Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Abstract
Horizonte e tradio
1 Este trabalho foi reescrito durante minha estadia como visiting scholar no Departamento de
Literatura Comparada da Universidade de Stanford (2001), trabalhando com o professor Hans
72 Ulrich Gumbrecht, com bolsa da Fundao CAPES.
existir por si, mas tem de transformar-se na pergunta que a tradio Literatura, teoria
e histria
constitui para ns (JAUSS, 1994, p. 37).
Jos Lus Jobim
Jauss advoga que na nossa leitura de uma obra literria mobilizamos
sempre um saber prvio, com base no qual se d a experincia de ler.
A prpria obra, por sua vez, j teria incorporado sua estrutura elementos
direcionadores de sua interpretao, predispondo seu pblico a receb-la de
maneira bastante definida, por intermdio de avisos, sinais visveis e invisveis,
traos familiares ou indicaes implcitas, que poderiam despertar a lembrana
do j lido, ensejar expectativas quanto a meio e fim do texto ou conduzir o
leitor a determinada postura emocional, antecipando o horizonte de
compreenso em que se dar a leitura (JAUSS, 1994, p. 28).
O horizonte de expectativa dos leitores de determinado momento
histrico tambm poderia ser objetivamente verificado a partir de trs
fatores:
[...] em primeiro lugar, a partir de normas conhecidas ou da potica
imanente ao gnero; em segundo, da relao implcita com obras
conhecidas do contexto histrico-literrio; e, em terceiro lugar, da
oposio entre fico e realidade, entre a funo potica e a funo
prtica da linguagem, oposio esta que, para o leitor que reflete, faz-se
sempre presente durante a leitura, como possibilidade de comparao
(JAUSS, 1994, p. 29).
2 Gadamer considera que nosso julgamento paga um pesado tributo a nossos preconceitos e dedica
duas sees de sua obra Warheit und Method ao tema: O crculo hermenutico e o problema dos
76 preconceitos e Preconceitos como condio de compreenso.
Literatura, teoria
Histria e literatura e histria
Referncias Bibliogrficas
80