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26/05/2011 Guia Prático Sobre Resíduos de Amálg…

LAGRO
GUIA PRÁTICO SOBRE RESÍDUOS DE
AMÁLGAMA ODONTOLÓGICO

Coordenador: Prof. Dr. Jesus Djalma Pécora


Projeto FAPESP 01/01065-1

Informações importantes sobre o mercúrio


O amálgama odontológico é uma liga de mercúrio Hgo com limalha que contém prata (Ag); estanho
(Sn); cobre (Cu) e a fórmula é dependente dos fabricantes. Algumas limas apresentam, também,
índio (In); zinco (Zn); platina (Pt) e paládio (Pd). As proporções são variáveis de acordo com os
fabricantes. A Tabela 1 ilustra o nome comercial de diversos amálgamas odontológicos bem como
a composição química e a porcentagem dos metais presentes.

Tabela 1 Marcas comerciais de amálgama odontológico, suas composições e porcentagens


fornecida nas bulas.
Marca Ag Sn Cu In Zn Pt Pd

Pratic NG2 44,50 30,00 25,00

Pratic 68,00 27,00 5,00


Dispersalloy 70,00 17,50 12,00
Permite C 56,00 27,90 15,40 0,50 0,20
Velvalloy 70,00 26,00 3,00
Tytin 44,50 32,50 23,00
Logic + 60,10 28,05 11,80 0,05
Valiant PhD 52,50 29,50 17,50 0,50
Luxalloy 70,00 12,00 18,00
Duralloy S 45,00 24,00 21,00
Standlloy F 71,00 3,30 25,70
Standlloy SF 70,00 3,30 25,70 1

A prata, na composição da limalha varia de 44,5 a 71%, dependendo do fabricante.

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O mercúrio é o único metal que se encontra na forma líquida na natureza. Ele é extremamente volátil
liberando vapor metálico inodoro e incolor à temperatura acima de 12o C.
A utilização do mercúrio é grande, pois é utilizado em válvulas, baterias, interruptores, lâmpadas,
agrotóxicos, barômetros, cosméticos, tintas, catalisadores e em muitos outros produtos usados no dia a dia.
Nos serviços de saúde, o mercúrio é utilizado em termômetros clínicos e de estufas, em esfignomanômetros e
no amálgama odontológico.

O mercúrio causa prejuízo ao meio ambiente e nos seres vivos. O processo de contaminação do meio
ambiente ocorre por descuido na utilização deste metal e seu descarte inadvertido nos lixos, terra, água e ar.
Este metal é volátil à baixa temperatura e promove a contaminação das nuvens. As nuvens contaminadas
promovem, à longa distância, chuvas tóxicas. Assim, as águas contaminadas depositam-se no solo, nos rios,
lagos e oceanos.
Os animais, ao ingerirem alimentos contaminados com mercúrio, ficam intoxicados e, ao se prestarem a
alimentos para os humanos, favorecem o desenvolvimento de doenças crônicas. Quando a água de um rio
estiver contaminada por mercúrio, os peixes que ali habitam também estarão contaminados e servindo de
alimento aos homens, os contaminam.

Em muitas cidades brasileiras, as águas dos rios servem como fonte de abastecimento e, assim, a população
pode se intoxicar com mercúrio, caso o rio esteja contaminado.
Nos seres vivos, contaminação por mercúrio pode ocorrer pela ingestão, pelas vias respiratórias e por
contato cutâneo.
Muitas doenças têm como causa a contaminação por mercúrio (WINDHOLZ et al 1994; SAQUY et al.,
1997). O efeito do mercúrio na cavidade bucal pode provocar o sangramento gengival, a perda do osso
alveolar, a perda dos dentes, o excesso de salivação, o mau hálito, gosto metálico, leucoplasias, estomatites
e pigmentação nos tecidos.
Os efeitos sistêmicos causados pela contaminação do mercúrio podem ser assim resumidos: cardíacos,
respiratórios, neurológicos, imunológicos, adenopatias linfáticas, anorexia, perda de peso e dores articulares.
Sabe-se que, durante o preparo do amálgama para realizar uma restauração, a sobra é de cerca de 30% do
que é amalgamado. Esta sobra é resultante do excesso manipulado bem como das raspas produzidas pela
escultura do amalgama. Em média, preparam-se 2 gramas de amálgama para realizar uma restauração e a
sobra corresponde, em, média a 30%, ou seja, 0,6 gramas.

