Você está na página 1de 43

SUMÁRIO

INTRODUÇAO...................................................................................................................04
1- Histórico de Enfermagem..............................................................................................05
1.1. Dados Gerais.....................................................................................................05
1.2. Saúde e Hospitalização.....................................................................................05
1.3. Nutrição e Hidratação......................................................................................06
1.4. Eliminações.......................................................................................................06
1.5. Cuidado Corporal.............................................................................................06
1.6. Locomoção........................................................................................................06
1.7. Exercícios e Atividades Físicas........................................................................07
1.8. Sono e Repouso.................................................................................................07
1.9. Constelação Familiar e Social..........................................................................07
1.10. Religião............................................................................................................07
1.11. Recreação........................................................................................................07
1.12. Condições de Moradia....................................................................................07
1.13. Perfil Econômico.............................................................................................08
2- Exame Físico Geral.........................................................................................................09
3- Diagnóstico de Enfermagem..........................................................................................10
3.1. Problemas Relacionados ao Paciente..............................................................10
3.2. Plano assistencial..............................................................................................10
3.2.1. Plano de cuidados..........................................................................................10
4. Evolução...........................................................................................................................11
4.1. Dia 19 de outubro de 2006...............................................................................11
4.2. Dia 25 de outubro de 2006...............................................................................11
4.3. Dia 27 de outubro de 2006...............................................................................11
4.4. Dia 06 de novembro de 2006............................................................................11
4.5. Dia 13 de novembro de 2006............................................................................12
4.6. Dia 19 de novembro de 2006............................................................................12
4.7. Dia 22 de novembro de 2006............................................................................12
5. Patologias.........................................................................................................................13
5.1. Leucemia.......................................................................................................................13
5.1.1. Conceito..........................................................................................................14
5.1.2. Sintomas.........................................................................................................14
5.1.3. Diagnóstico.....................................................................................................14
5.1.4. Tratamento.....................................................................................................14
5.1.5. Diagnóstico Laboratorial..............................................................................15
5.2. Tipos de Leucemia............................................................................................15
6. Insuficiência Renal Crônica...........................................................................................16
6.1. Conceito.............................................................................................................16
6.2. Problemas Clínicos...........................................................................................17
6.3. Tratamento........................................................................................................18
7. Diabetes............................................................................................................................18
7.1. Conceito.............................................................................................................18
7.2. Como se desenvolve a Diabete.........................................................................18
7.3. Sintomas............................................................................................................19
7.4. Diagnostico........................................................................................................21

-1-
7.5. Fatores de Risco para o Diabetes Mellitus.....................................................21
7.6. Tratamento........................................................................................................21
7.7. Objetivo do tratamento....................................................................................22
7.8. Prevenção..........................................................................................................22
8. Exames Laboratoriais.....................................................................................................24
8.1. Exames Realizados...........................................................................................25
8.1.1. Hemograma....................................................................................................25
8.1.2. Gasometria.....................................................................................................26
8.1.3. Método: Elétrons seletivos de íons...............................................................26
8.1.4. Rotina do Liquido Peritoneal.......................................................................26
8.1.5. Citologia Total...............................................................................................27
8.1.6. Citologia Específica.......................................................................................27
8.1.7. Antibiograma.................................................................................................27
9. Medicamentos Utilizados................................................................................................28
9.1.1. Soro fisiológico...............................................................................................28
9.2.1. Dipirona Sódica.............................................................................................28
9.2.2. Cafepime.........................................................................................................29
9.2.3. Cloridrato de Vancomicina..........................................................................30
9.2.4. Cloridrato de Tramadol................................................................................31
9.2.5. Insulina Regular Humana............................................................................32
9.2.6. Plasil................................................................................................................33
9.2.7. Atensina..........................................................................................................34
9.2.8. Buscopan........................................................................................................34
9.2.9. Omeprazol.....................................................................................................35
9.2.10. Polaramine...................................................................................................36
9.2.11. Dormonid.....................................................................................................37
10. HEMODÍALISE...........................................................................................................38
11.Considerações finais.......................................................................................................41
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................42

-2-
Dedico este trabalho a Deus,a
meus familiares, em especial a
minha mãe e meu esposo pelo
constante incentivo que tem
me dado.

-3-
INTRODUÇÃO

Apresentamos neste trabalho o Estudo de Caso realizado por ocasião da prática de


enfermagem na disciplina de Assistência de Enfermagem, no Hospital Ministro Costa
Cavalcante. Esse estudo refere-se a um paciente com diagnostico clínico de nefropatia
diabética, Leucemia e insuficiência renal crônica. O mesmo realiza tratamento
medicamentoso (insulinoterapia) e faz hemodiálise. Após análise no prontuário da paciente,
entrevista e exame físico identificaram-se diagnósticos de enfermagem e suas respectivas
intervenções (plano de cuidados), visando proporcionar uma assistência adequada que
permita uma melhora significativa da qualidade de vida do portador dessas doenças
crônicas.

-4-
1. Histórico de Enfermagem

1.1. Dados Gerais

a) Nome: L. S. P.
b) Clínica: Médica
Quarto: 909
Leito: A
c) Idade: 64 anos
d) Estado Civil: Divorciada
e) Religião: Evangélica
f) Sexo: Feminino
g) Data de Admissão: 19/10/2006
h) Motivo da Admissão: Diálise Peritoneal – Choque Séptico
i) Data do histórico: 09/11/2006
j) Respondido por: paciente

1.2. Saúde e hospitalização

a) Foi internado alguma vez em hospital?


( ) Não (X) Sim

b)Quando foi a ultima internação?


R: Em 2004, no hospital Santa Casa Monsenhor Guilherme.

c) Por que foi internado?


R: Choque Séptico na Diálise Peritoneal

d) Já esteve internado nessa instituição (Hospital Ministro Costa Cavalcante)?


(X) Não ( ) Sim

e) Houve alguma coisa que não gostasse quando foi internado?


(X) Não ( ) Sim

f) Fez alguma operação?


R: sim

g) Qual?
R: Diálise Peritoneal Ambulatorial Continua

h) Costuma tomar remédios em casa?


( )Não (X) Sim

i) Qual?
R: Remédios receitados pelo seu medico, para leucemia. (Paciente não recorda os nomes).

-5-
j) O que faz quando fica doente?
R: Procura o médico.

l) Usa algum chá ou remédio caseiro quando fica doente?


( ) Não (X) Sim

m) Como se sente por estar internada?


R: Desconfortável, prefere estar em casa com os familiares.

1.3. Nutrição e hidratação

a) Segue alguma dieta especial?


(X) Não ( ) Sim

b) Qual a quantidade de liquido que costuma tomar por dia?


R: Em media um copo de água.

1.4. Eliminações

a) Quantas vezes você urina por dia?


R: Nenhuma devido a hemodiálise

b) De quanto em quanto tempo evacua?


R: Varias vezes.

1.5. Cuidado Corporal

a) Quantas vezes você toma banho por dia?


R: Três vezes

b) Quantas vezes por semana você lava a cabeça?


R: Uma vez por semana

c) Quantas vezes por dia você escova os dentes?


R: Três vezes

1.6. Locomoção

a) Tem algum problema para andar ou fazer algum movimento?


( ) Não (X) Sim

b) De que tipo?
R: Déficit motor devido à patologia.

-6-
1.7. Exercícios e Atividades Físicas

a) Costuma fazer algum exercício físico?


(X)Não ( ) Sim

1.8. Sono e Repouso

a) Em qual horário costuma dormir?


R: Entre as 23:00 até 00:00 hrs.

b) Apresenta algum problema para dormir?


( ) Não (X) Sim

c) Qual?
R: Insônia

1.9. Constelação Familiar e Social

a) Existem amigos ou outras pessoas importantes para você?


( ) Não (X)Sim

b) Quem são?
R: A mãe (falecida), e os filhos.

1.10. Religião

a) Você gostaria de ter ajuda religiosa?


(X) não ( ) Sim
Paciente diz que tem bastante ajuda espiritual.

1.11. Recreação

a) O que gostaria de fazer para passar o tempo?


R: Fazer tricô.

1.12. Condições de Moradia

a) Alugado
b) Alvenaria
c) Número de cômodos: 4
d) Número de moradores: 4

-7-
e) Água: Sim
f) Luz: Sim
g) Esgoto: Sim
h) Destino Do lixo: Coleta Seletiva

1.13. Perfil Econômico

a) Quantos trabalham na família?


R: Um e a paciente é aposentada

b) Qual a renda média mensal?


R: Aproximadamente 4 salários.

-8-
2. Exame Físico Geral

Data da Realização do Exame físico: 10 de novembro de 2006.


Horário: 21:00 hrs.

a) Pressão Arterial: 130/60 mmHg.


b) Freqüência Cardíaca: 109 bpm
c) Temperatura: 37 °C
d) Freqüência Respiratória: 22 mm
e) Peso: 48 Kg
f) Estatura: 1,58 m
g) Diagnostico atual Da Doença: Leucemia e Insuficiência renal crônica
h) Impressão geral (diagnostico atual da doença): Patologia em estado avançado,
como resolutividade apenas por transplante.

Cabeça e Pescoço:
Crânio normacefálico, cabelos com ausência de sujidades, seborréia e oleosidade,
apresentou pupilas isocóricas foto reagentes, narinas simétricas, boca com ausência de
sujidades, dentição incompletas, sangramento no lábio, pavilhão auditivo com ausência de
sujidades, apresenta ausência de gânglios enfartados no pescoço.

Neurológico:
Calma, consciente, comunicativa, dificuldade para sentar e deambular por conseqüência da
patologia avançada.

Membros superiores
Simétricos com fistula em MSE e acesso venoso heparenizado em MSD.

Tórax e Pulmões:
Tórax simétrico, ausculta pulmonar com ruídos vesiculares presentes.

Abdômen
Abdômen simétrico, com ruídos hidroaéreos presentes, com cicatriz cirúrgica em flanco
direito, distendido na região do baço, com diálise peritoneal ambulatorial contínua.

