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Exemplo de Aplicação
O primeiro exemplo em que será mostrado a utilização do programa refere-se a uma treliça
plana bastante simples. Neste primeiro exemplo, descreve-se passo a passo a criação da
estrutura, aplicação das cargas e restrições, análise da treliça e visualização dos resultados.
A Fig. 1.1 indica as propriedades da treliça analisada. Para entrada de dados no programa,
será considerado E = 2,0×108 kN/m2, A1=0,01m2 (seção quadrada 0,1×0,1m) e
A2=0,008485m2 (seção retangular 0,1×0,08485m).
40 kN
20 kN
0,8485 EA
EA 3m
2
1
4m 3m
• Pré-processamento
Inicialmente será criada a estrutura no SAP2000. Antes de modelar a estrutura, deve-se
indicar as unidade do problema no canto inferior da tela (ver Fig. 1.4).
Após a definição das unidades da análise, inicia-se a entrada gráfica da geometria. Existem
duas opções: file – new model ou file – new model from template. Com o segundo
comando, tem-se a opção de partir de um modelo de estrutura, o que muitas vezes é
Com o comando file – new model, aparece na tela a caixa de entrada de dados mostrada na
Fig. 1.3. Define-se o sistema de coordenadas (cartesiano) e os dados para montar um grid,
que auxiliará no desenho da estrutura. Escolheu-se montar um grid de 1 em 1 metro, com 7
unidades em X e 3 em Z (ver Fig. 1.3). Conforme já foi citado, deve-se trabalhar no plano
XZ para estruturas reticuladas (exceto grelha).
Criam-se as barras da treliça através do comando draw – draw frame element (ou através
do ícone draw frame element). Basta clicar sobre os pontos de intersecção do grid e traçar a
estrutura (Fig. 1.5).
Observa-se que, da forma que foi desenhada, a treliça apresenta barras com comprimentos
corretos, de acordo com os dados do exemplo (Fig. 1.1).
Ao salvar o desenho, o programa cria vários arquivos na pasta de trabalho, porém o arquivo
principal tem extensão “SDB”.
Pode-se agora definir as propriedades das seções das barras: define – frame section.
Modifica-se a seção FSEC1 (modify/show section) para a barra 1 (lembrar de especificar o
material: MAT1, ver Fig. 1.8) e cria-se uma nova seção (add rectangular) FSEC2 para a
barra 2, com t3 = 0.08485 e t2=0.1.
Figura 1.10 – Seleção dos graus de liberdade impedidos nos nós de apoio.
Para criar um outro caso de carregamento, troca-se LOAD1 por LOAD2. Seleciona-se
type=live (carga acidental) e self weight multiplier = 0 (pois neste caso não é computado o
peso próprio). Então, clica-se em add new load, conforme Fig. 1.13.
• Análise da estrutura
Definida a geometria, os materiais, as seções, os apoios e as cargas aplicadas, o próximo
passo é rodar a estrutura no SAP2000 para obter os deslocamentos e esforços nas barras. O
comando utilizado para análise é: analyze – run, ou o ícone run analysis (“seta”).
Na tela aparecerão dados sobre a resolução da estrutura (tempo, memória requerida, etc.),
conforme Fig. 1.18.
Para mostrar novamente a deformada: display – show deformed shape ou através do ícone
display static deformed shape (“triângulo”). Aparecerá na tela as opções indicadas na Fig.
1.20. Pode-se escolher o caso de carregamento (LOAD1 = peso próprio; LOAD2 = cargas
aplicadas; COMB1 = LOAD1 + LOAD2). Pode-se alterar o fator de escala da deformada e
representar a posição indeformada no mesmo desenho (wire shadow).
Para visualizar as reações de apoio (ou forças nas molas elásticas), utiliza-se o comando:
display – show element forces/stresses – joints, ou o ícone: joint reaction forces (“J”).
