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Contabilidade

PROF. Sérgio Adriano

Curso Preparatório para Auditores Fiscais, Técnicos, Analistas e Carreiras Afins. www.cursoparaconcursos.com.br

Nova Lei Contábil - Lei nº 11.638/2007

Aula sobre DVA

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – DVA

Fonte: OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SNC/SEP Nº. 01/2005

A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado é calculada a partir da
diferença entre o valor de sua produção e o dos bens produzidos por terceiros utilizados no
processo de produção da empresa. A atual e a potencial aplicações do valor adicionado mostram
o aspecto econômico e social que o seu conceito envolve: (i) como índice de avaliação do
desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores
de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e (ii) como índice de
avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a
participação dos empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos Acionistas.

O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão
global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo
resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.

A Demonstração do Valor Adicionado, que também pode integrar o Balanço Social, constitui
desse modo, uma importante fonte de informações à medida que apresenta esse conjunto de
elementos que permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a
geração de riqueza, assim como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza.

Dentro dessa visão, a CVM vem incentivando e apoiando a divulgação voluntária de informações
de natureza social, tendo, inclusive, já em 1992, apoiado e estimulado a divulgação da DVA, por
meio do Parecer de Orientação CVM nº. 24/92. No Ofício Circular CVM/SNC/SEP/ no 01/00, a
CVM sugeriu a utilização de modelo elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisa Contábeis,
Atuariais e Financeiras da USP (FIPECAFI). Além disso, fez incluir no anteprojeto de
reformulação da Lei nº. 6.404/76 a obrigatoriedade da divulgação da Demonstração do Valor
Adicionado e de informações de natureza social e de produtividade.

Considerando que as companhias abertas vêm, cada vez mais, aderindo à divulgação de
informações de natureza social, principalmente a DVA, e, dentro desse caráter voluntário de
divulgação, objetivando orientar e incentivar aquelas empresas que ainda não aderiram,
estamos apresentando um modelo simplificado de Demonstração do Valor Adicionado (baseado
em modelo elaborado pela FIPECAFI) com instruções para o seu preenchimento.

Pode-se verificar, no modelo abaixo, a utilização do critério de cálculo do valor adicionado com
base nas vendas, o que torna mais simples a elaboração da DVA e mais fácil seu entendimento,
uma vez que, assim, o valor adicionado fica relacionado com os princípios contábeis utilizados
nas demonstrações contábeis tradicionais, possibilitando sua conciliação com a demonstração do
resultado. Parte-se, desse modo, das receitas brutas e subtrai-se o valor dos bens adquiridos de
terceiros que foi incorporado ao produto final alienado ou serviço prestado, para que se conheça
o valor efetivamente gerado pela companhia. Deve-se destacar, ainda, que a depreciação de
ativos avaliados pelo custo de aquisição deve ser subtraída do valor adicionado bruto para se
calcular o valor adicionado líquido, não devendo ser classificados tais valores como retenções do
lucro do período.

Devemos ressaltar que esse modelo, até mesmo por não se tratar de informação obrigatória,
não deve inibir a apresentação de demonstração mais detalhada e melhor adaptada ao
segmento de negócio da empresa. Caso a empresa julgue necessário, poderá apresentar essas
informações em notas explicativas às demonstrações contábeis, ao invés de incluí-las no corpo
do Relatório da Administração.
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Demonstração do Valor Adicionado


em R$ mil 20X1 20X2
DESCRIÇÃO
1-RECEITAS
1.1) Vendas de mercadoria, produtos e serviços
1.2) Provisão p/devedores duvidosos – Reversão/(Constituição)
1.3) Não operacionais
2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS e IPI)
2.1) Matérias-Primas consumidas
2.2) Custos das mercadorias e serviços vendidos
2.3) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.4) Perda/Recuperação de valores ativos

3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)


4 – RETENÇÕES

4.1) Depreciação, amortização e exaustão

5 –VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-


4)
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
8.1) Pessoal e encargos
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.3) Juros e aluguéis
8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos
8.5) Lucros retidos / prejuízo do exercício
* O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.

