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Desafio a cabines primárias:

O que é uma Cabine primária, sua função e principio de funcionamento;


Quando é necessária e obrigatória
C:\Documents and Settings\denis\Meus documentos\Projeto Integrador\condições de
fornecimento.pdf.
Instalações dos cubículos. Alvenaria versus aço.
Qual a norma que regula a projeto, instalação e uso.

NBR 14039:2000.

O projeto da nova versão da norma entrou em consulta pública em julho de 2003 com previsão de
ser publicado ainda no segundo semestre do mesmo ano.

Histórico da norma técnica brasileira de instalações elétricas de


média tensão

As instalações elétricas de média tensão, no Brasil, permaneceram durante décadas com a mesma
norma, sem nenhuma revisão. A história da norma de média tensão começa com a NB 79 –
Execução de instalações elétricas de alta tensão de 0,6 a 15 kV, publicada em 1967. Portanto,
essa norma foi elaborada com os conhecimentos da década de 60 e tendo como pano de fundo
um Brasil isolado do resto do mundo do ponto de vista tecnológico. A norma refletia a necessidade
do país na época, de padronizar a execução de instalações de 0,6 a 15 kV. A NB 79 não
contemplava, em nenhuma parte de seu texto, a atividade de projeto.

Essa norma foi utilizada por todas as concessionárias de energia elétrica para balizar seus padrões
de postos de entrada em distribuição primária. Sem revisões que lhe permitissem adequar-se às
novas tecnologias dos equipamentos e incluir a atividade de projeto em seu escopo — aliado ainda
ao fato de que a maioria das concessionárias de energia elétrica no Brasil exige o projeto de média
tensão para aprovação ou liberação —, a NB 79 deixou de ser consultada pelos profissionais de
instalações elétricas de média tensão. Assim, os padrões das concessionárias passaram a balizar
de fato, e não de direito, quase todos os projetos de instalações de média tensão no Brasil, com
exceção dos projetos feitos pelas grandes empresas de engenharia, que tinham acesso a normas
estrangeiras.

Por essa razão, a NB 79 foi cancelada em janeiro de 1996. Mas como esse cancelamento se deu
sem substituição, isto é, sem que uma nova versão ocupasse o lugar da norma cancelada, criou-se
assim um vácuo legal. Havia os padrões das concessionárias, mas eles não têm valor para
assegurar a qualidade mínima exigida, que é a função da norma, nos projetos e execuções das
instalações internas do consumidor, deixando os projetistas e instaladores sem respaldo legal no
desempenho de suas funções. Portanto, tornava-se necessário elaborar uma nova norma de
média tensão.

A norma “tampão”

Dado que no Brasil o uso de normas não é voluntário, e considerando a importância das
instalações de média tensão, o Cobei – Comitê Brasileiro de Eletricidade, órgão da ABNT
responsável por elaborar normas na área de eletricidade, começou a preparar uma nova norma
para média tensão. Por razões regimentais da ABNT, uma vez que a NB 79 foi cancelada sem
substituição, teria de ser elaborada uma nova norma, inclusive com numeração diferente.
Em um panorama nacional completamente diferente do da década de 60, quando foi elaborada a
antiga NB 79, a nova norma deveria ter um nível de exigência muito superior ao de sua
antecessora. Conseqüentemente, seu conteúdo teria de ser necessariamente maior e mais
abrangente, o que demandaria um extenso trabalho da comissão de estudos responsável pela
elaboração do documento (a CE 64.11 do CB-03 da ABNT). Essa tarefa provavelmente consumiria
alguns anos. Porém, a urgência provocada pelo vácuo legal que se estabelecera com o
cancelamento da antiga norma fez com que a CE 64.11 optasse por elaborar uma norma “tampão”,
com valor técnico e legal, mas de caráter temporário. Convém deixar claro que o termo “tampão”
não figura na norma e não tem nenhum efeito legal. É só um adjetivo informal para ressaltar o
caráter temporário da norma. Do ponto de vista legal, a norma é definitiva.