Músculo Esquelético:
Musculatura flácida devido a idade e a déficit motor conseqüente da patologia. (Acamada)

Geniturinário:
Genitálias Simétricas e sem anormalidades.

Membros Inferiores:
Simétricos, musculatura flácida.

-9-
Pele:
Pele ressecada com petéquias e equimoses.

3. Diagnóstico de Enfermagem:

3.1. Problemas Relacionados ao Paciente

a) O paciente referia algia no abdômen.


b) Não evacuava há muitos dias.
c) Sentia saudade dos filhos.
d) Estava desidratada, não conseguia deambular, apresentava varias esquimoses na
pele.

3.2. Plano assistencial

3.2.1. Plano de cuidados

a) Realizar hidratação na pele.


b) Sugerir a realização de fleet enema.
c) Orientar os familiares sobre a importância de estarem presentes, devido a gravidade
da doença.
d) Massagem de conforto em mmii.
e) Orientar a equipe de enfermagem sobre os cuidados com os SSVV, mudança de
decúbito (evitando ulceras de pressão), e maior atenção com curativos de diálise e
quimioterapia.

- 10 -
4. Evolução

4.1. Dia 19 de outubro de 2006

Deu entrada na unidade de Saúde, trazida pelo SAMU, proveniente da nefroclínica, IRC em
diálise peritoneal. Agitada, consciente, com tremores generalizados, hipertérmica. Avaliada
pelo plantonista e nefrologista. Solicitada vaga na UTI.
Motivo do Internamento: Diálise Peritoneal – Choque Séptico (Insuficiência Renal e
Diálise).

PA: 160/60 mmHg


Temperatura: 37,5 °C
Freqüência Respiratória: 22 mpm
Freqüência Cardíaca: 109 bpm

4.2. Dia 25 de outubro de 2006

Confusa, cooperativa, hidratada, emagrecida, acamada, eupneica, taquicárdica, padrão


respiratório misto, tosse eficaz seca, fraqueza generalizada e flacidez muscular.
Aceitou parte da dieta.

PA: 110/70 mmHG


Temperatura: 36,5 °C
Freqüência Respiratória: 18 mpm
Freqüência Cardíaca: 92 bpm

4.3. Dia 27 de outubro de 2006

Calma, consciente, comunicativa; aceitou dieta. SSVV estáveis. Nega algia. Levada a nefro
as 11:00 hrs. Diurese ausente.

PA: 110/60 mmHg


Temperatura: 37 °C
Freqüência Respiratória: 20 mpm
Freqüência Cardíaca: 100 mpm

4.4. Dia 06 de novembro de 2006

Consciente, calma, comunica-se pouco, aceita dieta parcial, realizada punção venosa em
mse periférica, com soro em curso, mantém repouso no leito, acompanhada por familiar,
diurese presente, realizou ecocardio.
PA: 112/70 mmHg

- 11 -
T: 37 °C
FC: 22 mpm
FR: 105 mpm

4.5. Dia 13 de novembro de 2006

Calma, sonolenta, consciente, pouco comunicativa, mantém soroterapia em mse, apresentou


pico febril, realizado HGT as 22:00 hrs = 89. Realizado banho de leito, mantém repouso no
leito, com taquicardia, diurese ausente.

PA: 160/90 mmHg


T: 38 °C
FC: 22 mpm
FR: 120 mpm

4.6. Dia 19 de novembro de 2006

Admitida no bloco 9 as 11:30 hrs, procedente da hemodiálise, calma, orientada,


comunicativa, não deambula, aceita dieta parcial, acesso venoso heparenizado em mse,
HGT = 105; referiu dor em mmii.

PA: 100/60 mmHg


T: 36,0 °C
FC: 18 mpm
FR: 70 mpm

4.7. Dia 22 de novembro de 2006

Calma, consciente, comunicativa, aceitou dieta, diurese ausente, SSVV estáveis, mantém
repouso no leito.

PA: 110/60 mmHg


T: 36,0 °C
FC: 20 mpm
FR: 80 mpm

- 12 -
5. Patologias

5.1. Leucemia

5.1.1. Conceito

A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos) de origem, na maioria
das vezes, não conhecida. Ela tem como principal característica o acúmulo de células
jovens (blásticas) anormais na medula óssea, que substituem as células sangüineas normais.
A medula é o local de formação das células sangüíneas, ocupa a cavidade dos ossos
(principalmente esterno e bacia), e é conhecida popularmente por tutano. Nela são
encontradas as células mães ou precursoras, que originam os elementos figurados do
sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas.
O tipo de leucemia mais freqüente na criança é a leucemia linfóide aguda (ou linfoblástica).
A leucemia mielóide aguda é mais comum no adulto. Esta última tem vários subtipos:
mieloblástica (menos e mais diferenciada), promielocítica, mielomonocítica, monocítica,
eritrocítica e megacariocítica.

- 13 -
5.1.2. Sintomas

Os principais sintomas da leucemia decorrem do acúmulo dessas células na medula óssea,


prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos (causando anemia), dos
glóbulos brancos (causando infecções) e das plaquetas (causando hemorragias).Depois de
instalada, a doença progride rapidamente, exigindo com isso que o tratamento seja iniciado
logo após o diagnóstico e a classificação da leucemia.

5.1.3. Diagnóstico

As manifestações clínicas da leucemia aguda são secundárias à proliferação excessiva de


células imaturas (blásticas) da medula óssea, que infiltram os tecidos do organismo, tais
como: amígdalas, linfonodos (ínguas), pele, baço, rins, sistema nervoso central (SNC) e
outros. A fadiga, palpitação e anemia aparecem pela redução da produção dos eritrócitos
pela medula óssea. Infecções que podem levar ao óbito são causadas pela redução dos
leucócitos normais (responsáveis pela defesa do organismo).
Verifica-se tendência a sangramentos pela diminuição na produção de plaquetas
(trombocitopenia). Outras manifestações clínicas são dores nos ossos e nas articulações.
Elas são causadas pela infiltração das células leucêmicas nos ossos. Dores de cabeça,
náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação são causados pelo comprometimento do
SNC.
A suspeita do diagnóstico é reforçada pelo exame físico. O paciente pode apresentar
palidez, febre, aumento do baço (esplenomegalia) e sinais decorrentes da trombocitopenia,
tais como epistaxe (sangramento nasal), hemorragias conjuntivais, sangramentos gengivais,
petéquias (pontos violáceos na pele) (Fig. 5) e equimoses (manchas roxas na pele) (Fig. 6).
Na análise laboratorial, o hemograma estará alterado, porém, o diagnóstico é confirmado no
exame da medula óssea (mielograma).

5.1.4. Tratamento
Como geralmente não se conhece a causa da leucemia, o tratamento tem o objetivo de
destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. O
grande progresso para obter cura total da leucemia foi conseguido com a associação de
medicamentos (poliquimoterapia), controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e
prevenção ou combate da doença no sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal).
Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea. O tratamento é feito em várias
fases. A primeira tem a finalidade de atingir a remissão completa, ou seja, um estado de
aparente normalidade que se obtém após a poliquimioterapia. Esse resultado é conseguido
entre um e dois meses após o início do tratamento (fase de indução de remissão), quando os
exames não mais evidenciam células leucêmicas. Isso ocorre quando os exames de sangue e
da medula óssea (remissão morfológica) e o exame físico (remissão clínica) não
demonstram mais anormalidades.
Entretanto, as pesquisas comprovam que ainda restam no organismo muitas células
leucêmicas (doença residual), o que obriga a continuação do tratamento para não haver
recaída da doença. Nas etapas seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo de
leucemia (linfóide ou mielóide), podendo durar mais de dois anos nas linfóides e menos de

- 14 -
um ano nas mielóides. São três fases: consolidação (tratamento intensivo com substâncias
não empregadas anteriormente); reindução (repetição dos medicamentos usados na fase de
indução da remissão) e manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários
meses). Por ser uma poliquimioterapia agressiva, pode ser necessária a internação do
paciente nos casos de infecção decorrente da queda dos glóbulos brancos normais pelo
próprio tratamento.

5.1.5. Diagnóstico Laboratorial

Hemograma: ao fazer um exame de rotina, pode-se notar um hemograma anormal


sugestivo de leucemia com presença de células imaturas ou uma proliferação excessiva de
células aparentemente maduras. O hemograma não serve para classificar a leucemia, mas
geralmente é o primeiro exame a ser notado alguma alteração. Também se verifica se há
presença de anemia e plaquetopenia.

Mielograma: É um exame de grande importância para o diagnóstico, através da análise da


morfologia das células e com o uso de provas citoquímicas. O mielograma é usado também
para a avaliação da resposta ao tratamento, indicando se, morfologicamente, essas células
leucêmicas foram erradicadas da medula óssea (remissão completa medular). Esse exame é
feito sob anestesia local e consiste na aspiração da medula óssea seguida da confecção de
esfregaços em lâminas de vidro, para exame ao microscópio. Os locais preferidos para a
aspiração são a parte posterior do osso ilíaco (bacia) e o esterno (parte superior do peito).
Durante o tratamento são feitos vários mielogramas.

Punção lombar: A espinal medula é parte do sistema nervoso, que tem a forma de cordão,
e por isso é chamada de cordão espinhal. A medula é forrada pelas meninges (três
membranas). Entre as meninges circula um líquido claro denominado líquor. A punção
lombar consiste na aspiração do líquor para exame citológico e também para injeção de
quimioterapia com a finalidade de impedir o aparecimento (profilaxia) de células
leucêmicas no SNC ou para destruí-las quando existir doença (meningite leucêmica) nesse
local. É feita na maioria das vezes com anestesia local e poucas vezes com anestesia geral.
Nesse último caso, é indicado em crianças que não cooperam com o exame.

