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Sistema

constitucional
tributário
Princípios constitucionais
tributários
Sistema Constitucional
Tributário
•           No capítulo I, do título VI, da Constituição
da República Federativa do Brasil, está prescrita
toda a regulação do sistema constitucional
tributário.
•           Em verdade, pode-se afirmar que o sistema
constitucional tributário é um verdadeiro
subsistema, que trata dos aspectos da imposição
tributária pelo Estado, dos poderes exercidos por
este na esfera tributária e das garantias dos
contribuintes perante estes poderes.
Sistema?
• - Sistema Constitucional Brasileiro - Constituição
- linhas gerais que informam a organização do
Estado. Predominam as normas de estrutura sobre
as normas de comportamento.
• - Subsistema Constitucional Tributário - por
exceção em relação ao Direito comparado, tem
mais que a estrutura; a Constituição brasileira
plasmou todo o sistema tributário, deixando pouco
campo ao legislador ordinário.
IMPORTÂNCIA?
•    A Constituição é uma lei fundamental.
Primeiro, porque ela é o padrão, o eixo, o
estalão, de nosso ordenamento jurídico,
determinando seus princípios básicos.
Depois, porque é uma lei hierarquicamente
superior, de modo que qualquer outro
provimento normativo que com ela conflite
não será válido, será inconstitucional, será
nulo e de nenhum efeito.
•   A nossa "Constituição Cidadã", de 5
de outubro de 1988, pretendeu
instituir um Estado Democrático.
Isso está dito, especialmente, em seu
preâmbulo, (2)e nos artigos 1º (3), 3º
(4)e 4º (5). dos Poderes.
• Três princípios devem ser considerados
como fulcro em torno do qual se ergue o
edifício das instituições republicanas, no
direito positivo brasileiro, operando como
premissas básicas. Em grau de igualdade de
importância estão os princípios da
legalidade, da isonomia e da intangibilidade
das liberdades públicas,
• IMPORTÂNCIA? asseguram a certeza e
segurança do direito.
Constituição - centro do sistema jurídico, de onde
irradia sua força normativa, dotada de supremacia
formal e material. parâmetro de validade para a ordem
infraconstitucional E vetor de interpretação de todas
as normas do sistema.

• toda interpretação jurídica é interpretação constitucional. Qualquer


operação de realização do direito envolve a aplicação direta ou indireta da
Lei Maior. Aplica-se a Constituição:
•             a) Diretamente, quando uma pretensão se fundar em uma norma do
próprio texto constitucional. Por exemplo: o pedido de reconhecimento de
uma imunidade tributária (CF, art. 150, VI) ou o pedido de nulidade de uma
prova obtida por meio ilícito (CF, art. 5º, LVI);
•             b) Indiretamente, quando uma pretensão se fundar em uma norma
infraconstitucional, por duas razões:
•             (i) antes de aplicar a norma, o intérprete deverá verificar se ela é
compatível com a Constituição, porque se não for, não deverá fazê-la incidir.
Esta operação está sempre presente no raciocínio do operador do Direito,
ainda que não seja por ele explicitada;
•             (ii) ao aplicar a norma, o intérprete deverá orientar seu sentido e
alcance à realização dos fins constitucionais.
• Constituição deve ser respeitada pelo
Estado, e hoje está definitivamente
superada a idéia de que ela seria um
simples enunciado de princípios
políticos, que serviriam apenas como
diretivas que o legislador iria aos
poucos concretizando, de forma mais
ou menos discricionária.
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
• Através do controle direto, ou através da via de
exceção. Pelo primeiro, também chamado controle
concentrado, a declaração de
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo é
feita em tese, isto é, independentemente da
existência de caso concreto.
• Já na via de exceção, no chamado controle difuso,
existe o caso concreto, que está sendo examinado
pelo juiz ou pelo Tribunal, e a declaração de
inconstitucionalidade será incidental.
REFLEXÃO - O ABUSO DO PODER DE
TRIBUTAR OFENDE DIRETAMENTE DOIS
DOS VALORES MAIS CAROS AO HOMEM:
LIBERDADE E PROPRIEDADE
• Tributo é toda prestação pecuniária
• Instituída por lei
• Caráter compulsório pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no uso de
competência constitucional inerente à
sua condição de pessoa jurídica de
Direito Público
• O sistema do direito tributário positivo é
composto por uma integração normativa de
fatos segundos valores, que estão
dispostos numa estrutura hierarquizada,
regida pela fundamentação ou derivação,
tanto formal quanto material.
• O Sistema Tributário Nacional é um
conjunto de normas que versam sobre
matéria tributária, normas que juridicizam
fatos segundo valores, (art. 2º CTN).
Recepção do CNT pela CF/88
• Desenha-o inicialmente a CF quando trata dos limites ao
poder de tributar (arts. 150 a 152) e quando prevê a
instituição de impostos, taxas e contribuições de melhorias
(art. 145), de empréstimos compulsórios (art. 148) e de
contribuições sociais econômicas e profissionais (art. 149).
• Complementa o Sistema Tributário Nacional, o Código
Tributário Nacional, que publicado sob a égide da Emenda
Constitucional nº 18 de 1965, adotou topograficamente o
critério de sistematizar os tributos de acordo com a sua
base econômica. O sistema tributário nacional se completa
com a legislação ordinária baixada pela União, Estados e
Municípios.
• Situação de conflito existente entre uma lei e a
Constituição. A incompatibilidade, ou inconstitucionalidade
superveniente, é a situação de conflito existente entre a lei
e a norma constitucional editada posteriormente à sua
entrada em vigor? revogação da lei anterior
No entendimento de SACHA CALMON, este
subsistema pode se dividir em três partes,
quais sejam:

•          (A)o da repartição das competências


tributárias entre a União, os Estados e os
Municípios;
•           (B)o dos princípios tributários e das
limitações ao poder de tributar;
•           (C)o da partilha direta e indireta do
produto da arrecadação dos impostos entre as
pessoas políticas da Federação(participação de
uns na arrecadação de outros).“
• COÊLHO,Sacha Calmon Navarro. Comentários à Constituição de 1988 – Sistema
Tributário.
8ªEd.ver.amp.Rio de Janeiro:Forense,1999, p.02.
Art.145. A União,os Estados, o DF
e os municípios poderão instituir os
seguintes tributos:

• Impostos;
• Taxas;
• Contribuição de melhorias.
Princípios
• Os princípios jurídicos podem ser compreendidos
como verdadeiros comandos ordenadores do
sistema, entendendo-se como princípios
constitucionais aqueles consagrados expressa ou
implicitamente no sistema constitucional, que tem
por função inspirar a compreensão das regras
jurídicas, informando o seu sentido e servindo de
mandamento nuclear destas.
• Tríplice função – auxiliar na interpretação das
normas jurídicas ( atividade jurisdicional); molde a
colaborar na atividade de elaboração das leis;
função integrativa – preencher eventuais lacunas
do direito
José Cretella – pressuposto de um
sistema que lhe garante a validade –
legitimando-o

• Princípios onivalentes – princípios lógicos –


presentes em qualquer ramo da ciência
• Plurivalentes – comuns a determinados ramos da
ciência – princípios éticos
• Monovalentes – válidos para determinado ramo do
direito
• Setorias – dizem respeito a um setor determinado
do conhecimento científico
Princípios constitucionais
Gerais

