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Livro Odespertardavisaointerior 194p PDF
Livro Odespertardavisaointerior 194p PDF
Livro
Conteúdo
Introdução
introdução
Matthew 6:22
Foi escrito para aqueles que não se satisfazem apenas com um entendimento intelectual de
realidades espirituais e que desejam ganhar acesso à experiências diretas.
Deve ser claramente entendido que nosso objetivo não é desenvolver as distorções atávicas
da clarividência psíquica de transe-médio mas de caminhar em direção da Visão do Self.
Embora várias percepções extrasensoriais surjam com a pratica das técnicas, o propósito é
claramente achar o Self e aprender a ver o mundo a partir dele ao invés de sua consciência
mental habitual.
Este livro deve ser tido como uma introdução, um primeiro passo, para um modo
completamente diferente de percepção e pensamento. Foi escrito para servir o grande número
de seres humanos que estão presentemente prontos a se conectarem com realidades
espirituais e adentrar em um novo modelo de consciência. As técnicas propostas são para
pessoas que são parte do mundo. Elas não o convidam a se retirar de suas atividades diárias
mas sim começar a executá-las com uma consciência diferente e uma nova visão, aplicando a
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linha de Provérbios (iii:6): "Em todas suas formas, conhecei-O", dito pelo Talmud, contendo
toda a essência do Torah.
Depois de ditas estas palavras, é importante declarar que a Escola Clairvision não é uma
organização "New Age". Seus métodos e técnicas são normalmente baseados em princípios
bem diferentes dos achados no movimento New Age. Em nenhum momento as técnicas da
Clairvision usam qualquer tipo de canalização, imaginação criativa ou afirmações positivas.
Nenhuma hipnose ou auto-sugestão é usada. As técnicas da Escola Clairvision estão baseadas
em um despertar direto do corpo de energia. A filosofia e a base da escola são achados na
tradição ocidental do conhecimento esotérico. Se acontecer de você experimentar intensas
aberturas e percepções enquanto estiver praticando nossas técnicas, é bem possível que você
também tenha uma conexão com esta tradição. Em particular, espera-se que muitos tenham
um claro despertar do terceiro olho enquanto estiverem lendo este livro.
Ao invés de desenvolver primeiro os aspectos teóricos por completo, serão dadas indicações
graduais ao longo deste livro, seguidas de forma a clarificar os propósitos e princípios de um
trabalho de alquimia interior. A natureza do nosso tópico também proporcionará grandes
oportunidades para desenvolver vários aspectos relacionados aos corpos sutis.
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Qualquer trabalho espiritual autêntico tem o Self como objetivo principal, e as técnicas da
Clairvision não são exceção. O propósito essencial do processo é "ser mais". É comum se ouvir
que os seres humanos estão usando apenas uma pequena fração do potencial de que
dispõem. Suas vidas são confinadas dentro de um alcance limitado de pensamentos, emoções,
sensações e outras modalidades de existência consciente, e na maioria dos casos eles ainda
permanecem completamente desavisados destas limitações. O mito da caverna, de Platão,
embora formulado 24 séculos atrás, permanece perfeitamente pertinente: se você sempre
viveu dentro de um porão escuro, para você este porão não é um porão, é o universo inteiro.
Você não consegue nem conceber a maravilha que te espera se você sair e entrar no mundo
real. O trabalho sugerido neste livro é sair do porão e começar a contemplar a magnificência
do mundo, assim como é visto através do terceiro olho.
Desenvolver o terceiro olho é um modo direto de ampliar seu universo consciente e descobrir
seus valores essenciais, de forma que você pode sondar seu próprio mistério. Além disso, é
simples . Simples não significa, necessariamente, fácil; mas este trabalho não requer teorias
complicadas ou longas discussões. Sua direção é essencialmente experimental, pois o objetivo
é, claramente, ser mais. E ser é a coisa mais simples no mundo. A preocupação constante ao
escrever este manual foi relacionar teoria com prática e dar técnicas e meios que permitissem
o auto-conhecimento .
Os primeiros três capítulos são dedicados à entrada nos principais aspectos da prática. Os
capítulos restantes são mais independentes um do outro, de forma que é possível que sejam
lidos na ordem que o leitor achar mais conveniente.
