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VERTEDOURO

ESPECIFICAÇÃO DE PROTENSÃO E INJEÇÃO

1. OBJETIVO.............................................................................................4

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2. VERIFICAÇÃO DO SISTEMA DE PROTENSÃO ANTES DA
LIBERAÇÃO PARA CONCRETAGEM.................................................4

3. CUIDADO COM O SISTEMA DE PROTENSÃO DURANTE A


CONCRETAGEM...................................................................................4

4. CONDIÇÕES PARA QUE SEJA INICIADA A PROTENSÃO...............5

4.1- Concreto......................................................................................
4.2- Equipamentos.............................................................................
4.3- Cuidados com as Cordoalhas....................................................

5. OPERAÇÕES PARA INÍCIO DA PROTENSÃO..................................


5.1- Lavagem das Bainhas...................................................................
5.2- Inspeção das Bainhas e Ancoragem............................................
5.4- Colocação dos Blocos e Cunhas de Ancoragem........................
5.5- Prazo de Protensão..........................................................................

6. SERVIÇOS DE PROTENSÃO..................................................................
6.1- Generalidades.................................................................................
6.1.1- Cuidados de limpeza, Tolerância e Acabamento........................
6.1.2- Acompanhamento............................................................................
6.1.3- Tipos de ancoragem......................................................................
6.1.4- Lado da Protensão...........................................................................
6.1.5- Observador da Ancoragem Passiva..............................................
6.1.6- Instalação dos macacos.................................................................
6.2- Família de cabos..............................................................................
6.3- Execução da protensão...............................................................
6.3.1- Providências iniciais...............................................................
6.3.2- Aplicação das forças de Protensão.....................................
6.4- Controle de Protensão...............................................................
6.4.1- Controle durante a execução da protensão.....................
6.5- Cravação das cunhas.............................................
6.6- Perdas na cravação...............................................
6.7- Referências para medições do alongamento....................
6.8- Escorregamento da cordoalha.....................................

7. PROGRAMA DE EXECUÇÃO DA PROTENSÃO......................................

8. PROCEDIMENTO PRÉVIOS ÁS OPERAÇÕES DE INJEÇÃO............


8.1- Corte da extremidade das cordoalhas....................................
8.2- Respiro para injeção........................................................
8.3- Vedação das cabeças de Ancoragens................................
8.4- Lavagem dos cabos e eliminação de água...........................

9. OPERAÇÃO DE INJEÇÃO..........................................................
9.1- Definições....................................................

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9.2- Prazo para efetuar a injeção
9.3- Caracteristicas da Calda.......................
9.4- Composição da Calda................................
9.5- Materiais.............................................................
9.6- Equipamentos de injeção...................................
9.7- Mistura da Calda.........................................................
9.8- Equipe..............................................................
9.10- Acompanhamento da injeção.....................................
10. EXECUÇÃO DO CONCRETO SECUNDÁRIO DOS NINCHOS.........

11. RELAÇÃO DE NORMAS A SEREM CONSULTADAS....................

1- OBJETIVO

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A presente especificação técnica tem a finalidade de estabelecer os
critérios, requisitos e procedimentos a serem seguidos nos serviços de
concretagem, protensão e injeção dos cabos dos pilares de vertedouro,
completando o programa de protensão.

2-VERIFICAÇÃO DO SISTEMA DE PROTENSÃO ANTES DA


LIBERAÇÃO PARA CONCRETAGEM

Imediatamente antes da concretagem as bainhas deverão ser


rigorosamente examinadas, procurando-se verificar os seguintes
aspectos:

- Existência de deformações transversais e perfuração. Neste caso a


bainha deverá ser substituída;

- Vedação total das emendas entre bainhas;

- Vedação das junções das bainhas com os cones de ancoragem e


garantia da estanqueidade e rigidez da fixação;

- Tamponamento das extremidades livres das bainhas;

- Vedação total na junta dos tubos de respiros;

- Tamponamento dos tubos de respiro;

- Bainhas bem fixadas por grampos nos escoramentos;

- Tirantes das formas não forçando as bainhas;

Para auxiliar a inspeção poderá ser empregado ar comprimido no interior


das bainhas. Neste caso, o ar comprimido não poderá conter água nem
óleo.