•  Os princípios constitucionais gerais


se aplicam a todo o ordenamento e,
conseqüentemente, ao Sistema
Tributário Nacional.
• Há ainda, os princípios constitucionais
tributários.
•    Princípio da Justiça:     é um primado
supremo, suporte de todo o Ordenamento
Jurídico.
• Princípio da certeza do direito:  Da
mesma forma que o princípio da justiça é
implícito, este também o é, porém, cumpre
categoriza-lo também como um
sobreprincípio, posto que, ao sentenciar,
não caberá ao juiz deixar a relação jurídica
objeto da lide sem a devida certeza
estabelecida, o ordenamento jurídico exige
o requisito da certeza para ser válido
• Princípio da Segurança Jurídica
• Princípio da igualdade: expresso no
art.5º da CF, caput; cujo destinatário é o
legislador.
Afirmação de Aristóteles: tratar igualmente os
iguais e desigualmente os desiguais.
"A isonomia não está no texto da Constituição;
ela é o texto da Constituição de 88". Souto
Maior;
Princípio da universalidade da jurisdição:
art. 5º da CF, XXXV, determina que a
função jurisdicional no Brasil é função
inafastável do poder judiciário.
Princípio da ampla defesa e do devido
processo legal.
• Princípio da isonomia das pessoas
políticas constitucionais: este é um
princípio implícito, que deflui de dois
postulados constitucionais, quais sejam, a
Federação e a autonomia dos municípios.
• Princípio da supremacia do interesse
público ao do particular
• Princípio da indisponibilidade dos
interesses públicos
Princípios Constitucionais
Tributários
• Podemos afirmar que os princípios
tributários previstos na Constituição
Federal, funcionam verdadeiramente
como mecanismos de defesa do
contribuinte frente a voracidade do
Estado no campo tributário.
Princípios Constitucionais
Tributários
• Princípio da legalidade tributária
– Na Constituição de 1988 vem ele albergado de
forma específica no art. 150, inciso I, da
seguinte forma:
–           "Art. 150. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
–           I- exigir ou aumentar tributo sem lei que
o estabeleça.
–           (...)"
• a legalidade, isto é, a produção de lei com todo o perfil da
imposição bem definido, tipificado, sem generalidades ou
abrangências convenientes ou coniventes, é uma garantia do
contribuinte contra a voracidade fiscal, que, no Brasil, o
tempo, infelizmente, não consegue atenuar, mas exacerbar.
CONSEQUENCIA?
• analogia não é admitida para criar tributos (108, inc. II, do
CTN), nem, na dúvida, é possível a adoção de interpretação
pró-Fisco, pois o CTN impõe que ela só possa beneficiar o
contribuinte (art. 112 do CTN).
• Não permite, o CTN, que os institutos do direito privado
sejam alterados pelas leis tributárias (arts. 109 e 110) para
ampliar competências tributárias, visto que devem ser
respeitados pelas autoridades fiscalizadoras e pelo
legislador.
• A União, os Estados, os Municípios e o Distrito
Federal somente poderão exigir ou aumentar
tributo através de lei. A lei que o exigir o tributo
deve mencionar, segundo o artigo 146,III,”a”,CF:
• a) o fato tributável;
• b) a base de cálculo;
• c) a alíquota;
• d) os critérios para a identificação do sujeito
passivo da obrigação tributária;
• e) o sujeito passivo.
• A lei mencionada pela Constituição é a lei
ordinária, salvo se explicitamente for fixada a
exigência de lei complementar.
Existem impostos que excepcionam o
princípio em comento, a saber:
• 1) Imposto de Importação(II)
• 2) Imposto de Exportação(IE)
• 3) Imposto sobre operações
financeiras(IOF)
• 4) Imposto sobre produtos
industrializados(IPI)
• Esses impostos podem ser aumentados por meio
de ato do Poder Executivo, ou seja, por meio de
decreto, sempre respeitando, porém, os limites
estabelecidos pela lei.
• A Emenda Constitucional nº 33/2001 também
excepcionou o princípio em dois momentos, onde a
determinação de alíquotas é possível por ato do
Executivo. O primeiro é em relação a CIDE-
Combustíveis(art. 149, §2º,II, c/c art. 177,
§4º,I,b, CF/88), o segundo é em relação ao ICMS
sobre combustíveis(artigo 155, §4º, IV, c, CF/88).

• As medidas provisórias podem criar e aumentar


impostos que não sejam privativos de lei
complementar. Para tanto, deverão ser
convertidas em lei dentro do prazo de 60 dias,
prorrogáveis por mais 60(art. 62, §7º,CF).
Princípios Constitucionais
Tributários
• O princípio da irretroatividade tributária
•           
• A Constituição consagra este princípio em seu art.150, inciso
III, alínea a, enunciando o seguinte:
•           "Art. 150.Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos municípios:
•           (...)
•           III- cobrar tributos:
•           a)em relação a fatos geradores ocorridos antes do
início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado;
•           (...)"
•          
• O Código tributário nacional permite a
retroatividade em seu artigo 106, quando a lei:
• I- em qualquer caso, quando seja expressamente
interpretativa, ou
• II- tratando-se de ato não definitivamente
julgado
• a) quando deixe de defini-lo como infração;
• b) quando lhe comine penalidade menos severa que
a prevista na lei vigente à época do fato gerador
ou da prática do ato.
• Em síntese, é vedada a incidência de tributos
sobre fatos geradores ocorridos antes da vigência
da lei.
• Obs: A lei nova não se aplica aos fatos
geradores já consumados(art.105 CTN).
Princípios Constitucionais
Tributários
• O princípio da anterioridade ou
da não-surpresa tributária
•                     "Art. 150.Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
municípios:
•           (...)
•           III- cobrar tributos:
•           a)no mesmo exercício financeiro em que
haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumento.;
•           (...)"         
• Este princípio estabelece que os entes
tributantes não podem exigir tributos no
mesmo exercício financeiro em que estes
foram criados ou majorados.

