER
A
FLUÊNCIA
PRÁTICAS DE LEITURA QUE AJUDAM A DESENVOLVER
A FLUÊNCIA

Leitura de palavras com sílabas não canônicas

Alguns estudantes têm dificuldade em decodificar palavras compostas


por determinadas sílabas (gue, bru, etc.). O mesmo pode ocorrer com
palavras desconhecidas.
PRÁTICAS DE LEITURA QUE AJUDAM A DESENVOLVER
A FLUÊNCIA

Nesse caso, antes de propor a leitura de um texto que


contém palavras com essas características, sugere-se que o
professor as escreva no quadro, explique seu significado e
faça a leitura das mesmas com todos até que se tornem
familiares.
PRÁTICAS DE LEITURA QUE AJUDAM A DESENVOLVER
A FLUÊNCIA

Leitura em voz alta de forma compartilhada

Os alunos continuam a leitura já iniciada por um colega, segundo a


indicação do professor.

. Nessa estratégia os estudantes se mostram mais engajados e


menos apreensivos com a possibilidade de cometer erros.
RESULTADOS DA AVALIAÇÃO
DE FLUÊNCIA
A avaliação de fluência visa oferecer às Secretarias Municipais de
Educação e a Rede Estadual, equipes gestoras e docentes informações que
contemplam desde a oralidade e a prosódia, até a capacidade de
interpretação textual dos alunos, permitindo identificar dificuldades e
fragilidades com vistas às ações de intervenção.
PERCENTUAL DE ESTUDANTES POR PERFIL/NÍVEL LEITOR – SÃO PAULO – DIAGNÓSTICA 2023
Primeira parte Desempenho geral
São Paulo – Diagnóstica 2023

Rede Pública 45% 42% 13%

Redes Municipais 43% 44% 13%

Rede Estadual 47% 39% 13%


Pré-leitor % Leitor iniciante % Leitor fluente %

Distribuição pelos níveis de Pré-leitor¹ - Diagnóstica 2023


Rede Pública 14% 7% 8% 15%

Redes Municipais 13% 6% 9% 15%

Rede Estadual 17% 8% 7% 16%

Pré-leitor - Nível 1 Pré-leitor - Nível 2 Pré-leitor - Nível 3 Pré-leitor - Nível 4

Diagnóstica 2023
Rede(s)
Estudantes Previstos Estudantes com participação Efetiva % de Participação

Pública 466.990 284.851 61%


Municipais 346.661 177.157 51%
Estadual 120.329 107.694 89%

Nota¹ – Os percentuais por perfil foram calculados com base no total de estudantes em cada perfil, dividindo-se esse valor pelo total de estudantes com participação efetiva . Em virtude
do arredondamento do resultado para número absoluto, a soma dos três perfis pode ser inferior ou superior a 100% (até 1 ponto percentual).
 ANÁLISES CONTEXTUAIS DE FLUÊNCIA EM LEITURA – SÃO PAULO – DIAGNÓSTICA 2023
Segunda parte - Análises contextuais
Gráfico 1: Percentual de alunos por perfil de leitura e Nível Socioeconômico – Rede Pública

Nível III 52% 39% 9%

Nível IV 52% 38% 10%

Nível V 45% 42% 13%

Nível VI 35% 47% 19%

Nível VII 26% 50% 24%

Pré-leitor Iniciante Fluente


ANÁLISES CONTEXTUAIS DE FLUÊNCIA EM LEITURA – SÃO PAULO – DIAGNÓSTICA 2023

Gráfico 2: Percentual de alunos por perfil de leitura e Gênero – Rede Pública

Feminino 44% 43% 12%

Masculino 44% 41% 14%

Pré-leitor Iniciante Fluente


ANÁLISES CONTEXTUAIS DE FLUÊNCIA EM LEITURA – SÃO PAULO – DIAGNÓSTICA 2023

Gráfico 3: Percentual de alunos por perfil de leitura e Raça/Cor – Rede Pública

Amarela 47% 38% 15%

Branca 41% 44% 15%

Indígena 58% 32% 9%

Parda 49% 40% 11%

Preta 50% 40% 10%

Pré-leitor Iniciante Fluente


ANÁLISES CONTEXTUAIS DE FLUÊNCIA EM LEITURA – SÃO PAULO – DIAGNÓSTICA 2023

Gráfico 4: Percentual de alunos por perfil de leitura e Localização – Rede Pública

