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HABILITAÇÃO TÉCNICA
2. EQUIPE TÉCNICA
técnicas do edital, apenas ilações documentais que se não observadas com atenção
redobrada, como o faz esta conceituada equipe em todos os processos que conduz,
correria o risco iminente de ser iludida pelas inverídicas informações prestadas nos
documentos ora apresentados.
Jurisprudência: 145
2. Ab initio, vale aqui invocar as doutas lições de Marçal Justen Filho ao ressalvar
que:
“7) Jurisprudência do STJ acerca da Ausência de Impugnação
Tema que sempre desperta dúvidas é o da situação do interessado que omite
impugnação tempestiva. Existe interessante julgado do STJ em que se aprecia o
tema, fixando orientação mais precisa. Firmou-se que "A caducidade do direito à
impugnação (ou do pedido de esclarecimentos) de qualquer norma do Edital opera,
apenas, perante a Administração, eis que, o sistema de jurisdição única consignado
na Constituição da República impede que se subtraia da apreciação do Judiciário
qualquer lesão ou ameaça a direito. Até mesmo após abertos os envelopes (e
ultrapassada a primeira fase), ainda é possível aos licitantes propor as medidas
judiciais adequadas à satisfação do direito pretensamente lesado pela
Administração." (RSTJ, a. 11 (113), janeiro 1999, p. 44) (...).
Essa cláusula é válida, ainda que desnecessária. Mesmo se não existisse, chegar-
se-ia a idêntico resultado por força do art. 41, § 2º. Mas não se admite a regra que
proíbe a discordância. Em alguns casos, o edital determina, como condição de
participação na licitação, a apresentação de documento em que o licitante
expressamente exterioriza sua concordância. Essa cláusula é inválida se
interpretada no sentido de que a discordância do interessado acarretará sua
inabilitação ou desclassificação.”
3. Em nota de rodapé, o mesmo autor denota a posição do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo :
“Nesse sentido, já decidiu ser ‘flagrantemente ilegal a exigência feita pela autoridade
impetrada, embora com base no edital de concorrência, de apresentarem os
licitantes declaração comprometendo-se a aceitar integralmente todas as condições
impostas pela legislação em vigor e também pelo edital”.(RJTJESP 81/180).”
4. Partiremos das lições de Marçal Justen Filho que discorre acerca da modalidade
licitatória “pregão”, tendo em vista a natureza do serviço comum licitado:
Ora, aqui fica muito claro que o intuito da recorrente é apenas atrapalhar o processo
licitatório, talvez pelo tempo que a mesma presta serviços neste Hospital, pois mais
uma vez demonstramos suas afirmações improcedentes e infundadas.
16. Portanto, a regra é exigir tão-somente aquilo que consta no artigo 30 da Lei n°
8.666/93 para a qualificação técnica.
“Visa a concorrência pública fazer com que maior número de licitantes se habilitem
para o objetivo de facilitar aos órgãos públicos a obtenção de coisas e serviços mais
convenientes a seus interesses. Em razão desse escopo, exigências demasiadas e
rigorismos inconsentâneos com a boa exegese de lei devem ser arredados. Não
deve haver nos trabalhos nenhum rigorismo e na primeira fase da habilitação deve
ser de absoluta singeleza o procedimento licitatório”.
“Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal já decidiu que "Em direito público, só
se declara nulidade de ato ou de processo quando da inobservância de formalidade
legal resulta prejuízo.
16.5) Interpretação das exigências e superação de defeitos
Nesse panorama, deve-se interpretar a Lei e o Edital como veiculando exigências
instrumentais. A apresentação de documentos, o preenchimento de formulários, a
elaboração das propostas não se constituem em condutas ritualísticas. Não se trata
de verificar a habilidade dos envolvidos em conduzir-se do modo mais conforme ao
texto da lei. Todas as exigências são o meio de verificar se o licitante cumpre os
requisitos de idoneidade e se sua proposta é satisfatória e vantajosa.
Portanto, deve-se aceitar a conduta do sujeito que evidencie o preenchimento das
exigências legais, ainda quando não seja adotada a estrita regulação imposta
originariamente na Lei ou no Edital. Na medida do possível, deve promover, mesmo
de ofício, o suprimento de defeitos de menor monta. Não se deve conceber que
toda e qualquer divergência entre o texto da Lei ou do Edital conduz à invalidade, à
inabilitação ou à desclassificação.
(...)
(...)
22. Isto posto, pede e reitera a V.Exa. o acolhimento integral das presentes contra-
razões de recurso, mantendo a decisão, visto que eivada das nulidades absolutas
retro apontadas, habilitando a empresa HIGIENIX HIGIENIZAÇÃO E SERVIÇOS
LTDA., declarando-a vencedora e adjudicando-lhes os serviços, incidindo, “in casu”
a Súmula 473 do Colendo Supremo Tribunal Federal”.
4 – DA ANALISE DO MÉRITO:
Eliana Gomes
Diretor
Publique-se.
Secretaria de Estado da Saúde
Coordenadoria de Controle de Doenças
INSTITUTO ADOLFO LUTZ