Este documento discute a modernização de São Paulo nos anos 1920, quando a cidade passou por rápida urbanização e industrialização. A população foi exposta a novos hábitos de consumo e lazer em locais como cinemas e parques. A arquitetura também mudou com a demolição de edifícios antigos para dar lugar a estruturas que refletiam a modernidade. A cultura da época também foi influenciada pelas vanguardas artísticas européias como o futurismo e o cubismo.
Este documento discute a modernização de São Paulo nos anos 1920, quando a cidade passou por rápida urbanização e industrialização. A população foi exposta a novos hábitos de consumo e lazer em locais como cinemas e parques. A arquitetura também mudou com a demolição de edifícios antigos para dar lugar a estruturas que refletiam a modernidade. A cultura da época também foi influenciada pelas vanguardas artísticas européias como o futurismo e o cubismo.
Este documento discute a modernização de São Paulo nos anos 1920, quando a cidade passou por rápida urbanização e industrialização. A população foi exposta a novos hábitos de consumo e lazer em locais como cinemas e parques. A arquitetura também mudou com a demolição de edifícios antigos para dar lugar a estruturas que refletiam a modernidade. A cultura da época também foi influenciada pelas vanguardas artísticas européias como o futurismo e o cubismo.
Orfeu exttico na metrpole: So Paulo, sociedade e cultura
nos frementes anos 20. So Paulo: Companhia das Letras, 1992.
(prefcio Hermeneutica e Narrativa Maria Odila Leite da Silva Dias) (xii) A fim de reviver na sua prpria concretude histrica as mudanas de vida aceleradas pela urbanizao, o autor estabelece certa ponte de empatia e de convvio entre o pblico leitor e as duas primeiras geraes de homens desenraizados, que sonharam um mundo novo e viveram a experincia de massificao da cultura. (xiii) Elucidar o leitor e sensibiliz-lo (....) busca de novos condicionamentos (...) No decorrer desse processo, topa com a dinmica de um mundo num vir a ser imprevisvel e instvel, assombrado por possibilidades opostas e em contradio aberta, definido por um movimento histrico acelerado, a prometer o fortuito, o provisrio, o no determinante, construdo sobre o estilhaamento das referencias estveis e das tradies totalizantes: Homem mquina, mquina personalizada, mulher energia, energia erotizada, mquina e energia transformando os ritmos e condies de vida e os seres humanos se metamorfoseando por automatismos sobrepostos, ativando seus impulsos, nervos e msculos, at romper o cerceamento de valores e preceitos que restringiam as condutas e temperavam as aspiraes, liberando uma crislida moderna, com gestos geis, roupas leves de corte militar, cigarro no canto da boca e o desejo irrefrevel de se fundir numa fora colossal, uma massa devastadora, que em avalanche sepulte o velho mundo e redesenhe um novo sua imagem (p.87-88) (xiv) A politizao do di-a-dia transformou o corpo do morador da cidade e a sua forma de percepo do mundo exterior, de modo que os indivduos passaram a ser colonizados em seus gestos, sentimentos e na prpria maneira de apreender a realidade. (xv) A busca de novos valores e formas de expressividade marcaram todo o universo dos homens europeus da dcada de 20. A questo em jogo, na expresso de Walter Benjamin, era a prpria sobrevivncia do ser humano, atropelado por impulsos de mobilizao dos sentidos que passavam a falar mais alto do que a cultura herdada. (xvi) A elaborao de uma esttica experimental teria a ver com a sndrome modernista de destruio de parmetros do sculo XIX e com a busca de uma linguagem desestruturada e fragmentria, a sugerir sensaes e experincias da vida urbana. (xvii - xviii) (...) Cada conjuntura tem seu prprio centro de significados, e a interpretao crtica do processo peculiar de urbanizao de So Paulo inspirou-se em estudos afins de anlise da urbanizao de Paris tal como esboada no estudo de Walter Benjamin (...) Os esforos de Haussman ou de Antonio Prado confluiram neste sentido da concretizao do mito da ao dirigida ou disciplinada. (xix) (...) Por isso, o autor de Orfeu esttico na metrpole dedicou-se hermenutica da cidade e do moderno, chamando a ateno do leitor para seu trabalho sinistro de ofuscao da conscincia e da memria. (xxi) Este livro reavalia, num crescendo pessimista de fim de sculo, os custos irredimveis da modernidade. Do incio ao fim, o autor debate e ope sempre em tenso dialtica as