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Cidade de Deus 2 PDF
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Intelligas
Autor: Svio Laet de Barros Campos.
Licenciado e Bacharel em Filosofia
Pela Universidade Federal de Mato
Grosso.
E-mail: saviolaet@yahoo.com.br
qual a encara.8 De fato, existe uma luz interior que nos interior, e ao
mesmo tempo nos transcende. Esta luz maior que ns, maior que o
prprio filosofar.9 Jarspers acentua que Agostinho, na sua converso,
reconhece quo exagerado era a sua admirao pela filosofia: Agostinho
reconhece que a sua admirao anterior pela filosofia (como dialtica) era
absolutamente exagerada. 10
A bem - aventurana que perseguia encontra-se em Deus, e este
s se deixa alcanar pelo nico caminho que Cristo: A bemaventurana encontra-se em somente no anseio de Deus; mas essa bemaventurana pertence somente vida futura e o nico caminho para
chegar a ela Cristo. 11Para uma felicidade terrena, bastar-lhe-ia uma
filosofia humana, mas, para uma felicidade eterna- que acabara de
descobrir- necessrio uma sabedoria divina. A filosofia, encontra-se, por
fim, reduzida e o pensamento Bblico o que lhe afigura como essencial.12
Com efeito, ningum pode atravessar o mar do sculo se no for
carregado pela cruz de Cristo: (...) Ningum pode atravessar o mar do
sculo se no for carregado pela cruz de Cristo. 13
consiste, antes de tudo, num pensamento que assente; ora, isto equivale a
dizer que sem pensamento no h f: A f cogitare cum assensione,
modo de pensar assentindo; por isso, sem pensamento no haveria a f. 16
Outrossim, a inteligncia no elimina, antes esclarece e clarifica a f: E
analogamente, por seu turno, a inteligncia no elimina a f, mas a
fortalece, e, de certo modo, a clarifica.17 F e razo se complementam18,
porque se a f busca a inteligncia encontra: A f busca, a inteligncia
encontram. 19 Doravante, a inteligncia ser a recompensa daquele crer:
intellectus merces est fidei, a inteligncia recompensa da f.20
1.3) Razo e F
1.3.1) Compreender Para Crer
No estranho a Agostinho ainda uma atividade da razo que
preceda da f. De fato, embora as verdades de f nos sejam
indemonstrveis, pela razo, podemos perceber a convenincia de a elas
assentir. Portanto, a indstria da razo que precede a f consiste em
mostrar a pertinncia do contedo da f:
Sem dvida, um certo trabalho da razo deve preceder o
assentimento s verdades de f; muito embora estas nos
sejam demonstrveis, pode-se demonstrar que convm
crer nelas, e a razo que se encarrega disso. 21
Compreender.
BIBLIOGRAFIA
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