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Métodos de compressão de dados  

São  algoritmos  matemáticos  (concretizados  na  forma  de  programas)  que  visam  reduzir  o 
tamanho  original  de  uma  imagem  usando  alguma  forma  de  codificação/de  codificação. 
Durante o processo de codificação, os valores dos pixéis (R, G e B, por exemplo) são traduzidos 
para  um  código  próprio  ao  método  de  compressão.  Métodos  de  compressão  podem  ou  não 
acarretar perda de informação (qualidade) da imagem. 

Formatos de arquivos ou gravação  

Quando  imagens  são  capturadas  electronicamente  por  câmaras  digitais,  scanners,  etc,  ou 
geradas  por  programas,  elas  são  sempre  transferidas  para  um  computador,  onde  ficam 
armazenadas  em  arquivos.  Diferentes  fabricantes  de  equipamentos  digitais  e  programas  de 
computador desenvolveram uma grande quantidade de formatos de arquivos. Os formatos de 
arquivos  descrevem  como  as  imagens  são  organizadas  dentro  do  disco  ou  da  memória  do 
computador.  

GIF (Graphics Interchange Format) 

É  provavelmente  o  formato  de  arquivos  gráficos  mais  popular.  Foi  criado  pela  Compuserve 
para a transmissão de imagens do tipo bitmap pela Internet. A primeira versão do GIF surgiu 
em 1987 (GIF87a). Em 1989 a Compuserve lançou a especificação GIF89a, que implementava o 
recurso da cor transparente. 

Imagens  GIF  são  sempre  comprimidas  e  codificadas  pela  especificação  LZW.  A  sua 
característica mais marcante é suportar apenas 8 bits por pixel, no máximo; se necessitar de 
24 ou 32 bits por pixel, use JPEG ou TIFF. Apesar desta limitação, o GIF ainda é o formato mais 
popular  para  armazenar  imagens  de  baixa  resolução.  Outro  aspecto  importante  é  que  o 
formato  GIF  embute  um  método  de  compressão  (LZW)  sem  perda  de  informação:  uma 
imagem  GIF  pode  ser  lida  e  gravada  infinitas  vezes  sendo  sempre  idêntica  à  original.  Esta  é 
uma vantagem do LZW sobre o JPEG, que sempre produz perda de informação. 

Quando usar o GIF 

•  Sempre que for armazenar imagens no modo indexado (indexed color), uma vez que 
este modo prevê uma paleta de no máximo 256 cores.  

•  Quando a imagem contiver desenho (linhas, curvas e figuras). Para fotos use JPEG.  

•  Quando a imagem tiver áreas transparentes.  

 
Dicas para criar uma imagem GIF 

•  Transforme a imagem para cor indexada usando a paleta adaptativa e sem simulação 
de cor (dither = none).  

•  O número de cores necessário depende da imagem, do seu tamanho e do uso. Como 
regra geral, use a paleta de cores adaptativa com o menor número de cores que ainda oferece 
uma  qualidade  de  imagem  que  você  julga  aceitável.  Quanto  menos  cores,  menor  será  o 
tamanho do arquivo.  

•  O  Photoshop  permite  salvar  em  GIF  imagens  que  estejam  nos  modos  Bitmap, 
Grayscale e Indexed.  

Opções do GIF 

•  Imagem  entrelaçada:  usada  quando  a  imagem  será  visualizada  num  browser  da 
Internet.  Esta  opção  informa  o  Browser  que  a  imagem  deverá  ser  mostrada  com  resolução 
crescente,  permitindo  que  se  veja  uma  imagem  completa  em  baixa  resolução.  Se  a  opção 
entrelaçada não for usada, a imagem será mostrada na sua resolução máxima desde o início. 
Quando a opção entrelaçada é usada, o browser mostra a imagem em 4 passos: no primeiro e 
segundo passos, as linhas são mostradas de 8 em 8 (12,5% + 12,5%). No terceiro, de quatro em 
quatro (25%) e no último os 50% restantes.  

•  Cor transparente: em alguns programas de manipulação como o Photoshop, é possível 
definir áreas da imagem que serão transparentes. A cor transparente é uma extensão do GIF 
(introduzida  no  GIF89a),  que  permite  com  que  determinados  pixéis  da  imagem  recebam  o 
atributo  transparente.  Quando  esta  imagem  GIF  é  mostrada  num  browser  da  Web,  os  pixéis 
transparentes assumem a cor de fundo da tela do browser. A cor transparente visa eliminar as 
bordas rectangulares de imagens que apareciam em páginas da Web. 