As tolerâncias na colocação das bainhas e ancoragens, serão


estabelecidas de comum acordo entre a empresa responsável pela
protensão, a projetista e o Controle de qualidade. Durante a colocação
das bainhas a posição das mesmas deverá ser controlada
rigorosamente com teodolito.

3-CUIDADOS COM O SISTEMA DE PROTENSÃO DURANTE A


CONCRETAGEM

Nas vigas do munhão e na região de ancoragem e fretagem dos cabos


será utilizada classe de concreto (fck=30 MPa aos 28 dias de idade). O
concreto deverá ser suficientemente plástico para preencher os vazios
em regiões de grande concentração de armadura.

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Os principais cuidados a serem tomados durante a concretagem são os
seguintes:

- Prever chutes para evitar lançamento de grandes massas de concreto


sobre as bainhas;

- Utilizar vibradores de pequeno diâmetro na região das bainhas, sem


atingi-las;

- Utilizar concreto com diâmetro máximo característica compatível com


as dificuldades executivas;

- Durante a concretagem, inspecionar as bainhas evitando possíveis


obstruções;

- Ter condições de substituir as bainhas caso as mesmas sejam


danificadas;

- Ter as emendas a favor do lançamento;

- Terminada a concretagem, lavar o interior das bainhas e tubos de


respiro. Após, tamponá-los.

4-CONDIÇÕES PARA QUE SEJA INICIADA A PROTENSÃO

4.1- Concreto

As operações de protesão e ancoragem dos cabos, na sequência e com


as forças detalhadas nos desenhos, somente poderão ser iniciadas com
a aprovação do controle de qualidade e após o concreto estrutural ter
atinjido a resistência prevista pelo projeto.

4.2- Equipamentos

Todos os equipamentos de protensão devem estar calibrados, aferidos e


instalados, de acordo com as sequências de protensão estabelecida
pelo programa de protensão.

4.3- Cuidados com as cordoalhas

- O local de preparo das cordoalhas deverá ser coberto e protegido;

- Deverá existir cuidado no transporte das cordoalhas a fim de se evitar


que sejam molhadas ou fiquem empregnadas de poeira, óleo, graxa, etc.

- Os rolos de cordoalhas estocados no local da enfiação deverão ter


proteção para evitar que sejam respingadas por água ou qualquer outro
líquido;

- O local de enfiação das cordoalhas deverá ser aberto e protegido.

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5- OPERAÇÕES PARA INICIO DA PROTENSÃO

5.1- Lavagem das bainhas

Antes de iniciar a enfiação dos cabos, as bainhas deverão ser lavadas


com água limpa e isenta de óleo a uma pressão de aproximadamente
0,5 MPa, até que se retitem todas as impurezas, devendo para isto
constatar que a água efluente tenha o mesmo aspecto da que está
sendo bombeada. Depois da lavagem, as bainhas deverão ser secas
com a utilização de ar comprimido.

5.2- Inspeção das bainhas e ancoragens

A empresa responsável pela protensão deverá inspecionar as bainhas e


ancoragens, na presença de um representante do controle de qualidade,
verificando se os alinhamentos, curvaturas e dimensões especificadas
estão dentro das respectivas tolerâncias. Qualquer irregularidade ou
dano, deverá ser imediatamente reportado ao controle de qualidade,
cuja decisão deverá ser aguardada para o prosseguimento do trabalho.

5.3- Enfiação dos cabos

A enfiação dos cabos serão feitas obedecendo os procedimentos


executivos relacionados a seguir:

- As bobinas de cordoalhas deverão ser pré-selecionadas em função do


módulo de elasticidade obtido. Em um mesmo cabo, as cordoalhas
utilizadas devem ter o módulo de elasticidade o mais próximo possível;

- As cordoalhas não deverão conter graxa, óleo, tinta, ferrugem ou


qualquer outros materiais estranhos. Será tolerado uma oxidação
superficial unicamente quando, após removida com a mão, a superfície
do material apresentar-se intacta, sem nenhum poro ou sinal de ataque;

- Todas as cordoalhas antes de sua enfiação deverão ser ao menos


limpas com estopas ou pano grosso para retirada da poeira ou qualquer
sujeira aderente;