Citometria de fluxo: Pesquisa alguns marcadores de superfície das células imaturas. No


caso de uma leucemia linfóide aguda é possível saber se a proliferação é de linfócito T ou B

5.2. Tipos de Leucemia

Aguda ou Crônica

• Leucemia Aguda: é caracterizada pelo crescimento rápido de células imaturas dos


sangue. O tratamento deve ser imediato pela rápida progressão e acumulo de células

- 15 -
de células malignas que invadem a circulação periférica e outros orgãos.
Geralmente acomente crianças e adultos jovens.

• Leucemia Crónica: é caracterizada pelo aumento de células maduras mas anormais.


Sua progressão pode demorar de meses a anos. Geralmente acomente pessoas mais
velhas.

Linfóide ou Mielóide

Que podem ser aguda ou crónica.

• Leucemia Linfóide: ocorre quando acomete células linfóides (os linfócitos).


• Leucemia Mielóide: ocorre quando acomete células mielóides. A leucemias
mielóide aguda se subdivide em meilobástica com ou sem maturação,
promielocítica, monocítica, meilomonocítica, eritroleucemia e megacarioblástica.

6. Insuficiência Renal Crônica

6.1. Conceito

A insuficiência renal crônica (IRC) é o resultado das lesões renais irreversíveis e


progressivas provocadas por doenças que tornam o rim incapaz de realizar as suas funções.

O ritmo de progressão depende da doença original e de causas agravantes, como


hipertensão, infecção urinária, nefrite, gota e diabete. Muitas vezes a destruição renal
progride pelo desconhecimento e descuido dos portadores das doenças renais.

Em cada 5.000 pessoas uma adoece dos rins por vários tipos de doenças. Quando o rim
adoece, ele não consegue realizar as tarefas para as quais foi programado, tornando-se
insuficiente.

Geralmente, quando surge uma doença renal, ela ocorre nos dois rins, raramente atingindo
um só. Quando o rim adoece por uma causa crônica e progressiva, a perda da função renal
pode ser lenta e prolongada. Por isso, o acompanhamento médico das doenças renais é
importante para prolongar o bom funcionamento do rim por muito tempo, mesmo com
certos graus de insuficiência.

- 16 -
O rim pode perder 25%, 50% e até 75% das suas capacidades funcionais, sem causar
maiores danos ao paciente. Mas, quando a perda é maior do que 75%, começam a surgir
problemas de saúde devido às alterações funcionais graves e progressivas. Os exames
laboratoriais tornam-se muito alterados.

As principais doenças que tornam o rim incapaz ou insuficiente são:

• Nefrite (50%)
• Diabetes (25%)
• Infecção dos rins
• Hipertensão arterial severa
• Hipertensão arterial severa
• Pedras nos rins (cálculos)

6.2. Problemas Clinicos

São facilmente identificáveis os problemas clínicos que a insuficiência renal traz às


pessoas:
• Hipertensão arterial, de moderada a severa,
• Anemia severa que não responde ao tratamento com sulfato ferroso,
• Edema por todo o corpo, aumentando o peso,
• Pele pálida (cor de palha),
• Fraqueza, cansaço, emagrecimento, coceira no corpo, falta de apetite,
• Náuseas e vômitos,
• Cheiro desagradável na boca, pelo aumento da uréia no sangue,
• Piora da hipertensão arterial,
• Aumento do volume de urina sempre muito clara (nunca mudando de cor),
• Necessidade freqüente de urinar, com tendência de maior volume à noite,
• Nas mulheres, alterações menstruais e abortamento fácil.

A melhor maneira de retardar a fase final da IRC é seguir todas as recomendações médicas
e evitar os fatores agravantes da lesão renal, que são:
• Reagudização das glomerulonefrites e dos processos inflamatórios do rim
• Infecções urinárias agudas e crônicas
• Agravamento e descontrole da hipertensão arterial
• Dietas inadequadas (sal, proteína, água e potássio)
• Diabete descompensado
• Uso indiscriminado de corticóides e antinflamatórios
• Obstruções das vias urinárias (próstata, cálculos, tumores).

- 17 -
6.3. Tratamento

A permanência no estágio crônico pode ser breve ou longa, dependendo do tipo de doença
que afeta o rim, dos cuidados e orientações recebidos.
Nas fases iniciais da IRC diminuir proteínas, sal e alimentos que contenham fósforo é
fundamental no tratamento dietético.
Se a doença continuar destruindo o rim até atingir 90% de sua atividade, os 10% restantes
muito pouco poderão fazer para manter a saúde do paciente. Nesse momento, a dieta, os
diuréticos, os anti- hipertensivos e outros medicamentos ajudam muito pouco. Torna-se
necessário o uso da diálise e/ou o transplante renal.

7. Diabetes

7.1. Conceito

Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a
sintomas agudos e a complicações crônicas características.
O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves
conseqüências tanto quando surge rapidamente como quando se instala lentamente. Nos
dias atuais se constitui em problema de saúde pública pelo número de pessoas que
apresentam a doença, principalmente no Brasil.
Apresenta diversas formas clínicas, sendo classificado em:

a) Diabetes Mellitus tipo I: Ocasionado pela destruição da célula beta do pâncreas, em geral
por decorrência de doença auto-imune, levando a deficiência absoluta de insulina.

b) Diabetes Mellitus tipo II: Provocado predominantemente por um estado de resistência à


ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua secreção.

c) Outras formas de Diabetes Mellitus: quadro associado a desordens genéticas, infecções,


doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.

d) Diabetes Gestacional: Circunstância na qual a doença é diagnosticada durante a


gestação, em paciente sem aumento prévio da glicose.

7.2. Como se desenvolve a Diabete


Conforme pode ser observado no item acima (formas clínicas), são várias as causas do DM.
No DM tipo I, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as
células pancreáticas produtoras de insulina (células beta). Assim sendo, nos primeiros
meses após o início da doença, são detectados no sangue dos pacientes, diversos anticorpos
sendo os mais importantes o anticorpo anti-ilhota pancreática, o anticorpo contra enzimas

- 18 -
das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por
exemplo) e anticorpos anti-insulina.
No DM tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência a ação da insulina, sendo o
principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos pacientes.
Nos pacientes com outras formas de DM, o que ocorre em geral é uma lesão anatômica do
pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool, drogas, medicamentos
ou infecções, entre outras.

7.3. Sintomas

Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas


que se desenvolvem a longo prazo.
Os sintomas do aumento da glicemia são:
• sede excessiva
• aumento do volume da urina,
• aumento do número de micções
• surgimento do hábito de urinar à noite
• fadiga, fraqueza, tonturas
• visão borrada
• aumento de apetite
• perda de peso.

Estes sintomas tendem a se agravar progressivamente e podem levar a complicações


severas que são a cetoacidose diabética (no DM tipo I) e o coma hiperosmolar (no DM tipo
II).
Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais, cardíacas, circulatórias,
digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras.

a) Sintomas visuais: O paciente com DM descompensado apresenta visão borrada e


dificuldade de refração. As complicações a longo prazo envolvem diminuição da acuidade
visual e visão turva que podem estar associadas a catarata ou a alterações retinianas
denominadas retinopatia diabética. A retinopatia diabética pode levar ao envolvimento
importante da retina causando inclusive descolamento de retina, hemorragia vítrea e
cegueira.

b) Sintomas cardíacos: Pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de


hipertensão arterial, obesidade e alterações de gorduras. Por estes motivos e, principalmente
se houver tabagismo associado, pode ocorrer doença cardíaca. A doença cardíaca pode
envolver as coronárias, o músculo cardíaco e o sistema de condução dos estímulos elétricos
do coração. Como o paciente apresenta em geral também algum grau de alteração dos
nervos do coração, as alterações cardíacas podem não provocar nenhum sintoma, sendo
descobertas apenas na presença de sintomas mais graves como o infarto do miocárdio, a
insuficiência cardíaca e as arritmias.

c) Sintomas circulatórios: Os mesmos fatores que se associam a outras complicações


tornam mais freqüentes as alterações circulatórias que se manifestam por arteriosclerose de

- 19 -
diversos vasos sangüíneos. São freqüentes as complicações que obstruem vasos importantes
como as carótidas, a aorta, as artérias ilíacas, e diversas outras de extremidades. Essas
alterações são particularmente importantes nos membros inferiores (pernas e pés), levando
a um conjunto de alterações que compõem o "pé diabético". O "pé diabético" envolve, além
das alterações circulatórias, os nervos periféricos (neuropatia periférica), infecções fúngicas
e bacterianas e úlceras de pressão. Estas alterações podem levar a amputação de membros
inferiores, com grave comprometimento da qualidade de vida.

d) Sintomas digestivos: Pacientes diabéticos podem apresentar comprometimento da


inervação do tubo digestivo, com diminuição de sua movimentação, principalmente em
nível de estômago e intestino grosso. Estas alterações podem provocar sintomas de
distensão abdominal e vômitos com resíduos alimentares e diarréia. A diarréia é
caracteristicamente noturna, e ocorre sem dor abdominal significativa, freqüentemente
associado com incapacidade para reter as fezes (incontinência fecal).

e) Sintomas renais: O envolvimento dos rins no paciente diabético evolui lentamente e


sem provocar sintomas. Os sintomas quando ocorrem em geral já significam uma perda de
função renal significativa. Esses sintomas são: inchume nos pés (edema de membros
inferiores), aumento da pressão arterial, anemia e perda de proteínas pela urina
(proteinúria).

f) Sintomas urinários: Pacientes diabéticos podem apresentar dificuldade para


esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua inervação (bexiga neurogênica).
Essa alteração pode provocar perda de função renal e funcionar como fator de manutenção
de infecção urinária. No homem, essa alteração pode se associar com dificuldades de
ereção e impotência sexual, além de piorar sintomas relacionados com aumento de volume
da próstata.

g) Sintomas neurológicos: O envolvimento de nervos no paciente diabético pode provocar


neurites agudas (paralisias agudas) nos nervos da face, dos olhos e das extremidades.
Podem ocorrer também neurites crônicas que afetam os nervos dos membros superiores e
inferiores, causando perda progressiva da sensibilidade vibratória, dolorosa, ao calor e ao
toque. Essas alterações são o principal fator para o surgimento de modificações na posição
articular e de pele que surgem na planta dos pés, podendo levar a formação de úlceras ("mal
perfurante plantar"). Os sinais mais característicos da presença de neuropatia são a perda de
sensibilidade em bota e luva, o surgimento de deformidades como a perda do arco plantar e
as "mãos em prece" e as queixas de formigamentos e alternância de resfriamento e calorões
nos pés e pernas, principalmente à noite.

h) Sintomas dermatológicos: Pacientes diabéticos apresentam uma sensibilidade maior


para infecções fúngicas de pele (tinha corporis, intertrigo) e de unhas (onicomicose). Nas
regiões afetadas por neuropatia, ocorrem formações de placas de pele engrossada
denominadas hiperceratoses, que podem ser a manifestação inicial do mal perfurante
plantar.