JPEG  (Joint  Photographic  Experts  Group):  foi  criado  em  1990  pelo  comité  que  deu  o  nome  a 
este método de compressão. O JPEG foi projectado para comprimir imagens de sujeitos reais 
(tais como fotos), tanto coloridas quanto em escala de cinza. O JPEG tem como característica 
intrínseca  a  perda  de  qualidade  da  imagem,  ou  seja,  uma  imagem  descomprimida  não  é 
exactamente  igual  à  original.  Por  outro  lado,  permite  taxas  de  compressão  muito  mais 
elevadas do que métodos sem perda. O JPEG permite armazenar imagens true color (24 ou 32 
bits  por  pixel);  o  GIF,  também  muito  usado  na  Internet,  armazena  apenas  8  bits/pixel.  Uma 
imagem  JPEG  pode  ser  progressiva,  como  no  formato  GIF.  No  JPEG,  o  grau  de  compressão 
pode ser controlado. Quanto mais compressão, menor o tamanho do arquivo. Porém, quanto 
maior a compressão, maior será a perda de informação. O JPEG é muito eficiente em imagem 
de  tons  contínuos,  tais  como  fotografias,  e  menos  eficiente  e  gráficos  ou  line  art,  onde  a 
quantidade de tons diferentes é menor. O JPEG permite graus de compressão de 10:1 a 20:1 
sem perdas visíveis na qualidade da imagem. Graus de compressão de 30:1 a 50:1 podem ser 
atingidos com perda moderada de qualidade, enquanto imagem com qualidade baixa podem 
ser geradas permitindo uma compressão de 100:1. 

JFIF (JPEG File Interchange Format) 

Estritamente  falando,  o  JPEG  especifica  apenas  um  método  de  compactação  de  imagens.  O 
padrão JFIF foi criado para que os programas de manipulação possam ler trocar dados de um 
modo compatível. 

Existe um outro formato de arquivo que pode armazenar imagens JPEG: o TIFF/JPEG, também 
conhecido  como  TIFF  6.0,  uma  extensão  do  formato  TIFF,  que  permite  gravar  dados 
informativos sobre a imagem (descrição, criador, etc). 

O  método  de  compressão  usado  pelo  JPEG  acarreta  em  perda  da  qualidade  da  imagem,  ou 
seja, uma imagem comprimida em JPEG, quando descomprimida, nunca será igual à original. 
Por outro lado, o método de compressão do JPEG permite taxas de compressão mais altas do 
que o LZW (usado pelo GIF e pelo TIFF): usando um mecanismo que permite ao usuário alterar 
um nível de qualidade  (no Photoshop são 11 níveis ‐ de zero à 10) a taxa de compressão do 
JPEG pode chegar à 20:1. Internamente, o JPEG usa um procedimento matemático complexo, 
que  examina  e  agrupa  blocos  de  8x8  à  64x64  pixéis,  fazendo  uma  operação  de  média  dos 
valores de cor. 

TIFF (Tagged Image File Format) 

É  um  formato  de  arquivos  que  praticamente  todos  os  programas  de  imagem  aceitam.  Foi 
desenvolvido  em  1986  pela  Aldus  e  pela  Microsoft  numa  tentativa  de  criar  um  padrão  para 
imagens  geradas  por  equipamentos  digital.  O  TIFF  é  capaz  de  armazenar  imagens  true  color 
(24 ou 32 bits) e é o formato mais popular na digitalização e separação de cores. 

O  TIFF  permite  que  imagens  sejam  comprimidas  usando  o  método  LZW  e  permite  salvar 
campos informativos (caption) dentro do arquivo. No Photoshop, use o comando File Info do 
menu File para preencher tais campos informativos. 

TARGA (TGA) 

Criado para as placas gráficas Targa, permite armazenar imagens RGB em 32 bits. É geralmente 
usado para misturar imagens gráficas e vídeo, e para aplicações Multimédia. 
 