Supondo que um dentista clínico realize 30 restaurações de amalgama por mês, ele produzirá 18
gramas/resíduo/mês e 216 gramas/resíduo/ano. Isto significa 108 gramas de mercúrio descartado no meio
ambiente.

Assim, para cada cidade que possui 1000 dentistas clinicando, os cálculos de contaminação do meio
ambiente são alarmantes, 216 gramas de resíduos x 1000 = 216000 gramas ano (216Kg), ou seja, 108000
gramas de mercúrio (108Kg). Se a projeção for realizada para 10 anos, a contaminação será na ordem de
1080Kg de mercúrio jogado no meio ambiente. Esta projeção é para o futuro, porém, se considerarmos que
em nossa cidade a odontologia floresceu no século XIX, e durante todo o século XX esse produto tóxico foi
jogado no meio ambiente, a situação é grave.
Muito embora não podemos resolver o problema passado, pois não sabemos onde estão estes resíduos,
podemos, isto sim, cuidar deles de agora em diante. O passado pode ser justificado com base na
ignorância, mas o futuro não.
Em nossa Faculdade, somente nos primeiros meses de 2003, a clínica II produziu 781 gramas de resíduo de
amálgama. Nos anos de 2002/2003 o Laboratório de Gerenciamento de Resíduos Odontológicos da
FORP-USP reciclou 3366 gramas de resíduo, retirando, assim 1683 gramas de mercúrio que seriam
desprezadas no meio ambiente.

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Utilização do amálgama na Odontologia


O amálgama dental é um dos materiais restauradores mais utilizados nas clínicas odontológicas. Um de seus
componentes é o mercúrio, cuja utilização tem sofrido algumas restrições, no decorrer dos tempos. Durante
esses últimos 170 anos, o amálgama odontológico tem sido utilizado nas restaurações, apesar do mercúrio
ser um material altamente tóxico.

Em 1826, TAVEU, defendia o uso da “Pasta de Prata” para as restaurações dentais. Essa pasta era
constituída por uma simples combinação de prata e mercúrio. Para realizar o preparo da “pasta de prata”,
TAVEU empregava, como matéria prima, a moeda de prata. Essas moedas, na verdade, eram preparadas
com uma liga de prata e cobre. Assim, a composição química da limalha de amálgama nasceu das ligas
empregada por TAVEU, ou seja, as moedas.
A grande descoberta de TAVEU foi excelente para a sua época, mas os químicos do século XIX já
chamavam atenção para o efeito tóxico do mercúrio.
No século XX, vários autores chamaram atenção para o fato de que a permanência em ambiente
contaminado com vapores de mercúrio é prejudicial para o cirurgião-dentista, para o profissional e para o
pessoal auxiliar (RUPP & PAFFENBARGER, 1971; BAUER & FIRST, 1982; NILNER et al. 1985;
ANDERSON, 1988).
ZIFF (1987) afirmou que ocorre, no paciente, a ingestão de mercúrio após a realização de uma restauração
de amálgama.
VIMY & LORSCHEIDER (1985) detectaram que a quantidade de mercúrio liberada de uma restauração
de amálgama variava de 2 a 20 mg por dia.

VIMY et al. (1990) observaram que as restaurações de amálgama realizadas em mulheres grávidas
promoviam a contaminação dos fetos em poucas horas, pois a placenta humana não impede a passagem de
mercúrio. Esses autores também observaram que o leite materno era contaminado com mercúrio, logo após
a realização de uma restauração com amálgama.
ELIAZUR BENITEZ et al (1995) constataram que o nível de mercúrio emanado imediatamente depois do
polimento de uma restauração de amálgama era muito maior que o nível proveniente de restaurações não
polidas. De qualquer forma, as restaurações de amálgama emitem vapores de mercúrio.
Os estudos realizados sobre o amálgama odontológico têm-se direcionado para uma melhor forma de evitar
a contaminação do consultório e a melhor maneira de manipular o trabalho com mercúrio.