Para o trabalho de elaboração da norma “tampão”, foi usado como base o texto da antiga NB 79,
estando claro que, pela sua obsolescência, não bastava reeditar o texto cancelado. Foi necessária
uma revisão no texto, enfocando:

· uma ampliação dos limites de tensão da norma — ao invés de 0,6 a 15 kV, ficou de 1 kV a
36,2 kV;
· um acerto na terminologia; e
· uma correção nos pontos obsoletos.

Essa norma, atualmente em vigor, ficou em votação nacional no último trimestre de 1997 e foi
publicada em abril de 1998, sob o número NBR 14 039 e com o nome de “Instalações elétricas de
alta tensão de 1 a 36,2 kV”.

Durante os anos de 1997 a 2003, essa norma passou por uma rigorosa e profunda revisão. Em
outubro de 2000 a comissão de estudo decidiu publicar um emenda à norma de 1998, a norma
emendada passou a ser denominada NBR 14039:2000.

O projeto da nova versão da norma entrou em consulta pública em julho de 2003 com previsão de
ser publicado ainda no segundo semestre do mesmo ano.

1.0 - Cubículos pré-fabricados

1.1 – Tipos de cubículos pré-fabricados


Os cubículos pré-fabricados são caixas metálicas onde estão instalados equipamentos de
média tensão. Elas são muito utilizadas dentro de circuitos de distribuição de indústrias com
os equipamentos de manobra e proteção.
Foto de um cubículo retirado do site da SIEMENS

Os cubículos pré-fabricados podem ser classificados em:


a) Tipo “Block”
b) Compartimentado
c) Metal-clad
A tabela a seguir demonstra as principais diferenças entre eles:

Características Metal-clad Compartimentado Block

Paredes externas Paredes metálicas e sempre aterradas


Número de compartimentos Maio ou igual a 3 3 Menor ou igual a 2
Metálicas e sempre Podem ser metálicas Podem ser
Divisões internas
aterradas ou natilde metálicas ou não
Presença de buchas Sim Possível Não
Protetores de acesso às
Sim Sim Não
partes vivas
Fácil de operar quando
Sim Sim Não
energizado
Possibilidade de
Difícil, mas sempre
propagação de arco dentro Sim Sim
possível
do cubículo
Ainda existe um quarto tipo que é o GIS (Gas Insulated switchgear) que é hermeticamente
fechada com gás para ser utilizada com tensões até 40,5 kV.

1.2 – Vantagens de utilização


a) Maior segurança de operação devido á proteção contra manobras indevidas;
b) Pouco espaço ocupado;
c) Redução do tempo de montagem;
d) Proteção contra contatos acidentais;
e) Construção protegida contra poeira e entrada de animais;
f) Possibilidade de entregar as instalações completamente montadas e testadas.

1.3 – Exigências técnicas e aspectos construtivos e operacionais

Para os cubículos tipo “Block” podemos colocar como exigências:


a) As instalações devem ser montadas no seu lugar com um mínimo de trabalho;
b) Deve-se evitar o uso de seccionadoras para impedir manobras indevidas;
c) Os disjuntores devem ser intercambiáveis para permitir revisões periódicas;
d) Devem haver intertravamentos para um funcionamento seguro de forma a evitar
manobras indevidas;
e) Deve haver comprovação de tensão, poder disruptivo, estado dinâmico e térmico e
aquecimento do cubículo

Para os cubículos compartimentados podemos ainda acrescentar:


f) Revestimento dos cubículos com chapas para evitar a extensão de um arco para outro
cubículo
g) Isolamento das partes de baixa tensão com resina sintética ou por divisões com o
objetivo de tornar difícil a aparição de curto-circuitos internos.
h) Deve haver um mecanismo de cobertura automática dos contatos da parte fixa do
cubículo por dispositivos metálicos aterrados que são acionados com a saída do disjuntor