possibilidades da conscincia e da memria, da nova percepo do homem moderno face s ameaas da ao ritualizada, coletiva, anuladora das resistncias do indivduo e da sua possibilidade crtica. Introduo (17) Orfeu, filho de Apolo e sacerdote de Dionsio (...) Compondo um crculo ao seu redor para ouv-lo. (19) Da que, para (...) em si mesmo. Captulo 2 (92) Um dos captulos mais interessantes da vida da cidade, sem dvida alguma, o cinematgrafo. (....) (92-93)A indstria cinematogrfica, em prosperidade (...) E se tornavam sua clientela voluntariamente cativa e feliz. (93 - 94) Uma vez mais, a mais revolucionria (...) ao invs de guardar a distancia da desconfiana. (95) O cinema, assim como os bondes e os estdios, (...) Assim, o ser annimo s se preenche de sentidos quando se articula com os seus equivalentes. (96) A respeito de muitas coisas podemos duvidar se o nosso progresso tem sido real ou apenas aparente. (....) (97) (...) j em 1919, que So Paulo educa seu gosto artstico, a prendendo a ver. Essa gente (...) a essa ansiedade visvel, mas sem contorno. (99) Tais rituais modernos guardavam relao com seus (...) presente com mecanismos arcaicos de simbolizao. (100) Gustave Lebon (...) psicologia das massas (101) Outros festivais, menos cerimoniosos e oficiais, se realizavam (...)ainda de um parque de diverses, um cinema gratuito ao ar livre (...) (103) manifestaes desse novo tipo requeriam por si s uma reorganizao (...) uma geografia cvica deliberada e proeminente sobre a fisionomia urbana. A exaltao emocional coletiva descrita a pelo cientista como uma fonte natural de energia inexorvel. (112) Um outro tipo de paisagem, no obstante, vinha desafiando (...) e arredores, perspicuamnente retratado pelo crtico de artes dO estado. (113) decididamente o melhor que os cabedais do caf (...) adoo do automvel como ndice conspcuo da discriminao social. (113) A artificialidade repentina e sem razes da riqueza cafeeira (...) e o fim de um empreendimento coletivo. (115) a pgina toda!! (116) a pgina toda! (117) a pgina toda! (118) Os ltimos vestgios da arquitetura paulista dos perodos colonial e monrquico eram demolidos pressas, para dar lugar a uma cidade de perfil nitidamente diverso. (118) Havia a pureza de uma frontaria (...) (118-119) Fernando Azevedo (...) se levantam (119) A preocupao de governantes derrubar (...) (119) A cidade tem assim um arzinho de exposio universal (119) Acaso ou no, o fato que a empresa de urbanismo (...) populaes europeias no perodo da virada do sculo. (119) Seu forte, contudo, era o planejamento dos efeitos cenogrficos sobre multides heterclitas em agitao constante. (120) [...[ Nenhuma tradio aqui.........
Captulo 3 (156) Reinventar o cosmos (...) energia, o petrleo e a eletricidade. (157) num mundo em que o espao e as distancias vo se tornando cada vez (...) explosivo como uma bomba relgio. (157-158) Afora as conquistas, os europeus exercitaram sua fora militar (...)Guerra do Paraguai. (160) Nas economias dominantes, o afluxo dos produtos exticos (...) os nveis sociais. (162) Por trs dessa vertigem coletiva da ao (...) que encurtavam os espaos. (163) aps quatorze anos, em paris (...) (163) Pode parecer impressionante, mas o fato que Lowery foi (...) roda gigante e a montanha russa. (163) O problema geral das imaginaes era menos o de conceber o novo mundo do que (...) em suas vrias manifestaes. (163- 164) As modernas formas de comunicao de massas (...) filmes de Hollywood, como a fbrica de sonhos. (164-165) por outro lado, um novo mundo pode desabrochar (...) definitiva dando pleno curso aos mercados de massa. (166) Avanar a p contra a parede de fogo das metralhadoras (...) que mudaram o panorama e o desfecho do conflito. (170) A situao do ps-guerra foi descrita assim por um crtico (...) Tratava-se antes de criar um novo culto, uma nova f, centrada nos pulsos puros da comunho social e da ao (173-174) O exota assim um ser aureolado (...) pela Diferena, no Diverso que se exalta a existncia. (176) Esse roubo da aura de sacralidade e dignidade superior (...) cursos de comunicao social, massivos, sincronizados e lacunares (181) O que assinalou o nascimento (...) Da nasceu o conceito de record e a noo abstrata de produtividade. (182) se de algum modo se pode dizer que o sculo XX histrico comeou com a Grande Guerra, em termos estticos, ento, ele comeou com Parade. (186) O fracasso do bal foi um sucesso. (...) consagrao da incompreso da arte e no consequente desenvolvimento