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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
OUTUBRO-2006
1 – INTRODUÇÃO
2 – OBJETIVOS
3.1 – SOLO
3.2 - RELEVO
SISTEMATIZAÇÃO DE TERRENOS PARA IRRIGAÇÃO 2
É evidente que quando se cogita sistematizar terrenos para a implantação de
um sistema de irrigação por superfície, eles se encontram em locais de baixada, ou seja,
quase sempre áreas planas que necessitam de que sua declividade seja ajustada e
uniformizada. Um terreno pode possuir uma baixa declividade média natural e ter necessidade
de se movimentar um grande volume de terra para a sua sistematização, o que certamente
ocorrerá se a topografia for bastante acidentada. Movimentação de terra maior que
750 m3 ha-1 deve ser bem avaliada economicamente, sob o risco de se tornar um projeto de
alto custo, o que não é conveniente e nem correto. Um projeto bem elaborado e bem
estudado deve ser técnica e economicamente viável. Sempre que possível, deve-se manter a
declividade natural do terreno na sistematização, uma vez que alterando-a teremos
certamente uma maior movimentação de terra, pois ocorrerão maiores cortes e maiores
aterros (Figuras 1 e 2).
4 – TRABALHOS INICIAIS
SISTEMATIZAÇÃO DE TERRENOS PARA IRRIGAÇÃO 3
Antes de se iniciar o projeto de sistematização propriamente dito, os trabalhos a
seguir deverão ser executados.
O preparo da área á importante porque nos fornece uma visão geral de todo o
conjunto, além de facilitar aos preparativos para o levantamento topográfico. A limpeza da
área consiste de retirada total da vegetação existente e, se houver pequenos arvoredos, um
destocamento deverá se fazer necessário.
5 - O PROJETO DE SISTEMATIZAÇÃO
• 775 • 770
∑ cot as
Hm = (1)
N
em que
SISTEMATIZAÇÃO DE TERRENOS PARA IRRIGAÇÃO 6
Hm = cota do centróide (cm); e,
N = número de pontos do plano cotado.
16.338
Hm = = 778 cm
21
49 80
Xm = = 2,33 Ym = = 3,81
21 21
2 3 6 2290 763,33
• 775 • 770
No da estação 1 2 3 4 Σ
No de pontos 6 6 5 4 21
Produto 6 12 15 16 49
Soma da 4759 4718 3831 3030 16338
linha
Cota média 793,17 786,33 766,20 757,50 3103,20
∑ S ∑H
W E ( )
∑SH −
N
GNS = G WE = (2)
2
S 2 (∑ S )
∑ (S ) −
N
em que
Σ S = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 = 21
2 2 2 2 2 2 2
∑ (S ) = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 = 91
Σ H = 4.661,58
N=6
21 x 4.661,58
16.404,41 −
GNS = 6 = 5,08 cm em cada 20 m
2
(21)
91 −
6
Isto quer dizer que o terreno "sobe" de norte para sul 5,08 centímetros a cada
20 metros. Em termos de percentagem, vamos ter que: GNS = 0,254 %.
( )
∑ S H = (1 x 793,17) + (2 x 786,33) + ( 3 x 766,20) + (4 x 757,50) = 7.694,43
Σ S = 1 + 2 + 3 + 4 = 10
2 2 2 2 2
∑ (S ) = 1 + 2 + 3 + 4 = 30
Σ H = 3.103,20
N=4
10 x 3.103,20
7.694,43 −
G WE = 4 = − 12,71 cm em cada 20 m
2
(10 )
30 −
4
Isto quer dizer que o terreno "desce" de oeste para leste 12,71 cm a cada 20
metros. Em termos de percentagem, vamos ter que: GWE = - 0,635 %.
O = Hm − (GNS Ym ) − (G WE Xm ) (3)
GNS = 5 cm / 20 m = 0,25 %
GWE = -13 cm / 20 m = - 0,65 %
Não é difícil compreender que ao se fazer aterros nos pontos que se faz
necessário aterrar em um terreno que sofreu nivelamento, a tendência natural é que nestes
pontos haja uma acomodação do solo, principalmente após o local receber água.
81
C/ A = = 1,08
75
Vê-se que esta relação corte/aterro está muito baixa, concluindo-se que há
necessidade de aumentar o volume de cortes. Isto será feito rebaixando o plano de uma certa
altura, com isso aumentando os cortes e consequentemente diminuindo os aterros.
K Σ A − ΣC
±X= (4)
K N A + NC
em que
K = relação corte/aterro desejada
ΣA = somatório de aterros
ΣC = somatório de cortes
NA = número de pontos que tiveram aterros
NC = número de pontos que tiveram cortes
K = 1,3
ΣA = 75 cm
ΣC = 81
NA = 10
NC = 11
1,3 x 75 − 81
±X= = 0,6875 cm
1,3 x 10 + 11
Rebaixando então todo o plano em 1 cm, a nova cota de origem passará a ser
788 cm.
775 770 3
780 5 767
Figura 4 – Cotas naturais, cotas calculadas e os respectivos cortes e aterros em cada ponto.
92
A relação corte/aterro ajustada será: C/ A = = 1,4
65
O volume total de terra movimentada nada mais é que toda aquela gerada
pelos cortes. Esta determinação é de extrema importância, uma vez que está diretamente
relacionada com o custo do projeto. Basicamente, dispomos de três maneiras de se calcular o
volume. Apresentaremos a seguir um detalhamento de dois desses processos.
VT = A q x Σ C (5)
A (Σ C )2
VC = (6)
4 ΣC + Σ A
A (Σ A )2
VA = (7)
4 Σ A + ΣC
- Quadrícula 1:
5a 3c VC =
400 (0,03 )2 = 0,30 m3
4 0,03 + 0,27
VA =
400 (0,27 )2 = 24,3 m3
4 0,27 + 0,03
7a
15 a
- Quadrícula 2:
15 a 7a VC =
400 (0,08 )2 = 2,13 m3
4 0,08 + 0,22
VA =
400 (0,22)2 = 16,13 m3
4 0,22 + 0,08
3c
5c
Foi comentado anteriormente que movimentação de terra maior que 750 m3 ha-1
deveria ser bem avaliado sob pena do projeto ter um custo inviável. O volume médio por
hectare (Vm) para o presente caso será:
VT 323,94 m 3
Vm = = = 385,6 m 3 ha −1
ST 0,84 ha
- marcação dos pontos de corte: pinta-se a estaca em cor vermelha da parte superior da
estaca para baixo, a altura de corte no ponto.
- marcação dos pontos de aterro: pinta-se a estaca na cor azul da parte inferior da estaca
(nível do terreno) para cima, a altura do aterro no ponto.
Corte Aterro
Motoniveladora (Patrol)
Trator de Esteiras
Trator de Pneus
Scraper
SISTEMATIZAÇÃO DE TERRENOS PARA IRRIGAÇÃO 18