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1.Objectivo
O objectivo deste guia é definir o modo de actuação para a identificação dos perigos, a
valoração, avaliação, hierarquização e controlo dos riscos associados às actividades e
processos de forma a determinar aqueles que poderão ser tolerados e não tolerados,
utilizando o sistema simplificado de avaliação de riscos.
2.Âmbito
Este guia cobre todas as actividades e processos realizados na organização ou pelas
partes interessadas que realizem qualquer actividade no interior da mesma.
3. Documentos relacionados
Impressos:
IMP.01.AR.NR
IMP.01.LV.ND
IMP.02.AR.NR
IMP.01.PAC
R = P x E
R – RISCO
P – PROBABILIDADE
E – SEVERIDADE
Risco tolerado – Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela
organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política de
SST.
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE
1 – Definição do Posto de Trabalho a avaliar
Determinar qual o PT (posto de trabalho) a avaliar e reunir informação pertinente (legislação, manuais de
instruções de máquinas, fichas de dados de segurança de substâncias perigosas, processos e métodos de
trabalho, dados estatísticos, a experiência dos trabalhadores..);
IMP.01.AR.NR
FLUXOGRAMA:
Descrição do Método
A metodologia que se apresenta permite quantificar a magnitude dos riscos existentes e,
em consequência, hierarquizar racionalmente a sua prioridade de prevenção.
1. Método
Para tal parte-se da detecção das deficiências existentes nos locais de trabalho para, de
seguida, estimar a probabilidade de que ocorra um acidente e, tendo em conta a
magnitude esperada das consequências, avaliar o risco associado a cada uma das ditas
deficiências.
O nível de risco (NR) será por seu lado função do nível de probabilidade (NP) e do
nível de consequências (NC), e pode expressar-se como:
NR = NP x NC
No quadro 1 explicam-se os diversos factores contemplados na avaliação.
Quadro 1
Procedimento de actuação
1. Risco a analisar.
2.Elaboração de check-list sobre os factores de risco que possibilitem a sua
materialização (quadro 2).
3.Atribuição de um nível de importância a cada um dos factores de risco.
4.Preenchimento do questionário de check-list no local de trabalho e estimativa
da exposição e consequências normalmente esperadas.
5.Estimativa do nível de deficiência do questionário aplicado (quadro 3).
6Estimativa do nível de probabilidade (NP) a partir do nível de deficiência (ND)
e do nível de exposição (NE).
7.Comparação do nível de probabilidade a partir de dados estatísticos
disponíveis.
8.Estimativa do nível de risco (NR) a partir do nível de probabilidade e do nível
de consequências (quadros 6 e 7.1).
9Estabelecimento dos níveis de intervenção (quadros 7.1 e 7.2) considerando os
resultados obtidos e a sua justificação sócio-económica.
10.Comparação dos resultados obtidos com os estimados a partir de fontes de
informação precisas e da experiência.
Se bem que o nível de deficiência (ND) possa ser estimado de muitas formas, considera-
se idóneo o questionário check-list de verificação que analise os possíveis factores de
risco em cada situação.
- MUITO DEFICIENTE
- DEFICIENTE
- MELHORÁVEL
- ACEITÁVEL
Quadro 2 ~
Questionário
SIM NÃO
Riscos de golpes, cortes e projecções de ferramentas manuais
CRITÉRIOS DE VALORIZAÇÃO
MUITO DEFICIENTE:
Quando se respondeu Não a uma ou mais das questões 5, 5.2, 5.3
DEFICIENTE:
Quando não sendo muito deficiente, se respondeu negativamente à questão 1.
MELHORÁVEL:
Quando não sendo muito deficiente ou deficiente, se respondeu negativamente a uma
ou mais questões: 1.1, 1.2, 2, 3, 5.1
ACEITÁVEL:
Nos restantes casos
Para um risco concreto, o nível de exposição pode-se estimar em função dos tempos de
permanência nas áreas de trabalho, operações com máquinas, etc.
Os valores numéricos, como se pode observar no (quadro 4), são ligeiramente inferiores
ao valor que alcançam os níveis de deficiência, já que, por exemplo, se a situação de
risco está controlada, uma exposição alta não deveria ocasionar, em princípio, o mesmo
nível de risco que uma deficiência alta com exposição baixa.
Quadro 4
Determinação do nível de exposição
NÍVEL DE EXPOSIÇÃO NE SIGNIFICADO
Continuada 4 Continuamente. Várias vezes durante a jornada laboral
(EC) com tempo prolongado.
Frequentemente 3 Várias vezes durante a jornada de trabalho, se bem que
(EF) com tempos curtos.
Ocasional 2 Alguma vez durante a jornada de trabalho e com um
(EO) período curto de tempo.
Esporádica 1 Irregularmente.
(EE)
Nota:
Os indicadores desta metodologia tem um valor orientador. Podem estimar-se outros
valores, quando se disponha de critérios de valoração mais precisos, tais como, por
exemplo, dados estatísticos da sinistralidade da empresa.
NP = ND x NE
O quadro 5.1 facilita a consequente valorização.
Nota:
Quadro 5.2
Significado dos diferentes níveis de probabilidade
NÍVEL DE NP SIGNIFICADO
PROBABILIDADE
Situação deficiente com exposição continuada, ou
Muito alta Entre muito deficiente com exposição frequente.
(MA) 40 e 24
Normalmente a materialização do risco ocorre com
frequência.
Situação deficiente com exposição frequente ou
Entre ocasional, ou então situação muito deficiente com
Alta 20 e 10 exposição ocasional ou esporádica.
(A)
A materialização do risco é possível que suceda
várias vezes no ciclo de vida laboral.
Situação deficiente com exposição esporádica, ou
Média Entre então situação melhorável com exposição
(M) 8e6 continuada ou frequente.
Situação melhorável com exposição ocasional ou
Baixa Entre esporádica.
(B) 4e2
Não se espera que se materialize o risco, se bem
que possa ser admissível.
5 – Nível de Consequência
Quadro 6
NR = NP x NC
O nível de risco, como se viu no item 3, vem determinado pelo produto do nível de
probabilidade pelo nível de consequências.
O quadro 7.2 estabelece o agrupamento dos níveis de risco que originam os níveis de
intervenção e o seu significado.
A – Medidas Construtivas
Deverão ser identificadas, planeadas e concretizadas acções correctivas e preventivas
relativamente aos postos de trabalho.
B – Medidas Organizacionais
Estudo da situação relativamente ao conjunto dos postos de trabalho, compreendendo a
análise das situações, objectivos a atingir e medidas a implementar.
C – Medidas de Protecção
Conjunto de equipamentos e medidas que têm por finalidade evitar acidentes de
trabalho ou doenças profissionais. Para todas as medidas de protecção apresentadas é
necessário fazer um estudo de adaptabilidade dos EPI para correcta selecção dos
mesmos.
9 – Exemplo de Aplicação
Para ver como se poderia integrar este método dentro do que seria uma auditoria de
segurança, apresenta-se de seguida um exemplo de aplicação do questionário do quadro
2 a um posto de trabalho em que se tenham detectado factores de risco.
III. Os operários ao efectuarem o seu trabalho não possuem uma caixa de ferramenta
própria, colhendo uma das caixas de ferramentas disponíveis para uso colectivo;
IV. Algumas ferramentas não são guardadas ordenadamente num local específico;
Resultados:
NE: 4 (Continuada)
NP: 8 (Média)
NC: 10 (Leve)
NR = NP NC = 8 10 = 80
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