- 20 -
i) Sintomas ortopédicos: A perda de sensibilidade nas extremidades leva a uma série de
deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a degeneração das articulações dos
tornozelos ou joelhos ("Junta de Charcot").

7.4. Diagnostico

O diagnóstico pode ser presumido em pacientes que apresentam os sintomas e sinais


clássicos da doença, que são: sede excessiva, aumento do volume e do número de micções
(incluindo o surgimento do hábito de acordar a noite para urinar), fome excessiva e
emagrecimento. Na medida em que um grande número de pessoas não chega a apresentar
esses sintomas, durante um longo período de tempo, e já apresentam a doença, recomenda-
se um diagnóstico precoce .
O diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no
soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas. Em decorrência do fato de que uma grande
percentagem de pacientes com DM tipo II descobre sua doença muito tardiamente, já com
graves complicações crônicas, tem se recomendado o diagnóstico precoce e o rastreamento
da doença em várias situações. O rastreamento de toda a população é porém discutível.

7.5. Fatores de Risco para o Diabetes Mellitus

Existem situações nas quais estão presentes fatores de risco para o Diabetes Mellitus,
conforme apresentado a seguir:
a) Idade maior ou igual a 45 anos
b) História Familiar de DM ( pais, filhos e irmãos)
c) Sedentarismo
d) HDL-c baixo ou triglicerídeos elevados
e) Hipertensão arterial
f) Doença coronariana
g) DM gestacional prévio
h) Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição ou morte de filhos nos
primeiros dias de vida.
i) Uso de medicamentos que aumentam a glicose ( cortisonas, diuréticos tiazídicos e
beta-bloqueadores).

7.6. Tratamento

O tratamento do paciente com DM envolve sempre pelos menos 4 aspectos importantes:

a) Plano alimentar: É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de paciente


diabético. O objetivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças em seus hábitos

- 21 -
alimentares, permitindo um controle metabólico adequado. Além disso, o tratamento
nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os fatores de risco
cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para manutenção de um peso saudável,
prevenir as complicações agudas e crônicas e promover a saúde geral do paciente. Para
atender esses objetivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de uma pessoa
saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades de cada paciente
incluindo idade, sexo, situação funcional, atividade física, doenças associadas e situação
sócio econômico- cultural.

b) Atividade física: Todos os pacientes devem ser incentivados à pratica regular de


atividade física, que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios
equivalentes. A orientação para o início de atividade física deve incluir uma avaliação
médica adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de alterações cardio-
circulatórias que possam contra-indicar a atividade física ou provocar riscos adicionais ao
paciente.

c) Medicamentos, Hipoglicemiantes orais: São medicamentos úteis para o controle de


pacientes com DM tipo II, estando contraindicados nos pacientes com DM tipo I. Em
pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação inicial pode ser a metformina, as
sultoniluréias ou as tiazolidinedionas. A insulina é a medicação primordial para pacientes
com DM tipo I, sendo também muito importante para os pacientes com DM tipo II que não
responderam ao tratamento com hipoglicemiantes orais.

d) Rastreamento: O rastreamento, a detecção e o tratamento das complicações crônicas do


DM deve ser sempre realizado conforme diversas recomendações. Essa abordagem está
indicada após 5 anos do diagnóstico de DM tipo I, no momento do diagnóstico do DM tipo
II, e a seguir anualmente. Esta investigação inclui o exame de fundo de olho com pupila
dilatada, a microalbuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de
esforço. Uma adequada analise do perfil lipídico, a pesquisa da sensibilidade profunda dos
pés deve ser realizada com mofilamento ou diapasão, e um exame completo dos pulsos
periféricos dever ser realizada em cada consulta do paciente. Uma vez detectadas as
complicações existem tratamentos específicos, os quais serão melhor detalhados em outros
artigos desse site.

7.7. Objetivo do tratamento

Os objetivos do tratamento do DM são dirigidos para se obter uma glicemia normal tanto
em jejum quanto no período pós-prandial, e controlar as alterações metabólicas associadas.

7.8. Prevenção

A prevenção do DM só pode ser realizada no tipo II e nas formas associadas a outras


alterações pancreáticas. No DM tipo I, na medida em que o mesmo se desenvolve a partir
de alterações auto-imunes, essas podem ser até mesmo identificadas antes do estado de

- 22 -
aumento do açúcar no sangue. Esse diagnóstico precoce não pode ser confundido porém
com prevenção, que ainda não é disponível.
No DM tipo II, na medida em que uma série de fatores de risco são bem conhecidos,
pacientes que sejam portadores dessas alterações podem ser rastreados periodicamente e
orientados a adotarem comportamentos e medidas que os retire do grupo de risco.
Assim é que pacientes com história familiar de DM, devem ser orientados a:
• manter peso normal
• praticar atividade física regular
• não fumar
• controlar a pressão arterial
• evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas (cortisona,
diuréticos tiazídicos).

Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem resultar no não aparecimento do DM


em pessoa geneticamente predisposta, ou levar a um retardo importante no seu
aparecimento e na severidade de suas complicações.

- 23 -
8. Exames Laboratoriais

a) Hemograma: Exame de sangue que caracteriza sua composição, considerando a


quantidade e tipo dos elementos sanguíneos presentes, o que permite diagnosticar doenças
infecciosas, anemias, causa de sangramento, etc.

b) Leucócitos: Célula Sanguínea nucleada, desprovida de hemoglobina; inclui linfócitos,


neutrófilos, eosinofilos, basinófilos e monócitos.

c) Mielócitos: Célula proveniente dos mieloblastos, que ira formar o granulócito, um


leucócito maduro.

d) Metamielócitos: Célula oriunda do mielócito, que ira formar um granulócito, um


leucócito maduro.

e) Neutrófilos: Glóbulo branco, granulócito, policelular, que tem afinidade por corantes
neutros.

f) Linfócitos: Célula pequena de núcleo volumoso, tem poder de fagocitose, fazem


importante papel nas reações imunitárias, produzindo anticorpos.

g) Monócito: Glóbulo branco de grande tamanho, composto 2 a 6% dos leucócitos,


podendo gerar macrófagos tissulantes.

h) Eusinófilos: Tipo de glóbulos brancos.

i) Plaquetas: O menor dos elementos figurados do sangue, desempenha importante papel


na coagulação sanguínea, sua diminuição aumenta propensão as hemorragias.

j) Linfócitos Atípicos: O linfócito atípico é um leucócito não maligno que pode ser
encontrado no sangue periférico em resposta a alguns estímulos antigênicos. Nos locais de
inflamação ele atua como os linfócitos normais, desempenhando um papel na resposta
imune, tanto na primária quanto na auxiliar.

l) Bastonetes: São células fotoreceptoras da retina que conseguem funcionar com níveis de
luminosidade baixos.

m) Eritrócitos: Glóbulo vermelho, formado de medula óssea, que consiste em célula sem
núcleo, de cor vermelha, composta de proteínas denominadas hemoglobinas, responsável
pelo transporte de oxigênio que ira nutrir as células do organismo.

- 24 -
n) Hemoglobina: Pigmento encontrado nas hemácias do sangue dos vertebrados e nos
músculos dos mamíferos.

o) Uréia: Substancia orgânica que constitui o ultimo estágio de metabolismo das proteínas.
É eliminada pelos rins na quantidade diária de 30 gr por via urinaria. A uréia é uma escoria,
mas não é tóxica.

p) Volume Globular: concentração percentual de hemácias em relação ao total de plasma,


que define a existência de anemia.

8.1. Exames Realizados

8.1.1. Hemograma

Data da coleta: 28 de outubro de 2006


Data de emissão: 28 de outubro de 2006
Material: Sangue total com EDTA
Método: Automatizado – SYSMEX XT 1800.

