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minha rua
meu
projeto
projeto
Ricardo Pereira de Sousa
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A U T O R
ILUSTRAÇÕES
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Eu sou o Ricardo, tenho 13 anos e sou estudante.
Vou a escola todos os dias. Primeiro, porque gosto
mesmo e depois, porque se eu não for, com certeza o
assunto irá parar na roda do projeto.
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Já estou no projeto há um tempão... acho que uns sete
anos. Sei lá. Mas sabe? Eu gosto muito daqui... não sei
nem explicar. Gosto tanto que nem agüento esperar o
sábado e domingo passar.
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Se eu pudesse,
gritaria do alto
m a i s a l to d e
um balão, pra
tod o m u n d o
ouvir, que eu
“amo esse pro-
jeto!”
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Minha história é parecida com a história de
qualquer garoto da minha idade. Estudo, brinco,
passeio, ajuda minha mãe... mas só de ir ao pro-
jeto me sinto muito importante... importante e
feliz demais!!!!
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Todos sabem muito bem onde eu moro: no Bairro Pas-
saginha, que tem esse nome porque antigamente para
atravessar um córrego, que passava dentro do bairro a
única maneira era por uma passagenzinha estreita que
cortava o córrego. Assim de tanto o povo falar que ia
pela “passaginha”, o bairro ficou com esse nome. 7
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Uma vizinha, já velhinha, me disse que quando veio pra
cá, nem casas havia direito, nem rua... e que aqui já foi um
lugar muito tranqüilo. Nem consigo imaginar, vendo essa
correria louca todos os dias. Disse também que as casas
não tinham portas... dá pra acreditar? Só tinham telas para
impedir que bichos entrassem. É difícil até imaginar uma
casa com tela em vez de porta.
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Minha rua tem nome de flor - cravo,
pra ser mais exato. Mesmo sendo
flor, não fico muito satisfeito, porque
sei que é flor de enfeitar defunto...
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Aliás, jardim seria o nome ideal para o meu bairro.
Aqui, as ruas, quando não têm nome de flor, têm nome
de passarinho. Vê se pode? Cravo, orquídea, pintas-
silgo, tico-tico, beija-flor e por ai vai.
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Quem dera reinasse a paz dos jardins por aqui. Algu-
mas ruas vivem em pé de guerra, e a tranqüilidade – o
que é mesmo que é tranqüilidade?
fim
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