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ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA

Prof. Marion Mello


IMPORTÂNCIA
Administração: Entender as
técnicas de orçamento de capital
e os critérios de decisão
utilizados na aceitação ou na
rejeição de projetos de
investimento.
OBJETIVOS DOS
ADMINISTRADORES
Lucratividade

Rentabilidade

Produtividade

Avaliação de desempenho
MERCADOS
FINANCEIROS
 A tomada de decisões de
investimento e
financiamento requer o
conhecimento dos
princípios econômicos
básicos dos mercados
financeiros.
TÉCNICAS DE ORÇAMENTO DE
CAPITAL
 As técnicas de orçamento de capital
são usadas para analisar e avaliar a
viabilidade e a atratividade de projetos
de investimento.
 São aplicadas aos fluxos de caixa
relevantes de cada projeto para que
sejam selecionados gastos de capital
compatíveis com o objetivo de
maximização da riqueza dos
proprietários da empresas.
FLUXO DE CAIXA DA
EMPRESA
O Fluxo de Caixa, o sangue da
empresa, é o tema da
preocupação básica do
administrador financeiro, tanto
na gestão de finanças no dia-a-
dia quanto no planejamento e na
tomada de decisões estratégicas
voltadas para a criação de valor
para o acionista.
FLUXO DE CAIXA
Caixa = caixa em espécie, dinheiro em banco
e investimentos de curto prazo.
Explica porque o caixa de uma empresa
mudou durante o período contábil.
Explica como o caixa foi afetado pelas
atividades de financiamento, de investimento
e operacionais ocorridas durante o período
contábil.
A decisão de você investir ou não em uma
empresa passa pela análise da capacidade de
gerar fluxos de caixa.
Do ponto de vista estritamente
financeiro, as empresas comumente
preocupam-se tanto com o fluxo de
caixa operacional, usado na tomada de
decisões gerenciais, quanto com o fluxo
de caixa livre, acompanhado de perto
pelos participantes do mercado de
capitais.
Fluxos operacionais: são as
entradas e saídas diretamente
associadas à venda e à produção
de bens e serviços pela empresa.
Fluxos de investimento: são
aquelas associados à compra e à
venda de ativos imobilizados e a
participação em outras empresas.
Fluxos de financiamento: resultam
de operações de captação de
recursos de terceiros e capital
próprio.
PRINCIPAIS
COMPONENTES
 Investimento inicial

 Entradas de caixa operacionais

 Fluxo de caixa terminal


INVESTIMENTO
INICIAL
 Saída de caixa relevante na
data zero.

Investimento
Investimento
inicial
inicial
ENTRADAS DE CAIXA
OPERACIONAIS
 São as entradas incrementais
depois do imposto de renda,
resultantes da implantação do
projeto em toda sua duração.

Entradas
Entradas de
de
caixa
caixa
operacionais
operacionais
FLUXO DE CAIXA
TERMINAL
 É o fluxo não operacional, após o
imposto de renda, que ocorre no último
ano do projeto. Geralmente é atribuível
à liquidação do projeto.

Fluxo
Fluxo de
de
caixa
caixa final
final
TÉCNICAS DE ORÇAMENTO
DE CAPITAL
 As empresas usam o fluxo de caixa para
análise e julgamento de um projeto,
sobre sua viabilidade ou para classificar
projetos.
 Os enfoques mais usados integram
procedimentos de cálculo do valor do
dinheiro no tempo, considerações de
risco e retorno e conceitos de avaliação
para selecionar gastos de capital
compatíveis com objetivo da
maximização da riqueza dos proprietários
da empresa.
TRÊS TÉCNICAS DE
ORÇAMENTO DE CAPITAL

 Valor presente liquido;

Período de payback;

 Taxa interna de retorno.


VPL
VALOR PRESENTE LÍQUIDO
Ajuda o administrador a fazer a
comparação entre a
oportunidade de investimento e
o mercado financeiro.
VPL
(Valor presente das entradas menos o
valor presente das saídas, ambos
descontados ao custo de capital)

 Um dos conceitos mais


importantes na área de finanças da
empresa:
A relação entre $ 1 agora e $ 1 no
futuro. (valor de dinheiro no
tempo)
VPL
A diferença entre o valor de mercado
de um investimento e seu custo.