Antes de começar a primeira técnica deixe-me dar uns conselhos básicos relativos aos
princípios e métodos do trabalho.
Você não deve se confundir com o fato de que nosso propósito é uma
clarividência nova, ou visão do Self. Na verdade, o Self já está lá e espera por você
no fundo de si mesmo. Você não irá "construir" o Self e sua visão, mas sim revelá-
los ao máximo possível. Desenvolvimento espiritual é certamente uma batalha, e a
principal arma nesta luta é deixar acontecer.
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Nesta perspectiva de abertura não é apropriado se concentrar, tentar severamente ou forçar
qualquer coisa. Se fosse fazer assim, o que aconteceria? Você operaria a partir de sua mente
ordinária, o que significa aquela fração sua com a qual você está pensando neste momento (a
mente discursiva que fala todo o tempo em sua cabeça). Você foi condicionado desde muito
cedo a fazer tudo a partir da mente. Assim sendo, se você tentar forcar a percepção,
provavelmente permanecerá preso em sua mente falante - uma camada certamente imprópria
para qualquer forma de percepção espiritual.
Pare de fazer. Fique ciente, mantendo seu estado de consciencia espiritual. Permita que o
que está escondido nas profundezas venha a tona e seja revelado à sua consciência. Não faça
nada, deixe as coisas acontecerem. Flua com o que vem.
No mundo físico, quando quer algo, você tem que se esforçar para almeja-lo. Por outro lado,
no mundo espiritual voce deve permitir que as experiencias venham a voce. É uma habilidade
nova que tem que ser desenvolvida. Poderia ser chamada de um "deixar acontecer ativo" ou
"deixar acontecer criativo". É a capacidade de ser transparente e deixar estados de consciência
serem revelados através de você.
No contexto das técnicas Clairvision é aconselhado que você nunca tente visualizar ou
imaginar qualquer coisa. Se imagens, luzes, seres espirituais ou qualquer outra coisa vêm à
sua visão, tudo bem. Mas não os produza, não tente induzi-los. Não visualize nenhum padrão
em seu campo de consciência.
Uma das razões seria: suponha que um anjo vem a você, verdadeiramente. Se você tem
tentado visualizar anjos todas as manhãs durante alguns meses como irá saber se é um anjo
de fato ou um que você imaginou?
Esta abordagem não deve ser entendida como uma crítica aos caminhos que usam
visualização criativa ou imaginação. Há muitos modos. O que é verdade no contexto de um
sistema particular de desenvolvimento não se aplica, necessariamente, a outros. No estilo de
trabalho da Clairvision , o lema é "permaneca num estado de consciencia ."
Algo bom para se lembrar é que quando não há nada em que acreditar, não há nada de que
duvidar também! Considerando que você não esteja tentando forjar uma visão e não
desperdiça seu tempo preocupado se está realmente vendo o que está vendo, confie em sua
experiência.
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Continue praticando de acordo com nossos princípios sérios e sua clarividência florescerá e
crescerá em precisão e confiabilidade. Como percepções começam a se repetir, isto facilitará
cada vez mais a confiança nelas.
De uma forma geral, a maioria das pessoas é psiquicamente desprotegida, por duas razões
principais: primeiro porque não podem ver quando uma energia negativa está ao redor e a
precaução é requerida; segundo porque não foram treinadas para lacrar suas auras tornando-
as impermeáveis a influências externas caso seja necessário.
O terceiro olho, sendo o órgão de percepção sutil, intuição e o interruptor principal do corpo
de energia, oferece verdadeiras respostas para estes dois problemas.
Primeiramente ele lhe permite descobrir quando seu ambiente enérgico é tal que requer
cuidados de sua parte.
Secundariamente deveria estar claro que nosso método não só lhe ensinam como abrir seu
olho mas também como fechar sua aura. Desde as primeiras técnicas, a vibração no terceiro
olho começará a despertar uma densidade mais alta de energia protetora em sua aura. Isto
não está baseado em imaginação positiva ou auto-sugestão mas na percepção tangível de
uma energia vibrando ao seu redor. Não só durante a meditação você será capaz
de despertar esta energia protetora, mas também nas situações mais variadas de
sua vida diária, como quando pegar um ônibus, andar em uma rua movimentada
ou lidar com seu chefe ou empregados.