da arte da incompreenso. (187) A arte, em meio ao cataclismo, s seria legtima (...) Parade fixou um novo conceito de ordem na mobilidade. (189) Como era possvel demove-las (...) a provocar reaes. (189) parece ser uma mensagem pessimista (...)para completar a imaginao criativa do artista. (190) De outro, a ideia que a nova arte, embora aparentemente incompreensvel (...) um mundo turbolhonante enfim, onde todo possvel comporta uma disposio passiva. (196-197) Toda arte uma falsificao, inclusive o cubismo (...) o que era belo ficou feio. (199) Em 1912, Picasso e Braque introduziram uma nova revoluo (...) So seus prprios criadores em grande parte quem, traumatizados pelo impacto do cataclismo, reformulam os seus sentidos. (200) Se, pois, para Picasso o cubismo nascera e, 1907 (...) o extase e o extico, e os ultra realismos, fuso da arte com a ao pura, com o automatismo sincopado e com a utilidade (205) As galerias, exposies, teatros espetculos, concertos (...)passa a ser chamado cada vez mais, de arte moderna. (207) Essa forte fuso da cultura com a militncia (...) publicidade e , em breve, o rdio. (208) Nenhuma surpresa, pois, que Marinetti (...)como uma unidade militar. (208-209) A eficcia dessa maquina veloz de arte propaganda (...) como o prprio clarim anunciador de um novo tempo. (210) O movimento na direo da abstrao (...) da vida cotidiana (construtivismo). (213) Toda concepo, toda emoo se apresenta conscincia vivida sob alguma forma primaria. (213) A difuso avassaladora do futurismo e do cubismo da Seo de Ouro (...) num mundo em disperso permanente. (214) Os estados Unidos, provavelmente o maior beneficiado (...) seu orgulho e expectativas. (215)Aquela era uma refeio que os artistas europeus vinham (...) (216) O incio da Guerra trouxe objetores de conscincia para Nova York (...) arte pura, o inconsciente penetrando pela conscincia (217) Em termos culturais, os alvos do ataque (...) resgate nativista e redescoberta das razes. (218) Uma vez mais, a qumica da nova linguagem moderna, vanguardista (...) as tendncias sem distino, contanto que expressem um anseio novo. (219) A inovao radical, autonomia e iniciativa de experimentao (...) redescoberta de uma magia oculta das razes. (220) Os cones hierticos dos muralistas, coligando imagens simblicas (...) estados de convico nos observadores.
Captulo 4 (224-225) Que os nervos andassem a flor da pele (...) Eis como um cronista do O estado descrevia o novo panorama: (226) Vemos assim, como esse pendor pelo fetichismo (...) preconizando o futuro. (227-228) Ledo engano, A palavra moderno, de recente influencia (...) pgina 228 toda! (229) pgina toda! (230) Ao que parecia, havia virtudes no moderno, mas elas no eram para todos. (231) A condio agrria, retrgrada e subalterna (...) moderno e novo (231) Havia, porm, um mbito no qual a questo da modernidade (...) expresso cristalina. (236 -237) Em meio a essa fabulosa incidncia de expresses (...) Enfim seria um modo de unificar sob o signo comum, um vetor de coao ao mesmo tempo que socialmente dado, institualmente assumido. (252) Vem a proposito (...) (252 - 253) Nossa razo? Amadeu Amaral (...) grande cincia universal e sem ptria (253-254) O que Amadeu Amaral sugere, portanto (...) mesma forma como se concebe a precedncia da emoo sobre a consciencia. (255) a pagina toda! (256) a mudana drstica que se observava na cena (...) que se arrogam o poder de transformar a simbologia da modernidade numa utopia concreta. (257) o desenvolvimento, a cultura, o requinte (...) (258) Isso tudo para o escndalo e furor de Lima Barreto, para quem a epidemia das corridas (...) dos Estados unidos e internamente de So Paulo. (268) Quando um pequeno grupo de intelectuais, ao redor de Paulo Prado, resolveu empreender um tour de force de propaganda em favor da arte moderna em Sa Paulo (...) (269) a pgina toda! (270 271) a pagina toda! At (...) articulam entre a percepo, a memoria e a conscincia. (275) interessante nesse sentido observar a recepo (...) tal como havia ocorrido com Parade, malgrado os artistas envolvidos. (277) Se os muralistas criaram cones (...) brasilidade (280) Paris tinha o corao dividido (...) estilo de recepo crtica dada a musica de Villa Lobos. (282) H nesse momento em Paris outros artistas e escritores brasileiros (...) (312) Srgio Buarque de Holanda estabelecia assim uma interlocuo (...) oportunidade rara no debate cultural daquele momento. (312) s noite enxergamos claro