•  A
enunciação é clara. A lei não pode criar
ou majorar tributos e cobrá-los no mesmo
período da instituição.
•  ver art. 195, CF
Exceções ao princípio da anterioridade
ou não-surpresa tributária
A anterioridade não é respeitada,
entretanto, nos seguintes casos:
• a) Imposto de importação(II)
• b) Imposto de exportação
• c) Imposto sobre produtos industrializados(IPI)
• d) Imposto sobre operações financeiras(IOF)
• e) CIDE petróleo
• f) Empréstimo compulsório para casos de
calamidade pública ou guerra externa
• g) Imposto extraordinário de guerra
• h) Contribuições sociais, que obedecem à
anterioridade nonagesimal ou mitigada (195,cF)
• A Emenda Constitucional nº 42/03,
introduziu ao artigo 150,III, CF, a letra c,
que exige que se respeite um período de 90
dias entre a data que criou ou aumentou o
tributo e sua efetiva cobrança. Exceções a
essa regra, são os empréstimos
compulsórios para casos de calamidade
pública ou guerra externa, imposto de
importação, imposto de exportação,
imposto sobre operações financeiras,
imposto sobre a renda, imposto
extraordinário de guerra e fixação da base
de cálculo do IPVA e do IPTU.
Princípios Constitucionais
Tributários
• Princípio da capacidade contributiva ou
da pessoalidade dos impostos
• O princípio da capacidade contributiva vem
inserto no art. 145, § 1º da Constituição

• Aplicação prática deste princípio encontra-


se na alíquota progressiva, presente no
imposto de renda, no imposto sobre a
propriedade territorial urbana, no imposto
sobre a propriedade territorial rural etc
Princípios Constitucionais
Tributários
• Princípio da liberdade de trafego ou
do livre trânsito de pessoas e bens

•           A Constituição estabelece em seu art. 150, inciso V,


• O tráfego de pessoas ou de bens não pode ser limitado pela
cobrança de tributos, quando estas ultrapassam as
fronteiras dos Estados ou Municípios. Este princípio
tributário está em consonância com o artigo 5º,LXVIII,
CF/88, direito à livre locomoção.
• A cobrança de pedágios pela utilização de vias conservadas
pelo Poder Público, é considerada pela doutrina exceção ao
princípio .       
Princípios Constitucionais
Tributários
• Princípio da isonomia tributária
•           O art. 150, inciso II, que explicita o princípio da
isonomia tributária vem redigido da seguinte forma:
•           "Art.150. Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos municípios:
•           (...)
•           II – Instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos.“
• O princípio da igualdade tributária proíbe distinções
arbitrárias, entre contribuintes que se encontrem em
situações semelhantes. .
Princípios Constitucionais
Tributários
• Princípio do não-confisco

•           A Constituição estabelece em seu art. 150, inciso IV,


o princípio do não-confisco, assim redigido:
•           "Art.150.Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos municípios:
•           (...)
•           IV – É vedado utilizar tributo com efeito de confisco.
"
•           Cumpre ressaltar, primeiramente, que a vedação
instituída pelo artigo é genérica, portanto, aplicável não só a
impostos e sim a todos os tipos de tributos.
Princípios Constitucionais
Tributários

• Princípio da generalidade,
progressividade e uniformidade sobre a
renda.
•           Reza a Constituição em seu art.153, § 2º, I/III que:
•           "Art.153. Compete à União instituir impostos sobre:
•           (...)
•           A progressividade está contemplada no fato de que, à
medida que se eleva a quantidade ou o valor do objeto tributado, a
sua alíquota cresce.
•           Cumpre afirmar que a progressividade dos tributos é a única
fórmula que permite a manutenção da pessoalidade dos impostos,
sendo este também essencial para a aferição da capacidade
contributiva dos sujeitos passivos da relação tributária
Princípios Constitucionais
Tributários

• Princípio da progressividade sobre a propriedade


territorial urbana ou rural.
•           Vem insertos estes princípios, nos arts.153, §4º e 156,§1º, da
seguinte forma:
•           "Art.153. Compete à União instituir impostos sobre:
•           (...)
•           §4º O imposto previsto no item VI terá suas alíquotas
fixadas em lei de forma a desestimular a manutenção de
propriedades improdutivas e não incidirá sobre pequenas glebas
rurais, definidas em lei, quando as explore, só ou com sua família, o
proprietário que não possua outro imóvel.
•           Art.156.Compete aos municípios instituir imposto sobre:
•           §1º.O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo,
nos termos da lei municipal, de forma a assegurar o cumprimento
da função social da propriedade."
•           Aplica-se neste tópico o mesmo conceito apresentado para a
progressividade no imposto de renda,apresentada no item retro,
notando-se a nítida função extra-fiscal deste princípio.
Princípios Constitucionais
Tributários