Instruções para preenchimento:

As informações são extraídas da contabilidade e, portanto, deverão ter como base o princípio
contábil do regime de competência de exercícios.
1 – RECEITAS (soma dos itens 1.1 a 1.3)

1.1 – Vendas de mercadorias, produtos e serviços

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Inclui os valores do ICMS e IPI incidentes sobre essas receitas, ou seja, corresponde à receita
bruta ou faturamento bruto.

1.2 – Provisão para devedores duvidosos – Reversão/Constituição

Inclui os valores relativos à constituição/baixa de provisão para devedores duvidosos.

1.3 – Não operacionais

Inclui valores considerados fora das atividades principais da empresa, tais como: ganhos ou
perdas na baixa de imobilizados, ganhos ou perdas na baixa de investimentos, etc.

2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (soma dos itens 2.1 a 2.4)

2.1 - Matérias-primas consumidas (incluídas no custo do produto vendido).

2.2 - Custos das mercadorias e serviços vendidos (não inclui gastos com pessoal próprio).

2.3 - Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (inclui valores relativos às aquisições e
pagamentos a terceiros).

Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia, etc.
consumidos deverão ser considerados os impostos (ICMS e IPI) incluídos no momento das
compras, recuperáveis ou não.

2.4 - Perda/Recuperação de valores ativos

Inclui valores relativos a valor de mercado de estoques e investimentos, etc. (se no período o
valor líquido for positivo deverá ser somado).
3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (diferença entre itens 1 e 2).
4 – RETENÇÕES

4.1 – Depreciação, amortização e exaustão

Deverá incluir a despesa contabilizada no período.


5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (item 3 menos item 4).

6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA (soma dos itens 6.1 e 6.2)

6.1 Resultado de equivalência patrimonial (inclui os valores recebidos como dividendos relativos
a investimentos avaliados ao custo). O resultado de equivalência poderá representar receita ou
despesa; se despesa deverá ser informado entre parênteses.

6.2 - Receitas financeiras (incluir todas as receitas financeiras independentemente de sua


origem).
7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (soma dos itens 5 e 6)
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (soma dos itens 8.1 a 8.5)
8.1 – Pessoal e encargos
Nesse item deverão ser incluídos os encargos com férias, 13o salário, FGTS, alimentação,
transporte, etc., apropriados ao custo do produto ou resultado do período (não incluir encargos

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com o INSS – veja tratamento a ser dado no item seguinte).


8.2 – Impostos, taxas e contribuições

Além das contribuições devidas ao INSS, imposto de renda, contribuição social, todos os demais
impostos, taxas e contribuições deverão ser incluídos neste item. Os valores relativos ao ICMS e
IPI deverão ser considerados como os valores devidos ou já recolhidos aos cofres públicos,
representando a diferença entre os impostos incidentes sobre as vendas e os valores
considerados dentro do item 2 – Insumos adquiridos de terceiros.

8.3 – Juros e aluguéis

Devem ser consideradas as despesas financeiras e as de juros relativas a quaisquer tipos de


empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do grupo ou outras e
os aluguéis (incluindo-se as despesas com leasing) pagos ou creditados a terceiros.

8.4 – Juros sobre o capital próprio e dividendos

Inclui os valores pagos ou creditados aos acionistas. Os juros sobre o capital próprio
contabilizados como reserva deverão constar do item "lucros retidos".

8.5 – Lucros retidos/prejuízo do exercício

Devem ser incluídos os lucros do período destinados às reservas de lucros e eventuais parcelas
ainda sem destinação específica.

Resolução CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC nº. 1.010 de 21.01.2005

D.O.U.: 25.01.2005

Aprova a NBC T 3.7 - Demonstração do Valor Adicionado

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e


regimentais,

CONSIDERANDO que as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretações Técnicas


constituem corpo de doutrina contábil que estabelece regras de procedimentos técnicos a serem
observadas quando da realização de trabalhos;

CONSIDERANDO que a forma adotada de fazer uso de trabalhos de instituições com as quais o
Conselho Federal de Contabilidade mantém relações regulares e oficiais está de acordo com as
diretrizes constantes dessas relações;

CONSIDERANDO que o Grupo de Trabalho das Normas Brasileiras de Contabilidade, instituído


pelo Conselho Federal de Contabilidade, atendendo ao que está disposto no Art. 1º da Resolução
CFC nº. 751, de 29 de dezembro de 1993, elaborou a NBC T 3.7 -Demonstração do Valor
Adicionado.

