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Amiloidoses
Polineuropatia Amiloidótica Familiar
Paulo Pinho e Costa
Proteínas: Forma e Função
Proteínas: Forma e Função
As proteínas adquirem forma mediante um complexo processo de enrolamento.
›› domínios com diferentes tipo
›› domínios com diferentes tipo de estrutura:
de estrutura:
Hélices α
Folhas β
Segmentos desordenados Tubulina
CRABPI
Porina
• Produção excessiva.
• Proteólise aberrante.
Resultado final:
• Ausência de proteína ›› eliminação pelos mecanismos de controlo de
de proteína ›› eliminação pelos mecanismos de controlo de
qualidade celulares ‐ degradação proteossómica
• Agregação e acumulação ›› inclusões celulares ou depósitos
extracelulares.
Ambos os processos podem ser causa de doença.
Agregação das Proteínas
Agregação das Proteínas
• Quando as proteínas se desenrolam total ou parcialmente, expõem
Quando as proteínas se desenrolam total ou parcialmente expõem
segmentos e resíduos hidrofóbicos
• A exposição à água desses segmentos é termodinamicamente
A i ã àá d é di i
desfavorável, e favorece a agregação das proteínas alteradas
• A agregação sequencial resulta em polimerização
• Quando esses polímeros atingem um tamanho sufucientemente grande,
Quando esses polímeros atingem um tamanho sufucientemente grande
tornam‐se insolúveis e precipitam da solução
Protein Misfolding and Disease
Protein Misfolding and Disease
Haemoglobin: Sickle cell anaemia
Unstable haemoglobin inclusion-body haemolysis
Drug-induced inclusion body haemolysis
Mutações mais frequentes:
ç q
• Pi S (f. alélica 6%)
• Pi Z (f. alélica 3%)
Deficiência de A1AT Pi ZZ
Deficiência de A1AT Pi ZZ
D fi iê i
Deficiência
A1AT PiZZ
Enfisema pulmonar
Polimerização
Doença hepática
Anemia Falciforme
Anemia Falciforme
Hemoglobina S (E6V):
H l bi S (E6V)
• Forma agregados quando exposta a
ba as e sões de O
baixas tensões de O2.
• Os agregados não são tóxicos para os
eritrócitos mas tornam‐nos mais
rígidos e alongados.
rígidos e alongados.
• < capacidade de troca gasosa,
acidentes veno‐oclusivos.
Encefalopatias Espongiformes
(Doenças do Prião)
Scrapie, Kuru, CJD, vCJD:
Scrapie Kuru CJD vCJD:
• A proteína PrPsc tem
propriedades infecciosas ››
propaga a sua conformação por
um processo autocatalítico, com
posterior agregação.
Kim et al., J Neurosci 1999;19:964-73 Taroni & DiDonato, Nature Rev Neurosci 5, 641-655, 2004
Amiloidoses
l d
Amiloidoses Primórdios
Amiloidoses ‐
• A designação substância amilóide
A designação substância amilóide foi introduzida pelo patologista
foi introduzida pelo patologista
Rudolf Virchow para descrever as “degenerescências lardáceas”
que coravam pelo Lugol (solução de iodo) seguido de ácido
sulfúrico diluído.
Apresentação Clínica
Apresentação Clínica
• Amiloidose primária
• Amiloidose secundária ou reactiva
Amiloidose secundária ou reactiva
• Amiloidose familiar
• Amiloidose localizada
Amiloidoses Primórdios
Amiloidoses ‐
• N
Nos anos 50 foi introduzida a coloração pelo Vermelho
50 f i i d id l ã l V lh
do Congo.
• A substância amilóide adquire uma birrefringência
verde característica, quando corada pelo Vermelho do
Congo.
Congo
Amiloidoses Primórdios
Amiloidoses ‐
• Alguns
Alguns anos depois foi descoberta a estrutura fibrilar da
anos depois foi descoberta a estrutura fibrilar da
substância amilóide, com a introdução da microscopia
electrónica.
Substância amilóide ‐
Substâ c a a ó de de definição
ção
• Depósitos eosinofílicos, amorfos,
geralmente extracelulares
geralmente extracelulares.
• Afinidade tintorial para o vermelho do
Congo, apresentando birrefringência
verde sob luz polarizada.
d bl l i d
• Ultraestruturalmente, constituídos por
feixes entrecruzados de fibras com 6‐
12
12 nm de diâmetro.
d diâ
• As fibras isoladas têm um padrão de
difracção de raios X característico de
uma proteína em que predominam as
folhas pregueadas β.
Fibras de amilóide ‐ estrutura
A elucidação da estrutura das
fibras de amilóide revelou-se
difícil, mas tem progredido
significativamente
g com os
avanços das técnicas de
caracterização biofísica:
Placas de Aβ ››
emaranhados neurofibrilares
e atrofia cerebral