DESCRIÇÃO VALOR ENCONTRADO VALOR REFERENCIAL


Eritrócitos 3.170.000 μ 4,6 a 6,2 μ/mm²
Hemoglobina 9,6 g/dL 14 a 18g/ dL
Volume Globular 29,6% 42 a 52%
Volume Corpuscular 93,4 FL -----------
Hb Corpúsculos M. 30,3 g/dL 27 a 31μ³
C.H.B.C.M 32,4% 32 a 36 %
R.D.W 15,0% 11 a 14%
Leucócitos 29.920/μL 10.000/mm³
Eosinófilos 0,0% 0,0%
Mielócitos 0,0% 0,0%
Metamielócitos 0,0% 0,0%
Bastonetes 2,0% ----------
Segmentados 88,0% ----------
Neutrófilos 90,0% ----------
Linfócitos 6,0% ----------
Monócitos 4,0% ----------
Linfócitos Atípicos 0,0% ----------
Plaquetas 122.000/μL ----------

- 25 -
8.1.2. Gasometria

Material: Sangue Arterial


Método: ABL 735 - Radiometer

DESCRIÇÃO VALOR ENCONTRADO VALOR REFERENCIAL


Determinação do PH 7,48 7,37 a 7,44
Determinação de pCO2 29,5 mmHg 31,0 a 45,0 mmHg
Determinação de pO2 71,4 mmHg 80,0 a 90,0 mmHg
Bicarbonato (HCO3) 21,8 mEq/L 20,0 a 39,0 mEq/L
Determinação de CO2 total 22,8 mEq/L 21,0 a 30,0 mEq/L
Excesso de Base (B.E) -0,3 mEq/L -3,3 a 2,4 mEq/L
Determinação de SO2 97,70% ------------

8.1.3. Método: Elétrons seletivos de íons

DESCRIÇÃO VALOR ENCONTRADO VALOR REFERENCIAL


Potássio 4,0 mmol/L 3,5 a 5,0 mmol/L
Sódio 136,0 mmol/L 135 a 145 mmol/L
Uréia 127 mg /dL 15 a 40 mmol/L

8.1.4. Rotina do Liquido Peritoneal

DESCRIÇÃO VALOR ENCONTRADO


Volume Total 15,0ml
Cor Amarelo CL
Aspecto Turvo
PH 7,5
Densidade 1,0/0
Glicose 754 mg / DL
LDH 138 U/L

- 26 -
Amilase 3U/dL
Fosfotase Alcalina 8 U/L

8.1.5. Citologia Total

CITOLOGIA TOTAL
Contagem de leucócitos 64/ mm3
Contagem de Hemácias 50/ mm3

8.1.6. Citologia Específica

CITOLOGIA TOTAL
Plimorfonucleares 80%
Nucleares 20%

8.1.7. Antibiograma

Streptococcus ogalactial: Positivo.

- 27 -
9. Medicamentos Utilizados

9.1. Conceitos

9.1.1. Soro fisiológico: Solução aquosa de cloreto de sódio, e concentração que lhe de a
mesma pressão osmótica do soro sanguíneo humano. Para os homens e os demais
mamíferos, o conteúdo ótimo em cloreto de sódio é de 0,9% e para animais de sangue frio é
0,7%.

9.2. Fármacos

9.2.1. Dipirona Sódica:

Definição: analgésico não-opióide.

Tomando-se por base as evidências, a dipirona é um analgésico não-opióide empregado em


âmbito mundial para tratamento da dor, tanto aguda quanto crônica. Em nosso meio a
dipirona é, em verdade, o principal analgésico da terapêutica brasileira, ocupando 31,8% do
mercado; o paracetamol ocupa 29,7% e a aspirina vem em terceiro lugar, com 27,1%.
Existem, em nosso país, cerca de 125 produtos que têm por base a dipirona, sendo 71 destes
em associação com outras substâncias, e sendo que a maior parte das vendas (em torno de
80%) ocorre sem prescrição médica.
A eficácia clínica em diversos quadros álgicos tem sido relatada, destacando-se, entre
outros, a utilidade no tratamento da dor pós-operatória, episódios de cólicas nefréticas,
crises de enxaqueca com e sem aura,tratamento da dor dentária e dores do câncer.
Independentemente do tipo de dor a ser tratada, ressalte-se que a analgesia da dipirona é
dose-dependente, ou seja, maior eficácia analgésica é auferida com o emprego de maiores
doses, em geral da ordem de 25-30 mg/kg. O mal-estar e/ou possível hipotensão arterial
relatado com o seu emprego por via oral é raramente observado quando de sua
administração venosa em bolus feita de modo lento (em geral, em diluição em 20 ml de
água destilada), evidência esta corroborada nos pacientes monitorizados com cardioscopia e
pressão arterial não-invasiva contínuas, tanto sob anestesia geral e/ou regional quanto nos
pacientes despertos em sala de recuperação anestésica.

Mecanismo de Ação:

- 28 -
A despeito de inúmeros estudos comportamentais e eletrofisiológicos, o mecanismo de ação
pelo qual se evidencia o efeito analgésico da dipirona ainda não está claramente elucidado,
parecendo concorrer mecanismos periféricos e centrais.
Em nível periférico, alguns trabalhos experimentais iniciais enfatizam a ação da dipirona
sobre a hiperalgesia decorrente da lesão tecidual, tanto por inibição da ativação da
adenilciclase por substâncias hiperalgésicas como por bloqueio direto do influxo de cálcio
no nociceptor.) Lorenzetti e Ferreira descrevem a ativação de uma via arginina-óxido nítrico
para explicar a analgesia periférica e espinhal da dipirona. Trabalhos experimentais mais
recentes sugerem que o efeito antinociceptivo periférico também decorre da ativação de
canais de potássio sensíveis ao ATP.
Sachs, Cunha e Ferreira, neste sentido, situam a dipirona como fazendo parte de uma nova
classe de fármacos analgésicos capazes de ativar a via arginina/ NO/ GMPc/proteína cinase
G/canais de K+ ATP sensíveis ao ATP, constituindo-se numa categoria de analgésicos
periféricos com mecanismo de ação diverso dos glicocorticóides ou inibidores de
cicloxigenases.
Outros grupos procuraram investigar o mecanismo de ação analgésico da dipirona a partir
da reconhecida propriedade antipirética, que decorre da capacidade de inibição de
prostaglandinas no sistema nervoso central (SNC), notadamente no hipotálamo. Para estes
autores, a propriedade analgésica da dipirona dever-se-ia à ação dos metabólitos sobre a
síntese de prostaglandinas no SNC.Campos et al.) em 1999, estudaram a ação da dipirona
sobre a regulação da atividade das cicloxigenases, descrevendo-se, mais recentemente, que
a dipirona seria capaz de inibir uma isoenzima da cicloxigenase (COX 3), mecanismo
central pelo qual o fármaco exerceria as ações analgésicas e antipiréticas.
Muitos trabalhos têm respaldado, porém, que o mecanismo de ação analgésico da dipirona
se efetive, de modo relevante, por sua ação espinhal. Estudos iniciais atribuem à dipirona
ação sobre áreas rostrobulbares mediais, sobre as off- and on-cells do bulbo e sobre a
substância periaquedutal cinzenta (PAG). Neugebauer et al. em estudos conduzidos em
felinos e roedores, apresentam evidências eletrofisiológicas que respaldam um sítio de ação
antinociceptivo espinhal, situando-o no corno dorsal da medula espinhal. Este último sítio
de ação é reforçado por estudos recentes que administrando a dipirona por via venosa no
rato (200 mg/kg) demonstraram a ativação de circuitos opioidérgicos endógenos na
substância periaquedutal cinzenta e no núcleo magno da rafe - ativação esta reversível pela
naloxona diretamente aplicada nestas áreas, que compõem o chamado sistema descendente
inibitório espinhal.
Deste modo, parece que o mecanismo de ação da dipirona permanece não totalmente
elucidado, possivelmente decorrendo a ação analgésica da atividade tanto central quanto
periférica, e em diferentes níveis de processamento da informação dolorosa.

9.2.2. Cafepime

Definição: anti-bactericida que inclui as bactérias aeróbicas do grama (-) e do grama (+).

- 29 -
Indicações e Posologia: A dosagem recomendada do cefepime nos pacientes com função
renal normal é 1 ou 2 gramas IV cada 12 horas.

a) Pneumonia (moderado a severo) causado por Streptococcus pneumoniae, incluindo os


casos associados com as bactérias simultâneo, por aeruginosa dos Pseudomonas, por
pneumoniae do Klebsiella, ou por Enterobacter espécie.

b) Terapia para o neutropenia febril. Entretanto, o terapia do cefepime não é recomendado


nos pacientes na elevação - risco para a infecção severa (por exemplo, os pacientes com
sepsis, neutropenia prolongado severo, transplante recente de medula óssea etc.)

c) A pele sem complicações e a pele com complicações estruturam as infecções causadas


por Staphylococcus aureus (tensões methicillin-suscetíveis somente) ou por streptococcus -
pyogenes.

d) As infecções Intra-abdominal complicadas (usadas em combinação com o metronidazol)


causadas por Escherichia coli, viridans agrupam streptococci, aeruginosa dos Pseudomonas,
pneumoniae do Klebsiella, Enterobacter espécie, ou Bacteroides fragilis.

Contra indicações:

1. A hipersensibilidade pode ocorrer nos pacientes com uma história do alergia a


penicilina, aos cephalosporins, ou aos outros antibióticos do beta-lactam.
2. Cefepime é contra indicado nos pacientes com hipersensibilidade documentado aos
cephalosporins.
3. A acumulação da droga pode ocorrer nos pacientes com insuficiência renal. Isto
pode conduzir às apreensões.
4. Infecções tal como o candidíase pode ocorrer.

9.2.3. Cloridrato de Vancomicina

Conceito: Antibiótico em pó para solução injetável

Indicações e Posologia: Infecções estafilocócicas em pacientes alérgicos às penicilinas ou


que não respondem a elas e infecções graves. Pneumonia, bacteremia, osteomielite,
enterocolite, abscessos de tecidos moles. Profilaxia da endocardite bacteriana. Meningite
estafilocócica e estreptocócica. Septicemia bacteriana.

- 30 -
Adulto: 500mg a 1g IV, de 6/6h, ou 2g/dia, de 24/24h. Dose máxima de 4g/dia. Crianças
maiores de 1 ano de idade: 10mg/kg IV, de 6/6h. Profilaxia da endocardite bacteriana para
procedimentos cirúrgicos dental, oral, trato respiratório superior: 1g IV, em dose única, 1
hora antes da cirurgia. Profilaxia da endocardite bacteriana para procedimentos cirúrgicos
do trato gênito-urinário: 1g IV, associada à gentamicina 1,5mg/kg, em dose única, 1 hora
antes da cirurgia. A dose e a duração da terapia dependerão da idade, sensibilidade do
microorganismo e gravidade da infecção, e deverão ser ajustadas à resposta clínica do
paciente.

Contra indicações: Hipersensibilidade à vancomicina. Gravidez. Insuficiência renal.


Portadores de surdez ou com perda de audição.