CONSIDERANDO que por se tratar de atribuição que, para o adequado desempenho, deve ser
empreendida pelo Conselho Federal de Contabilidade em regime de franca, real e aberta
cooperação com o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários, o Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil, o Instituto Nacional de Seguro Social, o Ministério da
Educação, a Secretaria Federal de Controle, a Secretaria da Receita Federal, a Secretaria do
Tesouro Nacional e a Superintendência de Seguros Privados, resolve:

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Art. 1º Aprovar a NBC T 3.7 Demonstração do Valor Adicionado.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação.

JOSÉ MARTONIO ALVES COELHO

Presidente do Conselho

ANEXO
Ata CFC nº. 867/05

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE

NBC T 3.7 - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

3.7.1. CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS

3.7.1.1. Esta norma estabelece procedimentos para evidenciação de informações econômicas e


financeiras, relacionadas ao valor adicionado pela entidade e sua distribuição.

3.7.1.2. Demonstração do Valor Adicionado é a demonstração contábil destinada a evidenciar,


de forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em
determinado período e sua distribuição.

3.7.1.3. As informações devem ser extraídas da contabilidade e os valores informados devem


ter como base o princípio contábil da competência.

3.7.1.4. Caso a entidade elabore Demonstrações Contábeis Consolidadas, a Demonstração do


Valor Adicionado deve ser elaborada com base nas demonstrações consolidadas, e não pelo
somatório das Demonstrações do Valor Adicionado individuais.

3.7.2. ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

3.7.2.1. A Demonstração do Valor Adicionado deve ser apresentada de forma comparativa


mediante a divulgação simultânea de informações do período atual e do anterior.

3.7.2.2. A demonstração referida no item anterior, quando divulgada, deve ser efetuada como
informação complementar às Demonstrações Contábeis, não se confundindo com as notas
explicativas.

3.7.2.3. A Demonstração do Valor Adicionado deve evidenciar os componentes abaixo:

a) a receita bruta e as outras receitas;

b) os insumos adquiridos de terceiros;

c) os valores retidos pela entidade;

d) os valores adicionados recebidos (dados) em transferência a outras entidades;

e) valor total adicionado a distribuir; e

f) distribuição do valor adicionado.

3.7.2.4. No grupo de receita bruta e outras receitas, devem ser apresentados:

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a) as vendas de mercadorias, produtos e serviços, incluindo os valores dos tributos incidentes


sobre essas receitas, ou seja, o valor correspondente à receita bruta, deduzidas as devoluções,
os abatimentos incondicionais e os cancelamentos;

b) as outras receitas decorrentes das atividades afins não-constantes da letra "a" deste item,
acima, ou não constantes do item 3.7.2.8, a seguir;

c) os valores relativos à constituição (reversão) de provisão para créditos duvidosos;

d) os resultados não-decorrentes das atividades-fim, como: ganhos ou perdas na baixa de


imobilizado, investimentos, etc., exceto os decorrentes do item 3.7.2.8 a seguir.

3.7.2.5. No grupo de insumos adquiridos de terceiros, devem ser apresentados:

a) materiais consumidos incluídos no custo dos produtos, mercadorias e serviços vendidos;

b) demais custos dos produtos, mercadorias e serviços vendidos, exceto gastos com pessoal
próprio e depreciações, amortizações e exaustões;

c) despesas operacionais incorridas com terceiros, tais como: materiais de consumo, telefone,
água, serviços de terceiros, energia;

d) valores relativos a perdas de ativos, como perdas na realização de estoques ou


investimentos, etc.

3.7.2.6. Nos valores constantes dos itens "a", "b" e "c" acima, devem ser considerados todos os
tributos incluídos na aquisição, recuperáveis ou não.

3.7.2.7. Os valores retidos pela entidade são representados pela depreciação, amortização e
exaustão registrados no período.