Mais métodos sistemáticos para lacrar a aura serão apresentados por inteiro nos
Capítulos 17, 18, 20 e 21 sobre proteção. A habilidade para detectar linhas de energia
(Capítulo 12) também será de grande ajuda para estabelecer um ambiente seguro e protetor.
Eu não acho que haverá muito lucro apenas com a leitura dos 22 capítulos deste livro. Se
você é jovem ou velho, saudável ou doente, a chave para sucesso em sua indagação espiritual
reside em três palavras: pratique, pratique, pratique... Certamente não é necessário se retirar
de suas atividades e meditar todo o tempo para alcançar um alto nível de prática espiritual.
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Você pode seguir este livro sem dedicar mais de dez a vinte minutos diariamente a exercícios
de meditação. Várias práticas que serão sugeridas são projetadas para complementar suas
atividades diárias. Tente torná-las um hábito, e incorporar este trabalho o máximo possível ao
seu modo natural de vida.
"Aqueles que acreditam que primeiro irão morrer para então se elevarem estão
completamente enganados.Se eles não passarem pela ressurreição enquanto estiverem vivos,
ao morrer eles não receberão nada."
Em termos de auto-transformação, amanhã significa nunca. Tudo que pode ser feito, faça
agora mesmo.
Nada facilita este fato: dependendo de para onde você olha, você vê o universo e sua
finalidade de formas completamente diferente. Por favor pondere sobre isto, porque me
parece um dos melhores antídotos contra o dogma. Qualquer que seja sua visão, não faça
dela uma prisão. Sempre deixe espaço para mudar sua mente e sua visão do mundo.
Mais uma vez, não é o que você acredita ou o que você lê que irá mudar sua vida espiritual,
é o que você pode experimentar diretamente; portanto, o trabalho sugerido neste livro visa te
proporcionar a capacidade para se sintonizar e alcançar sua própria percepção de mundos
espirituais.
capitulo 2
Os Mistérios da Laringe
João 1:1
Revelação 1:16
Esta prática consiste em uma respiração com uma fricção na parte mais baixa e posterior da
garganta, mantendo a boca ligeiramente aberta. A fricção acontece tanto na inalação quanto
na exalação. Cria-se um som que é uma espécie de "vento" que se escuta baixo. Neste tipo
particular de técnica, não existe nenhum tipo de zumbido ou rumor, nem qualquer forma de
som cantado. O som é aproximadamente o mesmo tanto ao inalar quanto ao exalar. Se puder,
tente fazer isto com um som baixo; será mais fácil de sustentar por um longo período de
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tempo. Mas antes de dar mais indicações e dicas sobre a fricção na garganta, deixe-me
esclarecer alguns pontos.
Não comece se perguntando sobre a fricção de garganta perfeita. Apenas faça um tipo
fricção com a respiração e deixe se ajustar com o tempo.
Se tentar fazer com perfeição, provavelmente, acabará fazendo tudo errado. (O mesmo se
aplica, de forma semelhante, a todas as técnicas deste livro.) Sendo meticulosa, sua mente
provavelmente achará um meio. Então respire com um pouco de suave fricção na garganta e
tudo estará bem! Leia as indicações dadas abaixo, e então poderá entrar nesta seção em
algumas semanas e descobrir mais acertadamente onde sua fricção está acontecendo e ajustar
os detalhes.
Se você deseja ter uma demonstração imediata, você pode visitar o site na Internet da
Escola Clairvision (seção: Clairvision Knowledge Bank - CKB), onde você achará arquivos sobre
fricção de garganta, incluindo uma gravação. Mas repito: lembre-se de que qualquer vago som
de fricção será o suficiente para conduzí-lo pelos exercícios de Despertar o Terceiro Olho.