Reações Adversas: Tromboflebite. Insuficiência renal. Danos hepáticos. Erupção


maculosa. Urticária. Superinfecção. Choque anafilático. Ototoxicidade. Nefrotoxicidade.
Eosinofilia.

Interações: Aminoglicosídeos, salicilatos, anfotericina B, cefalosporina, ciclosporina,


cisplatina, furosemida parenteral e polimixinas podem aumentar a nefrotoxicidade e/ou
toxicidade. Anti-histamínicos, fenotiazínicos, meclozina ou tioxantênicos podem mascarar
sintomas de ototoxicidade.

Precauções: Devido à sua toxicidade, deve ser limitada a pacientes alérgicos a outras
drogas menos tóxicas.

9.2.4. Cloridrato de Tramadol

Conceito: Analgésico entorpecente

Indicações e posologia: é indicado para o alívio da dor de intensidade moderada a grave,


do tipo aguda, subaguda e crônica.
V.O (adultos) 50/100mg a cada 4/6 horas (não exeder 400mg/ dia ou 300mg em pacientes >
75 anos).

Contra indicações: é contra-indicado se você apresenta hipersensibilidade (alergia) a


tramadol ou a qualquer componente do produto; é também contra-indicado nas intoxicações
agudas por álcool, medicamentos hipnóticos, analgésicos, opióides e outros psicotrópicos.
Tramal® é contra-indicado se você faz tratamento com medicamentos inibidores da MAO
(enzima que metaboliza o neurotransmissor serotonina), ou se você foi tratado com esses
medicamentos nos últimos 14 dias.
Não deve ser utilizado para tratamento de abstinência de narcóticos.

Interações: Não deve ser combinado com medicamentos inibidores da MAO.


Não consuma bebidas alcoólicas durante o tratamento.

- 31 -
A administração junto com outros medicamentos que são depressores do sistema nervoso
central (SNC), incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no sistema nervoso central.
Se você usar carbamazepina (indutor enzimático) antes ou junto com o tratamento com
Cloridrato de Tramadol, pode ocorrer diminuição do efeito analgésico (alívio da dor) e da
duração da ação do medicamento.

9.2.5. Insulina Regular Humana

Conceito: Insulina humana regular

Indicações e Posologia: Insulina Humana Regular contém como princípio ativo a insulina
humana monocomponente, hormônio idêntico ao que é produzido pelo pâncreas humano. A
Insulina Humana Regular é usada para o controlar a diabete mellitus através da diminuição
dos níveis de açúcares no sangue. O medicamento começa a agir entre 30 minutos e 1 hora
depois que você usa.O efeito máximo acontece entre 2 e horas e dura cerca de 6 a 7 horas.
A via de administração da Insulina Humana Regular utilizada pelo paciente é a subcutânea.
Frasco-ampola de 5 mL contendo solução injetável de insulina humana monocomponente
na concentração de 100 UI/mL.

Contra indicações: A insulina é contra-indicada na hipoglicemia (falta de açúcar no


sangue).

Reações Adversas: Interrupção do tratamento:

Se parar de usar a insulina você pode sofrer de hiperglicemia (aumento de açúcar no


sangue) e cetoacidose diabética. Os sintomas dessas doenças são: sonolência, sensação de
calor, muita fome e sede, aumento da freqüência e volume urinários, desânimo exagerado,
enjôo e vômitos, podendo até mesmo levar ao coma (inconsciência).

Precauções: Os riscos e os benefícios devem ser avaliados em situações clínicas como:


febre alta, hiper ou hipotireoidismo (disfunções da glândula tireóide), infecções graves,
cetoacidose diabética, trauma ou cirurgia, diarréia, vômito, retardo na absorção de
nutrientes, distúrbios na alimentação, danos no fígado e nos rins.
Você tem que informar sempre sobre sua condição de portador de diabetes e sobre o uso da
insulina em qualquer tipo de atendimento médico.
É importante dizer aos seus familiares e colegas próximos que você tem diabetes e como
ajudá-lo se você apresentar sintomas de hipo ou hiperglicemia (pouco ou muito açúcar no
sangue). Eles devem saber que se estiver inconsciente, não podem dar a você nenhum
líquido (risco de asfixia). Devem mantê-lo deitado de lado e procurar ajuda médica
imediatamente.

- 32 -
Interações: Diminuição do efeito hipoglicêmico (pouco açúcar no sangue):
anticoncepcionais de uso oral, corticosteróides , diazóxido , diltiazem , diuréticos
(tiazídicos e de alça), epinefrina , fenitoína , genfibrozil , glucagon , ácido nicotínico ,
simpatomiméticos ( dopamina ), tabaco, hormônios tireoidianos , acetazolamida ,
anfetamínicos, cafeína , tiroxina , fenotiazinas .
Aumento do efeito hipoglicêmico (pouco açúcar no sangue): esteróides anabolizantes ,
captopril , enalapril e inibidores da monoaminoxidase , etanol , cloranfenicol ,
dihidroxicumarínicos, oxitetraciclina , disopiramida , AINE, fenilbutazona , sais de potássio
, probenecida, salicilatos , sulfonamidas, sulfinpirazona.
Aumento da glicemia (taxa de glicose no sangue): ciclofosfamida , L-asparaginase e
somatostatina.
O uso de beta-adrenérgicos pode dificultar o controle da glicemia e mascarar as
manifestações clínicas da hipoglicemia.

9.2.6. Plasil

Conceito: procinético e antiémetico.

Indicações e Posologia: Náusea e vômito de origem central e periférica. Estimulante da


peristalse e adjuvante do esvaziamento gastrointestinal. Esofagite de refluxo.
Procedimentos radiológicos do tubo digestivo; prevenção do vomito após quimioterapia. IV
(adulto): 1/2 mg/kg, 30 minutos antes da quimioterapia. Podem ser administradas doses
adicionais de 1/2mg/kg, cada 2hr, em duas doses; cada 3 hrs, em 3 doses. Também podem
ser administrados 3 mg/kg antes da quimioterapia, seguidos por 0,5mg/kg/hr, durante 8 hr.

Contra indicações: Hipersensibilidade à metoclopramida. Síndrome de Parkinson, outras


doenças extrapiramidais e epilepsia. Feocromocitoma. Obstrução ou perfuração
gastrointestinal, hemorragia digestiva.

Reações Adversas: Sonolência, depressão mental, sintomas extrapiramidais, vertigem,


inquietação, insônia, fadiga, torpor. Cefaléia. Erupção da pele. Náusea. Ginecomastia,
galactorréia.

Interações: Fenotiazina pode potencializar eventuais efeitos extrapiramidais.


Anticolinérgicos reduzem ou inibem o efeito da metoclopramida. Álcool, anestésicos,
hipnóticos, sedativos, narcóticos e tranqüilizantes potencializam o efeito sedativo. Pode ter
o efeito antagonizado por analgésicos. Pode reduzir a absorção da cimetidina e digoxina.
Pode diminuir a absorção das drogas no estômago e aumentar a absorção das drogas pelo
intestino delgado.

- 33 -
Precauções: Gravidez. Diminuição da função hepática e renal. História prévia de
depressão.

9.2.7. Atensina

Conceito: anti-hipertensivo

Indicações e Posologia: A atensina é a clonidina, um tipo de anti-hipertensivo. Além de


auxiliar no controle da pressão arterial atua também com outras funções. Na psiquiatria é a
terceira alternativa para o tratamento da hipertatividade com défict de atenção nas crianças.
Ajuda também a controlar a abstinência à heroína e à nicotina, a controlar a enxaqueca e o
glaucoma.
Crianças devem começar tomando a dose de 5 a 10 microgramas por Kg de peso divididas
em 2 a 3 tomadas ao dia. A dose pode ser elevada a cada 5 a 7 dias na quantidade de 25
microgramas por Kg de peso até o máximo de 0,9mg por dia. Adultos podem começar com
0,1mg duas vezes ao dia, sendo a dose máxima recomendada de 2,4mg ao dia

Contra Indicações: Hipersensibilidade à clonidina. Doença do nódulo sinusal

Reações adversas: Reações adversas são, em geral, diretamente relacionáveis às doses


empregadas. Sobretudo no início do tratamento podem ocorrer secura da boca e sensação
de cansaço, que tendem a desaparecer com a continuação da terapêutica. Distúrbios
ortostáticos podem surgir, especialmente quando doses elevadas são utilizadas pela
primeira vez. Em casos raros, ATENSINA pode provocar reações centrais, como
obnubilação e vertigem. Muito raramente mencionam-se obstipação, transtornos do sono e
da potência e distúrbios circulatórios. Apenas em casos excepcionais e/ou com o uso de
altas doses, foram referidas reações de hipersensibilidade, transtornos da percepção,
pesadelos, ginecomastia, dores das glândulas parótidas, estados de depressão, secura da
mucosa nasal e diminuição da lacrimação.

9.2.8. Buscopan

Conceito: Antiespasmódicos

Indicações e Posologia: Analgésico e antiespasmódico (gastrointestinal, biliar, trato


gênito-urinário). Solução injetável: Adulto e criança acima de 6 anos: 10mg a 20mg IV ou
IM, 3 a 5 vezes ao dia. Solução oral: Adulto e criança acima de 6 anos: 10mg a 20mg VO,
3 a 5 vezes ao dia. Crianças de 1 a 7 anos: 5mg a 10mg VO, 3 vezes ao dia. Lactentes: 5mg
VO, 3 vezes ao dia.

- 34 -
Contra indicação: Miastenia gravis. Megacólon. Glaucoma descompensado. Hipertrofia
prostática com retenção urinária. Estenoses mecânicas do trato gastrointestinal.
Hipersensibilidade ao brometo de N-butilescopolamina. Não deve ser administrada em
pacientes com intolerância conhecida aos derivados pirazolônicos, com porfiria hepática e
deficiência congênita de glicose-6-fosfato desidrogenase.

Reações adversos: Boca seca. Constipação. Confusão mental. Desconforto abdominal.


