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pt/sociedade/2016-08-24-Turistas-surdos-vao-descobrir-o-Porto-com-as-maos
onhecer uma cidade no se cinge ao que pode ser visto. preciso entend-la e
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Num gesto singular a nvel nacional e europeu, pretende-se mostrar o que o Grande
Porto tem para oferecer, como hotis, restaurantes, museus, espaos de diverso
noturna, passeios pedestres, entre outras possibilidades.
A ideia foi amadurecida ao longo do tempo, explicou Ana Bela Baltazar, uma das
mentoras, em entrevista ao Expresso. Quem quiser ser nosso parceiro, poder constar
na plataforma e, numa primeira fase, ser completamente gratuito, contou a
especialista em linguagem gestual.
A ideia de que algo escrito resolve o problema est sempre presente e no se considera
a comunicao uma barreira, lamentou Ana Bela. Quem est na rea sabe
perfeitamente que no assim. Caso contrrio, no faria sentido ter intrpretes de
lngua gestual nos programas televisivos. Bastava pr legendas, mas no se resolve
dessa forma, afirmou a especialista de 43 anos.
Para fazer face a isso, criou em 2005, juntamente com Fernando Baltazar, a empresa
CTILG Servios de Traduo e Interpretao de Lngua Gestual. Esta a base para o
projeto Hands to Discover, com lanamento anunciado para 23 de setembro, numa
cerimnia de apresentao que decorrer na Biblioteca Municipal Almeida Garrett.
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aos turistas nacionais, mas essencialmente aos turistas internacionais que queiram vir a
Portugal. Queremos que se sintam integrados e percebam que temos condies para os
receber, destacou a intrprete. Muitas vezes os visitantes surdos acham a cidade
bonita ou feia, mas acabam por no conseguir perceber o que est por trs. isso que
queremos mudar, prosseguiu na explicao.
O projeto tem incio na Invicta, mas pretende alastrar-se a outras cidades. J temos
alguns contactos na zona mais a Sul e pretendemos que a expanso seja a segunda fase
do projeto, adiantou a responsvel.
Aos 43 anos, este ser um novo desafio para Ana Bela Baltazar e uma forma de aliar
duas paixes: a linguagem gestual e o turismo. At conhecer a Lngua Gestual
Portuguesa nunca imaginei enveredar por esta profisso, porque no conhecia uma
nica pessoa surda. Nessa altura, coincidncia ou no, o turismo era um setor que me
fascinava, confessou. Juntar estas duas reas passados tantos anos muito bom e,
acima de tudo, d a sensao de que estamos a abrir portas, concluiu.
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