Não importa se você está respirando pelo nariz ou pela boca, ou ambos ao mesmo tempo,
mas a boca deve permanecer ligeiramente aberta. Nesta posição a mandíbula está solta e
relaxada, o que gera uma certa condição de energia que pode ser suficiente por si mesma para
induzir um estado ligeiramente alterado de consciência.
A fricção de garganta é mais confortável e mais eficiente quando vem da parte de trás da
garganta, não da boca ou do céu da boca [área M na figura - M de meio da boca] nem da área
perto dos dentes [área F - F de frente da boca].
Se você fosse produzir sua fricção a partir do meio [M] ou da frente [F] da boca, ambos
estariam incorretos, o som sairia alto e de certa forma assobiado ou estridente. Experimente e
compare cada um.
A fricção correta vem da laringe e da parte mais baixa da faringe e significa a parte posterior
e mais baixa da garganta [área L na figura]. Assim, o som correto é mais baixo, mais profundo
e mais interiorizado do que se viesse da frente da boca.
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Outro possível engano seria gerar sua fricção a partir da faringe superior (nasofaringe),
significando a parte de trás mas ao topo da garganta, atrás da cavidade nasal interna [área N
na figura]. Neste caso, também incorreto a fricção ressonaria mais nos sinus nasais que na
garganta.
Freqüentemente, ao executar a fricção na garganta, você pode sentir uma sutil mas distinta
vibração na laringe ao tocar suavemente o pomo de Adão com os dedos. (O pomo de Adão é a
protuberância externa da laringe, na parte superior do meio da garganta. É mais marcado em
homens que em mulheres.) No princípio esta vibração debaixo do dedo é, freqüentemente,
sentida com mais clareza durante a inalação, embora o mesmo som seja produzido tanto
durante esta quanto durante a exalação.
Quão profunda a respiração deveria ser? Sua profundidade e ritmo devem ser normais. A
respiração ligeiramente mais profunda pode ser aplicada no início a fim de gerar uma fricção
mais clara. Mas você não precisa hiperventilar: esta técnica não visa criar uma espécie de
respiração de "renascimento". Nosso propósito é ativar a energia da laringe através da fricção.
A ênfase não está em respirar mas em despertar a energia da laringe.
O objetivo da fricção na garganta é reforçar sua conexão com a "energia", um termo que
pode soar vago no princípio mas que terá mais significado conforme se continua trabalhando
em seu terceiro olho. Na medida em que você se torna mais acostumado a esta prática de
fricção, terá apenas que se sintonizar no fluxo de energia ao seu redor e a intensidade certa da
respiração virá automaticamente. Profundidade e ritmo variarão, porque é da natureza da
energia variar, e é o nosso propósito aprender a fluir com a energia.
A ação enérgica desta respiração de fricção será grandemente aumentada se seu pescoço
estiver reto e vertical, alinhado com o resto da coluna. Quanto mais perfeita estiver a posição
do seu pescoço, maior é o poder liberado pela laringe. Isto pode ser experimentado como um
intensificador súbito da vibração que às vezes acontece quando movemos o pescoço
ligeiramente, aproximando-nos da posição vertical perfeita.
A boca fica só ligeiramente aberta, mas ainda é importante se assegurar de que permaneca
aberta, e que a mandíbula está relaxada de forma que os dentes superiores e inferiores não se
toquem.
Quando ficar familiar com a vibração entre as sobrancelhas (introduzida no próximo capítulo),
volte a este ponto: pratique a fricção na garganta com sua boca firmemente fechada, e depois
com a boca ligeiramente aberta, alternando as duas posições para sentir a diferença em sua
energia. Você notará que assim que a mandíbula fica relaxada e ligeiramente aberta, uma
condição completamente diferente é gerada em sua energia, na qual a conexão com a
vibração é maior e uma abertura geral é favorecida.
Perceba que esta posição ligeiramente aberta da boca não tem a intenção de forçá-lo a
respirar pela boca ao invés de pelo nariz. Você pode respirar por onde quiser, ou mesmo
por ambos ao mesmo tempo, como sentir mais natural a você.