PICT (PCT) 

É o formato gráfico nativo do Macintosh, e permite armazenar imagens raster e vectoriais ao 
mesmo  tempo.  Suporta  true  color  e  tem  um  método  de  compressão  considerado  muito 
eficiente. 

BMP (Windows bitmap) 

É  o  formato  gráfico  nativo  do  Windows  da  Microsoft.  Não  confundir  com  o  modo  de  cor.  É 
capaz de armazenar cores em até 24 bits, e muito popular em ambiente PC: alguns programas 
como  o  Paint  aceitam  somente  este  formato.  Devido  à  popularidade  do  Windows,  muitos 
programas, inclusive em Macintosh, suportam o formato BMP. 

PCX (Zsoft file Format) 

É um dos formatos raster mais antigos, criado para o programa Paintbrush da Microsoft, ainda 
no  tempo  do  DOS.  A  versão  actual  suporta  cores  24  bits,  embora  antigas  versões  suporte 
apenas 256 cores. O PCX é aceite por muitos programas de imagem. 

EPS (Encapsulated Postscript) 

Desenvolvido pela Adobe, o Postscript é uma linguagem de descrição de páginas. Ao invés de 
definir  pixéis,  o  Postscript  é  composto  por  um  conjunto  de  comandos  que  são  interpretados 
por  um  dispositivo  de  saída  (impressoras,  por  exemplo).  Ele  pode  ser  usado  para  armazenar 
gráficos (i.e., vectores), imagens raster (bitmap) ou ambos. Por não conter uma representação 
directa de pixéis, um arquivo EPS não pode ser lido por programas de manipulação de imagens 
(embora  possa  ser  lido  por  programas  de  edição),  mas  apenas  criado  por  eles  para  gerar 
saídas.  O  Postscript  é  capaz  de  manipular  texto  e  desenhos  de  maneira  eficiente  e  com 
qualidade superior ao bitmap, mas não é capaz de armazenar imagens fotográficas, de modo 
que elas devem ser representadas como bitmaps. 

Internamente, o Postscript é formado por comandos que são texto, ou seja, um arquivo EPS 
contém apenas texto ordinário, cujo significado só pode ser compreendido correctamente por 
um  hardware  munido  de  um  interpretador  de  Postscript.  Comandos  Postscript  podem  ser 
gravados  num  arquivo,  que  então  é  denominado  arquivo  EPS  (diz‐se  que  o  Postscript  foi 
encapsulado dentro de um arquivo). 
 

Ao  contrário  de  outros  formatos,  um  arquivo  Postscript  só  pode  ser  impresso  numa 
impressora  capaz  de  interpretá‐lo.  Por  outro  lado,  devido  à  sua  popularidade,  ele  é  muito 
usado  para  saídas  (impressoras,  câmaras  de  filmar,  plotters,  CTP’s)  e  por  programas  de 
paginação (InDesign, Quark, etc). 

LZW  (Lempel‐Ziv‐Welch):  foi  desenvolvido  em  1984  para  compactar  dados  em  discos 
magnéticos.  Hoje  em  dia,  métodos  como  este  tornaram‐se  populares  pelo  seu  uso  em 
programas de microcomputadores (Doublespace, Zip, etc). 

funciona  muito  bem  com  imagens  gráficas,  onde  a  quantidade  de  cores  é  discreta  e  onde 
existem muitas áreas com tons constantes. 

PCD (Kodak Photo CD) 

Criado  pela  Kodak,  este  é  o  formato  onde  são  gravados  arquivos  criados  numa  estação  de 
tratamento desenvolvida pela Kodak chamada Photo Imaging Workstation (PIW). Usando um 
scanner CCD, são capturadas imagens com 36 bits (12 bits por cor). As imagens são gravadas 
num CD usando uma estrutura especial, ou seja, ele não obedece a formatação de discos MAC 
ou  PC.  Mesmo  assim,  os  principais  programas  gráficos  são  actualmente  capazes  de  lê‐lo, 
usando um leitor de discos CD ordinário. 

