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PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE

As partes não poderão criar recursos para manifestarem seu inconformismo,


devendo escolher os previstos na lei federal.

Enumeração
Art. 496, do CPC
É exaustivo ou exemplificativo: exaustivo
Faz uso do vocábulo seguinte.
Não são apenas os elencados no 496 – há 3 outros agravos: (agravos internos)
a) art. 532, agravo contra o indeferimento liminar dos embargos infringentes pelo relator
b) agravo contra o indeferimento, pelo relator, do agravo de instrumento tirado contra
decisão que indefere RE ou Resp (art. 545)
c) agravo contra decisão do relator que negar seguimento a recurso inadmissível,
improcedente, prejudicado ou contrário à sumula do tribunal ou de tribunal superior (art.
557, § 1º)
Esses agravos processam-se nos autos. (não instrumentos, art. 524 e não retidos, art.
523).
Não são considerados recursos autônomos:
a) recurso adesivo (art. 500, II) = forma de interposição da apelação, embargos infringentes,
recurso especial e o extraordinário.
b) agravo retido (art. 523)
A existência de recurso, prevista em lei extravagante, não fere o princípio da
taxatividade. Ex.: Art. 34 LEF Embargos infringentes de sentença de juiz de 1º grau, prazo
10 dias e julgamento pelo próprio juiz da sentença! E art. 41, LJE, recurso inominado
contra sentença.

Outros remédios que não são recursos (sucedâneos)

Principais, pedido de reconsideração, correição parcial, remessa obrigatória (art.


475), ação rescisória (art. 485), embargos de terceiro (art. 1.046), medida cautelar
inominada (art. 798 e 799), os agravos regimentais, o habeas corpus, e mandado de
segurança contra ato judicial.

Incidentes no processo
Ao lado dos recursos e sucedâneos existem os incidentes
a) incidente de uniformização da jurisprudência( art. 476, CPC)
b) incidente de declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, (art. 480)
c) avocação de causas art. 252 do RISTF
d) homologação de sentença estrangeira (art. 483 e 484)

PRINCÍPIO DA SINGULARIDADE
Ou princípio da unirrecorribilidade ou unicidade. Para cada ato judicial recorrível há
um único recurso previsto pelo ordenamento, sendo vedada a interposição simultânea ou
cumulativa de mais outro visando a impugnação do mesmo ato judicial. (art. 162 c/c 504,
513 e 522 CPC)
Não infringe o sistema do código a possibilidade de coexistirem dois ou três agravos
contra a mesma decisão interlocutória, duas ou três apelações contra a mesma sentença. O
que interessa é atribuir a recorribilidade por intermédio de um único tipo de recurso.
Exceções ao Princípio da Singularidade:
a) Art. 498 – acórdão com parte unânime e outra não unânime:
Quanto à unânime recurso especial ou extraordinário
Quanto à não unânime embargos infringentes
b) Possibilidade de embargos de declaração e outro recurso

PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE = Troca, substituição

O CPC vigente não contém nenhuma regra explícita que aluda ao instituto da
fungibilidade, mas na exposição de motivos ao CPC, existe expressa menção ao princípio.
Não se deve sacrificar o fundo pela forma.
CPC 1939, art. 810, exceto no caso de erro grosseiro e má-fé.

Requisitos para a incidência


Há hipóteses em que se torna difícil aferir qual o recurso cabível, seriam os casos:

Dúvida objetiva sobre qual o recurso cabível


Pode ser de três ordens:
a) o código designa uma decisão interlocutória como sentença ou vice-versa;
Art. 718, usufruto, é decisão interlocutória
Art. 395, argüição de falsidade
b) a doutrina e/ou a jurisprudência divergem quanto à classificação;
Art. 325, Rejeição de reconvenção ou de declaratória incidental
Art. 395, argüição de falsidade
Art. 361, julgamento da exibição de documento ou coisa em poder de terceiro
Exclusão de litisconsorte do processo
c) o juiz profere um pronunciamento em lugar de outro
Incompetência absoluta, ao invés de remeter ao juízo competente (art. 113, § 2º), indeferiu
a petição inicial.

Inexistência de erro grosseiro


Interposição do recurso errado, quando o correto se encontra indicado
expressamente no texto da lei.

Do prazo do recurso próprio (ou prazo “menor”)

Procedimento da fungibilidade
Aplicando a fungibilidade e recebendo o agravo como apelação, cumpre ao relator
intimar o agravante dessa decisão e enviar as peças que comporiam o instrumento ao juízo
de origem para que as processem como recurso de apelação.

PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE
O recurso deverá ser discursivo. O recorrente deverá declinar o porquê do pedido de
reexame da decisão. Só assim a parte contrária poderá contra-arrazoá-lo, formando-se o
imprescindível contraditório em sede recursal.

PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE

O recurso se compõe de duas partes distintas sob o aspecto de conteúdo: a)


declaração expressa sobre a insatisfação com a decisão (elemento volitivo); b) os motivos
dessa insatisfação (elemento de razão ou descritivo).

PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE EM SEPARADO DAS INTERLOCUTÓRIAS

As decisões interlocutórias não são impugnáveis de maneira tal a paralisar todo o


curso do procedimento.
A locução em separado, significa impugnação com a suspensão do processo. O que
se pretende evitar é que se confira efeito suspensivo ao recurso de agravo.
A separação não é no sentido físico, destacado dos autos principais, mas no de
paralisar o processo, para que, separadamente, seja examinada a impugnação da
interlocutória.
Exceção e temperança ao princípio: art. 558 CPC.

PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIEDADE

Os recursos devem ser interpostos no prazo previsto juntamente com as razões do


inconformismo. Não é permitido o expediente de interpor-se o recurso e, cm outra
oportunidade, deduzir as razões que fundamentam o pedido de nova decisão, como ocorre
no processo penal. PRECLUSÃO CONSUMATIVA.

PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS

Evita que o tribunal destinatário do recurso possa decidir de modo a piorar a


situação do recorrente.
A reformatio in melius também ofenderia o princípio dispositivo, também sendo
vedada sua prática, além do que se houver melhora para uma parte ocorrerá piora para a
parte contrária, conseqüentemente.
Questões de ordem pública podem ser pronunciadas ex officio pelo juiz ou tribunal
(art. 267, § 3º).
Honorários advocatícios art. 20 CPC.

PRINCÍPIO DA CONSUMAÇÃO

O nosso código estabelece como e quando pode ser interposto um recurso. Passada
a oportunidade, haverá preclusão quanto à impugnabilidade do ato judicial.

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