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A Arte

Românica

Escrito por Cláudio Sant'Ana


Dom, 05 de Abril de 2009 19:40
Com o Cristianismo a arte se voltou para a valorização do espírito. Os valores da religião cristã
vão impregnar todos os aspectos da vida medieval. A concepção de mundo dominada pela figura
de Deus proposto pelo cristianismo é chamada de teocentrismo (teos = Deus). Deus é o centro do
universo e a medida de todas as coisas. A igreja como representante de Deus na Terra, tinha
poderes ilimitados.
Com o passar dos anos, os artesãos da corte de Carlos Magno levou os artistas a superarem o
estilo ornamental da época das invasões bárbaras e redescobrirem a tradição cultural e artística
do mundo greco-romano. Na arquitetura esse fato foi decisivo, ois levou, mais tarde, à criação de
um novo etilo para a edificação, principalmente das igrejas, que recebeu a denominação de
Românico.
A arte românica, desenvolveu-se desde o século XI até o início do século XIII, período
caracterizado pela crise do sistema feudal. No entanto, a Igreja ainda conservava grande poder e
influência, determinando a produção cultural e artística desse período, cuja representação típica
são as basílicas.

As características mais significativas d arquitetura românicas são a utilização da abóbada, dos


pilares maciços que as sustentam e das paredes espessas com aberturs estreitas usadas como
janelas.
As abóbadas das igrejas eram de 2 tipos: a abóbada de berço e a abóbada de
arestas.

A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu tamanho. Trata-se de um
estilo essencialmente clerical. A igreja tornou-se a única fonte de encomendas de trabalhos
artísticos depois do enfraquecimento da vida da corte. Durante a Idade Média haviam muitas
peregrinações e, com isso, várias igrejas foram construídas ao longo dos caminhos como o de
Santiago de Compostela.
Numa época em que poucas pessoas sabiam ler e escrever, a igreja recorre à pintura e à
escultura para narrar as histórias bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. Um lugar
muito usado para isso eram os portais, na entrada do templo. No portal, o lugar mais utilizado
eram os tímpanos (área semicircular que fica abaixo da abóbada no vão superior da porta.

Em 910, foi fundada na cidade de Cluny uma abadia de beneditinos onde partiu um movimento de
reforma que se estendeu por toda a cristandade nos séculos XI e XII.
Diferente do resto da Europa, a arte românica na Itália não apresenta formas pesadas, duras e
primitivas. Por estarem mais próximos dos exemplos das arquiteturas grega e romana, os
construtores italianos deram às igrejas um 'jeitão' mais leve e delicado. Os construtores erguiam a
igreja, o campanário e o batistério como edifícios separados.
A pintura românica desenvolveu-se sobretudons grandes decorações murais, através da técnica
do afresco. Os pintores românicos não são, a rigor, criadores de telas de pequenas proporções,
mas verdadeiros muralistas. Estão ligadas às formas arquitetonicas e aos temas bíblicos.
A deformação e o colorismos são as principais características. A deformação colocava sempre os
valores religiosos nas representações. Cristo era sempre maior que as outras imagens que o
cerca. Os olhos são grandes e abertos. As proporções são intencionadamente exageradas. O
colorismo é a utilização de cores chapadas, sem a preocupação com meios-tons ou jogos de luz e
sombra, pois não havia a menor intenção de imitar a natureza

.
Arte Romanica
É a arte influenciada pela cultura do Império Romano que, depois da invasão dos povos bárbaros,
deu início ao período histórico conhecido por Idade Média. Na Idade Média a arte tem suas raízes
na época conhecida como Paleocristã, trazendo modificações no comportamento humano, com o
Cristianismo a arte se voltou pra a valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão
impregnar todos os aspectos da vida medieval e a Igreja, como representante de Deus na Terra,
tinha poderes ilimitados.
Naquela época poucas pessoas sabiam ler, por isso a Igreja recorria à pintura e à escultura para
narrar histórias bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. A pintura românica desenvolveu-
se sobretudo nas grandes decorações murais, através da técnica do afresco. Os motivos usados
pelos pintores eram de natureza religiosa. As características essenciais da pintura românica
foram: a deformação (a figura de Cristo, é sempre maior do que as outras que o cercam) e o
colorismo (emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e
sombra).
Também o desenvolvimento da ourivesaria foi importante nesse período. Essa arte teve um
caráter religioso, tendo por isso se voltado para a fabricação de objetos com relicários, cruzes,
estatuetas, Bíblias e para a decoração de altares.