Existem  dois  tipos  de  scanners  Photo  CD:  o  padrão  e  o  Pro  PhotoCD.  O  primeiro  gera  uma 
imagem de 2048 x 3072 pixeis. A Kodak alega que esta resolução é suficiente para ampliar um 
filme  35mm  numa  cópia  fotográfica  de  40  x  50  cm,  com  uma  qualidade  equivalente  à  uma 
ampliação óptica. O sistema do Pro Photo CD usa um outro tipo de scanner, que gera imagens 
de 4096 x 6144 pixeis. Embora o formato de arquivos seja o mesmo para os tipos de Photo CD, 
existe uma mídia (um CD) diferente para cada tipo, ou seja, não se pode guardar um scan Pro 
num Photo CD "normal" (o contrário é possível). Nas duas resoluções, é possível scanear filmes 
nos formatos 35 mm, 120, 220 e 4x5. 

Usando  uma  técnica  de  compressão  sem  perda  e  muito  eficiente,  uma  mídia  Photo  CD  (600 
Mb) pode armazenar até 100 imagens do tipo padrão ou 25 do tipo Pro. 

A gravação no CD é feita de modo que 5 resoluções diferentes (num Pro Photo CD são 6) são 
disponíveis ao se abrir um arquivo PCD. Estas resoluções são chamadas de bases 

Composição do conjunto de resoluções num arquivo formato Photo CD. 

O  grande  atractivo  do  sistema  Photo  CD  é  permitir  ao  fotógrafo  digitalizar  imagens 
directamente  do  filme  a  baixo  custo,  sendo,  portanto  uma  alternativa  à  aquisição  de  um 
scanner de filmes. Actualmente, um escaneamento em resolução padrão custa R$ 3,70 (filme 
35mm) e R$ 21,50 em alta resolução. As mídias custam R$ 14,70 e R$ 25,00 respectivamente. 
Um CD‐ROM pode armazenar até 100 imagens, que podem ser acrescentadas ao CD ao longo 
do tempo, tornando‐o um meio de arquivamento de imagens muito atraente e seguro. 

Note,  porém,  que  este  sistema  tem  algumas  desvantagens:  o  scanner  usa  CCD  ao  invés  dos 
fotomultiplicadores usados nos scanners cilíndricos de bureau, que permitem ler intervalos de 
densidade maiores do que o CCD. Talvez para compensar esta desvantagem, o sistema Photo 
CD usa um algoritmo de pré‐escaneamento que corrige a aparência do filme, aproximando‐a 
da  cena  original,  visando  compensar  possíveis  erros  na  exposição  do  filme.  Além  disto,  o 
software  leva  em  conta  as  características  do  filme  utilizado.  Embora  o  sistema  preveja  que 
toda  esta  inteligência  possa  ser  desligada  para  que  o  scaneamento  seja  fiel  ao  original,  o 
pessoal de atendimento da ProColor limita‐se a dizer que todo o sistema é automático, e que 
os operadores não têm controlo sobre o processo de escaneamento! 

FlashPix  

É um formato de arquivo recente, mas que pode tornar‐se um sucesso devido à maneira com 
que manipula imagens. O uso da Internet para publicação e download de imagens é cada vez 
maior. É sabido que imagens ocupam muitos Kbytes de espaço, e que a sua transmissão pela 
Internet  demanda  muito  tempo.  O  FlashPix  foi  criado  para  endereçar  este  problema. 
Desenvolvido  pela  Kodak,  HP,  Microsoft  e  Live  Picture,  o  FlashPix  é  um  formato  de  arquivos 
hierárquico: no mesmo arquivo, várias resoluções estão presentes, de modo que um programa 
que usa um arquivo FlashPix pode manipular a quantidade de informações necessária para a 
operação desejada e de acordo com a resolução requerida. 

Num mesmo arquivo FlashPix, vários níveis de resolução estão presentes, aumentando em um 
fator  de  2.  Isto  permite  que  se  acesse  a  imagem  em  baixa  resolução  para  visualização  num 
browser.  Se  a  imagem  interessar,  então  ela  é  copiada  numa  resolução  conveniente.  Além 
disto,  o  flashPix  aceita  compressão  JPEG,  o  que  permite  tornar  o  tamanho  da  imagem  ainda 
menor. 

Por ser recente, o FlashPix requer a instalação de  plug‐ins para ser aberto pelo Photoshop e 
por browsers de internet. Estes plug‐ins são gratuitos e podem ser copiados pela Internet do 
site http://image.hp.com. 

Página com um quadro relativo à compressão de imagens: 
http://www.prof2000.pt/users/lpitta/formatos.htm 

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