3.7.2.8. Os valores adicionados recebidos (dados) em transferência a outras entidades


correspondem:

a) ao resultado positivo ou negativo de equivalência patrimonial;

b) aos valores registrados como dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo;

c) aos valores registrados como receitas financeiras relativos a quaisquer operações com
instituições financeiras, entidades do grupo ou terceiros, exceto para entidades financeiras que
devem classificá-las conforme descrito no item 3.7.2.4; e

d) aos valores registrados como receitas de aluguéis ou royalties, quando se tratar de entidade
que não tenha como objeto essa atividade.

3.7.2.9. No componente relativo à distribuição do valor adicionado, devem constar:

a) colaboradores - devem ser incluídos salários, férias, 13º salário, FGTS, seguro de acidentes
de trabalho, assistência médica, alimentação, transporte, etc., apropriados ao custo do produto
ou ao serviço vendido ou ao resultado do período, exceto os encargos com o INSS, SESI, SESC,
SENAI, SENAT, SENAC e outros assemelhados. Fazem parte desse conjunto, também, os
valores representativos de comissões, gratificações, participações, planos privados de
aposentadoria e pensão, seguro de vida e acidentes pessoais.

b) governo - devem ser incluídos impostos, taxas e contribuições, inclusive as contribuições


devidas ao INSS, SESI, SESC, SENAI, SENAT, SENAC e outros assemelhados, imposto de renda,
contribuição social, ISS, CPMF, todos os demais tributos, taxas e contribuições. Os valores
relativos a ICMS, IPI, PIS, Cofins e outros assemelhados devem ser considerados os valores
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devidos ou já recolhidos aos cofres públicos, representando a diferença entre os impostos


incidentes sobre as vendas e os valores considerados dentro do item "Insumos adquiridos de
terceiros". Como os tributos são, normalmente, contabilizados no resultado como se devidos
fossem, e os incentivos fiscais, quando reconhecidos em conta de reserva no patrimônio líquido,
os tributos que não forem pagos em decorrência de incentivos fiscais devem ser apresentados
na Demonstração do Valor Adicionado como item redutor do grupo de tributos.

c) agentes financiadores - devem ser consideradas, neste componente, as despesas financeiras


relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos com instituições financeiras,
entidades do grupo ou outras e os aluguéis (incluindo os custos e despesas com leasing) pagos
ou creditados a terceiros, exceto para entidades financeiras que devem classificá-las conforme
descrito no item 3.7.2.5;

d) acionistas - incluem os valores pagos ou creditados aos acionistas, a título de juros sobre o
capital próprio ou dividendos. Os juros sobre o capital próprio apropriados ou transferidos para
contas de reservas no patrimônio líquido devem constar do item "Lucros retidos”.

e) participação dos minoritários nos "Lucros retidos" - deve ser incluído neste componente,
aplicável às Demonstrações Contábeis Consolidadas, o valor da participação minoritária apurada
no resultado do exercício, antes do resultado consolidado.

f) retenção de lucro - deve ser indicado neste componente o lucro do período destinado às
reservas de lucros e eventuais parcelas ainda sem destinação específica.

3.7.3. DISPOSIÇÕES FINAIS

3.7.3.1. Além das informações contidas nos itens 3.7.2.4 a 3.7.2.9, a entidade deve acrescentar
ou detalhar outras linhas na Demonstração do Valor Adicionado quando o montante e a
natureza de um item ou o somatório de itens similares forem de tal magnitude que a
apresentação em separado ajuda na apresentação mais adequada da Demonstração do Valor
Adicionado.

3.7.3.2. A Demonstração do Valor Adicionado deve ser consistente com a demonstração do


resultado e conciliada em registros auxiliares mantidos pela entidade.

3.7.3.3. A Demonstração do Valor Adicionado deve conter representação percentual


participativa.

3.7.3.4. As informações contábeis contidas na Demonstração do Valor Adicionado são de


responsabilidade técnica de contabilista registrado no Conselho Regional de Contabilidade.

3.7.3.5. A Demonstração do Valor Adicionado deve ser objeto de revisão ou auditoria se a


entidade possuir auditores externos independentes que revisem ou aditem suas Demonstrações
Contábeis.