Escolhe-se o caso de carregamento ou a combinação de carregamentos (ver Fig. 1.21) e o
tipo de força a ser visualizado (reações ou forças nas molas). Para comparar com o
exercício resolvido manualmente, escolheu-se apresentar apenas os resultados do
carregamento LOAD2 (Fig. 1.22).
Para visualizar valores nos diagramas, pressiona-se show values on diagram no menu
apresentado na Fig. 1.23 (ver Fig. 1.25).
Uma outra opção para conferir deslocamentos nodais e forças nos elementos é o comando:
display – set output table mode ou o ícone: display output tables. Escolhe-se o caso de
carregamento desejado e então basta clicar (com o botão direito do mouse) sobre os
elementos ou nós para ver todos os resultados (ver Fig. 1.27).
Estes dados iniciais podem ser impressos ou armazenados em arquivo (print to file) através
do comando: file – print imput tables (Fig. 1.29).
Convém salientar que para identificar a numeração dos elementos ou nós, pode-se utilizar o
comando: view – set elements, ou o ícone: set elements. Neste comando, escolhe-se a
visualização da numeração (label), das seções (sections), das molas elásticas (springs), dos
eixos (local axes), dos apoios (restraints), etc. (ver Fig. 1.31).
Após a análise (Analyze – run), o modelo é “trancado” pelo programa. Todos os arquivos
de entrada e saída são salvos. Para fazer qualquer alteração no modelo é necessário
primeiro “destrancá-lo”, sendo então todos os arquivos de saída apagados. O comando
utilizado para destrancar a estrutura é: options – lock model, ou através do ícone:
lock/unlock model (“cadeado”).
• Observações importantes
Quando se analisa uma treliça no programa SAP2000, podem surgir valores pequenos de
esforços cortantes e momentos fletores em algumas barras. Isto ocorre porque utiliza-se
para treliça o mesmo elemento de barra do pórtico espacial (elemento frame).
Assim, mesmo ativando apenas dois graus de liberdade por nó (caso de treliça), o programa
considera os nós de ligação das barras como sendo nós rígidos, os quais transmitem
momentos.
Para visualizar estes esforços solicitantes nas barras: display – show element forces/stresses
– frame, ou através do ícone: member force diagram for frames (“F”). Escolhe-se a
componente de força desejada (shear 2-2, esforço cortante, moment 3-3, momento fletor) e
o caso de carregamento (LOAD2).
Para eliminar estes pequenos valores de esforços nas barras e condicionar a treliça a
apresentar apenas esforços normais (importante para comparação com resultados de
cálculos manuais), deve-se utilizar o comando release (liberar).
Após destravar a estrutura, selecionam-se as barras (clica-se sobre as duas barras). Com as
barras selecionadas, seleciona-se o comando (assign – frame – releases), conforme Fig.
1.38.
Após executar o comando, aparece na tela a indicação dos nós liberados (nó final de cada
barra), como ilustrado na Fig. 1.39.
[1] Computer and Structures, Inc. SAP2000– Integrated Finite Element Analysis and
Design of Structures – Getting Started, 1999.
[2] Computer and Structures, Inc. SAP2000– Integrated Finite Element Analysis and
Design of Structures – Basic Analysis Reference, 1998.
[3] Computer and Structures, Inc. SAP2000– Integrated Finite Element Analysis and
Design of Structures – Quick Tutorials, 1998.
[4] Computer and Structures, Inc. SAP2000– Integrated Finite Element Analysis and
Design of Structures – Detailed Tutorial Including Pushover Analysis, 1998.
[5] Computer and Structures, Inc. SAP2000– Integrated Finite Element Analysis and
Design of Structures – Graphic User Interface Manual, 1998.
[6] Computer and Structures, Inc. SAP2000– Integrated Finite Element Analysis and
Design of Structures – Analysis Reference, 1998.
[7] Computer and Structures, Inc. SAP2000– Integrated Finite Element Analysis and
Design of Structures – Input File Format, 1998.