Cefaléia. Inquietação. Palpitação. Hipotensão postural. Sonolência e tontura. Discrasias
sangüíneas, agranulocitose, leucopenia e aplasia medular. Em pacientes sensíveis,
independente da dose, pode determinar reações de hipersensibilidade, tipo eritema,
angioedema e asma. Doses elevadas podem provocar sintomas de intoxicação: vertigem,
hiperventilação, rubor cutâneo, hemorragia digestiva.

Interações: Ação diminuída por antiácidos e antidiarréicos. Pode aumentar ação de


anticolinérgicos e arritmias cardíacas com o ciclopropano. Pode diminuir a ação do
cetoconazol e da ciclosporina. Pode aumentar os riscos de lesões gastrointestinais de
cloreto de potássio, depressão do SNC com álcool e outros. Hipotermia grave pode ocorrer
em associação com clorpromazina.

Precauções: Usar com cautela na atonia intestinal, em idosos, colite ulcerativa, esofagite
de refluxo, glaucoma, retenção urinária e arritmias cardíacas. Crianças com menos de 3
meses ou com menos de 5kg: uso deve ser evitado pela possibilidade de alteração na função
renal. Evitar uso na gravidez. Lactação deve ser suspensa até 48h após o uso da dipirona.
Monitorar comprometimento da medula óssea.

9.2.9. Omeprazol

Conceito: Antiulcerosos

Indicações e Posologia: Úlcera duodenal, úlcera gástrica, úlceras resistentes. Esofagite de


refluxo. Síndrome de Zollinger-Ellison. Erradicação do Helicobacter pylori em combinação
com antibióticos. Lesões gástricas provocadas por drogas antiinflamatórias não esteroidais.
Refluxo gastroesofágico, esofagite erosiva, úlcera duodenal ativa: 20mg VO, 1 vez ao dia,
por 4 a 8 semanas. Úlcera gástrica: 40mg/dia VO, durante 4 a 8 semanas. Condições de
hipersecreção patológica: iniciar com 60mg VO, 1 vez ao dia. Doses acima de 120mg/dia
são divididas em 3 vezes ao dia. Em pacientes sem condições de deglutir, utiliza-se a via
IV, 40mg/dia, na velocidade de 2,5 a 4ml/min; ou infusão contínua em período não inferior
a 20 - 30 minutos, podendo ser prolongada por até 12h, quando dissolvida em soro
fisiológico, ou até 6h, quando dissolvida em glicose. Helicobacter pylori: 20mg VO, 2
vezes ao dia em terapia combinada com antibióticos (duração máxima do tratamento - 8
semanas). Síndrome de Zollinger-Ellison: 60mg a 120mg/dia VO.

Contra Indicações: Hipersensibilidade ao omeprazol.

- 35 -
Reações adversas: Cefaléia, vertigem. Diarréia, dor abdominal, náusea, vômito,
constipação, alteração no paladar, cólon irritável, hipocolia fecal e candidíase esofágica.
Dor nas costas, fraqueza e cãibras. Dor testicular e poliúria.

Interações: Pode reduzir efeito do cetoconazol e itraconazol. Pode aumentar a ação do


diazepam, warfarina, fenitoína e carbamazepina.

Precauções: Biodisponibilidade aumentada em pacientes com cirrose hepática, mas não há


relatos do aumento da toxicidade. Possibilidade de tumores gástricos.

9.2.10. Polaramine

Conceito: Antialérgicos e Anti-histamínicos

Indicações e Posologia: Alívio sintomático de algumas manifestações alérgicas, como:


dermatites atópicas ou de contato, eczemas alérgicos, asma brônquica, rinites vasomotoras,
urticária, angioedema, reações a drogas, soros, sangue, picadas de insetos e pruridos de
origem não específica.
Crianças de 2 a 6 anos: 1,25ml a 2,5ml VO, 3 vezes ao dia. Ajustar dose de acordo com a
resposta do paciente. Máximo 3mg/dia. Crianças de 6 a 12 anos: 2,5ml VO, 3 vezes ao dia.
Máximo 6mg/dia. Adultos e crianças maiores de 12 anos: 5ml VO, 3 a 4 vezes ao dia. Não
ultrapassar a dose máxima de 12mg/dia. Para alguns pacientes, a dose máxima diária de
6mg é suficiente.

Contra indicação: Hipersensibilidade a qualquer dos componentes da fórmula ou a


fármacos de estrutura química similar. Pacientes que estejam recebendo terapia com
inibidores da MAO. Prematuros ou recém-nascidos.

Reações Adversas: Podem ocorrer sonolência discreta ou moderada, vertigens, hipotensão,


náusea, vômito, azia, diarréia, constipação, poliúria, dificuldade de micção, boca seca,
ataxia, sedação, agitação, tontura, zumbidos, fadiga, euforia, nervosismo, insônia, sudorese,
tremores, perda de apetite, diplopia, cefaléia, leucopenia, agranulocitose, urticária e choque
anafilático.

Interações: Os inibidores da MAO prolongam e intensificam os efeitos dos anti-


histamínicos, podendo ocorrer hipotensão severa. Álcool, antidepressivos tricíclicos,
barbitúricos e outros depressores centrais podem potencializar os efeitos sedativos da
dexclorfeniramina. Os efeitos anticolinérgicos se agravam com uso simultâneo de
neurolépticos, antidepressivos, antiparkinsonianos e inibidores da MAO. A ação de
anticoagulantes orais pode ser reduzida pelos anti-histamínicos.

Precauções: Deve ser usado com cautela em pacientes com aumento da pressão intra-
ocular, úlcera péptica estenosante, obstrução piloro-duodenal, hipertrofia prostática e
obstrução do colo vesical, doenças cardiovasculares, entre as quais hipertensão, nos
pacientes com asma brônquica, hipertireoidismo e diabetes mellitus. Recomenda-se evitar
atividades que exijam estado de alerta como dirigir, operar máquinas, etc. Os anti-

- 36 -
histamínicos têm efeito aditivo com o álcool e outros depressores do SNC como sedativos,
hipnóticos e tranqüilizantes. Pode causar excitação em crianças de baixa idade e maior
sedação e hipotensão em pacientes com mais de 60 anos. Uso na gravidez: a experiência
com essa substância em pacientes grávidas não é suficiente para provar sua segurança com
relação ao desenvolvimento fetal. Não foi estabelecido se a formulação é excretada em leite
materno.
9.2.11. Dormonid

Conceito: O dormonid é o midazolam, um hipnótico (medicação usada para induzir ao


sono) do grupo dos benzodiazepínicos.

Indicações e Posologia: A dose usual para adultos é de 1/2 a 1 comprimido de 15 mg. Em


virtude da curta permanência do midazolam no organismo, Dormonid pode ser
administrado a qualquer hora, desde que o paciente se assegure de que não será perturbado
durante as 4 horas seguintes. Desta forma, não se deve ter receio da ocorrência de efeitos
residuais ao despertar. Devido ao seu rápido início de ação, Dormonid deve ser ingerido
imediatamente antes de deitar, com um pouco de água, sem mastigar.

Contra indicação: Insuficiência respiratória grave; insuficiência hepática grave; síndrome


de apnéia do sono; crianças; pacientes com hipersensibilidade conhecida a
benzodiazepínicos ou a qualquer componente do medicamento; miastenia gravis.

Reações Adversas: Os seguintes efeitos adversos podem ocorrer em associação a


Dormonid® (Maleato de midazolam) Comprimidos: Sonolência diurna, embotamento
emocional, redução da atenção, confusão mental, fadiga, cefaléia, tontura, fraqueza
muscular, ataxia ou diplopia. Estes fenômenos ocorrem predominantemente no início do
tratamento e em geral desaparecem com a continuação da administração. Outros eventos
adversos, como distúrbios gastrintestinais, alteração da libido ou reações cutâneas têm sido
relatados ocasionalmente. Quando utilizado como pré-medicação, este medicamento pode
contribuir para sedação pós-operatória. Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em
indivíduos suscetíveis. Amnésia: Amnésia anterógrada pode ocorrer em doses terapêuticas,
com risco aumentado em doses maiores. Efeitos amnésticos podem estar associados a
comportamento inadequado (ver Precauções). Depressão: Depressão preexistente pode ser
agudizada com o uso de benzodiazepínicos. Efeitos paradoxais e psiquiátricos: Efeitos
paradoxais como inquietação, agitação, irritabilidade, agressividade, e, mais raramente,
delírios, acessos de raiva, pesadelos, alucinações, psicose, comportamento inadequado e
outros efeitos comportamentais adversos podem ocorrer quando se utilizam
benzodiazepínicos ou agentes similares. Neste caso, o uso do medicamento deve ser
descontinuado. A ocorrência destes efeitos é mais provável em idosos. Dependência:
Mesmo em doses terapêuticas pode haver desenvolvimento de dependência: a
descontinuação do tratamento pode resultar em sintomas de abstinência ou rebote (ver
Precauções). Dependência psicológica pode ocorrer. Abuso tem sido relatado em pacientes
com história de abuso de múltiplas drogas.