SAQUY & PECORA (1996) ressaltam que alguns cuidados devem ser tomados, tais como: a) evitar
derrame de mercúrio no piso e nos móveis do consultório; b) manipulação com mão enluvada, uso de
máscara e de óculos; c) consultório dotado de alta exaustão; d) reduzir a relação mercúrio/limalha; e) não
utilizar amalgamadores com fuga de mercúrio; f) não utilizar condensadores automáticos; g) evitar falha no
sistema de alta sucção do consultório. h) uso de alta sucção durante a remoção de uma restauração e utilizar
brocas novas e água gelada para este procedimento

MAGRO et al (1994) e ELIAZUR BENITEZ et al (1995) salientaram a importância dos resíduos de


amálgama odontológico nos consultórios e aconselharam a colocação dos resíduos em recipientes
inquebráveis e hermeticamente fechados. MAGRO et al (1994) recomendavam a colocação de solução
fixadora sobre os resíduos e ELIAZUR BENITEZ et al (1995) recomendavam a utilização de água. Hoje se
sabe que nem a água e nem a solução fixadora impedem a passagem do vapor de mercúrio. Assim,
recomenda-se o envio, o mais rápido possível, dos resíduos de amálgama para um laboratório de
reciclagem.

Uso do amálgama odontológico:

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A indicação de restaurações de amálgama e a manipulação deste produto devem ser realizadas de acordo
com os ensinamentos preconizados pelas disciplinas de Dentística e de Materiais Dentários de sua
Faculdade.
Porém, cabe aqui ressaltar que o mercúrio é um material altamente tóxico, logo, todos os cuidados devem
ser tomados, uma vez que, infelizmente, ele é utilizado como material restaurador.
Cuidados importantes:

1- Uso da menor relação possível de mercúrio na liga;

2- Uso de amalgamadores mecânicos seguros, que não apresentem vazamentos de mercúrio;

3- Uso de isolamento absoluto para evitar queda de amálgama na cavidade bucal. Nota: a mucosa do
assoalho da cavidade bucal é altamente permeável

Em casos de remoção de uma restauração de amálgama os cuidados a serem


tomados são:
1- Uso obrigatório de isolamento absoluto;

2- Uso de brocas novas para cortar mais rápido e gerar menor aquecimento;

3- Uso de água gelada no reservatório do alta rotação, pois se a temperatura for abaixada, menos
mercúrio é emanado da restauração;

4- Uso de máscara, tanto para o profissional, pessoal auxiliar, como para o paciente;

5- Uso de sucção de alta potência durante o processo de remoção da restauração para que o mercúrio
emanado não entre em contato com as pessoas e permaneça no consultório.

Cápsulas de Amálgama:
PÉCORA et al. (2002) demonstraram, com base em análise química qualitativa, que as cápsulas de
amálgama não podem ser descartadas no meio ambiente, pois elas estão contaminadas com mercúrio. As
cápsulas devem ser estocadas e encaminhadas para um laboratório de recuperação de resíduos químicos.

Amalgamadores mecânicos:
Os amalgamadores mecânicos foram desenvolvidos para auxiliar o profissional nas atividades clínicas. Há
diferentes tipos de amalgamadores mecânicos, porém o melhor é o que não permita o vazamento de vapores
de mercúrio e ou mercúrio metálico. Assim, observe, com atenção, se o seu amalgamador apresenta
vazamento. Caso isto ocorra, tome as seguintes precauções:
1- Comunique o fabricante e exija reparo ou troca de equipamento.

2- Remova o mercúrio que vazou e que possa estar sobre os móveis e ou piso. Os métodos de remoção
do mercúrio estão explicados neste manual.