- Na extremidade onde será efetuada a protensão deverá ser deixada


uma ponta livre de 110 cm, e no lado da ancoragem passiva o
comprimento livre de 30 cm;

- A cordoalha deverá ser cortada a frio com esmeril;

- Estas operações serão repetidas até que se tenha completado o cabo;

- Os comprimentos livres das extremidades deverão ser iguais para


todas as cordoalhas de um mesmo cabo;

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- Esta operação de enfiação dos cabos deverá ser feita com cuidados
extremos, pois não poderá haver dobramentos e nem fricção das
cordoalhas contra bordas aguçadas de bainhas e cabeçotes;

5.4- Colocação dos blocos e cunhas de ancoragem

Após a enfiação do cabo, serão colocados os blocos de ancoragem


distribuindo as cordoalhas nos furos sem que hajam cruzamentos das
mesmas. Em seguida serão colocadas as cunhas de ancoragem,
evitando-se a penetração desigual.

5.5- Prazo de protensão

O prazo máximo entre a operação de enfiação do cabo e a protensão é


de 15 dias.

6- SERVIÇO DE PROTENSÃO

6.1- Generalidades

Os serviços de protensão deverão obedecer rigorosamente aos


requisitos desta especificação e aos desenhos do projeto Executivo.

6.1.1- Cuidados de Limpeza, Tolerância e Acabamento

Antes da empresa responsável proceder às operações de protensão, as


extremidades dos cabos e as supefícies de apoio dos macacos deverão
ser limpas de todo tipo de impurezas. Estas superfícies deverão ter
forma e inclinação especificadas, e sem irregularidades. Qualquer
irregularidade deverá ser reportada ao controle de qualidade, cuja
decisão deverá ser aguardada para o prosseguimento do trabalho.

6.1.2- Acompanhamento

Todas as operações de protensão somente poderão ser executadas na


presença de um representante do Controle de qualidade.

6.1.3- Tipos de ancoragem

Todas as ancoragens serão do tipo móvel.

6.1.4- Lado de Protensão

Os cabos longitudinais serão protendidos do lado de jusante (viga do


munhão) e terão ancoragem passiva (pré-blocada) do lado de montante
(câmara de ancoragem de protensão). Os cabos transversais das vigas
do munhão serão protendidos conforme especificado no programa de
protensão.

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6.1.5- Observador da ancoragem Passiva

Deverá existir um observador junto à ancoragem passiva que


providenciará o encunhamento dos cabos no início da protensão,
verificará e medirá o deslocamento das cunhas para que seja
determinado o alongamento real do cabo.

6.1.6- Instalação dos macacos

Os macacos serão instalados com o auxilio de guinchos instalados na


viga do munhão.

6.2- Família de cabos

Os cabos de protensão foram reunidos nos seguintes grupos:

1- Cabos longitudinais – blocos VP1a VP5 e muros laterais


direito(MLD1) e esquerdo (MLE1).

2- Cabos transversais das vigas dos muros laterais direito (MLD1) e


esquerdo (MLE1).

3- Cabos transversais das vigas dos blocos VP1 a VP5.

As famílias agrupam cabos de características semelhantes tais como:


comprimentos, força de protensão e alongamentos iguais.

6.3- Execução da Protensão

6.3.1- Providências Iniciais

A execução da protensão deverá abranger inicialmente cada um dos


itens abaixo discriminados:

- Colocação das cunhas de ancoragem na ancoragem pré-blocada;


- Colocação das cunhas de ancoragem por onde haverá a protensão;
- Instalação do macaco de protensão;
- Colocação das clavetes de ancoragem do macaco;
- Aferição e zeramento dos manômetros.

6.3.2- Aplicação das Forças de Protensão

-Tensionar os cabos até uma pressão no macaco de 5 MPa.


-Rebater as cunhas do lado passivo, assim como as clavetes do macaco
do lado ativo, utilizando-se um tubo de aço.
- Aumentar a pressão do macaco até 10 MPa.
- Instalar as marcações para leitura dos alongamentos adotando o
seguinte procedimento:

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 Lado Ativo
Colocar fita adesiva em todas as cordoalhas como referência
e instalar em uma delas o dispositivo (régua) para medir o
alongamento tomando como referência um valor em número
inteiro e que somado ao alongamento previsto esteja dentro
da escala da régua. Como segunda referência colar no pistão
aberto do macaco, uma fita adesiva para medir a abertura do
pistão.