 O VPL é uma medida de quanto


valor é criado ou adicionado hoje
por realizar um investimento.
 A meta é criar valor para o
acionista, o processo de
orçamento de capital pode ser
encarado como uma busca de
investimentos com valores
presentes líquidos positivos.
Importância  Em áreas
como orçamento de capital,
decisões de arrendamento
versus compra, análise de
contas a receber, esquemas de
financiamento, fusões e
financiamento de pensões.
ELEMENTOS BÁSICOS

VALOR PRESENTE

VALOR FUTURO
VALOR PRESENTE
 O processo de determinação de
valores presentes é geralmente
chamado de desconto de fluxos de
caixa e objetiva dar uma resposta à
seguinte pergunta:
“se posso obter i% aplicando meu
dinheiro, qual é o máximo que eu
estaria disposto a pagar agora pela
oportunidade de receber VF reais
daqui a n períodos.
VP inverso da
composição de juros
 Em lugar de encontrar valor
futuro de reais atuais aplicados a
uma certa taxa, o processo de
desconto encontra o valor
presente de uma quantia futura,
supondo que exista a
oportunidade de obter certo
rendimento sobre esse dinheiro.
Taxa anual de retorno
A taxa anual de retorno é conhecida
por vários nomes:

Taxa de desconto;
Retorno exigido;
Custo de capital; e
Custo de oportunidade.
TAXA DE DESCONTO

 Desconto é a diferença entre o


Valor Nominal de um título
(futuro) N e o Valor Atual A
deste mesmo título.
CUSTO DE CAPITAL
 Os proprietários ou terceiros ao
investir ou aplicar recursos em uma
determinada entidade, exigem um
retorno mínimo a título de
remuneração do seu capital.
 É a taxa de retorno que uma empresa
precisa obter sobre os seus projetos
de investimentos, para manter o valor
de mercado de suas ações e atrair os
recursos necessários para a empresa.
CUSTO DE OPORTUNIDADE
 O custo de oportunidade representa o
valor associado a melhor alternativa não
escolhida.
 Ao se tomar determinada escolha,
deixa-se de lado as demais
possibilidades, pois são excludentes,
(escolher uma é recusar outras).
 À alternativa escolhida, associa-se como
"custo de oportunidade" o maior
benefício NÃO obtido das possibilidades
NÃO escolhidas, isto é, "a escolha de
determinada opção impede o usufruto
dos benefícios que as outras opções
poderiam proporcionar".
VALOR PRESENTE
(Valor do fluxo no tempo zero)
n
n
VP: VFnn/(1+i)

VP: Valor Presente do Investimento


VFnn : Fluxo de Caixa previsto no final do período
n.
i: Taxa de Juros apropriada (desconto)
n: Número de períodos pelos quais o dinheiro é
aplicado
VALOR FUTURO
 Usamos o termo juros compostos
para indicar o montante de juros
obtidos sobre um depósito que
tenha se transformado em parte
do principal no final do período
especificado.
 O termo principal refere-se ao
volume de dinheiro que rende
juros.
VALOR FUTURO
(Valor do fluxo no tempo)

n
n
VF: VP x (1+i)

VFnn: Valor Futuro no final do período n (fluxo de


entrada de caixa)
VP: Valor Presente, Investimento (Capital
inicial)
i: Taxa de Juros apropriada (retorno)
n: número de períodos
EXEMPLO:

VALOR PRESENTE

40
FC

0 1

VP
EXEMPLO:

VALOR FUTURO

?
FC

0 1

VP(I)
36
Exercício 1:
Uma área está a venda.
1) A primeira oferta $ 10.000, à
vista;
2) A segunda $ 11.424, prazo de
um ano para pgto.
Que proposta deve ser aceita?
Taxa de juros bancárias: 12% ªa
Exercício 2:
Uma Empresa deseja investir no ramo
imobiliário, a qual considera a
possibilidade de investir num terreno
que custa $ 85.000, estando segura de
que no próximo ano o terreno valerá
$91.000.
A taxa de juros no mercado financeiro
é de 10% ªa.
A empresa deve comprar o terreno?
Exercício 3:
Uma empresa deseja investir em
obras de arte. Seu administrador
pretende comprar um Picasso por
$400.000 com a intenção de vendê-lo
um ano mais tarde. Espera que o
quadro valha $480.000 nessa data.
A taxa garantida de juros oferecida
pelos bancos é de 10%.
Deve a empresa comprar essa obra
de arte?
VALOR PRESENTE E DESCONTO
(Cálculo
(Cálculo do
do valor
valor presente
presente de
de alguma
alguma quantia
quantia futura)
futura)