Algumas vezes, os iniciantes sentem que esta técnica seca um pouco a garganta ou a deixa
ligeiramente irritada. Nesse caso, abaixe mais ainda a fricção na garganta. Freqüentemente,
novatos fazem a fricção mais para cima do que o lugar certo na garganta, próximo ao
palato, o que irrita a garganta. De qualquer maneira, praticando várias vezes ao dia durante
alguns minutos, esta inconveniência logo será superada. (Mel de alta qualidade também
pode ser usado como um suavizante). Com prática esta fricção pode ser mantida facilmente
durante horas.
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Depois de alguns dias de prática a fricção de garganta se ajusta naturalmente e qualquer
sensação irritante desaparece.
Deve ser enfatizado que o enfoque desta técnica está na laringe, não na
respiração. De forma alguma essa técnica pode ser considerada como uma prática
de hiperventilação, uma vez que a intensidade da respiração deve ser ajustada ao
seu normal. Não é nem mesmo um exercício de respiração, uma vez que é só a
ação mecânica do ar na laringe que é usada, sem tentar conectar especialmente
com o processo de respiração. A fricção é usada para criar uma excitação da vibração na
laringe, mas em um estágio posterior da prática, fica possível despertar a mesma vibração na
laringe sem fazer uso da respiração.
Por que a protuberância da laringe é chamada de pomo de Adão (Adam's apple), e por que
é mais pronunciadoem homens que em mulheres? É dito que quando Adão tentou engolir um
pedaço da maçã da árvore do conhecimento, o mesmo permaneceu preso em sua garganta!
O "modo de fricção" é um som de energia. Aquieta a mente e quando se tem domínio sobre
ele, instantaneamente induz a um estado sintonizado de consciência.
Uma de suas ações principais é ampliar qualquer fenômeno psíquico. O modo como
usaremos a respiração com a fricção na garganta no capítulo seguinte tem o objetivo de
conectá-la com a área entre as sobrancelhas para fortalecer seu estado de consciência do
terceiro olho. Em práticas mais avançadas, a fricção de garganta será conectada com
diferentes estruturas do corpo de energia para ajudar a reforçá-las.
O que quer dizer "conectar"? É um sensação que é mais fácil experimentar que descrever.
Suponha que você está tentando conectar a fricção de garganta com a área entre as
sobrancelhas, por exemplo. No princípio há uma consciência simultânea. Então uma
ressonância acontece automaticamente entre os dois. A área entre as sobrancelhas parece
vibrar junto com a fricção na garganta. Assim, acontece uma "mistura". A fricção na garganta
se combina com a sensação entre as sobrancelhas. Há uma comunicação de energia entre a
laringe e o terceiro olho. Isso é o que significa "conectar".
Então vem uma simples mas essencial experiência: a percepção do terceiro olho
rapidamente se torna mais distinta e tangível. Este resultado é claro e instantâneo.
O efeito da fricção na garganta é "dar forma", deixar as coisas mais consistentes.
Sendo assim, sempre que você conectar a fricção de garganta com um chakra ou
qualquer outro órgão de energia, o órgão fica mais perceptível. A laringe torna as
coisas manifestas, ela as revela.
Um efeito semelhante será observado ao se trabalhar com auras. Em primeiro lugar, você tem
que "construir" o espaço interno e adentrar no processo de visão. Alguns exercícios mostrarão
como sua percepção de halos não-físicos e auras é instantaneamente impulsionada quando
combinada a fricção na garganta com a visão (veja Capítulos 5 e 7). As luzes e cores
aparecerão "significativamente"' mais densas e mais tangíveis.
A fricção na garganta também pode ser usada para estabelecer um encadeamento entre
estruturas diferentes de energia. Você não apenas pode conectar a fricção com o terceiro olho
ou qualquer outro órgão de energia, mas também pode aumentar a conexão entre diferentes
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órgãos energéticos, unindo-os pela fricção. Por exemplo nos capítulos sobre Circulações
Energéticas (Cap. 4 e 5), você trabalhará para estabelecer um encadeamento entre a energia
das mãos e do terceiro olho. E nos capítulos sobre proteção, aprenderá a conectar o terceiro
olho com energias da barriga.