3.7.3.6. Segue modelo exemplificativo da Demonstração do Valor Adicionado.

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO, EM


MILHARES DE REAIS.

20X1 % 20X0 %

1-RECEITAS

1.1. Vendas de mercadoria, produtos e serviços xxx xxx

1.2. Provisão para devedores duvidosos xxx xxx

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1.3. Resultados não-operacionais xxx xxx

2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

2.1. Materiais consumidos (xxx) (xxx)

2.2. Outros custos de produtos e serviços vendidos (xxx) (xxx)

2.3. Energia, serviços de terceiros e outras despesas operacionais (xxx) (xxx)

2.4. Perda na realização de ativos (xxx) (xxx)

3 - RETENÇÕES

3.1. Depreciação, amortização e exaustão (xxx) (xxx)

4 -VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE

xxx xxx

5 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

5.1. Resultado de equivalência patrimonial e dividendos de investimento avaliado ao custo xxx


xxx

5.2. Receitas financeiras xxx xxx

5.3. Aluguéis e royalties xxx xxx

6 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR xxx 100% xxx 100%

7 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

7.1. Empregados

Salários e encargos xxx Y% xxx Y%

Comissões sobre vendas xxx Y% xxx Y%

Honorários da diretoria xxx Y% xxx Y%

Participação dos empregados nos lucros xxx Y% xxx Y%

Planos de aposentadoria e pensão xxx Y% xxx Y%

7.2. Tributos

Federais xxx Y% xxx Y%

Estaduais xxx Y% xxx Y%

Municipais xxx Y% xxx Y%

Menos: incentivos fiscais (xxx) Y% (xxx) Y%

7.3. Financiadores

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Juros xxx Y% xxx Y%

Aluguéis xxx Y% xxx Y%

7.4. Juros sobre capital próprio e dividendos xxx Y% xxx Y%

7.5. Lucros retidos/prejuízo do exercício xxx Y% xxx Y%

A Cia. Comercial Complexa e Extensa apurou o seguinte Balanço Patrimonial em 01/01/2006:

ATIVO R$ PASSIVO + PL R$

Ativo circulante 100.000,00 Patrimônio Líquido 100.000,00

Caixa 100.000,00 Capital Social


100.000,00

Durante o primeiro semestre de 2006, ocorreram as seguintes transações:

.Os sócios da Cia. Comercial Complexa e Extensa aumentaram o Capital Social da empresa em $
100.000,00, da seguinte forma:

.R$ 50.000,00 integralizados, imediatamente, em dinheiro;

.R$ 30.000,00 integralizados, imediatamente, em um terreno localizado na cidade de Corumbá;


e

.R$ 20.000,00 a serem integralizados no ano de 2009.

_ A Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou 50.000 unidades da mercadoria "Dificuldade",


por R$1,50 a unidade (desconsidere os impostos). O pagamento ao fornecedor foi realizado à
vista.

_ A Cia. Comercial Complexa e Extensa vendeu 45.000 unidades da mercadoria "Dificuldade",


por R$ 2,00 a unidade (desconsidere os impostos). A venda foi negociada a prazo.

_ A Cia. Comercial Complexa e Extensa recebeu de seus clientes metade (1/2) das Duplicatas a
Receber. O restante das duplicatas vencerá, ainda, em 2006 (no segundo semestre).

_ No início de abril, a Cia. Comercial Complexa e Extensa obteve um empréstimo bancário no


valor de R$ 70.000,00.

O principal deverá ser pago em 2009, mas os juros mensais de R$ 400,00 devem ser pagos ao
final de cada mês. A Cia. Comercial Complexa e Extensa honrou o pagamento dos juros nos
prazos acordados (inclusive no mês de abril).

_ No início de maio, a Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou um caminhão, à vista, por
R$ 60.000,00. Espera-se que esse veículo tenha uma vida útil de 5 anos, ao final do qual se
reduzirá a sucata, e o método de depreciação adotado é o linear – cotas constantes. A Cia.

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Comercial Complexa e Extensa reconheceu a depreciação mensalmente (inclusive no mês de


maio).

