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A VERDADEIRA PÁSCOA

A PÁSCOA

"Sabendo que não foi mediante coisas


corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados do vosso fútil
procedimento que vossos pais vos
legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito[e
sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da
fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor
de vós "
(I Pedro 1:18 ao 20)

O comércio voraz, faminto de dinheiro, trocou o cordeiro pelo coelho.


Aliás, um coelho muito versátil, quase milagroso, que põe ovos de
chocolate de todos os tamanhos e para todos os gostos. Para o
consumismo insaciável, a essência da páscoa não tem a menor
importância. O que importa é vender, vender muito, ainda que na
mente das pessoas a verdade seja sacrificada, e o cordeiro fique
esquecido. Para uma sociedade materialista, secularizada e
consumista cujo deus é o ventre, o importante é empanturrar o
estômago de chocolate, ainda que se sacrifique no altar do comércio
esfaimado, a essência da verdade.

Preocupante é o fato de fazermos parte desta cultura sem nenhuma


reação de inconformação. Fazemos como Eli, banqueteando com as
gorduras tiradas pecaminosamente do altar, sendo coniventes com os
pecados de uma geração que se recusa a dar ouvidos à verdade de
Deus. Nossos filhos são levados a assimilar mais o coelho, ou melhor,
o chocolate, do que o cordeiro que foi morto por nós. Vêem mais o
retrato das lojas agressivamente decoradas do que a história
eloqüente da libertação do povo de Deus. Precisamos investir mais
tempo ensinando aos nossos filhos sobre a Páscoa.

Esta é uma história central do Antigo Testamento. Foi naquela noite


fatídica que o povo de Deus foi salvo da tragédia da morte dos
primogênitos, porque um cordeiro tinha sido sacrificado e o seu
sangue havia sido aplicado sobre as vergas das portas. Esta é a
história épica da libertação do povo de Deus do cativeiro, com mão
forte e poderosa.

A Bíblia fala que Jesus é o nosso cordeiro pascal. O cordeiro de Deus


que tira o pecado do mundo é Jesus. Foi ele quem foi imolado na cruz
por nós. Ele sofreu o castigo que nos traz a paz. Deus lançou sobre
Ele a iniqüidade de todos nós. Ele, como ovelha muda, foi para o
matadouro, carregando sobre o seu corpo, no madeiro, os nossos
pecados. Ele se fez maldição por nós. Ele se fez pecado por nós. Ele
morreu exangue na cruz, adquirindo para nós eterna redenção. Esta é
a história da nossa alforria. É a história da nossa libertação do
cativeiro. É a história da nossa eterna salvação. Não podemos deixar
que ela seja distorcida e diluída em chocolate. Não podemos permitir
que o maior de todos os sacrifícios, vivido na hora mais amarga do
Filho de Deus, bebendo sozinho o cálice da ira divina, seja reduzido a
um festival de gastronomia.

O coelho é um intruso que nada tem a ver com a festa da páscoa.


Esta festa é a festa do cordeiro, do Cordeiro de Deus. Ele sim, deve
ser o centro, o conteúdo, a atração e a razão de ser desta festividade.
Que a nossa família possa estar reunida não em torno do ovo de
chocolate, mas em torno de Jesus, o Cordeiro que foi morto, mas vive
pelos séculos dos séculos, tendo a certeza que estamos debaixo do
abrigo de seu sangue.

Pense nisto: "Cristo, que é a nossa páscoa, já foi sacrificado por nós."

Não estamos proibidos de comer chocolate, mas não devemos ignorar


o verdadeiro sentido da páscoa. Temos, sim, uma comemoração
relacionada a essa festa: a ceia do Senhor. Esta é a nossa páscoa.
Não realizada apenas uma vez por ano, mas todas as vezes que
comemos os alimentos sem fermento, o pão e vinho, em memória da
morte do Senhor Jesus.

Estamos assim, a família do Senhor, simbolicamente comendo a


carne do cordeiro e bebendo o seu sangue. Nesse momento, nos
recordamos que éramos escravos no Egito, o mundo, e que Faraó,
Satanás, nos mantinha sob o seu domínio. Mas, naquela tarde de
páscoa, o Cordeiro de Deus, o primogênito de Deus, morreu em meu
lugar, no seu lugar.

Regozijemo-nos e alegremo-nos na certeza que o anjo da morte não


nos alcançará, pois :

"Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus"


(Romanos 8:1)

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