Urbana 45% 42% 13%

Rural 43% 45% 12%

Pré-leitor Iniciante Fluente


ANÁLISES CONTEXTUAIS DE FLUÊNCIA EM LEITURA – SÃO PAULO – DIAGNÓSTICA 2023

Gráfico 5: Percentual de alunos por perfil de leitura e Nacionalidade – Rede Pública

Brasileira 44% 42% 13%

Brasileira - nascido no exterior ou naturalização 33% 53% 14%

Estrangeira 53% 39% 7%

Pré-leitor Iniciante Fluente


Avaliação Diagnóstica de Fluência em Leitura – 2023
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

-Interlocução entre equipes das SME e profissionais das escolas;


- monitoramento e acompanhamento do
desenvolvimento dos estudantes, com base na leitura e interpretação das
informações coletadas na avaliação;
- orientações e apoio quanto às intervenções pedagógicas.
ESCOLA

-Organização do trabalho pedagógico (planejamento e acompanhamento);


- intervenções pedagógicas que levem em conta as
necessidades de aprendizagem, identificadas a partir do
diagnóstico;
- acompanhamento dos estudantes;
- compromisso com a permanência do aluno e sucesso
na escola;
- interlocução com a comunidade escolar.
Acesso à Plataforma
CADASTRO DA EQUIPE

AGENTE USUÁRIO/SENHA
Coordenador Estadual da Avaliação, Secretaria Estadual, Secretaria Municipal e
Dirigente Regional CPF

Coordenador Regional da Avaliação e Coordenador Regional do Programa CPF

Coordenador Municipal da Avaliação e Coordenador Municipal do Programa CPF

Técnico da Secretaria Estadual CPF

Técnico da Secretaria Municipal CPF

Técnico da Regional CPF


Diretores que JÁ ACESSAM a plataforma do PARC Já estão cadastrados na plataforma.

Diretor que NÃO TEM Código Inep da Escola. Após o 1º acesso e a


acesso à plataforma do PARC realização do autocadastro, utilizar o CPF.
Equipe Escolar (Vice-Diretor, Coordenador Pedagógico, Professor e Professor
CPF
Aplicador)
ACESSO À PLATAFORMA

https://parc.caeddigital.net
TUTORIAL DE ACESSO
POWER BI FLUÊNCIA
LEITORA
DEPARTAMENTO DE COOPERAÇÃO
PEDAGÓGICA COM OS
MUNICÍPIOS (DECOM)
Tutorial de acesso ao Painel de Resultados de Fluência
Leitora
POWER BI DA FLUÊNCIA LEITORA

Ferramenta de visualização dos dados das avaliações de fluência construída pela equipe de Avaliação da
PARC/ABC.
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYzYyODEwZDctOWMzYS00N2NlLWJhOTctNTViZDgwM2UyNmMwIiwidCI6IjM
1NjA5YTMyLTIwMGEtNDhlMy05MDFkLWU3Y2I1ZTZmYTY5ZCJ9
POWER BI DA FLUÊNCIA LEITORA

informações sobre a Avaliação de Fluência e


seus perfis leitores;

Resultados da avaliação por


diretoria regional, município e
escola.
Lista de colaboradores responsável
pelo painel.
POWER BI DA FLUÊNCIA LEITORA
Ao selecionar o menu “resultados”,
veremos essa tela. Aqui é possível
selecionar a granularidade do dado
= estado (geral de São Paulo),
Diretoria de Ensino e município.

Cada técnico receberá uma senha


da sua regional e dos seus
municípios para acompanhar os
resultados de todas as escolas da
rede.

Importante ressaltar que


esse acesso é de uso exclusivo
das SMEs, não sendo autorizado o
repasse de senhas para as
escolas. O acesso das escolas
continuará a ser
exclusivamente pela plataforma
PARC.
POWER BI DA FLUÊNCIA LEITORA

Após selecionar qual nível


deseja visualizar, basta inserir a
senha no campo “senha”, clicar
com o botão “enter” no seu
teclado e depois clicar em
“acessar” com o mouse.

Sem clicar em “enter” após


inserir a senha, o sistema
retorna a mensagem de erro.
Caso isso aconteça, basta inserir
a senha novamente, clicar em
“enter”no seu teclado e depois
clicar em “acessar” com o
mouse.
POWER BI DA FLUÊNCIA LEITORA
1

2
POWER BI DA FLUÊNCIA LEITORA
1

Neste campo, é possível selecionar a rede e a edição/ano da


avaliação de fluência. Caso esteja em branco, o CAEd ainda
irá alimentar o painel com os resultados dos anos de 2021
e 2022.
2
Já aqui são os controles de navegação, avançar a
página, retornar, sair (deslogar) e retornar ao
menu inicial.