Conforme você avança ao longo deste caminho, descobrirá várias outras funções milagrosas
associadas com a laringe. Por exemplo, a laringe é um purificador de energia maravilhoso:
pode digerir todos os tipos de energias tóxicas. Também representa um papel principal no
metabolismo do néctar da imortalidade. Eu recomendo que você não trate a fricção na
garganta como rotineira, mas que considere esta prática como uma busca sagrada para com
os mistérios da laringe.
Touro é governado por Vênus, Escorpião por Marte. Vênus e Marte formam um par, com
funções dialeticamente opostas.
Em acupuntura o ponto
QiChong (Estômago 30),
localizado ao lado do osso
púbico, tem entre seus sintomas garganta dolorida depois da relação sexual. Pode-se achar
várias outras conexões na Medicina Tradicional Chinesa entre energia sexual e garganta. Por
exemplo: dentre os órgãos diz-se que o rim é o armazém da energia sexual. E na garganta
encontram-se as amígdalas, que também têm a forma de um rim. No caso de uma liberação
de "fogo" pelo rim, isso pode resultar em uma inflamação da faringe (faringite) ou das
amígdalas (amigdalite).
Assim Steiner descreve como, no meio das alterações cataclísmicas do planeta Terra, os
seres humanos perderam metade de suas energias de procriação. Eles deixaram de ser
hermafroditas: os sexos foram separados. Cada ser humano reteve apenas metade da energia
criativa, e dali em diante teve que achar alguém do outro sexo para gerar uma criança. O que
aconteceu então à outra metade da energia de procriação, que não estava mais disponível
para tal? De acordo com Steiner, foi redirecionada para uma
função diferente: pegando o Ego, ou Ego superior. Até então,
seres humanos tinham vivido como seres amorfos, completamente
desconectados de seus Egos. E foi através do redirecionamento da
metade de suas forças sexuais que eles estabeleceram o começo
de uma conexão com o Ego. Eles se tornaram seres espirituais.
Mas voltando à voz, Steiner descreve como, depois que os seres humanos tiveram a metade
da energia sexual redirecionada (aproximadamente no meio da época da Lemuria), algum
órgãos novos apareceram no corpo humano. A laringe foi um deles. Isto estabelece uma
conexão direta entre a transformada e espiritualizada energia sexual e a laringe: uma vez que
a energia sexual do hermafrodita era 100% dirigida para a procriação, a laringe não podia
aparecer. Quando a energia sexual foi refinada para começar a "cultivar" o Espírito, a laringe
começou a se desenvolver.
Hoje em dia, se tentarmos entender a função presente de nossa laringe, vemos que é pela
voz que expressamos nossos pensamentos e nossas emoções, que é um modo de lhes dar
uma forma mais definida. Assim que você começa a praticar os exercícios dados nos primeiros
capítulos deste livro, você perceberá que a fricção na garganta torna o terceiro olho mais
tangível, como se ele tivesse uma forma. Você se sintonizará em seu terceiro olho, e assim que
começar a aplicar a fricção na garganta, o terceiro olho será percebido imediatamente com
mais clareza e intensidade.
Steiner assim previu o futuro da humanidade: a capacidade da laringe para dar forma ficará
extrema, e o poder criativo da palavra se manifestará inclusive no plano físico: só dizendo uma
palavra, o objeto correspondente será materializado. Mesmo que se surpreenda com tais
implicações, este conceito não tem nenhuma diferença do vac-siddhi ou poder criativo da
palavra, que, de acordo com os textos sanskritos, os antigos Rishis Indianos haviam dominado.
Isto sugere que os seres humanos estejam ganhando a capacidade para criar gradualmente,
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semelhante ao Elohim no Velho Testamento. Em outras palavras isto apresenta o ser humano
como um deus criativo na fabricação - um tema que se configura em toda tradição esotérica
ocidental e começa no Gênese, quando Adão comeu da árvore do conhecimento, e o Elohim
exclama: "Vejam, Adão se tornou como um de nós." (Gênese 3:22) Todas estas considerações
sobre a laringe levam a pensar que pode haver algum significado simbólico atrás da fábula de
que a maçã de Adão era o pedaço da fruta da árvore do conhecimento que permaneceu preso
em sua garganta.