Arte românica
A arte românica, desenvolveu-se desde o século XI até o início do século XIII, período
caracterizado pela crise do sistema feudal. No entanto, a Igreja ainda conservava grande poder e
influência, determinando a produção cultural e artística desse período, cuja representação típica
são as basílicas.

O termo "Românico" é uma referência às influências da cultura do Império Romano, que havia
dominado durante séculos quase toda a Europa Ocidental, porém, essa unidade já há muito havia
sido rompida, desde a invasão dos povos bárbaros. Apesar de línguas e tradições diferenciadas
nas várias regiões européias, e da fragmentação do poder entre os senhores feudais, o elemento
religioso manteve a idéia de unidade na Europa e a arte Românica reforça essa unidade.Há que
se considerar que neste período havia uma forte ingerência do poder político sobre a estrutura
religiosa, determinada a partir do Sacro Império Romano Germânico, sendo que ao mesmo tempo
iniciou-se um movimento de reação à investidura leiga, partindo principalmente dos mosteiros, que
tenderam a se fortalecer. Esse foi ainda um período de início do desenvolvimento comercial e de
peregrinações, favorecendo a difusão dos novos modelos.

ARQUITETURA

Durante a Idade Média os mosteiros tornaram-se os centros culturais da Europa, onde a ciência, a
arte e a literatura estavam centralizados.
Os monges beneditinos foram os primeiros a propor em suas construções as formas originais do
românico. Surge assim uma arquitetura abobadada, de paredes sólidas e delicadas colunas
terminadas em capitéis cúbicos. Os mosteiros eram na verdade unidades independentes e dessa
forma estruturaram-se segundo necessidades particulares.
Foi nas igrejas que o estilo românico se desenvolveu em toda a sua plenitude. Eram os próprios
religiosos que comandavam as construções, a partir do conhecimento monástico. Suas formas
básicas são facilmente identificáveis: a fachada é formada por um corpo cúbico central, com duas
torres de vários pavimentos nas laterais, finalizadas por tetos em coifa. Um ou dois transeptos,
ladeados por suas fachadas correspondentes, cruzam a nave principal. Frisos de arcada de meio
ponto estendem-se sobre a parede, dividindo as plantas.

ARTE ROMÂNICA

Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem início o período histórico conhecido
por Idade Média. Na Idade Média a arte tem suas raízes na época conhecida como Paleocristã,
trazendo modificações no comportamento humano, com o Cristianismo a arte se voltou para a
valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão impregnar todos os aspectos da vida
medieval. A concepção de mundo dominada pela figura de Deus proposto pelo cristianismo é
chamada de teocentrismo (teos = Deus). Deus é o centro do universo e a medida de todas as
coisas. A igreja como representante de Deus na Terra, tinha poderes ilimitados.

ARQUITETURA

No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja a estrutura era semelhante às
construções dos antigos romanos.

As características mais significativas da arquitetura românica são:

* abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;

* pilares maciços que sustentavam e das paredes espessas;

* aberturas raras eestreitas usadas como janelas;

* torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e

* arcos que são formados por 180 graus.


A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu tamanho. Elas são sempre
grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. A explicação mais aceita para as
formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do
gosto refinado da nobreza nem das idéias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo
essencialmente clerical. A arte desse período passa, assim a ser encarada como uma extensão
do serviço divino e uma oferenda à divindade.