DICA BÔNUS

Alguns dos dados do painel são referentes ao IFL. Este parâmetro foi
criado pela equipe da ABC para acompanhar a evolução das redes a
partir dos perfis leitores. Ao clicar neste botão ao lado, você consegue ler
e saber mais detalhes sobre o índice. Este botão aparece em todas as
abas em que existem gráficos utilizando o Índice de Fluência Leitora
(IFL).
CONSTRUÇÃO COLETIVA
ANÁLISE DOS DADOS
E
PLANEJAMENTO DAS AÇÕES
PREPARAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DOS DADOS
Para o desenvolvimento da oficina, é importante preparar quais materiais serão utilizados e quais as fontes de dados.
Aqui estão as principais fontes que devem ser consultadas no momento da elaboração da apresentação:
a) Plataforma PARC: os dados estão disponíveis nos perfis das Diretorias Regionais, Secretarias
Municipais e escolas, através do perfil do diretor escolar. O acesso e conhecimento da Plataforma PARC é
de suma importância para garantir a leitura e interpretação correta dos dados. Além dos resultados, a
plataforma oferece um curso sobre a Avaliação de Fluência e sobre as possíveis intervenções pedagógicas
que podem ser realizadas. O curso está no card:
b) Power BI: as páginas do BI foram construídas pela Associação Bem Comum e nelas é possível encontrar algumas
interpretações importantes dos resultados, como o Índice de Fluência Leitora (IFL). Este índice padroniza os resultados
por perfil e permite uma comparação direta. Pode ser usado especialmente a nível de Diretoria Regional para
visualização da dispersão dos estudantes entre os perfis avaliados por município. Você receberá uma senha para a
Diretoria de Ensino e para o município, assim cada um conseguirá acessar o seu resultado de forma individualizada.

https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYzYyODEwZDctOWMzYS00N2NlLWJhOTctNTViZDgwM2UyNm
MwIiwidCI6IjM1NjA5YTMyLTIwMGEtNDhlMy05MDFkLWU3Y2I1ZTZmYTY5ZCJ9
AÇÕES
PLANO DE AÇÃO
A construção do plano de ação deve ser resultado das discussões, debates e atividades realizadas na oficina.
É esperado que cada DE, município e escola conclua a oficina com um esboço do plano e com as
orientações para a sua conclusão. Esse é um dos momentos mais importantes: transformar ideias e
dados em intervenções pedagógicas concretas.
O plano de ação deve ser objetivo, simples, articulado com outros dados e, sobretudo, efetivo. Após a sua
conclusão, as escolas estaduais devem enviar uma cópia para a sua Diretoria de Ensino, os municípios para as
suas respectivas SMEs e DEs, sendo esta a última responsável por acompanhar a implementação do plano, assim
como os municípios dentro de suas realidades. Um modelo exemplificando um plano está ilustrado no quadro a
seguir e ele pode ser encontrado no mesmo link anteriormente disponibilizado.
Neste modelo, temos as seguintes informações:
- Ação: o que será feito, efetivamente, na sua rede? ex. instituir o momento de leitura diária nas turmas de 2º ano;
- Prioridade: dentre os aspectos que envolvem essa ação, qual é a central? ex. o momento de leitura irá focar nos
estudantes que foram classificados nos perfis pré-leitor 3, 4 e leitor iniciante;
- Prazo: até quando essa ação deverá começar? ex. início do terceiro bimestre;
- Resultado esperado: qual a expectativa com essa ação? ex. que os estudantes que estavam nos níveis pré-leitor 3,
4 e leitor iniciante avancem na escala de fluência leitora na próxima avaliação;
- Responsável: quem será o ator responsável por executar e acompanhar a ação? ex. professor regente irá implementar
e coordenador pedagógico irá acompanhar e apoiar.
Um aspecto importante a ser considerado no plano de ação é a forma como os resultados serão utilizados em sala de
aula. Como intervir no aprendizado de cada estudante a partir de suas especificidades, destacadas pelo perfil de leitor que
ele foi classificado.