_ A Cia. Comercial Complexa e Extensa incorreu e pagou despesas administrativas de R$


10.000,00 e despesas comerciais de R$ 5.000,00. Dessas despesas, R$ 8.000,00 eram
referentes a Pessoal e Encargos; e o restante, referente a Serviços Contratados de Terceiros.

Desconsidere a incidência de qualquer tributo, bem como qualquer outra variável não
apresentada neste enunciado.

Sabe-se que 25% do lucro do semestre foram provisionados como dividendos, mas ainda não
foram pagos.

1ª Questão (Fiscal do ICMS MS): De acordo com o Ofício-Circular CVM/SNC/SEP 01/06,


determine o Valor Adicionado Total a Distribuir da Cia. Comercial Complexa e

Extensa, apresentado na Demonstração do Valor Adicionado, apurada em 30/06/2006.

a) R$ 4.300,00

b) R$ 13.500,00

c) R$ 14.700,00

d) R$ 20.500,00

e) R$ 21.500,00

Instrução: Para responder à questão 02, considere as informações abaixo.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


Em R$ mil

Receita Operacional Bruta 2.175

(-) Devoluções (75)

(-) Impostos s/Vendas (450)

(=) Receita Operacional Líquida 1.650

(-) Custo de Mercadorias Vendidas (525)

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(=) Lucro Operacional Bruto 1.125

(-) Despesas Operacionais:

Vendas e Administração (375)

Despesas Financeiras (30)

Receitas Financeiras 60

(=) Lucro Operacional Líquido 780

(+) Resultado Não-Operacional:

Vendas de Imobilizado 75

(-) Custo do Imobilizado Vendido (30)

(=) Lucro antes da Contribuição Social 825

(-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (75)

(=) Lucro antes do Imposto de Renda 750

(-) Provisão para o Imposto de Renda (105)

(=) Lucro depois do Imposto de Renda 645

(-) Participações nos Lucros:

Debêntures (64)

Empregados (56)

(=) Lucro Líquido do Exercício 525

Lucro por Ação 5,25

Outras informações:

1ª)Rubricas que compuseram as Despesas Operacionais:

- Encargos Sociais ........................................................................45


- Depreciação e Amortização .........................................................30
- Ordenados e Salários................................................................ 150
- Energia, Água e Comunicações ....................................................22
- Serviços de Terceiros .................................................................30
- Material de Consumo ..................................................................15
- Imposto Predial Territorial Urbano................................................23
- Propaganda e Publicidade ...........................................................60
= Total...................................................................................... 375

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2ª) As receitas e despesas foram oriundas, respectivamente, de aplicações financeiras e de

recursos tomados junto a instituições bancárias, destinados a aquisição de ativos fixos.

2ª Questão: O Valor Adicionado Líquido que deverá constar na Demonstração do Valor


Adicionado será

a) 1.463
b) 1.493
c) 1.522
d) 1.622
e) 2.175

3ª Questão: Determinada empresa comercial apresentou os seguintes dados referentes ao


exercício findo em 31 de dezembro de 2006:

Demonstração do resultado do Valores em R$ mil


exercício

Receita bruta (vendas de mercadorias) 650

ICMS incidentes sobre as vendas (117)

Receita líquida 533

Custo das mercadorias vendidas (*1) (280)

Lucro bruto 253

Despesas operacionais (213)

- despesas de vendas (*2) (90)

- despesas administrativas (*3) (80)

- despesas financeiras (43)

Lucro operacional 40

Resultado não-operacional 10

Lucro antes de CSLL e IR 50

CSLL (4)

IR (8)

Lucro líquido 38

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*1- O ICMS destacado na compra de mercadorias montou a R$ 48.

*2- Composição:

- Provisão para devedores duvidosos – R$ 13

- Frete e propaganda – R$ 25

- Comissões de vendedores (pessoas físicas, empregados da empresa) – R$ 52

*3- Composição:

- despesas de pessoal – R$ 35

- despesas com tributos – R$ 8

- despesas com depreciação – R$ 12

- despesas com infra-estrutura (energia, telefone, gás e outros) – R$ 25

Considerando apenas os dados informados, o Valor Adicionado Total a distribuir da empresa


analisada, em milhares de reais, será:

a) 210

b) 227

c) 247

d) 257

e) 305

13

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