- 37 -
Interações: A biotransformação do midazolam é mediada predominantemente pelo
citocromo P450 3A4. Aproximadamente 25% do total de enzimas hepáticas do sistema
citocromo P450 em adultos correspondem à subfamília 3A4. Inibidores e indutores dessa
isoenzima podem produzir interações farmacológicas com o midazolam

10. HEMODÍALISE

A hemodiálise é um procedimento que filtra o sangue. Através da hemodiálise são retiradas


do sangue substâncias que quando em excesso trazem prejuízo ao corpo, como a uréia,
potássio, sódio e água.
A hemodiálise é feita com a ajuda de um dialisador (capilar ou filtro). O dialisador é
formado por um conjunto de pequenos tubos. Durante a diálise, parte do sangue é retirado,
passa através da linha arterial do dialisador onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente
pela linha venosa.
Atualmente, tem havido um grande progresso em relação à segurança e à eficácia das
máquinas de diálise, tornando o tratamento bastante seguro. Existem alarmes que indicam
qualquer alteração que ocorra no sistema (detectores de bolhas, alteração de temperatura, e
do fluxo do sangue, etc).
Em geral, a hemodiálise é feita três vezes por semana, com duração de quatro horas cada
sessão. Podem existir variações neste tempo de acordo com o tamanho e a idade do
paciente, assim como em uma mulher grávida. Adultos de grande porte podem necessitar
de um tempo maior. Atualmente, podemos medir a quantidade de diálise e podemos mudar
essa quantidade, aumentado ou diminuindo o tempo de diálise, o número de sessões
semanais, o fluxo de sangue ou o tamanho do dialisador.
Lembre-se: a máquina de diálise é sua aliada. Pergunte ao seu médico ou auxiliares como
funciona a máquina onde você dialisa, pois quanto maior for o seu conhecimento, maior
será a confiança, e melhores os resultados do tratamento.

- 38 -
Em geral, a hemodiálise é feita três vezes por semana, com duração de quatro horas. Podem
existir variações neste tempo de acordo com o tamanho e a idade do paciente, assim como
uma mulher grávida. De fato, crianças e adultos de grande porte podem necessitar de um
tempo maior.
Não perca tempo, aproveite o tempo da sessão de diálise para ler, escrever, conversar,
assistir televisão ou simplesmente dormir um pouquinho.É bastante comum sentir câimbras
musculares e queda rápida da pressão arterial (hipotensão) durante a sessão de hemodiálise.
Estes problemas acontecem, principalmente, em consequência das mudanças rápidas no
equilíbrio dos líquidos e do sódo. A hipotensão pode fazer com que você sinta fraqueza,
tonturas, enjôos ou mesmo vômitos.
O início do tratamento dialítico pode ser um pouco mais difícil, pois, nesta fase, o corpo
está se adaptando a uma nova forma de tratamento. Você poderá evitar muitas
complicações se seguir a dieta recomendada, tomar poucos líquidos e tomar seus remédios
nos horários corretos.
Lembre-se: durante a sessão de hemodiálise, o médico ou auxiliares devem ser
comunicados caso você não esteja se sentindo bem, para que receba o tratamento necessário
rapidamente.Atualmente podemos medir a quantidade de diálise e podemos mudar essa
quantidade aumentando ou diminuindo o tempo de diálise, o número de sessões semanais, o
fluxo do sangue ou o tamanho do dialisador.
Seu médico é quem determina a quantidade de hemodiálise que você precisa, de acordo
com o estadode atividade de seu corpo, de sua alimentação e ingestão de líquidos.
O objetivo do tratamento é que você esteja sempre, sentindo-se bem, bem nutrido, livre de
inchaços, com a pressão controlada e com os exames de sangue mostrando quantidades
aceitáveis de potássio, uréia, etc.
Lembre-se o uso correto das medicações e dietas recomendadas, ajudam muito no
tratamento de hemodiálise.
Você já deve ter ouvido falar e pode ter sentido os prejuízos de chegar a sessão de
hemodiálise com um peso muito acima de seu peso seco.
Mas afinal o que determina o seu peso seco?
O peso seco é o seu peso ideal, com o qual você deve estar sentindo-se bem, sem inchaços,
com pressão arterial normal, com exames de avaliação do pulmão e do coração normais.
Este peso deve ser atingido ao término de cada sessão de hemodiálise.
Quando se ingere, muita água ou outros líquidos entre as sessões de hemodiálise, o seu
peso pode ficar muito acima do seu peso seco e, além do inchaço, você pode sofrer intensa
falta de ar, antes de chegar o momento de uma nova hemodiálise. Para perder todo o
excesso de peso durante a próxima sessão você estará sujeito a câimbras, queda acetuada de
pressão arterial, náuseas, vômitos e mal-estar.
Pergunte ao seu médico qual é o peso ideal para você e quantos quilos é permitido ganhar
entre cada sessão de hemodiálise.
Lembre-se: você se sentirá bem melhor se seguir à risca as determinações de seu médico
quanto ao seu peso ideal.
Oportunamente estaremos falando mais sobre hemodiálise.

- 39 -
A hemodiálise é feita por um tubo ( cateter ) que é colocado em uma veia grossa que é o
acesso vascular para hemodiálise. É o que permite a retirada e a devolução do sangue para a
pessoa. O tipo mais freqüente de acesso vascular é a fístula.Consiste numa ligação entre
uma artéria e uma veia através de uma pequena cirurgia.Esta ligação permitirá a colocação
de duas agulhas por onde o sangue sairá para o dialisador e depois será devolvido para a
pessoa.
Para manter uma boa fístula: mantenha o braço da fístula bem limpo, lavando sempre com
água e sabonete. Isto evita infecção que podem inutilizar a fístula. Qualquer sinal de
inchaço ou vermelhidão deve ser comunicado imediatamente ao médico ou a enfermeira.
Faça exercícios com a mão e o braço onde está localizada a fístula, isto faz com que os
músculos do braço ajudem no fortalecimento da fístula. Evite carregar pesos ou dormir
sobre o braço onde está a fístula, pois a pressão sobre ela pode interromper o fluxo de
sangue.
Não permita as verificações de pressão arterial no braço onde está localizada a fístula, pois
o fluxo de sangue pode ser interrompido. Não permita a retirada de sangue ou o uso de
medicamentos nas veias do braço da fístula a não ser que seu médico autorize. Caso
aconteçam manchas roxas após a utilização da fístula, use compressa de gelo, no dia em
que isso ocorreu e água morna nos dias seguintes, conforme orientação médica e da
enfermeira.
É sempre bom evitar que as punções para a hemodiálise sejam repetidas em um mesmo
local da fístula, para que não se formem cicatrizes que dificultem as próximas punções. Ter
o hábito de palpar seu pulso na região da fístula para sentir o fluxo de sangue passando.
Caso perceba que o fluxo está muito fraco, diferente do costumeiro ou que parou
completamente, procure auxílio médico imediatamente pois este é um sinal de mau
funcionamento ou perda da fístula.

Diálise peritoneal

A chamada diálise peritoneal ambulatorial contínua ou CAPD (iniciais das palavras em


inglês) é uma modalidade de filtração das toxinas sangüíneas em que se utiliza a membrana
peritoneal (no abdome) como depurador do sangue.
Como é feita a diálise peritoneal?
Um cateter é instalado no abdome, na
chamada cavidade peritoneal e
através deste é introduzido cerca de
dois litros de líquido de diálise, já
preparado e estéril, que é fornecido
em bolsas plásticas flexíveis e
atóxicas; este líquido permanece de 6
a oito horas no abdome e será trocado
de 3 a 4 ou mais vezes por dia, todos os
dias. Assim justifica-se o nome de
diálise contínua.

- 40 -
Quem faz as trocas das bolsas da diálise?
Quem faz as trocas das bolsas é o próprio paciente ou um parente próximo, sendo que um
enfermeiro ou enfermeira será o responsável inicial pelo treinamento do paciente e de seus
familiares para efetuar as trocas.
As vantagens deste tipo de diálise são a limpeza contínua das toxinas do organismo,
realização do tratamento em casa e ajuste dos horários conforme as necessidades do
paciente.
Como todo tratamento existem desvantagens, e a principal delas é a possibilidade de
ocorrer peritonite ( infecção da cavidade peritoneal ).

11.Considerações finais

- 41 -
Mediante o estudo de caso realizado no estagio de assistência de enfermagem I, concluimos
que diante da complexidade das patologias do paciente, a enfermagem deve utilizar-se de
um instrumento adequado que torne mais eficaz o cuidado ao indivíduo.
Observamos que é importante o vínculo com o paciente para que através disso
conseguimos implementar medidas educativas, possibilitando o planejamento de ações
individualizadas para atender às suas necessidades específicas.
Com este estudo foi possível observar a importância dos cuidados de enfermagem, pois
através destes conseguimos uma maior compreensão do paciente em relação à sua patologia
com conseqüente adesão ao tratamento medicamentoso, o apoio familiar foi importante no
processo educacional, e se tornou elemento de cooperação no tratamento do paciente.
O trabalho da enfermagem proporciona conhecimento aos pacientes com patologias
cronicas, que são pessoas frágeis e dependentes. Por isso é necessário um atendimento mais
individualizado e humanizado.

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BARROS, A. L. B. et al, Anamnese e exame físico: Avaliação diagnóstica de enfermagem


no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002.

BRUNNER & Suddarth Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 9. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2005.

SPARKS, S. M, TAYLOR C. M., DYER J. G. Coleção Enfermagem Prática, Diagnóstico


em Enfermagem. SP: Reichmann & Affonso, 2000.

- 42 -
SOARES, N.P. AME: Administração de Medicamentos na Enfermagem. Rio de Janeiro:
Publicações Biomédicas, 2005-2006.

GROSS, J. L. et al. Diabetes Melito: Diagnóstico, classificação e avaliação de controle


glicêmico. Endocrinologia e metabologia, São Paulo.

INTERNET:
http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2040/pgs/materia%2022-40.html
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?268
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?127
http://www.sbn.org.br/Publico/rim.htm
http://gamba.epm.br/pub/irc/irc.htm
http://www.transdoreso.org/hemodialise.shtml
http://www.centralx.com/epf/bulas/cf7b.htm
http://boasaude.uol.com.br/GENERICOS/showdocs.cfm?id=62
http://boasaude.uol.com.br/GENERICOS/showdocs.cfm?id=69
http://boasaude.uol.com.br/GENERICOS/showdocs.cfm?id=71
http://www.thedrugmonitor.com/cefepime.html
http://backoffice.pfizer.com.br/Bula_Pfizer/Tramal.pdfPágina 43 de 43
http://www.psicosite.com.br/far/hip/bula/dormonid-b.htm
http://bulario.bvs.br/index.php?action=search.2004032312032616921603000166&mode=dir&letter=I

- 43 -

Você também pode gostar