Guia de Orientações Pedagógicas para Alfabetização na Idade Certa. (2).pdf - Google Drive
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
➔Investigar o contexto
Todo resultado é produto de um contexto específico. São vários os fatores que influenciam para que o
município, as escolas e os estudantes tenham determinado desempenho. Nesse sentido, é importante, ao analisar os
dados, investigar o contexto das escolas:
●Qual o porte das escolas?
●Em que perfil de leitor está a maior parte dos estudantes de cada uma delas?
●Há fatores adversos que possam ter influenciado? Quais?
●Há diferença significativa entre os resultados das escolas da zona urbana e da zona rural?
●Qual foi o desempenho das escolas com turmas multisseriadas?
●Quais considerações sobre os resultados das escolas quando analisamos o recorte social, de gênero e étnico-
racial?
➔Apoiar e acompanhar as escolas municipais
É importante que as Secretarias Municipais de Educação, como responsáveis pela gestão das escolas municipais,
reforcem os processos eficientes para o fortalecimento do ensino e da aprendizagem. Três dimensões são imprescindíveis
para isso: formação, avaliação e acompanhamento. Nesse sentido, os resultados da avaliação de fluência, juntamente com de
outras avaliações (como o do SARESP e SAEB), podem ser uma importante ferramenta para subsidiar as formações de
gestores escolares e professores e apoiar o acompanhamento pedagógico das escolas. Para isso, no entanto, o dirigente
municipal precisa liderar e garantir as condições para a realização plena das ações.
➔Trabalhar em colaboração
Ao colaborarem entre si, as redes compartilham experiências exitosas, identificam formas de superar seus desafios,
aprimoram seus processos de gestão e, por conseguinte, fortalecem-se mutuamente. Por isso, é importante que o dirigente
municipal de educação se articule com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, por meio das Diretorias de Ensino,
participando das atividades e reuniões organizadas pelas DEs. A colaboração é potente também entre redes municipais da
mesma região e dentro da própria rede: o município pode criar estratégias para que as escolas compartilhem experiências
exitosas.
➔Sugestões de ações
●Criar um plano de ação municipal com base nos resultados da avaliação de fluência e no contexto das escolas,
com atenção à equidade e ao enfrentamento à desigualdade educacional;
●Participar das atividades e reuniões organizadas pela Diretoria de Ensino, para análise conjunta dos resultados da
avaliação e compartilhamento de experiências;
●Apoiar as escolas na apropriação dos resultados da avaliação e no desenvolvimento, com base neles, das
estratégias de intervenção pedagógica;
●Organizar uma rotina de reuniões com os gestores escolares e de acompanhamento das escolas municipais, no
tocante ao fortalecimento das ações pedagógicas e desenvolvimento de estratégias de incentivo às práticas de
leitura.
PAPEL DAS ESCOLAS

➔Conhecer o contexto
A avaliação de fluência é uma ferramenta que pode contribuir na compreensão do contexto da aprendizagem dos
estudantes. O gestor escolar, com os resultados em mãos, precisa se apropriar e criar estratégias de intervenção pedagógica para
cada turma com seus estudantes, juntamente com os professores. A equidade deve ser um ponto central na análise: como
a situação socioeconômica dos estudantes pode interferir nos resultados? Os estudantes brancos possuem resultados parecidos
ou diferentes dos estudantes indígenas, pretos e pardos? E o resultado entre meninos e meninas?
➔Engajar as famílias
A aprendizagem é um processo coletivo e todos são responsáveis por garantir que a criança tenha as condições
necessárias para desenvolver suas habilidades e competências. A escola, nesse sentido, deve criar estratégias para envolver as
famílias no processo de alfabetização das crianças.
➔Conjugação de esforços para uma boa aula
O trabalho em sala de aula é realizado a muitas mãos. É essencial que a gestão escolar e a equipe docente trabalhem, de
forma coletiva e colaborativa, elaborando e executando estratégias para uma aula que atenda aos diferentes perfis de leitores,
acompanhando os avanços para que possibilite o desenvolvimento da fluência leitora em todos os estudantes até o final do 2º.
Ano do Ensino Fundamental.
ACOMPANHAMENTO

É preciso monitorar e acompanhar o processo de implementação desse plano de ação. É importante que a rotina de
acompanhamento pedagógico seja colocada em prática e que encontros periódicos sejam realizados para uma análise
conjunta dos avanços e desafios.
Como destacado, após a conclusão do plano, a DE devem recolher os planos de todos os atores, de modo a
monitorar se o que foi pactuado está sendo de fato implementado.
Esse fluxo irá permitir que todos sejam apoiados no momento de execução dos seus respectivos planos, além de
criar uma cadeia de gestão melhor estruturada.
Unidos para promover
uma educação de
qualidade!
RASINSKI, T. Creating fluent readers. Educational Leadership, 2004 Disponível em: <
http://www.ascd.org/publications/educational- leadership/mar04/vol61/num06/Creating-Fluent-
Readers.aspx>.
Acesso em: 26 ago. 2019.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:


Autêntica,1998.
MÃO NA MASSA
OBRIGADA

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