A mais famosa é a Catedral de Pisa sendo oedifício mais conhecido do seu conjunto o
campanário que começou a ser construído em 1.174. Trata-se da Torre de Pisa que se inclinou
porque, com o passar do tempo, o terreno cedeu.

Na Itália, diferente do resto da Europa, não apresenta formas pesadas, duras e primitivas.

PINTURA E ESCULTURA

Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para
narrar histórias bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. Não podemos estudá-las
desassociadas da arquitetura.

A pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, através da técnica
do afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre a parede úmida.

Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As características essenciais da


pintura românica foram a deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os
sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas faziam da realidade. A figura de
Cristo, por exemplo, é sempre maior do que as outras que o cercam. O colorismo realizou-se no
emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois
não havia a menor intenção de imitar a natureza.

Na porta, a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, nome que recebe a parede
semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior da porta. Imitação de
formas rudes, curtas ou alongadas, ausência de movimentos naturais.

MOSAICO

A técnica da decoração com mosaico, isto é, pequeninas pedras, de vários formatos e cores, que
colocadas lado a lado vão formando o desenho, conheceu seu auge na época do românico.
Usado desde a Antigüidade, é originária do Oriente onde a técnica bizantina utilizava o azul e
dourado, para representar o próprio céu.

O motivo da arcada também se repete como elemento decorativo de janelas, portais e tímpanos.
As colunas são finas e culminam em capitéis cúbicos lavrados com figuras de vegetais e animais.
Nesse estilo destacam-se a abadia de Mont Saint-Michel, na França, e a catedral de Speyer, na
Alemanha.

ESCULTURA

A escultura românica esta diretamente associada à arquitetura, as estátuas-colunas, e que


desenvolve-se nos relevos de pórticos e arcadas. A escultura desenvolveu-se com um caráter
ornamental, onde o espaço em branco dos frisos, capitéis e pórticos é coberto por uma profusão
de figuras apresentadas de frente e com as costas grudadas na parede. As imagens encontradas
são as mais diversas, desde representações do demônio, até personagens do Velho Testamento

O corpo desaparece sob as inúmeras camadas de dobras angulosas e afiladas das vestes. As
figuras humanas se alternam com as de animais fantásticos, e mesmo com elementos vegetais.
No entanto, a temática das cenas representadas é religiosa. Isso se deve ao fato de que os
relevos, além de decorar a fachada, tinham uma função didática, já que eram organizados em
faixas, lidas da direita para a esquerda.

Devemos mencionar também o desenvolvimento da ourivesaria durante esse período. A exemplo


da escultura e da pintura, essa arte teve um caráter religioso, tendo por isso se voltado para a
fabricação de objetos como relicários, cruzes, estatuetas, Bíblias e para a decoração de altares.
O desenvolvimento da ourivesaria esta associado diretamente às relíquias, uma vez que as
Igrejas ou mosteiros que possuíam as relíquias com o poder de realizarem milagres eram objeto
de maior peregrinação, atraindo não só fiéis, mas ofertas.

PINTURA

A pintura Românica teve pequena expressão. Em alguns casos, as cúpulas das igrejas possuíam
pinturas murais de desenho cujos temas mais freqüentes abordavam cenas retiradas do Antigo e
do Novo Testamento e da vida de santos e mártires, repletas de sugestões de exemplos
edificantes.

O Imperador Carlos Magno

Destaca-se o desenvolvimento das Iluminuras, arte que alia a ilustração e a ornamentação, muito
utilizada em antigos manuscritos, ocupando normalmente as margens, como barras laterais, na
forma de molduras

Arte românica

Arte românica é o nome dado ao estilo artístico vigente


na Europa entre os séculos XI e XIII, durante o período da história da arte comumente conhecido
como "românico". O estilo é visto principalmente nas igrejascatólicas construídas após a
expansão do cristianismo pela Europa e foi o primeiro depois da queda do Império Romano a
apresentar características comuns em várias regiões. Até então a arte tinha se fragmentado em
vários estilos, sendo o românico o primeiro a trazer uma unidade nesse panorama.