Quanto um investidor precisaria


emprestar hoje para poder receber $
1 dois anos mais tarde?
(taxa de desconto: 9%)

VP: VF/(1+i)²
VP: 1/(1+0,09)²
VP: 0,84
VALOR FUTURO E
COMPOSIÇÃO
Um indivíduo obteve um empréstimo de $ 1.
Ao final do primeiro ano, o tomador deveria
ao emprestador, o principal mais os juros
do empréstimo à taxa i : (9%)
$ 1 x (1+i) = 1 x 1,09 = 1,09
O emprestador resolve deixá-lo no mercado
por mais um ano (composição)
$ 1 x (1+i)² = 1x(1,09)²=1.1881
Exercício (Fatores de valor presente)

Número
Número de
de Taxas
Taxas de
de Juros
Juros
Períodos
Períodos 5%
5% 10%
10% 15%
15% 20%
20%

1
1 0.9524
0.9524

2
2 0.6944
0.6944

3
3 0.7513
0.7513

4
4 0.5718
0.5718

5
5 0.7835
0.7835
Exercício (Fatores de valor futuro)

Número
Número de
de Taxas
Taxas de
de Juros
Juros
Períodos
Períodos 5%
5% 10%
10% 15%
15% 20%
20%

1
1 1.0500
1.0500

2
2 1.4400
1.4400

3
3 1.3310
1.3310

4
4 1.7490
1.7490

5
5 1.2763
1.2763
Exercício 1:

Paulo receberá R$ 10.000,00 daqui a 3


anos. Paulo pode conseguir 8% em
suas aplicações, de modo que a taxa
de desconto apropriada é igual a 8%.
Qual é o valor presente de seu fluxo
futuro de caixa?
Exercício 2:

Carlos deseja comprar um automóvel


hoje. Em vez de pagar imediatamente,
ele pagará R$ 50.000,00 em 36
meses. A taxa de juros no mercado
financeiro é de 8% ao ano. Quanto
Carlos deveria aplicar hoje para que
obtivesse o valor para pagar o carro
daqui a 36 meses?
Exercício 3:

Uma Empresa deseja investir no ramo


imobiliário, a qual considera a
possibilidade de compra de casas que
custam R$ 185.000, estando segura
de que daqui a 10 anos as casas
valerão o dobro do investimento. A
taxa de juros no mercado financeiro é
de 12% ªa .
A empresa deve investir nesse ramo?
Exercício 4:
Sérgio está pensando em investir na bolsa
de valores. As ações da Petrobrás valorizam
em torno de 7% ao ano. Sérgio dispõe de
R$ 30.000,00 para investimento, sendo que
o investimento inicial é por um período de 5
anos. O mercado financeiro oferece taxas
mais baixas, porém com resgate de um ano,
sendo sua taxa anual de 5% ao ano. Valeria
a pena investir em ações ou para Sérgio o
investimento no mercado financeiro seria
mais viável?
PERÍODO DE PAYBACK

Tempo necessário para


recuperar o investimento
inicial em um projeto.

Período exigido para um


investimento gere fluxos de
caixa suficientes para
recuperar o custo inicial.
 No caso de anuidade: o payback
pode ser encontrado dividindo-
se o Investimento inicial pela
entrada anual de caixa.

P de payback= Inv inicial


Entradas
 No caso de uma série mista de
entradas de caixa, as entradas
anuais precisam ser acumuladas até
que o investimento inicial seja
recuperado.

Ano Fluxo de Caixa


1 $ 30
2 20
3 40

Investimento inicial: $ 50
CRITÉRIOS DE
DECISÃO
 Quando o período de payback é usado
na tomada de decisões de aceitação e
rejeição, os critérios considerados são
os seguintes:
- Se o período de payback for menor que
o período máximo aceitável de
recuperação, o projeto será aceito.
- Se o período de payback for maior que
o período máximo aceitável de
recuperação, o projeto será rejeitado.
 A duração do período máximo aceitável
de recuperação é determinada pela
administração da empresa.
 Esse valor é fixado subjetivamente, com
base em diversos fatores, incluindo o
tipo de projeto (expansão, substituição,
reforma), o risco que oferece e a relação
imaginada entre o período de payback e
o valor de ação.
 É simplesmente um número que a
administração sente, em média, que
resultará em decisões de investimento
criadoras de valor.
Cálculo do Período de Payback

Ano Fluxo de Caixa


1 $ 30
2 20

Esse projeto custa $ 50,00. Qual


o período de payback desse
investimento?
Cálculo do Período de
Payback

Ano Fluxo de Caixa


1 $ 100
2 200
3 500

Esse projeto custa $ 500,00. Qual o


período de payback desse
investimento?
Exercícios:
Calcular o período de payback
Projeto A?