 Lado Passivo
Colocar fita adesiva em cada cordalha a uma mesma
distância (10 cm) do bloco para verificação da penetração.

- Continuar a protensão anotando as leituras de alongamento (lado ativo)


e as penetrações médias (lado passivo) a cada 5 MPa de pressão no
macaco para o traçado do diagrama tensão-alongamento, na ficha de
controle de protensão, até os valores finais pré-estabelecidos.

- Fazer o controle da protensão de acordo com o item 6.4.

- Executar a cravação das cunhas de ancoragem.

- Determinar a perda na cravação de acordo com item 6.6.

- Se as condições acima forem atendidas,o cabo poderá era cravado;

6.4.1- Controle durante a Execução da Protensão

Durante a execução da protensão para cada cabo serão anotados os


valores medidos e determinados os valores necessários para
desenvolvimento dos itens abaixo descriminados:

- Anotar o valor dos alongamentos medidos, na ancoragem ativa;


- Anotar o valor do deslocamento da ancoragem passiva. O
deslocamento do cabo a ser considerado será a média dos
deslocamentos medidos para cada cordoalha;
- Determinar os alongamentos reais para cada leitura;
- Traçar um diagrama CargaXDeformação com valores dos
alongamentos reais obtidos;
- Corrigir o alongamento inicial obtido entre as pressões manométricas
da bomba entre 0 MPa e 10MPa.

- Comparar os valores obtidos com os valores teóricos calculados. A


variação das tensões e alongamentos medidos não deverá apresentar
variação superior a 5% em relação aos valores calculados;

 Se o alongamento for atingido antes da pressão


manométrica teórica 0 ele será tolerado se não
ultrapassar a 1,05 do alongamento teórico 0 para uma

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pressão manométrica não inferior a 0,95 da pressão
manométrica teórica 0 ou seja:

Alongamento  1,05 0
Pressão manométrica  0,95 0

 Se a pressão manométrica atingir P0 e o alongamento


E o alongamento teórico não for atingido, a pressão
manométrica poderá ser aumentada até um valor máximo
de 1,05 0 e o alongamento correspondente será tolerado
se ele for inferior a 0,95 do alongamento teórico previsto,
ou seja:

Pressão manométrica  1,05 0


Alongamento  0,95 0

- Se as condições acima forem atendidas,o cabo poderá era cravado;

- Se as condições acima não forem atendidas, deverá ser inicialmente


verificado o traçado do diagrama carga X deformação no intuito de
detectar alguma medida duvidosa. Caso persista o não atendimento das
condições necessárias, a operação de protensão deverá ser
interrompida, o cabo distendido e serem executados as seguintes
verificações:

 Aferição dos manômetros;

 Verificação do funcionamento em vazio do macaco, da


bomba e dos flexíveis;

 Soltar o cabo e movimentá-lo para frente e para trás ao


longo da bainha para verificar se ele não está bloqueada
por nata infiltrada.

 Efetuar nova protensão do cabo.

Se o alongamento desejado não for ainda obtido, dentro das tolerâncias


acima estabelecidas, não deverá ser feita nenhuma operação de
cravação, o Controle de qualidade deverá ser alertado e o cabo
substituído.

6.5- Cravação das Cunhas

Quando a protensão especificada tiver atingida, respeitando o constante


no Item 6.4, as cunhas deverão ser cravadas.

A cravação será feita automaticamente, baixando-se a pressão


manométrica até 2 MPa.

6.6- Perdas na cravação

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A perda de protensão por encunhamento será obtido pela diferença
entre o alongamento após a cravação e o alongamento lido na pressão
final.

Deste valor medido deverá ser descontado o valor que corresponde ao


encurtamento elástico da cordoalha na distância entre as cunhas do
bloco de ancoragem e as clavetes do macaco. Para uma redução de
pressão até 10 MPa o valor de encurtamento elástico para os
comprimentos dos macacos 350 é de 6mm.