[editar]O românico
A arte em si é mais antiga que o termo românico, empregado a partir da década de 1820 por
Charles de Gerville e Le Prevost, e usado sistematicamente pelo arqueólogoArcisse de Caumont,
que conseguiu batizar com esse termos as construções hoje conhecidas como tais (embora ele
tenha incluído também exemplares de períodos anteriores).[1] A arte hoje dita românica foi, por
assim dizer, redescoberta, visto que por um longo tempo foi desprezada, escondida debaixo de
reformas e outros estilos, ou mesmo ignorada e destruída. Mais à frente,a Arte Renascentista foi
totalmente voltada ao ser humano, o antopocentrismo ou seja , foi uma forma que os artistas
tiveram de criticar a igreja, colocando o homem como o centro do universo e não deus um dos
maiores artistas que caracterizou esse periodo foi Giotto.
[editar]História
Depois de passar por muitas turbulências, desde o fim do Império Romano até o século XI,
aproximadamente, a Europamedieval vive um momento de estabilidade e crescimento. O
comércio volta a florescer e as cidades começam a prosperar, mesmo que timidamente.
Até então a arte era difusa e diferente entre os variados povos europeus. Isso mudaria com o
"crescente entusiasmo religioso",[2] cujas causas são, entre outros fatores, as peregrinações que
cresceram e as Cruzadas para libertar a Terra Santa. Com todas essas mudanças é plausível o
nome românico, visto que a Europa se romanizou como nunca desde o início da Idade Média. A
única coisa que faltava, a autoridade política central, foi, até certo ponto, ocupada pelo Papa.
Sem um poder nas mãos de um único rei, é a Igreja que centralizará o controle sobre o
pensamento e a vida da época e será a primeira responsável pela unificação da Europa desde a
queda do Império Romano.
Esse crescimento religioso se refletiria na construção de inúmeras igrejas. Nas palavras do
monge Raoul Glaber, citado por Ramalho,[3]"à medida que se aproximava o terceiro ano após o
ano 1000, via-se em quase todo o universo, em particular na Itália e nas Gálias, a reconstrução
das basílicas religiosas… Era como se o mundo sacudisse de si o pó do tempo, para despojar-se
de sua vetustez, e quisesse se revestir, por toda a parte, de um manto branco de igrejas". Essas
igrejas serão mais numerosas e maiores que todas as outras precedentes, o que explica em parte
o entusiasmo de Glaber.
[editar]Características
Haverá diferenças entre a arte executada nas diversas regiões européias, de acordo com as
influências regionais recebidas, mas haverá também uma série de características comuns, que
definem o estilo românico.
As igrejas serão as maiores até então, e para que isso seja possível haverá uma evolução dos
métodos construtivos e dos materiais. A pedra será empregada na construção e o telhado de
madeira será trocado por abóbadas de berço e de aresta., mais condizentes com uma igreja que
representa a fortaleza de Deus.
Ao contrário da arte paleocristã, as igrejas serão ricamente decoradas externamente. A escultura
em pedra em grande escala renasce pela primeira vez desde os romanos, atrelada à arquitetura,
assim como a pintura. A escultura e a pintura serão carregadas de esquematização e simbolismo,
típico de um período em que o artista aprende a representar o que sente, e não somente o que
vê.