14.000
14.000 14.000
14.000 14.000
14.000 14.000
14.000 14.000
14.000

1
1 2
2 3
3 4
4 5
5

42.000
42.000
Calcular o período de payback
Projeto B?

28.000
28.000 12.000
12.000 10.000
10.000 14.000
14.000 8.000
8.000

1
1 2
2 3
3 4
4 5
5

45.000
45.000
Ilustraremos, através da figura a
seguir, alguns dos principais
eventos dentro do projeto:

Períodos 0 1 2 ... n
Investimentos
Imóveis
Instalações Físicas
Máquinas e
Equipamentos
Capital de Giro
Fontes de 0 1 2 ... n
Financiamento

Capital Próprio

Capital de Terceiros
Entradas de Caixa 0 1 2 ... n

Vendas a Vista

Vendas a Prazo

Outras Receitas não


Operacionais
Valor Residual do
Ativo
Saídas de Caixa 0 1 2 .. n
.
Amortização de
Financiamentos
Despesas Financeiras
Aluguéis
Salários
Matéria-Prima
Materiais Auxiliares
Água, Energia
Publicidade e Propaganda
Manutenção e Reforma
Mão-de-Obra
Saldo de Caixa CFo CF1 CF2 - CFn
Taxa Mínima de
Atratividade

 A TMA é a taxa mínima que o


investidor deseja receber como
retorno esperado do projeto de
investimento, representando a
melhor alternativa de
investimento.
A decisão de investir terá,
invariavelmente, pelo menos
duas alternativas:
Investir no projeto ou,
TMA fornecida pelos investidores
 O investimento para ser
atrativo deve superar a taxa de
juros equivalente a
rentabilidade de baixo risco
como a Poupança, CDB, LTN,
etc, das aplicações do mercado
financeiro.
Portanto, para estabelecer uma
estimativa da TMA devemos usar as
taxas de juros que mais impactam
sobre a TMA, quais sejam:
 Taxa Básica Financeira (TBF);
 Taxa Selic;
 Taxa Referencial (TR);
 Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP);
e
 Taxa do Sistema Especial de
Liquidação e Custódia.
 A riqueza gerada deve levar em
conta somente o excedente
sobre aquilo que já possui como
fator mínimo, ou seja, o que
será obtido além da aplicação do
capital na TMA.
Valor Presente Líquido
 O VPL ou Net Present Value
(NPV) é um dos parâmetros mais
importantes, consistentes e
sofisticados para análise de
investimentos.
Utilizado por grande parte dos
profissionais de Finanças, reflete
a riqueza em valores monetários.
 O VPL é, matematicamente, a
concentração de todos os valores
esperados de um fluxo de caixa
na data zero.
VPL é o valor de qualquer fluxo de
caixa trazido para o mês zero e,
conseqüentemente, descontado o
juro.
 Para efetuar o cálculo usa-se
como taxa de desconto a TMA.
 VPL > 0 – indica que o projeto
merece continuar sendo
analisado.
VPL
 VPL = - PV + PMT11 +
+ PMT22+ + ... +PMTn
... + n
(1+i)11 (1+i)22 (1+i)nn
 Como todos os demais
critérios, o VPL exige que o
fluxo de caixa futuro seja
estimado.
 Exige também que a taxa a ser
usada para cálculo do VPL seja
corretamente determinada.
Quanto maior a TMA de um
projeto, menor o VPL.
Exercício:
Uma empresa investe, ou ainda,
tem um aporte de capital de $
200.000,00 e terá um retorno
após um ano de $ 240.000,00
livre de custos e despesas.
Sabendo-se que a TMA da
empresa é de 22 %, o projeto é
viável?
 Uma empresa investe, ou ainda,
tem um aporte de capital de $
200.000,00 e terá um retorno
após um ano de $ 240.000,00
livre de custos e despesas.
Sabendo-se que a TMA da
empresa é de 15 %, o projeto é
viável?
Observe
Observe o o Fluxo
Fluxo de
de Caixa
Caixa projetado
projetado do
do investimento
investimento em
em
R$:
R$: ii =
= 10%.
10%. Determine
Determine aa VPL.
VPL.