Outra visão de Steiner que é bem coerente com várias outras fontes da tradição esotérica
ocidental, é que com a transmutação final da energia sexual no poder criativo da da voz, virá o
fim da morte: imortalidade física. O fim do órgãos sexual significa o fim da separação dos seres
humanos em dois sexos. No evangelho de Felipe, um dos mais excitantes evangelhos, é
declarado inequivocamente que se "a mulher" não tivesse sido separada do "homem", ela não
teria que morrer com "o homem", foi a separação dos sexos que causou o começo da morte. O
mesmo texto indica mais adiante que contanto que Eva estivesse em Adão, não havia
nenhuma morte. É quando ela se separa dele que a morte começa. Se "o homem" ficar inteiro
novamente, será o fim da morte.
Isto se equivale ao evangelho de Thomas no qual Jesus fala aos discípulos que é fazendo um
de dois que eles se tornarão os filhos do homem, e moverão montanhas dizendo, "Montanha,
mova!"
Sente-se em uma posição de meditação, com suas costas extremamente retas. Fique ciente
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da parte cervical da espinha, no pescoço, e busque uma posição vertical perfeitamente
alinhada com o resto das costas.
Comece a fazer um som contínuo, uma espécie de zunido, fazendo sua garganta vibrar. Faça
o som enquanto exala e inala. Faça inalações pequenas e exalações longas.
Continue a prática durante alguns minutos. Então permaneça calado e imóvel por mais
alguns minutos, apenas sentindo a vibração na garganta.
Dicas
Esta técnica pode ser bem viciante. Se praticada por um tempo longo o suficiente, induz a
um estado alterado e expandido de consciência, delicadamente estimulante. O efeito é
fortemente reforçado quando se está consciente do terceiro olho ao mesmo tempo, de acordo
com os princípios desenvolvidos no próximo capítulo.
Um modo de praticar este exercício é fazer seu som zumbido se assemelhar ao zumbido de
uma abelha. Então a prática se torna a técnica de bhramarin de Hatha-ioga. Se isto for difícil,
não se preocupe. Qualquer som zumbindo surtirá efeito, contanto que você crie uma vibração
tangível que pode sentir ao colocar seus dedos na protuberância da laringe.
As abelhas que são grandes peritas em sons de zunido são pequenas criaturas altamente
alquímicas. A conexão que têm com a energia sexual das plantas é fácil de se observar. Por
exemplo: elas ajudam muitas plantas a se reproduzirem, levando o pólen (equivalente ao
sêmen da planta) de uma para outra. Eles tiram o néctar das partes reprodutivas das plantas e
o transforma em mel.
O mel é, de muitas formas, uma substância notável. Mantém-se durante anos sem qualquer
processo de preservação - um tempo muito longo, especialmente se comparado ao tempo de
vida de uma abelha-operária, que é de aproximadamente um ou dois meses. Assim as abelhas
pegam um produto sexualmente-relacionado e o transformam em uma substância não
perecível. Isto nos faz lembrar dos processos alquímicos pelos quais a força sexual é
transmutada e que resultam na formação do corpo de imortalidade. Em um nível mais simples,
a geléia real, outro produto da colméia, é altamente procurada e considerada uma substância
de longevidade.
Interessante notar que o mel sempre foi considerado um excelente remédio para a garganta,
e abelhas um símbolo de eloqüência. Em hebreu, uma das palavras para voz é dibur que vem
da raiz daber que dá o verbo ledaber, que significa falar". E abelha é dvora, que vem da
mesma raiz. (O nome Deborah vem do hebreu dvora, abelha.)
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O Despertar da Visão Interior
capitulo 3
Em ambas as tradições Cristãs e Hindus pode se achar textos que comparam o corpo a um
templo do ponto de vista espiritual. Se fôssemos desenvolver a analogia, poderíamos comparar
o terceiro olho ao portal do templo. Ao cruzar o portal, a pessoa vai do profano para o
sagrado, da fase onde lê e pensa sobre a vida espiritual para a fase onde começa a
experimentar tudo isso. O terceiro olho sempre foi considerado por aqueles que buscam
conhecer a si mesmos como uma jóia preciosa, portanto a pedra preciosa colocada na testa
das estátuas de Buddhas.