As igrejas de peregrinação foram muito características desse período. Elas ficavam no caminho
para os locais sagrados, como Santiago de Compostela, Roma e Jerusalém, e serviam de apoio e
pouso para os peregrinos, além de oferecer como atrativo as relíquias, objetos pertencentes a
Jesus Cristo, a Maria e aos santos, como os cravos que pregaram as mãos e pés de Jesus, ou os
espinhos da coroa, ou ainda fios de cabelo da Virgem.
Essas igrejas seguiam a planta em forma de cruz latina, com várias nave , geralmente 3 ou 5, em
que as naves laterais se prolongavam e passavam por detrás da ábside, formando o
deambulatório. Do deambulatório saiam as capelas radiantes, ou absidíolas. Esse conjunto era
característico das igrejas de peregrinação e ficou conhecido como cabeceira de peregrinação.
Entre as igrejas desse tipo estão as de Saint-Sernin de Toulouse, Santiago de Compostela, Santa
Madalena de Vézelay e Igreja de Saint-Martin de Tours.
[editar]Os mosteiros
Os mosteiros foram importantes para o estabelecimento da arquitetura românica, principalmente
os das ordens de Cluny e Cister. Desse conjunto característico, a dependência a se destacar é o
claustro, por vincular o mosteiro ao templo e por ser a dependência mais bem cuidada do ponto
de vista artístico. Geralmente possuem quatro lados, com tendência a formar quadrados perfeitos,
e quatro corredores resultantes em pórticos abertos com arcadas sustentadas por colunas.
[editar]Expressões
A arquitetura em pedra vem reforçar a característica de monumentalidade e fortaleza, possível
depois de toda a evolução dos meios construtivos. Os conjuntos arquitectónicos seguem,
geralmente, a planta basilical, uma, três ou cinco naves (geralmente três), colunas que
sustentavam as abóbadas e um aspecto maciço e horizontal (mesmo que muitas das igrejas
sejam bem altas). As paredes são cegas, pois não é possível, ou é muito difícil, abrir grandes
janelas nas paredes, já que elas servem como estrutura e suportam todo o teto. Haverá grande
decoração, externa e internamente, através de esculturas nos tímpanos nas portas de entrada e
nos capitéis e colunas, e pintura parietal nas ábsides e abóbadas das naves.
A escultura renasceu no românico, depois de muitos anos esquecida. Seu apogeu se dá no
século XII, quando inicia um estilo realista, mas simbólico, que antecipa o estilo gótico. A
escultura é sempre condicionada à arquitetura e todo trabalho é executado sem deixar espaços
sem uso. As figuras entalhadas têm o tamanho do elemento onde foram esculpidas, e os
trabalhos de superfície acomodam-se no lugar em que ocupam. Dessa característica parte
também a idéia de esquematização.
Outra importante característica é seu caráter simbólico e antinaturalista. Não havia a preocupação
com a representação fiel dos seres e objetos. Volume, cor, efeito de luz e sombra, tudo era
confuso e simbólico, representando muitas vezes coisas não terrenas, mas sim provenientes da
imaginação. Mas não que isso seja uma constante em todo o período. Em algumas esculturas,
nota-se a aparência clássica, influência da Antigüidade, como no Apóstolo, de Saint-Sernin de
Toulouse.
A pintura não se destacou tanto quanto a arquitetura nesse período. Os principais trabalhos são a
pintura mural, as iluminuras e as tapeçarias. A pintura parietal, ou seja, executada nas paredes,
era dependente da arquitetura, como pode-se deduzir, tendo aquela somente função didática. Em
um período em que a grande maioria da população era analfabeta a pintura era uma forma de
transmitir os ensinamentos do Cristianismo.[4]

Pintura do românico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A pintura do românico não teve um desenvolvimento súbito e revolucionário, tal como