Meses 0 1 24 ... 25 35 ... 36

Invest.
500.000
Eqp. Inf.
60.000
Estr.
Entradas
de Caixa
50.000 50.000 50.000 50.000 50.000
Faturam.
200.000

V.
Residual
Saídas
27.000 27.000 35.000 35.000 35.000
Custos,
Desp.
- 560.000 23.000 23.000 15.000 15.000 215.000
FCL do
Projeto
 Seu orçamento para investimento no ano de 2008 é
de R$ 1,5 milhão e você dispõe de quatro projetos
para analisar e decidir onde aplicar o recurso da sua
empresa. O quadro a seguir mostra os fluxos de
caixa livres esperados para os quatro projetos de
investimentos, mutuamente exclusivos. Faça sua
escolha com base no método VPL: TMA = 9,5%

FLUXOS DE CAIXA PARA CADA UM DOS PROJETOS

Ano A B C D
0 -1500 -1500 -1500 -1500
1 150 0 150 300
2 1350 0 300 450
3 150 450 450 750
4 -80 1050 600 750
5 -50 1950 1875 900
Calcule
Calcule oo VPL
VPL dos
dos projetos
projetos abaixo,
abaixo, considerando
considerando
uma
uma taxa
taxa de
de juros
juros anual
anual de
de 20%,
20%, avaliando
avaliando quais
quais
serão
serão aceitos
aceitos e
e qual
qual a
a sua
sua indicação
indicação para
para a
a tomada
tomada
de
de decisão
decisão do
do empresário:
empresário:

Dados PROJETOS
A B C
Investim ento Inicial ($) 20.000 20.000 20.000
Entradas Líquidas de Caixa ($)
1.º ano 6.000 7.500 9.000
2.º ano 7.000 7.500 8.000
3.º ano 8.000 7.500 7.000
4.º ano 9.000 7.500 6.000
Qual é a melhor alternativa de
investimento para a empresa
Madeirama, sendo que a TMA da
empresa é de 10 % ao ano.
A B
Custo inicial 30.000 40.000
Receita Anual 8.500 9.000
Custo anual 350 500
Valor residual 500 7.500
Vida econômica 4 anos 6 anos
Payback período descontado
Usa os fluxos de caixa descontados
ao invés de FC normal.

0 10% 1 2 2.7 3
FCt -100 10 60 80
VP do FCt -100 9,09 49,59 60,11
Acumulado -100 -90,91 -41,32 18,79

PaybackL Desc= 2 + 41,32 / 60,11 = 2.7 anos


EXERCÍCIO – PayBack
Descontado
Suponha que um investimento exija
um gasto inicial de $5 milhões e tenha
fluxos de caixa esperados de $1 milhão,
$3,5 milhões e $2 milhões para os três
primeiros anos, respectivamente. Qual
é o payback descontado deste
investimento se a taxa de retorno
exigida é 10%?
TAXA INTERNA DE
RETORNO
Intimamente relacionada ao VPL.
Interna, no sentido de que dependa
unicamente dos fluxos de caixa de
determinado investimento, e não das
taxas oferecidas em determinado
local.
Taxa Interna de Retorno
(TIR)

A taxa de desconto que


faz com que a VPL de
um investimento seja
nulo.
Com base na regra da
TIR, um investimento
é aceito se a TIR é
maior do que o
retorno exigido. Caso
contrário deve ser
rejeitado.
A TIR de um investimento
é a taxa exigida de
retorno que, quando
utilizada como taxa de
desconto, resulta em
VPL igual a zero.

VPL=0
Cálculo da TIR
Um projeto tem um custo
inicial de $ 435,44. Os
fluxos de caixa são de $ 100
no primeiro ano, $ 200 no
segundo e $ 300 no
terceiro. Qual é a TIR?
Se exigirmos um retorno de
18%, deveremos aceitar
esse investimento?
Taxa de desconto VPL
0% 164,56
5% 100,36
10% 46,15
15% 0,00
20% -39,61
O VPL é zero a 15%, portanto 15%
é a TIR. Se exigirmos uma taxa de
retorno de 18%, não deveremos
aceitar o investimento. O motivo é
que o VPL é negativa a 18%. Além
disso a taxa de retorno de 15% é
inferior á taxa exigida de 18%.
Cálculo da TIR
Um projeto tem um custo
inicial de $ 500. Os fluxos
de caixa são de $ 100 no
primeiro ano, $ 200 no
segundo e $ 300 no terceiro
e $ 400 no quarto. Qual é a
TIR?
Se exigirmos um retorno de
25%, deveremos aceitar
esse investimento?
Ano Investimento
0 -$ 100
1 50
2 40
3 40
4 30

