madame rivail nasceu em thiais, val-de-marne, fran�a, dia 02 de novembro
de 1795. desde cedo revelou grande vivacidade e forte interesse pelos estudos. fez a escola norma em paris, diplomando-se professora de 1� classe. foi professora de belas artes e de letras, poetisa e pintora. culta e inteligente, escreveu tr�s obras: contos primaveris (1825); no��es de desenho (1826) e o essencial em belas � artes (1828). de estatura baixa, olhos serenos, gentil e graciosa, vivaz nos gestos e nas palavras e dona de um sorriso terno e bondoso, logo fez-se notar pelo professor rivail, com quem casou-se em 06 de fevereiro de 1832. tinha 9 anos mais do que o marido, no entanto aparentava a mesma idade dele, e essa diferen�a jamais constituiu empecilho � felicidade de ambos. a testa larga e alta acusava sua capacidade intelectual. como professora e como esposa de rivail, deu-lhe total apoio na institui��o fundada em 1826, revelando-se terna e sol�cita com as crian�as, especialmente com os alunos mais jovens e necessitados de cuidados especiais. introduziram na fran�a o m�todo educacional de pestalozzi. junto com rivail lutou pela educa��o feminina, pois discordavam das desigualdades de direitos ent�o vigentes, que discriminavam as mulheres. na revista esp�rita de 1865, ao falar de seus sacrif�cios em prol do espiritismo, kardec n�o se esqueceu do quanto devia a am�lie boudet: �minha mulher aderiu plenamente aos meus intentos e me secundou na minha laboriosa tarefa como o faz ainda, atrav�s de um trabalho freq�entemente acima de suas for�as, sacrificando, sem pesar, os prazeres e as distra��es do mundo aos quais sua posi��o de fam�lia havia habituado.� ante a partida do querido companheiro para a espiritualidade, portou-se como verdadeira esp�rita, cheia de f� e estoicismo. pelo espa�o de 40 anos foi a companheira amante e fiel do seu marido e, com seus atos e palavras o ajudou em tudo quanto ele empreendeu de digno e de bom. �nica propriet�ria legal das obras de allan kardec, am�lie doou � Caixa geral do espiritismo o excedente dos lucros da venda dos livros e das assinaturas da �revue spirite�. os artigos da �revue� passaram a ser sancionados por ela e pela comiss�o de reda��o. desencarnou a 21 de janeiro de 1883, aos 87 anos de idade. sua exist�ncia inteira foi um poema cheio de coragem, perseveran�a, caridade e sabedoria. sem herdeiros, legou seus bens � �sociedade para a continua��o das obras esp�ritas de allan kardec�. fonte: jornal universo esp�rita dezembro/1999