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29/03/2007
A China, que é o segundo país que mais polui o planeta, depois dos Estados Unidos,
prometeu que reduzirá em 62% suas emissões de dióxido de enxofre - causador da chuva
ácida - até 2010, medida que foi qualificada nesta quarta-feira (28) pelo escritório do
Greenpeace em Pequim como positiva e animadora.
A nova meta é "um passo muito significativo e urgente" para conter o fenômeno da chuva
ácida na China, país onde um terço do território é afetado por este fenômeno, disse Ailun
Yang, especialista em clima e energia do escritório nacional do Greenpeace.
Yang afirmou que as metas estabelecidas pelo Plano Qüinqüenal eram "muito genéricas" -
além disso, Pequim não conseguiu cumpri-los no ano passado - e o fato de que esteja
especificando mais mostra a vontade de melhoria das autoridades ambientais.
Segundo Yang, a China pode avançar muito em seus objetivos se fechar, como prometeu,
todas as pequenas centrais que produzem menos de 50 gigawatts de energia elétrica, que
- segundo ela - são "extremamente ineficazes" e podem ser substituídas por centrais com
recursos renováveis, como as eólicas ou as solares.
"Se este objetivo for cumprido, pode aumentar a eficiência energética (quantidade de
energia produzida por unidade de produto interno bruto) em 5%", disse.
Apesar de tudo, Pequim defende que não é ainda um país desenvolvido, e que não
contribuirá tanto para a redução da emissão de poluentes mundiais como o Ocidente,
postura compartilhada pela especialista do Greenpeace.
"Europa, EUA, Austrália e Canadá são os que têm que liderar a redução de emissões para
diminuir os efeitos das mudanças climáticas", disse. (Efe/ Estadão Online)