Qual é a TIR?
Ano Investimento
0 -$ 100
1 20
2 40
3 50
4 60

Qual é a TIR?
Ano Investimento
0 -$ 100
1 50
2 40
3 40
4 15
Taxa exigida de retorno 15%
Qual é o período de payback?
Qual é o VPL?
Qual é a TIR?
Ano Investimento
0 -$ 1000
1 500
2 400
3 400
4 150
Taxa exigida de retorno 23%
Qual é o período de payback?
Qual é o VPL?
Qual é a TIR?
Ano Investimento
0 -$ 800
1 350
2 340
3 140
4 100
Taxa exigida de retorno 17%
Qual é o período de payback?
Qual é o VPL?
Qual é a TIR?
Ano Investimento
0 -$ 1800
1 650
2 340
3 740
4 460
Taxa exigida de retorno 22%
Qual é o período de payback?
Qual é o VPL?
Qual é a TIR?
Ano Investimento
0 -$2300
1 1350
2 340
3 1420
4 100
Taxa exigida de retorno 13%
Qual é o período de payback?
Qual é o VPL?
Qual é a TIR?
Ano Investimento
0 -$ 6800
1 3350
2 1340
3 1840
4 1000
Taxa exigida de retorno 9%
Qual é o período de payback?
Qual é o VPL?
Qual é a TIR?
Ano Investimento
0 -$ 9800
1 2350
2 3240
3 1800
4 5000
Taxa exigida de retorno 11%
Qual é o período de payback?
Qual é o VPL?
Qual é a TIR?
DECISÕES
EM
INVESTIMENTO
Nosso Objetivo
Vamos decidir se um ativo ou
um projeto é VIÁVEL do
ponto de vista financeiro.
Ou seja, se o projeto agrega
valor para a empresa através
do retorno financeiro.
Exemplos de um
ativo ou projeto 

Compra de uma máquina


nova, Lançamento de uma
nova linha de produto de
consumo, Construção de
uma hidrelétrica,
Privatização de uma
rodovia.
Característica do Projeto

Um projeto pode ser encarado


como uma miniempresa
dentro da nossa organização.
Esta miniempresa vende,
compra e possui todos os
custos de uma empresa
normal.
Critério de Viabilidade
Financeira
(1) Valor Presente Líquido
dos Fluxos de Caixa Futuro
ser positivo a uma
determinada taxa.
(2) Taxa Interna de
Retorno dos Fluxos de Caixa
Futuro ser maior que a taxa
mínima exigida.
DECISÕES EM
INVESTIMENTO
Determinação dos Fluxos
de Caixa Futuro

(1) Fluxo de Caixa Operacional

(2) Investimento em Ativo


Permanente

(3) Investimento em Capital de


Giro
Simplificação Operacional
Então, para determinação
dos fluxos de caixa futuro,
precisamos projetar os balanços e
DRE para os próximos anos.
Para facilitar, calculamos o fluxo de
caixa para o primeiro ano e
estimamos crescimento ou
decrescimento nos fluxos de caixa
futuro.
Índice de Rentabilidade
(IR)

Método usado para


avaliar projetos.
Índice de Rentabilidade
(IR)

É o quociente entre o valor


presente dos fluxos de
caixa futuros esperados,
posterior ao investimento
inicial, e o montante do
investimento inicial.
O índice de rentabilidade
pode ser assim
representado:

IR = VP de FC subsequentes ao Ii
Investimento inicial
Projeto Co C1 C2 VP (20%)
(20%) IR VPL (20%)
(20%)
_________________________________________
1 -120 70 80
2 -80 35 75
ANÁLISE
DE
CENÁRIOS
NOSSO CONTEXTO

Quando estudamos as
DECISÕES DE
INVESTIMENTO, analisamos
os fluxos de caixa futuro
como um valor fixo que irá
acontecer, e aceitamos
aquele valor.
A realidade pode ser
diferente no mundo
conturbado e globalizado
que vivemos, a realidade
pode ser diferente das
previsões. No nosso caso
o fluxo de caixa pode ou
não ocorrer...
NOSSO OBJETIVO

O objetivo da Análise de
Cenários é simular o fluxo de
caixa futuro em cenários
otimista, mais provável e
pessimista.
Com isso, o tomador de
decisão poderá saber qual o
intervalo de variação do VPL,
passando de um cenário
otimista, para um mais
provável e por último o
cenário pessimista.
Assim, dependendo dos
cenários, posso aceitar ou não
os projetos de investimentos.
Porque principalmente as
vendas são impactadas pelos
cenários.
EXEMPLO
Lançamento de um novo produto.

