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GUIA SIMPLES
SIMPLIFICAÇÃO DE SERVIÇOS
PERSPECTIVA DO USUÁRIO
UTILIZE A PERSPECTIVA DO USUÁRIO PARA AVALIAR
SE UM SERVIÇO PÚBLICO ESTÁ SENDO OFERTADO
DA FORMA MAIS SIMPLES POSSÍVEL
1 - Acesso
Um serviço só é prestado quando um cidadão consegue acessá-lo. Além disso, ele precisa
acompanhar a prestação e receber a entrega do serviço público. Tenha certeza de ter
retirado todas as barreiras e facilitado o acesso aos serviços públicos ao máximo, seja na
solicitação, acompanhamento ou entrega. Possibilite que o acesso ao serviço público possa
se dar pela maior quantidade de canais possíveis (presencial, telefônico, internet etc).
2 - Requisitos
Só requeira do usuário uma informação ou documento que for imprescindível para a
prestação do serviço público.
3 - Fornecimento de informações
Uma vez que o usuário tenha que fornecer informações para a prestação de um serviço
público, facilite a vida dele ao máximo. Se existir um formulário, tenha certeza de que ele é
essencial, possui apenas campos necessários e está no formato mais amigável possível. Não
peça mais de uma vez a mesma informação. Permita o envio de documentos por vários
canais e em diversos formatos. Caso necessário, não é o cidadão que tem que provar que
está correto ou é honesto, é o Estado que tem que provar o contrário.
4 - Identificação
Sempre que possível, evite solicitar do usuário a comprovação da identificação. Se for
necessário, faça a comprovação da identificação da forma mais simples. Geralmente, os
níveis de autenticação são os seguintes, indo do mais simples para o mais complexo:
autodeclaração, cadastro com conferência via e-mail ou SMS, conferência presencial de
documentos, certificação digital e dados biométricos.
5 - Etapas
Etapas são os momentos de contato entre o usuário e a administração pública devido à
necessidade de alguma ação do usuário ou quando é feita alguma entrega a ele. Assim,
quanto menos etapas um serviço público possuir, mais simples ele será. Deve-se restringir
ao máximo esses momentos de contato entre o usuário e o Estado, devendo ocorrer
somente se imprescindíveis. Etapas demandam tempo, esforço e envolvem custo, para o
Estado e a sociedade. Idealmente, um serviço público só deveria ter duas etapas: solicitação
e entrega. Procure sempre digitalizar e eliminar etapas.
6 - Linguagem
Instruções escritas de forma incompleta, confusa ou em uma linguagem difícil acabam por
complicar o acesso dos cidadãos aos serviços públicos. Quanto melhor o usuário entender
as informações, mais rápido ele cumprirá o que dele é exigido, melhorando assim o tempo
para prestação do serviço e, consequentemente, sua qualidade. A Jornada de
Transformação de Serviços disponibiliza o Guia “Fugindo do ‘burocratês’: como facilitar o
acesso do cidadão ao serviço público”, um manual sobre Linguagem Cidadã para aqueles
que quiserem se aprofundar no assunto.
KIT DE TRANSFORMAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
10 PRINCÍPIOS
SIMPLIFICAÇÃO DE SERVIÇOS1
É muito simples fazer algo complexo, mas é muito complexo fazer algo simples.
Fazer algo simples de usar é muito mais difícil - especialmente quando os sistemas
subjacentes são complexos. O usuário necessita de foco, ele precisa ser direcionado
por um serviço simples, claro e intuitivo, e não se perder na complexidade. Não
tome "Sempre foi assim" como resposta. Menos é mais, procure retirar
funcionalidades, formulários, opções, campos, cores, etc. Por fim, sempre use a
regra KISS (Keep it Simple, Servant).
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Baseado nos 10 princípios de design de serviços do “Government Digital Service” do Reino Unido:
https://www.gov.uk/design-principles
4 – Dê pequenos e constantes passos, itere.
5 – Simplicidade é acessibilidade.
Tudo o que construímos deve ser o mais inclusivo possível. Estamos construindo
para as necessidades, não para o público. Estamos projetando para todos, não
apenas para aqueles que são a maioria. As pessoas que mais precisam de nossos
serviços são muitas vezes as pessoas que o consideram mais difícil de usar. Vamos
pensar nessas pessoas desde o início.
Um serviço é algo que ajuda as pessoas a fazer alguma coisa. Nosso trabalho é
descobrir as necessidades dos usuários e construir o serviço que atende a essas
necessidades, que seja 100% digital, que possa ser consumido em uma caminhada
no parque, no tempo de uma parada no semáforo vermelho. Claro que muito do
que são os serviços estará em páginas na web, mas não estamos aqui para
construir canais de informação unidirecional. O mundo digital tem de se
conectar ao mundo real, por isso temos de pensar sobre todos os aspectos de um
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Serviço Mínimo Viável é a versão mais simples de um serviço que pode ser lançada com uma quantidade
mínima de esforço e desenvolvimento.
serviço, e nos certificar de que eles somam algo que atenda às necessidades do
usuário.
9 – Co-crie e compartilhe.
Se você conhece uma maneira de fazer algo que funciona e é eficiente, deve torná-
la reutilizável e compartilhável, em vez de reinventar a roda o tempo todo. Isso
significa construir plataformas e registros que outros órgãos possam utilizar,
fornecendo recursos (como APIs) que sejam facilmente utilizáveis e escaláveis para
outros contextos e trabalhos.
10 – E funciona?
Por fim e mais importante, caso nenhum destes mandamentos tenha ajudado, faça-
se simplesmente a seguinte pergunta: “Esta solução melhora a vida do usuário?”
Se não transformar claramente a experiência do usuário do serviço para melhor,
simplesmente abandone-a e comece novamente no mandamento número 1.