Nota: Não coloque, em seu consultório, piso de carpete, pois este tipo de piso pode reter o mercúrio e
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dificultar, sobremaneira, sua remoção.

O Laboratório de Gerenciamento de Resíduos Odontológicos LAGRO tem os


seguintes objetivos:
Objetivo Geral:
Proteger o meio ambiente pela recuperação de mercúrio contido nos resíduos de amálgama dental lançados
no ambiente, minimizando os riscos à saúde dos seres humanos.

Objetivos específicos:
1- Remoção do mercúrio e da prata contidos nos resíduos de amálgama odontológico;

2- Remoção da prata e neutralização das soluções de revelador/fixador dos processos de filme radiográfico;
3- Remoção da prata das películas radiográficas descartadas;

4- Armazenagem e distribuição do chumbo contido nas embalagens dos filmes radiográficos;


5- Minimizar os riscos à saúde dos seres vivos expostos ao mercúrio contido nos resíduos de amálgama
odontológicos;
6- Normatizar o processo de manipulação, estocagem, transporte e destinação dos resíduos de amálgama
odontológicos gerados em nossa Faculdade bem como em outras Faculdades conveniadas;

7- Buscar parcerias com outras instituições Odontológicas e Serviços Municipais de Saúde, visando a
recuperação do mercúrio e da prata dos resíduos odontológicos;

8- Estabelecer estratégias de reciclagem e destino final dos resíduos de amálgama odontológico, soluções
radiográficas e filmes;
9- Orientar os profissionais, alunos e pessoas auxiliares que trabalham em clínicas odontológicas;
10- Estabelecer, com a Diretoria da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, os custos dos processos
de reciclagem.

Orientação para a Coleta do Resíduo de Amálgama Odontológico


1- Coletar os resíduos de amálgama em recipiente dotado de boca larga e de material inquebrável. Deixar
uma lâmina de água sobre o resíduo. Manter o recipiente hermeticamente fechado e em local de baixa
temperatura, isento de luz solar direta.
2 - O resíduo de amálgama, para ser armazenado, deve estar isento de algodões, gazes, palitos, lâminas de
matriz de aço e quaisquer outros tipos de contaminante. Os profissionais e alunos devem ser orientados para
armazenar os resíduos de amálgama de tal forma, que sua recuperação seja menos dispendiosa e mais
rápidos possível.

3 - Os vidros que contém o mercúrio, bem como a tampa e o batoque, devem ser enviados para o
Laboratório de reciclagem a fim de ser tratados e eliminar possíveis contaminações com mercúrio;
4- A borracha, do isolamento absoluto, deve ser descartada como material cirúrgico e deve evitar sua
contaminação com mercúrio.
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5 - As clínicas e os laboratórios da FORP-USP devem enviar, mensalmente, para o LAGRO, todo resíduo
de amálgama e os vidros vazios.

Outras informações sobre mercúrio.


Termômetros clínicos:
Todos os termômetros clínicos quebrados devem ser enviados ao Lagro para descontaminar o meio
ambiente.
Caso o mercúrio caia no piso, removê-los com uma folha de papel bem fina ou com uma seringa Luer e
depositá-los em recipiente apropriado e, em seguida, enviar o recipiente ao LAGRO. Use luva para a
operação.
Caso fique, ainda, mercúrio no piso, recobri-lo com pó de enxofre ou óxido de zinco, e depois coletá-lo e
providenciar o envio do material para o LAGRO.

Quebra de frascos de mercúrio: O que fazer?


1 - Ventilar a sala abrindo as janelas.

2 - Interditar a sala até que todo o mercúrio derramado seja removido.


3 - Lavar o piso com água e sabão e em seguida encerá-lo. A cera impede a retenção do mercúrio no piso.
Após esses cuidados, a sala pode ser liberada para uso.

NOTA: O mercúrio do piso pode aderir à sola do sapato e, assim, pode ser transportado para outros locais
e expor outras pessoas aos efeitos tóxicos deste produto.