(1) Otimista  Produto lider de


mercado, vendas em alta e margem de
lucro inesperada.

(2) Mais Provável  Produto compete


bem, mas com problemas de margem.

(3) Pessimista  Mercado Rejeita o


Produto.
Em termos de fluxo de caixa 
Vamos supor que no exemplo da
pagina anterior, as previsões
foram feitas para um cenário de
normalidade ou seja, para um
cenário mais provável.
Calcule quanto, em termos de
valor, o projeto ganha se
acontecer um cenário otimista
com crescimento de vendas de
10 % ªª. Considere i = 10 % aa

EXERCÍCIO
EXERCÍCIO
ANÁLISE
DE RISCO
NOSSO CONTEXTO

Quando estudamos ANÁLISE


DE CENÁRIOS chegamos a
conclusão que os fluxos de
caixa futuro de um
determinado investimento
dependem dos cenários.
Vamos agora estudar como
os cenários podem afetar a
decisão de investimento.
DEFINIÇÃO DE RISCO

A dependência dos Fluxos de


Caixa Futuro com os cenários
damos o nome de RISCO.
CARACTERÍSTICA DO
RISCO

Quanto maior a variabilidade


dos fluxos de caixas futuros,
maior o risco. O risco pode
também ser definido como
variabilidade de fluxos de
caixas futuros.
SITUAÇÃO EXEMPLO –Para
cada cenário, os Ativos A e B
possuem um VPL (Valor
Presente Liquido)
SITUAÇÃO EXEMPLO

Como a variabilidade do
ativo B é maior que a
variabilidade do Ativo A,
concluímos que o Ativo B
é mais arriscado que o
ativo A.
VPL ESPERADO

O VPL ESPERADO pode ser


considerado uma média dos
VPL levando em consideração
a probabilidade de ocorrência
dos Cenários.
VPL ESPERADO = SOMATORIA
( Pi * VPLi), como mostra a
figura abaixo 
VPL ESPERADO
Pelo exemplo anterior, temos
um VPL Esperado de $ 50. Isto
significa que na média o Ativo A
terá um VPL de $ 50.

MENSURAÇÃO DO RISCO –
DESVIO PADRÃO
O Risco representa a
variabilidade dos VPL. Como
medir esta variabilidade ? 
Através do Desvio Padrão.
DESVIO PADRÃO (σ σ) - EXEMPLO
A tabela a seguir mostra o cálculo
do DESVIO PADRÃO do Ativo A. O
σ2 (quadrado do desvio padrão) =
somatório Pi * (VPLi – VPLmedio)2
como mostra a tabela abaixo 
SIGNIFICADO DO DESVIO
PADRÃO

O desvio padrão mede a


variabilidade do VPL dos ativos,
servindo apenas para comparar
dois ativos em termos de
variabilidade (risco). A idéia é
calcular o Desvio Padrão para
cada ativo e comparar. Aquele
que possuir maior desvio padrão
é o mais arriscado.
COMENTÁRIOS FINAIS

O método do VPL visa escolher o


projeto com maior VPL, sem se
esquecer do risco. O ideal é
escolher um projeto com maior
VPL e menor risco, mas nem
sempre isto é possível. Muitas
vezes o Gestor deverá equilibrar
o risco com o VPL. Escolhendo
um projeto de VPL intermediário
com Risco Intermediário.
EXERCÍCIO – Calcular o Desvio
Padrão do Ativo B. Qual é o ativo
com maior risco (A ou B) ?
CUSTO DE
CAPITAL E
ESCOLHA
DE
PROJETOS
TIR – UM OUTRO CRITÉRIO

Na sessão anterior foi


apresentado o critério do VPL
envolvendo Valor Esperado e
Risco (Desvio Padrão).
Apresentaremos agora um novo
método que é o método da TIR
(Taxa Interna de Retorno).
TIR – CONCEITUAÇÃO

A TIR representa a taxa que


zera o VPL do projeto, ou seja é
quanto está rendendo o projeto
em termos porcentuais. Assim
se a TIR do projeto é de 20 %
ao ano., significa que o projeto
está retornando a empresa o
valor investido mais 20 %
deste valor investido ao ano.
TIR X CUSTO DE CAPITAL

