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O cultivo da vida
Entre os esbarrões que damos nas calçadas das cidades, trombamos com personalidades únicas no
aglomerado de um enxame de pessoas.
Uma dessas personalidades que a pouco me choquei foi um jardineiro. Roupa desgastada pelo
trabalho, pele queimada de sol e uma tesoura velha e enferrujada, segurada por mãos calejadas, não
lhe dá aspecto amedrontador, mas de uma figura que ja se perdeu na memoria coletiva de uma selva
de pedra.
“No trato das plantas”, o jardineiro diz “temos de cultivar a vida, pois se não cuido daquela vida, a
minha propria vida não pode ser cuidada”, há quem diria que essa relação interdependente é
puramente economica, mas o que dizer do aprendiz, que outrora estava mergulhado na angustia e
incerteza, aprende o oficio da jardinagem e assim segue seu rumo? Sem “recompensas” o jardineiro
assim fez. Diria eu que o cultiva da memoria de uma cultura que não se deixa perder se torna
ilogico para o olhar do economista.
A solidariedade por vezes pode parecer estranha, mesmo que a unica coisa que se possa oferecer é
uma bala de mel.
Jardineiro de Deus
Molda as plantas, as flores e as rosas conforme a beleza que lhe cabe. Retira as ervas daninhas e os
parasitas pois esses são os males da terra.
Seu espirito cristão transcende com o trabalho, assim como translada para a vida.
“É o espirito de cristo no corpo do homem que lhe da virilidade e o deseja à mulher. E se o homem
possui o desejo por outro homem é certo que está possuido pelo demonio”, eis o que o Jardineiro de
Deus diz.