Importante:

Se o resultado da perda por encunhamento for superior a 6mm, o cabo


deverá ser reprotendido até a pressão atingida anteriormente e
novamente cravado, até se obter um valor da perda inferior a 6mm.

6.7- Referência para medições do Alongamento

As referências para a medição do alongamento deverão ser mantidas e


as medições das distâncias deverão continuar até que se inicie a
preparação das bainhas, com a finalidade de se poder determinar
qualquer escorregamento do cabo nas ancoragens ou perda na sua
força de protensão. A ocorrência de qualquer anomalia deverá ser
reportada ao Controle de qualidade e sua causa determinada às
expensas da empresa responsável pela protensão.

6.8- Escorregamento da cordoalhas

No caso de escorregamento de uma ou duas cordoalhas de um mesmo


cabo, sem que haja perda das mesmas, a protensão deverá continuar
normalmente e estas cordoalhas deverão ser protendidas
posteriormente com a utilização de macaco especial.

No caso de carregamento de qualquer cordoalha com perda da mesma,


a protensão deverá ser interrompida, o cabo desativado e comunicado o
fato ao Controle de qualidade para análise.
Observação:

Caso ocorra a necessidade de paralização da protensão de um cabo por


perda de cordoalha, a protensão do bloco não deverá ser interrompida,
devendo ser seguida a sequência normal de protensão dos cabos
pulando o cabo em questão.

7- PROGRAMA DE EXECUÇÃO DA PROTENSÃO

Deverá ser executado a protensão de acordo com o programa de


protensão.

8- PROCEDIMENTO PRÉVIOS ÁS OPERAÇÕES DE INJEÇÃO

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8.1- Escorregamento da cordoalhas

Completadas as operações de protensão com resultados julgados


satisfatórios pelo Controle de qualidade, poder-se-á proceder ao corte
das extremidades dos cabos sobressaindo da face da placa de
ancoragem. O corte será feito com esmeril rotativo e o comprimento
livre, a ser deixado sobressaindo desta face, não poderá ser inferior aos
valores mínimos especificados pelo processo de protensão.

As cordoalhas mais próximas da geratriz superior da trombeta, em


ambas as extremidades, não serão cortadas nesta face. Este
procedimento possibilita melhorar a eficiência da injeção pela expulsão
da água e ar através dos vazios existentes entre os fios das cordoalhas
(efeito chaminé).

8.2- Respiro para injeção

Nas ancoragens dos cabos de protensão serão providenciados respiros,


para as operações de injeção.

Estes são os seguintes:

- Ancoragem de montante

Um respiro na parte inferior para esgotamento da água de lavagem de


cabos e injeção primária.

- Ancoragem de jusante

Um respiro na parte superior para introduzir a água de lavagem dos


cabos e controlar a saída da calda de injeção.

Para estes respiros são utilizados tubos de PVC flexíveis, com


resistência suficiente para resistir às operações de dobramento,
amarração e pressões previstas de injeção.

8.3- Vedação das cabeças de ancoragens

Será efetuado um recobrimento com massa durepoxy (espessura


mínima de 1 cm) das extremidades das cordoalhas (com exceção das
destinadas ao efeito chaminé), placa de ancoragem e do entorno da
área de contato desta com a unidade de apoio. Está operação deverão
ser bastante cuidadosa, de maneira a vedar todos os interstícios e zonas
possíveis de penetração de água.

8.4- Lavagem dos cabos e eliminação de água

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A limpeza dos cabos deverá ser efetuada através de água limpa,
injetada através do tubo de injeção, até o aparecimento do líquido com
as mesmas características, no respiro de esgotamento da água. Em
sequência, verifica-se a estanqueidade e resistência das vedações
introduzindo-se água sob pressão.

Imediatamente antes da injeção esta água deverá ser expulsa,


inicialmente por gravidade e, após, pela passagem de ar comprimido
isento de óleos e impurezas.

9- OPERAÇÃO DE INJEÇÃO

9.1- Definições

A execução da injeção será feita de acordo com o procedimento


especificado na NBR- 10788.

Injeção é a operação de enchimento completo dos vazios entre a


armadura de protensão e a parte interna da bainha com calda de
cimento, com a finalidade de:

- Proteger os cabos de aço contra corrosão;

- Estabelecer aderência, de modo permanente, entre a armadura de


protensão e o concreto estrutural.