Para os cubículos “Metal-Clad” temos ainda que observar:


i) Separação das diferentes partes do cubículo de tal forma a Ter compartimentos para:
· Cada chave de seccionamento e disjuntor do circuito principal
· Os componentes de um lado da chave do circuito principal ex: o circuito de alimentação
· Os componentes conectados do outro lado do circuito principal ex: barramentos
j) O transformados de potencial deve formar um circuito em paralelo com a saída para que
em caso de alguma revisão pode-se por fora a tensão sem ser preciso cortar a saída principal.
k) A colocação de terra nas saídas e barras devem ser feitas sem perigo.
Nos cubículos pré-fabricados cada circuito possui um painel de controle e instrumentação.
Sempre que possível os relés de proteção são montados no painel de controle.
Foto de um cubículo da SIEMENS sem as tampas laterais, note as divisórias e a
posição do disjuntor. Foto retirada do catálogo da SIEMENS

Os cubículos devem , quando todas as portas e tampas estiverem fechadas, dar proteção
contra o contato de pessoas em partes vivas de no mínimo IP 3X. Um equipamento com IP 3X
oferece proteção contra objetos sólidos de 2,5 mm de diâmetro protegendo contra o acesso
com ferramentas em geral. Adicionalmente eles devem ter proteção contra gotas de água
como condensação no teto. A construção do cubículo também deve impedir a entrada de
animais dentro do mesmo.
Como a abertura das portas ou tampas dá acesso direto ao circuito principal que podem
estar vivos deverá existir um sistema de abertura das mesmas que exija ferramentas
apropriadas e dessa forma evitar que possam ser abertas com outro objetos como moedas e
similares. Alternativamente podemos ter em vez de um sistema de abertura desse gênero
podemos utilizar um intertravamento que impeça a abertura dos mesmos ao menos que o
circuito esteja desligado. Desta forma é possível utilizar meios simples de trancar os cubículos
como cadeados.
Os disjuntores dos cubículos são de gaveta extraível ou que possuem um carrinho para que
sejam retirados para manutenção. Dessa forma parte das partes vivas do cubículo ficariam
expostas .Assim com o motivo de aumentar a segurança o cubículo poderá Ter um sistema
que com a retirada do disjuntor um sistema mecânico ( “shutter”) cubra os contatos do
mesmo evitando curtos-circuitos e contatos indesejáveis. Com a recolocação do disjuntor no
cubículo o mesmo sistema libera os contatos automaticamente permitindo a conexão do
mesmo. Quando fechados os “shutters” oferecem nível de proteção IP 3X e são devidamente
identificados para evitar enganos.
Os cubiculos também poderão ter telecomandos inclusive com a inserção e retirada da
gaveta.

1.4– Dados mínimos de projeto

As informações mínimas para um projeto de cubículo são:


· Tensão
· Corrente
· Freqüência
· Corrente de curto-circuito
A corrente de curto-circuito é um dado muito importante pois ele vai influenciar nos esforços
mecânicos, no aquecimento dos equipamentos e na capacidade disruptiva do disjuntor.

1.5– Principais falhas


Conforme um artigo apresentado no XIV SNPTEE (“Equipamentos submetidos a ensaios de
potência: análise estatística e diagnóstico de falhas” de Luiz Damião dos Santos Araujo,
Henrique Burd, Eleilson Santos Costa e Wagner Telles da Silva da CEPEL) as principais falhas
em ensaios de cubículos foram a queima de indicadores e o arremesso de partes metálicas.
As principais providências são:
· Reforços estruturais
· Aumento do número de dobradiças e trancas
· Utilização de maior quantidade de pontos de fixação
· Utilização de maior quantidade de pontos de fixação de chapas metálicas que se movem
para permitir a expansão dos gases;
· Modificações nos sistemas de abertura e fechamento das portas.

1.6– Tipos de equipamentos utilizados


Os principais equipamentos utilizados são disjuntores, transformadores de corrente,
transformadores de corrente, transformadores de potencial e relês de proteção. Os
disjuntores em geral são de gaveta extraível ou com carrinho para ser possível a extração do
disjuntor para manutenção.

