Resenha Do Texto SI SINGER, Paul. Migrações Internas Considerações Teóricas Sobre o Seu estudoNGER, Paul. Migrações Internas Considerações Teóricas Sobre o Seu Estudo
O texto discute a relação entre migrações internas e industrialização, afirmando que a industrialização modifica a produção e divisão do trabalho, levando pessoas das áreas rurais para as cidades. As desigualdades regionais impulsionam as migrações, seja por fatores de mudança na industrialização ou estagnação rural. A demanda por trabalho nas cidades atrai migrantes, embora nem sempre todos consigam emprego devido a desequilíbrios entre oferta e demanda.
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Resenha Do Texto SI SINGER, Paul. Migrações internas considerações teóricas sobre o seu estudoNGER, Paul. Migrações Internas Considerações Teóricas Sobre o Seu Estudo
O texto discute a relação entre migrações internas e industrialização, afirmando que a industrialização modifica a produção e divisão do trabalho, levando pessoas das áreas rurais para as cidades. As desigualdades regionais impulsionam as migrações, seja por fatores de mudança na industrialização ou estagnação rural. A demanda por trabalho nas cidades atrai migrantes, embora nem sempre todos consigam emprego devido a desequilíbrios entre oferta e demanda.
Resenha Do Texto SI SINGER, Paul. Migrações Internas Considerações Teóricas Sobre o Seu estudoNGER, Paul. Migrações Internas Considerações Teóricas Sobre o Seu Estudo
O texto discute a relação entre migrações internas e industrialização, afirmando que a industrialização modifica a produção e divisão do trabalho, levando pessoas das áreas rurais para as cidades. As desigualdades regionais impulsionam as migrações, seja por fatores de mudança na industrialização ou estagnação rural. A demanda por trabalho nas cidades atrai migrantes, embora nem sempre todos consigam emprego devido a desequilíbrios entre oferta e demanda.
A idia central do texto que as migraes internas so decorrentes tanto de aspectos
histricos e institucionais como de mudanas estruturais e espaciais da economia. Devem ser
vistas sob a tica de um processo global, sendo caracterizadas como um processo social em que a unidade atuante no o individuo, mas o grupo e/ou classe social. Assim, o autor estabelece estreita relao entre migraes e industrializao. O autor vai tecendo algumas hipteses e constataes ao longo do texto. Primeiro, formula a hiptese da existncia de tipos historicamente definidos de migraes, condicionadas pela industrializao(p.29). A industrializao modifica as tcnicas de produo e a diviso social do trabalho. A transferncia de atividades do campo para a cidade faz parte da exigncia tcnica da produo industrial. A concentrao de capital leva aglomerao espacial das atividades e urbanizao, mas as caractersticas institucionais e histricas devem ser levadas em conta. A industrializao no um processo espontneo, mas influenciada por arranjos institucionais que agem na dinmica econmica. Outro ponto destacado, as desigualdades regionais so as grandes propulsoras das migraes internas ligadas industrializao. Assim, o autor fala de fatores de expulso que levam s migraes: os fatores de mudana e de estagnao. Os fatores de mudana fazem parte do prprio processo de industrializao e provoca uma emigrao ampla, diferente dos fatores de estagnao, mas os dois se referem s reas rurais e ao fluxo de pessoas. O quadro institucional pode ser usado a fim de levar ao desenvolvimento regional de reas estagnadas, desequilbrio criado pelo prprio processo de industrializao institucionalmente condicionado(p.39) O autor aborda sobre os fatores de atrao que orientam os fluxos migratrios, sendo a demanda por fora de trabalho a mais importante. Tece 3 hipteses sobre o fato de numerosos migrantes no serem absorvidos pelo mercado de trabalho: inferioridade econmica, desqualificao e desequilbrio entre oferta e demanda. Esta ltima a apoiada. A procura de fora de trabalho nas cidades uma funo do tamanho e da composio do produto gerado pela economia urbana (p.43). O poder das transformaes tecnolgicas e de seus efeitos socioeconmicos muito maior nos paises no-desenvolvidos. Nestes paises h um Setor de Subsistncia ainda forte que transposto para a economia urbana: servios domsticos, ambulantes, trabalho informal. Isto porque o fluxo migratrio rea urbana produzido em grande parte por fatores de estagnao. O autor discute a questo da marginalidade urbana que caracterizada por desnveis econmicos e tenses sociais, frutos do desenvolvimento para dentro, pois o comrcio exterior no funcionou dinamicamente como nos pases desenvolvidos. A marginalidade no decorre do excesso de migrantes, mas pela relao entre fluxo migratrio e economia urbana. Para o autor, se a migrao interna um processo social, possui causas estruturais. H uma seletividade objetiva de fatores de expulso adicionada a motivaes subjetivas. Os fatores estruturais que determinam o desdobramento das migraes no espao e no tempo. O autor fala que o impacto econmico, social e poltico da migrao no lugar de destino deveria ser encarado como parte do processo de transformao das estruturas sociais e, para isso, importante estudar as migraes pelo ngulo de classe, da formao do exrcito industrial de reserva e dos laos sociais entre migrantes novos e antigos. Tambm convm estudar os fatores de atrao do meio urbano sobre os migrantes. Os conceitos usados pelo autor que do base sua argumentao so: marginalizao/marginalidade, oferta, demanda, mercado de trabalho, fora de trabalho, diviso social do trabalho, migraes internas, fatores de expulso, de mudana, de atrao e
de estagnao, desenvolvimento regional, configurao histrica, arranjo ou quadro
institucional, economia urbana, concentrao espacial, industrializao, desemprego tecnolgico, produtividade, especializao, mudanas tcnicas, estruturas sociais e econmicas, classe, exrcito industrial de reserva, entre outros. O autor remete questo dos limites da configurao histrica nas migraes internas, mas parece que ele vai analisar este aspecto s quando fala das diferenas entre pases desenvolvidos e no-desenvolvidos, se atendo mais a aspectos econmico-institucionais quando fala das migraes internas em si. O livro em que se encontra o texto sobre a economia poltica da urbanizao, mas no me agrada uma abordagem to centrada na economia (que pela relao direta entre migrao-industrializao, explcita pelo autor, faz todo sentido). Singer pouco se detm no que sugere no final do texto, a prpria dinmica social da migrao - os laos sociais entre migrantes e os fatores de atrao.