Calda de cimento é a mistura conveniente de cimento, água e


eventualmente aditivos, destinada ao preenchimento total das bainhas
de armadura de protensão.

9.2- Prazo para efetuar a injeção

A injeção deve ser iniciado no prazo mais curto possível, sendo o prazo
máximo de 8 dias, após o término das operações de protensão em cada
pilar do vertedouro.

9.3- Caracteristicas de calda

A calda de cimento não poderá conter íons agressivos e deverá


apresentar as seguintes características físico-quimicas:

- Fator A/C

A relação situa-se entre 0,36 e 0,40. Em nenhuma hipótese será superior


a 0,45 em massa.

- Fluidez (NBR-7682)

O índice de fluidez da calda, tempo de escoamento no funil de Marsh,


=10 mm, deverá estar compreendido entre 8 e 18 s. A redução do

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índice de fluidez entre a entrada e saída da bainha está limitada a 3
segundos.

- Os índices de fluidez dos ensaios de campo e laboratório não deverão


diferir entre si de ±3s.

- Exsudação (NBR-7683)

O limite máximo para a água de exsudação da calda em repouso após 3


horas da mistura é de 2% do volume inicial da calda.

- Exsudação (NBR-7683)

A expansão total livre na calda, mantida em repouso durante um período


de 3 horas, deve ser no máximo 7%, contando a partir do término de seu
preparo.

- Alcalinidade

O ph da calda deve estar entre os valores de 9 a 13.

- Vida útil (NBR-7685)

Não é admitida calda cujo índice de fluidez ultrapasse o valor de 18


segundos, durante o período de 30 minutos, após a conclusão da
mistura.

- Resistência

Fck a 28 dias mínimo de 25 MPa.

- Homogeneidade

A mistura não poderá apresentar pelotas de cimento ou sedimentação.

9.4- Composição da Calda

A composição da calda deverá ser determinada a partir de ensaios, que


estabelecerá a compatibilidade cimento-aditivos, o tempo de vida útil da
calda às operações de injeção, atendendo às características físico-
quimicas acima descritas. Os ensaios deverão reproduzir as condições
reais da obra.

9.5- Materiais

a) Cimento

Será utilizado cimento Portland comum, conforme a NBR-5783, com as


Seguintes restrições:

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- Teor de cloro proveniente de cloretos:
 No máximo igual a 0,10%

- Teor de enxofre proveniente de sulfetos, determinados conforme NBR-


5746:
 No máximo igual a 0,20%

- Finura média de superfície específica (Blaine) entre 2.800 e 3.600


cm2/grama;

- Veta-se o cimento pozolânico e os de adição de escória de alto forno;

b) Água

A água destinada ao preparo da calda deverá ser isenta de elementos


Elementos corrosivos, detergentes, óleo e sal, com ph entre 5,0 e 8,0
Com os seguintes limites máximos:

- matéria orgânica...................................................................3 mg/l


- resíduo sólido........................................................................5.000 mg/l
- Sulfatos..................................................................................300 mg/l
- cloretos...................................................................................500 mg/l
- açúcar.........................................................................................5 mg/l

c) Aditivos

Não serão utilizados aditivos que contenham halogenetos ou que reajam


Com materiais da calda liberando qualquer componente que deteriore
ou ataque o aço.

Somente serão utilizados aditivos que comprovem melhoria da qualida


de da calda.

9.6- Equipamento de injeção

Os equipamentos de injeção deverão satisfazer o item 8.1 da NBR-


10778.

Deverão ser munidos de misturadores de calda com rotação superior a


1000 rpm.

Os recipientes alimentadores também deverão ser munidos de


agitadores.

As bombas deverão produzir jatos contínuos de calda e serem capaz de


aplicar pressões superiores a 1,5 MPa.

Os equipamentos deverão ser em número suficiente para garantir as


vazões necessárias e as disposições determinadas.

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9.7- Mistura da calda

A mistura da calda deve obedecer a sequência descrita a seguir:

- Introduzir a água;

- Acionar o misturador e com ele em movimento, adicionar o cimento;

- Adicionar o aditivo.