Tudo bem, o projeto está


rendendo 20 % ao ano. Como
saber se a TIR do projeto é boa
ou ruim ?  Comparando com o
custo do dinheiro para a
empresa que é o custo de capital
da empresa.
CUSTO DE CAPITAL

Da aula de Contabilidade
Financeira, lembramos que o
lado direito do balanço
representa as obrigações e o
patrimônio líquido.
Capital Próprio e
Capital Terceiros
PASSSIVO
ATIVO CGL CIRCULANTE
CIRCULANTE CAPITAL
TERCEIROS
EXIGIVEL A
LONGO PRAZO

ATIVO
CAPITAL
PERMANENTE
PATRIMONIO PRÓPRIO
LIQUIDO
CUSTO DE CAPITAL – CÁLCULO

O capital de Terceiros e o capital


próprio foram emprestados. O
capital de Terceiros por um banco
e o capital próprio pelos próprios
acionistas. E este capital tem um
custo. No caso do capital de
terceiros é os juros do
empréstimo enquanto que o
capital próprio é o retorno exigido
pelos acionistas.
Nomeclatura 

CC = Custo de Capital da Empresa


CCT = Custo de Capital de
Terceiros
CCP = Custo de Capital Próprio
Wct = porcentagem de Capital de
Terceiros
Wcp =porcentagem de Capital
Próprio
CC = Wct * CCT + Wcp * CCP
Onde Wct + Wcp = 100 %
CUSTO DE CAPITAL –
EXEMPLO

A empresa Palmeiras Ltda. Tem


Empréstimo de Longo Prazo no
valor de $ 60 e Patrimônio
Liquido no valor de $ 40.
Sabendo que os empréstimos
custam10 % ao ano e o Retorno
Exigido pelos acionistas é de 15
% ao ano, calcule o custo de
capital 
Valor Total do Capital Próprio e De
Terceiros  $ 100
Valor do Capital de Terceiros  60
Valor do Capital Próprio  40

Wct = 60 / 100 = 60 %
Wcp = 40 / 100 = 40 %

CCT = 10 % ao ano
CCP = 15 % ao ano
CC = Wct * CCT + Wcp * CCP = 0,6
* 0,1 + 0,4 * 0,15 = 12 % ao ano
ESCOLHA DE PROJETOS –
CONCEITOS

Com os conceitos de TIR e Custo


de Capital, podemos concluir que
os projetos serão viáveis se a
TIR do projeto for superior ao
Custo de Capital. A empresa
encolherá os projetos com maior
TIR sempre respeitando a
condição TIR projeto > Custo do
Capital da Empresa.
ESCOLHA DE PROJETOS –
EXEMPLO

Digamos que o custo de capital


da empresa seja de 12 % ao
ano. Digamos que a empresa
tenha 3 projetos para implantar
para ajudar a empresa atingir os
objetivos da sua estratégia
Projeto A  TIR = 20 % ao ano
decisão implanta

Projeto B  TIR = 15 % ao ano


decisão implanta

Projeto C  TIR = 8 % ao ano


decisão não implanta
CONSIDERAÇÕES FINAIS -
FINANÇAS CORPORATIVAS

As aulas abrangeram um dos assuntos


mais importantes do mundo corporativo
que é a decisão de investimentos. Os
conceitos apresentados são de utilidade
muito grande para se entender por que
as corporações investem ou vendem
seus negócios e principalmente para que
os gestores de todas as áreas entendam
por que a empresa deixa de implementar
algum projeto que poderia ser
considerado importante mas sem retorno
financeiro.
O conceito de TIR e CUSTO DE
CAPITAL é de vital importância
e muitas empresas entram em
dificuldades financeira por não
se atentarem para o fato de
que é mandatório o projeto
possuir TIR superior ao CUSTO
DE CAPITAL.
Bibliografia
BRIGHAM Eugene F.,GAPENSKY Louis C..
Intermediate Financial Management, Hartcourt
Brace & Company, New York, 1992
ROSS Stephen A.,WESTERFIELD Randolph W.,
JORDAN Bradford D.. Principios de
Administração Financeira, Editora Atlas, São
Paulo, 2000
VAN HORNE, James C.. Financial Management and
Policy, Prentice Hall, Englewood Cliffs, New
Jersey, 1995
WARD, Keith. Strategic Management Accounting,
Butterworh-Heinemann Ltd, Oxford, 1993

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