aconteceu na arquitectura românica. Ela seguiu a tradição pictural, sobretudo nas iluminuras de
manuscritos (como o do Evageliário de Corbie) e praticou-se, sobretudo, em duas modalidades:
• Pintura de grandes dimensões, utilizada na decoração de interiores, principalmente
nas igrejas;
• Pequena pintura, para ornamento e ilustração em livros: iluminuras.
Existiu nas seguintes formas:
• frescos
• retábulos
• mosaicos
A temática dominante é a religiosa, tal como na escultura. É a narração de feitos bíblicos e
religiosos como a vida de Cristo. As técnicas formais e estilísticas empregues variam consoante
as regiões. Isto deve-se ao ensino do artista nas escolas ou oficinas em que mestres de gerações
diferentes ensinavam a arte.
A diversidade formal e técnica da pintura do românicoé identificada por:
• a prevalência do desenho;
• a falta de rigor anatômico nas figuras, representadas com proporções disformes e
deformadas com tendência para a geometrização dos corpos;
• as posições demasiado desarticuladas;
• as cores aplicadas a cheio, ou seja, planas e sem sombreados ou outros efeitos;
• os cenários são abstractos e sem grande importância e cuidado, normalmente são
lisos ou inexistentes;
• as composições são geometricamente complexas e desorganizadas;
• as cenas dispostas da esquerda para a direita, de cima para baixo e ajustadas, por
vezes separadas por frisos com motivos geométricos e naturalistas.
Estas características não conferem realismo, mas antes, um poder simbólico e sobrenatural.
Exemplos marcantes da pintura do românico são:
• Pinturas e mosaicos de Pietro Cavallini, que prefigurou o naturalismo de Giotto. Ele
atuou principalmente em Roma, e Giotto, no começo da carreira, teria ali conhecido
seu trabalho. O estilo de Cavallini era influenciado pela arte romana clássica. Suas
obras estão expostas nas igrejas de Basílica de Santa Maria em Trastevere e Santa
Cecilia in Trastevere, em Roma.
• O Evangeliário de Corbie
• A Tapeçaria de Bayeux
• As pinturas murais da abóbada de Saint-Savin-sur-Gartempe
• O Evangeliário do abade Wedricus
• O altar de Klosterneuburg, de Nicholas de Verdun
• Os Carmina Burana
O período românico da arte foi o último antes do nascimento do período gótico.

Arquitetura românica

A arquitetura românica (AO 1945: arquitectura românica) é o estilo arquitectónico que surgiu na
Europa no século X e evoluiu para o estilo gótico no fim do século XII. Caracteriza-se por
construções austeras e robustas, com paredes grossas e minúsculas janelas, cuja principal
função era resistir a ataques de exércitos inimigos.
As conquistas de Sancho de Navarra e Aragão, alargando o seu domínio, desimpediram o que
viria a ser o famoso «caminho francês» para Santiago de Compostela, cuja célebre catedral
(posteriormente reconstruída em 1705) é o mais acabado monumento peninsular da nova
arquitectura românica, obedecendo ao padrão dos templos de peregrinação, como São Saturnino
de Toulouse. O alçadodo altanave de Santiago inscreve os arcos redondos, o andor do trifório, e
colunas adossadas à parede, donde arrancam os arcos torais da sua abóbada de berço.

[editar]Igrejas românicas e igrejas paleocristãs


A estrutura das igrejas românicas é mais complexa que a das paleocristãs. Estando mais próxima
da arquitetura romana no seu aspecto apresenta naves de abóbadas de pedra em vez de
travejamento de madeira. A igreja românica é precedida por um átrio ladeado de pórticos que faz
a ligação à igreja através de um narthex.
No caso das igrejas paleocristãs, no cruzamento da nave com o transepto situa-se um arco
triunfal que emoldura a ábside e o altar. Este arco era colocado sobre a bema, área elevada ao
centro do transepto que corresponde ao cruzeiro. As colunas da nave central suportam arcadas
que conformam um alçado contínuo.
O esquema do alçado interior das igrejas românicas faz-se através dos elementos: coluna, feixe
de pilares, abóbadas de canhão, tribuna. Enquanto que nas paleocristãs é visível a sequência:
colunas, entablamento directo, arco e vãos (clerestório).
[editar]Arquitetura românica de peregrinação

Planta da Catedral de Santiago de Compostela.