Custo para recuperação dos resíduos de amálgama odontológico:


Todo processo de reciclagem tem custo, portanto o resíduo produzido pelo profissional, pelo Serviço de
Saúde Municipal, pelas Escolas de Aperfeiçoamento Profissionais e pela Faculdade, origina despesas que
devem ser custeadas pelos responsáveis.

Regras Gerais de Segurança em Laboratórios de Pesquisa, Didáticos e Clínicas


(FRANCHETT, 2002):
“É de responsabilidade de cada um zelar pela própria segurança, assim como pela segurança dos
colegas, pacientes e de todas as pessoas com as quais possa entrar em contato”.

“Todo funcionário responsável tem o dever de conhecer e compreender o risco que pode estar
envolvido nas operações que realiza”

Classificação de Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)


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Classificação de Resíduos deGuia Prático Sobre
Serviço Resíduos
de Saúde de Amálg…
(RSS)
Aqui, apresentaremos um pequeno resumo da Classificação de Resíduos de Serviço de Saúde. É importante
conhecer de modo completo a Resolução RDC33/2003 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cópia
deste documento pode ser encontrada nos Conselhos Regionais de Odontologia ou no site da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária.

Classificação dos Resíduos:


Grupo A – Resíduos potencialmente infectantes – resíduos com possíveis presença de agentes biológicos
que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar riscos de infecção.

Exemplos: culturas e estoques de agentes infecciosos de laboratórios, descartes de vacinas e


microorganismos; meios de culturas; bolsas contendo sangue; peças anatômicas de humanos e animais;
resíduos de pacientes que contenham ou sejam suspeitos de conter contaminantes que possam apresentar
risco epidemiológico e risco de contaminação.

Manejo: de acordo com as normas sanitárias de seu município.

Grupo B – (Químicos) – resíduos contendo substâncias químicas que aresentam risco à saúde pública ou
ao meio ambiente, independente de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e
toxicidade.
Exemplos: Produtos hormonais de uso sistêmicos e ou tópicos; produtos antibacterianos de uso sistêmico e
ou tópicos; medicamentos citotásticos, antineoplásticos, digitálicos, imunodepressores, imunomoduladores,
anti-retrovirais, medicamentos vencidos, desinfetantes; Substância para revelação de filmes usados em Raios
X (revelador e fixador); resíduos de metais pesados (resíduos de amálgama odontológico).

Manejo:
B1) Medicamentos – de acordo com a Vigilância Sanitária Municipal
B2) Odontológicos – Os resíduos de revelador e fixador e de amálgama odontológico devem ser
embalados e enviados para os centros de reciclagem desses produtos e ou de acordo com a Vigilância
Sanitária Municipal.

Grupo C – rejeitos radioativos, consultar a Resolução RDC 33/2003

Grupo D – são todos os resíduos gerados nos serviços de saúde que não estão explicitados nos grupos
anteriores.
Exemplo: gesso; luvas; esparadrapos; algodão; gazes; compressas; embalagens em geral e, ainda, quaisquer
materiais passíveis de reciclagem.
Manejo: de acordo com a Vigilância sanitária e ou serviço de limpeza municipal. Para sua armazenagem e
coleta colocar esses produtos em recipiente com cores estabelecidas:

Azul (azul) = para papeis;


Amarela (Amarela) = para metais;

Verde (verde) = para vidros;


Vermelho (vermelho) = para plásticos e
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Marrom (marrom) = para resíduos orgânicos.

Grupo E – Perfurocortantes – são todos os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou
protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou perfurar.

Exemplo: Lâminas de bisturi; lâminas de barbear; agulhas; ampolas de vidro; lâminas e lamínulas de
microscópio, etc.

Manejo: os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração,
imediatamente após o uso e em recipientes rígidos e resistentes à ruptura.

As observações contidas na Resolução 33/2003 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária são


importantes para que possamos nos proteger e assim proteger nossos semelhantes e todo o meio
ambiente.