9.8- Equipe

O pessoal atualmente nas operações de injeção deverá estar


perfeitamente familiarizado com o equipamento, sequências de
execução, pressões toleradas, todos os registros, apontamentos em
tabelas apropriadas, teste de campo e apto a resolver os incidentes que
porventura ocorram.

9.9- Injeção propriamente dita

As bainhas deverão ser conservadas desobstruídas e livres de


entupimentos até quando injetadas.

Caso ocorram obstruções na bainha e consequentemente o volume de


calda seja inferior ao calculado, a bainha deverá ser imediatamente
lavada com água e procurado, por todos os meios remover as
obstruções. Caso seja removida a obstrução, a calda previamente
aprovada continuará a ser usada nas injeções subseqüentes.

A injeção será efetuada de maneira contínua e sem interrupção.

Os seguintes procedimentos serão adotados:

- Medir a fluidez da calda na saída da bomba injetora;

- Acoplar a conexão dos respiros da ancoragem à bomba;

- Dar início à injeção, com pressão da ordem de 0,3 MPa, sem


interrupções até que a calda saia pelo respiro superior da ancoragem de
jusante com o aspecto daquela que está sendo injetada;

- Medir a fluidez da calda do respiro de saída. Quando a calda


apresentar tempo de escoamento na saída igual ou no máximo 3
segundos superior ou 1 segundo inferior ao de entrada, a injeção estará
completa;

- Fechar o respiro de saída e aplicar à calda a pressão de 0,7 MPa por


algum tempo, observando se a mesma se mantém constante. Caso a
pressão abaixe, acionar a bomba recuperando a queda. Quando a
pressão estabilizar, obturar o respiro de entrada.

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- A água expulsa pelo efeito chaminé através das cordoalhas deixadas
salientes deverá ser coletada e medida;

- Após a pega da calda e no mínimo 48 horas após a injeção, efetuar o


corte dos respiros.

9.10- Acompanhamento da injeção

Será preenchido no campo e assinado pelo Controle de qualidade ara


cada cabo, um formulário de acompanhamento de injeção onde consta:

- Identificação do cabo;

- Comprimento do cabo (m);

- Volume real da calda injetada (l/m)

- Pressão final de injeção (kgf/cm2);

- Relação volume real/volume teórico.

10- EXECUÇÃO DO CONCRETO SECUNDÁRIO DOS NICHOS

Após a conclusão dos serviços de injeção, cortar as cordoalhas


utilizadas para expulsão da água e ar (efeito chaminé) e recobri-las com
durepoxy, espessura mínima aproximadamente de 1cm.

A seguir, as barras deixadas em espera na zona dos nichos serão


desdobradas e dispostas de maneira a formar uma malha (ver projeto de
armação) e será o preenchimento dos rebaixos com argamassa forte de
cimento e areia. Esta argamassa será dosada de maneira a sofrer um
mínimo de retração, sem a incorporação de aditivos nocivos aos aços.

A obra verificará a necessidade de apicoamento ou de jateamento da


superfície de contato do concreto primário com esta argamassa de
preenchimento.

11- RELAÇÃO DE NORMAS A SEREM CONSULTADAS

MB- 784 - Fios, barras e cordoalhas de aço, destinados as armaduras de


protensão – Ensaios de relaxação Isotérmica.

MB- 864 – Fios, barras e cordoalhas de aço para armaduras de


protensão – Ensaio de Tração.

NBR-7482 – Fios de aço para concreto protendido-Especificação.

NBR-7483 – Cordoalha de aço para concreto protendido.

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NBR-10789 – Execução da protensão em concreto protendido com
aderência posterior procedimento.

NBR-7681– Calda de cimento para injeção-Especificação.

NBR-7682 – Calda de cimento para injeção- determinação do índice de


fluidez- Método de ensaio.

NBR-7683 – Calda de cimento para injeção- determinação do índice de


Exsudação e expansão- Método de ensaio.

NBR-7684 – Calda de cimento para injeção- determinação da resistência


à compressão- Método de ensaio.

NBR-7685 – Calda de cimento para injeção- determinação da vida útil-


Método de ensaio.

NBR-10788 – Execução da injeção em concreto protendido com


aderência posterior- Procedimento.

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