Cluny e Santiago de Compostela são provavelmente os melhores exemplos de igrejas de


peregrinação.
A é o caracusplanta é em cruz latina com 3 a 5 naves abobadadas em pedra. A cabeceira ou
charola é constrituída por ábside, absidíolos e deambulatório. Estas igrejas eram dotadas para
receber grandes multidões e procissões, pelo que havia a necessidade do deambulatório, que
permitia o decorrer normal das cerimónias simultaneamente com as procissões passando atrás
do altar. O trifório, galeria semi abobadada aberta para a nave central, era colocado sobre as
naves laterias mais baixas, iluminado pelo clerestório. O narthex precedia a entrada e era
reservado aos catecúmenos. No alçado da entrada são colocadas 2torres ou westwerk.
O sistema estrutural é conseguido através de contrafortes para suportar o peso, paredes
compactas e poucas aberturas, cobertura em abóbada de canhão e abóbada de aresta na nave
central. É feita uma divisão vertical em 2 planos, com uma galeria espaçosa sobre os arcos
principais, os arcos laterais e transversais do interior são sustentados por apoios independentes.
[editar]Igrejas românicas de cúpula
Igrejas românicas de cúpula são igrejas com cúpulas seriadas (próprias do oeste e sul de
França), influência directa da arquitectura muçulmana e bizantina. Possuem uma nave única
muito ampla, em alguns casos com um transepto saído (Solignac e Angoulême). A ábside é tão
larga como a nave. A nave central é coberta por uma série de cúpulas sobre pendentes
sustentadas por arcos amplos.
Em Germiny-des-Prés observamos uma catedral com cruz grega inscrita num quadrado com uma
cúpula central e cúpula nos cantos (planta em Quincunx). S.Marcos de Veneza apresenta uma
planta em cruz grega em que a cúpula central se ergue muito acima da cúpula real mais baixa e
em madeira.
[editar]Arquitectura religiosa românica francesa e italiana
[editar]França
França apresenta estilos locais, influência das igrejas de peregrinação. O ordenamento do
extremo oriental evoluiu para uma planta radiante ou escalonada (como em Issoire). Era
acrescentado um deambulatório à volta do perímetro da ábside para permitir o acesso às capelas.
Na planta escalonada eram introduzidas capelas no lado oriental do transepto. A separação entre
o clero e fieis era feita também com a distinção entre altares dos santos e altar-mor. Na Provença
encontramos igrejas altas, pouco largas com coberturas de ogivas e arco quebrado, não tem
tribuna mas altas janelas.
Em Poitou as naves laterais são estreitas e elevam-se à altura da nave central. Um segundo
grupo de igrejas, as igrejas de cúpulas foram influenciadas pela arquitectura muçulmana e
bizantina, com uma nave única muito alta com ou sem transepto e capelas radiantes.
Itália mostrou-se conservadora e não acompanhou a escala de actividade registada em França. A
herança estilística da influência antiga clássica, bizantina e muçulmana foi explorada ao máximo:
continuaram a usar a cúpula alteada, campanilles e baptistérios separados, revestimentos a
mármore no exterior e uma decoração miudinha. A torre é separada da igreja como em San
Miniato al Monte, a fachada é ordenada com colunatas e arcarias cegas. O românico toscano tem
influência muçulmana e bizantina: a cobertura é de madeira, as colunas clássicas e planta comum
às basílicas paleo-cristãs. A fachada é viva, volta-se para a praça, tradição romana da vida
pública na rua (como podemos observar no baptistério de Florença).
Arquitectura românica em Portugal

Durante a reconquista, de que nasceu Portugal, a arte peninsular não muçulmanacontinuava, na


maior parte, os velhos modelos visigóticos, quer revestindo as formas moçarabes duma arte
popular, do cristão submetido, a qual fundia elementos da tradição hispano-visigótica com os de
origem cordovesa, quer adquirindo características ainda mais originais no reino das Astúrias,
onde a remota arte visigótica se esfumara com a influência carolíngia, lombarda e romana. Um
dos melhores expoentes do românico em Portugal é a Sé Velha de Coimbra, cuja construção data
do século XII.

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