Nosso planeta é pequeno e quaisquer danos em uma de suas partes, acarretará danos em todo o sistema,
pois tudo é interligado e de forma holística. Tudo é uma teia de eventos interligados. Você não é exceção e
nem é sozinho no universo. Ajudando a manter o planeta livre de contaminação você estará contribuindo
para o futuro das espécies e de seus descendentes.
Observação: Quaisquer informações sobre o processo de reciclagem de resíduos de amálgama odontológico
podem ser encontradas nas páginas do LAGRO. O endereço eletrônico é:
http://www.forp.usp.br/restauradora/lagro.html.
O endereço do Lagro é:

Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto


Laboratório de Gerenciamento de Resíduos Odontológicos

Via do Café s/n


14040-904 Ribeirão Preto SP

Telefone 16 6024145
e-mail pecora@forp.usp.br

Referências bibliográficas
ANDERSON, M.H. Mercury leakage during amalgam trituration. Oper. Oper. Dent. 1988 autumn; 13 (4);
185-190.

BAUER, J.G.; FIRST, H.A. The toxicity of mercury in dental amalgam. J. Calif. Dent. Assoc. 1982 jun,; 10
(6) : 47-61

ELIZAUR BENITEZ, A.B.C.; FULLER, J.B.; SALGADO, P.E.; GABRIELLI, F.; DINELLI, W.;
GABRIELLI, A.P.R. Amalgama dental: estudo “ in vitro ”da liberação de mercúrio, através de
espectrofotometria de absorção atômica, em função do tipo de ligas, polimento e tempo. Ver. Odontol.
www.forp.usp.br/…/guia_pratico.html 8/9
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espectrofotometria de absorção atômica, em função do tipo de ligas, polimento e tempo. Ver. Odontol.
Univ. São Paulo 1995 jan./mar.; 9 (1): 39-43.

FRANCHETTI,S.M.M.: Manual de Segurança e Regras Básicas em Laboratório, Laboratório de


Tratamento e armazenagem de resíduos químicos, UNESP, Rio Claro, 28p., 2002
MAGRO, ªC.; BASTOS, P.A.M.; NAVARRO, M.F.L. Segurança no uso do mercúrio em restaurações de
amálgama. Ver. Odontol. Univ. São Paulo 1994 jan./mar.; 8 (1): 1-6.
NILNER, K.; AKERMAN, S.; KLINGE, B. Effect of dental amalgam restoration on the mercury content of
nerve tissues. Acta Odontol. Scand. 1985 Oct.; 43(5): 303-307.

PECORA, J.D.; SILVA, R.G.S.; SOUZA, R.ª; GUIMARÃES, L.F.L.; SHUHAMA, T.: Reciclaje de los
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PÉCORA, J.D.; GUIMARÃES, L.F.L.; SPANO, J.C.E.; BARBIN, E.L.; SILVA, R.S.da Análise
qualitativa da presença de mercúrio em cápsulas de amálgama utilizadas. Robrac, vol.11, p.27-29, 2002.

RUPP, N.W.; PAFFENBARGER, G.C. Significance to health of mercury used in dental pratice: a review. –
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SAQUY, P.C.; PÉCORA, J.D. Orientação profissionaç em Odontología. São Paulo: Santos, 1996. 67p.

TAVEU, M. History of dental and oral science in America, prepared under direction of the American
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VIMY, M.J.; TAKAHASH, Y.; LORSCHEIDER, F.L. Material-fetal distributionof mercury ( 203Hg )
released from dental amalgam filing. Am. J. Phisiol. 1990; 258 (4): 939-945.
WINDHOLZ, M.; BUDAVARI, S.; BLUMETTI, R.F.; OTTERBEIN, E.S. Merck index . 10. ed. New
Jersey: Merck & Co., 1983: 842.
Ziff, S. Silver dental fillings : the toxic time bomb. São Paulo: Veja Luz, 1987.

Prof. Eduardo Luiz Barbin

Prof. Júlio César Emboava Spanó


Prof. Jesus Djalma Pécora
WebMasters

Atualizada em 15/08/2003

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