• Princípio da vedação de criação de impostos


federais novos cumulativos ou que tenham a
mesma base de cálculo ou fato gerador
daqueles previstos na Constituição

•           A Constituição veda a cobrança de impostos que sejam


cumulativos ou que tenham a mesma base de cálculo ou fato
gerador de imposto previstos na Constituição.
•           Este princípio tem por função coibir o que se entende por bi-
tributação, fato inclusive que, quando da implantação da CPMF
causou alvoroço na doutrina, que entendia ser o fato gerador deste
imposto idêntico ao do IOF, portanto, incidindo em vicio de
inconstitucionalidade.
Princípios Constitucionais
Tributários

• Princípio da unidade político-econômica do


território nacional ou da uniformidade
geográfica (art. 151, I,CF/88)

•          Este princípio proíbe que a União institua tributo de


forma não uniforme em todo o país, ou dê preferência a
Estado, Município ou ao Distrito Federal em detrimento de
outro ente federativo.
• Permite-se, entretanto, a diferenciação, se favorecer
regiões menos desenvolvidas. Visa promover o equilíbrio
socioeconomico entre as regiões brasileiras. Exemplo
tradicionalmente citado é a Zona Franca de Manaus.
Princípios Constitucionais
Tributários

• Princípio da uniformidade do regime


tributário
•           Este princípio determina que não
podem haver distinções quanto ao regime
tributário aplicado às empresas públicas e
às empresas privadas, excetuando-se as
micro e pequenas empresas, como forma de
estimular o desenvolvimento econômico do
país.
Princípios Constitucionais
Tributários

• Princípio da não-cumulatividade de IPI e


ICMS (Arts. 155, §2º,I; art. 153,
§3º,II,; art. 154,I, CF/88)
•           Enuncia este princípio que não podem
estes impostos terem caráter cumulativo,
sem que ocorram as devidas compensações
sobre o total que foi pago nas operações
anteriores nestes tributos.
Princípios Constitucionais
Tributários
• Princípio da seletividade do IPI e
do ICMS. (Art. 153, §3º,CF)
Visa tributar mais fortemente produtos menos essenciais. Já
produtos essenciais terão alíquotas menores. No IPI sua
aplicação é obrigatória, para o ICMS e o IPVA sua aplicação
é facultativa.
•   Este princípio pretende traduzir o entendimento de que, a
tributação nestes impostos pode ser seletiva, como forma
de alcançar com alíquotas mais elevadas os produtos e
serviços suntuários, de luxo ou supérfluos, como forma de
coibir o consumo exacerbado de determinados produtos e de
tributar outros somente consumidos pela população de maior
poder aquisitivo.
Princípios Constitucionais
Tributários

• PRINCÍPIO DA VINCULABILIDADE DA
TRIBUTAÇÃO
• O magistério dominante inclina-se, segundo
o ensino de Paulo de Barros Carvalho, por
entender que, nos confins da estância
tributária, hão de existir somente atos
vinculados( e não atos discricionários)
fundamento do princípio em tela
Princípios Constitucionais
Tributários
• PRINCÍPIO DA NÃO DIFERENCIAÇÃO
TRIBUTÁRIA (Art. 152,CF/88) O texto
constitucional é auto explicativo. Os
Estados, Municípios e o Distrito Federal
estão proibidos de estabelecer diferença
tributária entre bens e serviços, de
qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino.
Princípios Constitucionais
Tributários
• PRINCÍPIO DA TIPICIDADE Alguns
estudiosos inserem este princípio dentro
da legalidade tributária.
• A tipicidade tributária, semelhantemente à
penal, quer dizer que o tributo somente
será devido se o fato concreto se
enquadrar exatamente na previsão da lei
tributária, assim como o fato criminoso
tem que se enquadrar na lei penal.
Princípios Constitucionais
Tributários
• PRINCÍPIO DA IMUNIDADE(Art. 150,VI, “a”,
CF)
• A imunidade é uma hipótese de não incidência
constitucionalmente qualificada, que diz respeito, em regra,
aos impostos. Possuem imunidade os entes federativos
reciprocamente e em relação a impostos sobre patrimônio,
renda e serviços; os templos de qualquer culto(art.
150,VI,”b”,CF); os partidos políticos, as entidades sindicais
de trabalhadores, as instituições de educação ou de
assistência social sem fins lucrativos, desde que observados
os requisitos legais(art. 150,VI,”c”,CF) e os livros, jornais,
periódicos e o papel destinado à sua impressão(art.
150,VI,”d”,CF).

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