Exemplo de disjuntor a vácuo em carrinho

1.7– Manutenção
Plano de revisão

Anual
- Inspeção visual.
- Controle dos acessórios, da sua integridade e condição

A cada 5 anos
- Mover as gavetas à posição desconectada.
- Executar as ligações de teste nos disjuntores e seccionadores sobre carga, no contator a
vácuo, na gaveta de seccionamento e no seccionador de aterramento
- Remover as gavetas extraíveis e executar todos os trabalhos de manutenção necessários,
incluindo o disjuntor
- Limpar os painéis. Controlar todas as conexões e reapertar os parafusos.
- Lubrificar as superfícies de deslizamento, mancais e pontos de articulação
- Reinserir as gavetas
- Controlar os pontos de ligação das chaves de fim de curso para os acionamentos das
gavetas.
- Testar as operações dos painéis individuais e por em funcionamento a instalação completa

Limpeza

Remoção e reinstalação do filtro de ar


- Mover a gaveta à posição desconectada
- Soltar os parafusos de fixação da moldura
- Remover a moldura
- Limpar o filtro
- Reinstalar o filtro, na seqüência inversa

Material e agentes de limpeza


- Pincéis, panos de limpeza e aspirador de pó
- Limpar os componentes de resina com água, à qual é adicionado detergente domestico
comum
-Reinstalar as campânulas inferiores

Troca dos componentes individuais

2.0 Cubículos de alvenaria


Em instalações interiores é usual separar os equipamentos em recintos separados por
divisões incombustíveis que podem se chamar cubículos. Esta idéia é importante para a
realização de manutenção e para isolar possíveis problemas na instalação. Imagine uma
cabine primária onde existe instalado um disjuntor de média tensão e um transformador a
óleo. Caso ocorra algum problema com o transformador como pegar fogo ou explodir os
demais equipamentos que estão alocados em outros cubículos não sofrerão danos.
Com o desenvolvimento de disjuntores mais robustos estes cubículos começaram a Ter
níveis de exigência menores no qual podemos Ter placas ou telas metálicas fazendo a divisão.

3.0 - Bibliografia comentada

3.1 - Livros:

Estaciones de transformacion y distribucion – Protection de Sistema Electricos


Enciclopedia CEAC de electricidad. Este livro apresenta os conhecimentos básicos
relacionados ao assunto de uma forma clara com alguns esquemas de cubículos de
fabricantes.

Modern Power Station Practice


Volume D – Electrical Systems and equipments British Electricity International LTD. Este
livro dá uma visão geral de sistemas de seccionamento em todos os níveis de tensão com
inúmeras fotos de cubículos.

3.2 - Manuais de fabricantes e catálogos:

Merlin Gerin technical guide


Medium Voltage MV design guide Este manual está disponível na internet
(217.153.88.147/Poradniki_guides/MV_DESIGN_GUIDE.pdf )e é um guia de projeto de
sistemas de média tensão com cálculo de equipamentos e barramentos.

Cahier Technique Merlin Gerin n° 155


MV public distribution networks throughout the world Christian Puret Apresenta uma visão
geral de cubículos e apresenta como são os sistemas de distribuição de energia em alguns
países.

Sistemas de Distribuição de média tensão


Catálogo – SIEMENS Apresenta as especificações do cubículos produzidos pela empresa.

Manual do Usuário – Cubículos SIEMENS


Apresenta informações de operação e manutenção de cubículos de fabricante.

3.3 – Artigos

Equipamentos submetidos a ensaios de potência: análise estatística e diagnóstico


de falhas
Luiz Damião dos Santos Araújo Henrique Burd Eleilson Santos Costa Wagner Telles da Silva
Este artigo fala das principais falhas em equipamentos durante ensaios.

3.4 - Sites relacionados


www.siemens.com.br
www.celesc.com.br
www.ieconsult.fr/ect155.pdf
www.painelind.com.br
www.inelsa.com.br
www.moeller.com.br
Desafio a supervisão de instalações elétricas.

Ênfase na economia, qualidade de energia e proteção de equipamentos e instalações.


D:\doc & set\Meus documentos\tcc\referencias tcc\controle e automação\Automação
Predial.pps

Desempenho de sistemas: Curva de transferência e regimes de trabalho:

- Transitório e permanente.

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