Neste capítulo descreveremos como começar a estabelecer uma conexão com o terceiro olho
( prática 3.2 ). Então abrangeremos uma técnica de meditação (3.7) pela qual o terceiro olho
pode ser explorado e desenvolvido mais adiante.
Esta prática de abertura é projetada para o dar uma primeira "pista" para o terceiro olho,
despertando uma certa sensação entre as sobrancelhas. É projetada para ser praticada apenas
uma vez, ou algumas vezes, dentro de um curto período de tempo, para que o trabalho no
olho seja continuado com a técnica de meditação indicada abaixo (3.7), e com todas as outras
práticas do livro.
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Um bom modo para começar é escolher um dia no qual você não tem nada para fazer, no
começo de um fim de semana por exemplo, e enfocar intensamente as práticas. Esta forte
impressão inicial facilitará para seguir com o resto das técnicas.
Você pode praticar sozinho ou com amigos, o que fará a energia mais intensa. O melhor dia
do mês para começar é um dia antes da Lua Cheia, porém você não tem que se preocupar
muito com o calendário. O importante é fazer, e não esperar pelo tempo perfeito.
Lembre-se de que está lidando com percepção sutil. Não espere que a vibração seja sentida
como um punhal em sua testa. Mesmo se perceber apenas um pequeno formigamento
lânguido ou uma pressão entre as sobrancelhas, já será o suficiente para começar o processo.
Todas as outras práticas no livro contribuirão para aumentar e desenvolver a percepção.
Lembre-se: não imagine nem visualize nada. Deixe as coisas virem a você. Uma certa
vibração minúscula já está presente entre as sobrancelhas em todo mundo. O objetivo é
revelar esta vibração natural para cultivá-la mais tarde.
Preparação
Escolha um quarto quieto onde ninguém o perturbará durante pelo menos uma hora. Você
não tem que estar só, pode aplicar esta prática junto com amigos. Mas não deve haver
ninguém no quarto que não esteja praticando com você.
Deite no chão, sobre um tapete, um cobertor, ou um fino colchão. Os braços não devem ser
cruzados mas acomodados ao seu lado. É preferível ter as palmas das mãos viradas para cima.
Fase 1
Tome consciência de sua garganta. Comece a respirar com a fricção na garganta, como foi
explicado no último capítulo (seção 2.1).
Fase 2
Ao invés de colocar sua consciência na laringe, coloque-a agora na área entre suas
sobrancelhas.
Não se concentre. Se você se "agarra" à área entre as sobrancelhas com um foco muito
fechado, o processo não consegue se desenrolar. Flua com a energia. Siga o que vem
espontaneamente. Se a respiração mudar naturalmente e ficar mais intensa, então siga a
respiração. Mas tenha certeza de que mantém um pouco de fricção na garganta ao longo
destas primeiras 5 fases da prática.
Fique ciente na área entre as sobrancelhas, respirando com a fricção na garganta, por
aproximadamente 5 minutos. Precisão de tempo não é pertinente a esta prática, sendo que
não há nenhuma necessidade de marcar no relógio.
Fase 3
Coloque a palma de sua mão na frente da área entre as sobrancelhas. A mão não toca a pele,
fica aproximadamente de 3 a 5 centímetros (1 ou 2 polegadas) afastada.
Durante alguns minutos, fique deitado no chão com os olhos fechados e respirando com a
fricção na garganta, atento entre as sobrancelhas, e a palma 1 polegada na frente desta área.
Fase 4
Mantenha sua mão à sua frente ou volte-a para seu lado, como preferir.
Permaneça com os olhos fechados e respire com a fricção na garganta, consciente entre as
sobrancelhas.
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Comece a procurar por uma vibração entre as sobrancelhas. Pode ser de diferentes formas:
uma nítida vibração ou um formigamento, uma pressão sutil, um peso ou uma densidade
entre as sobrancelhas.
Note que seus olhos permanecem fechados durante todas as fases desta prática.
Fase 5
A vibração mudará de acordo como se combinasse com a fricção. Ficará mais sutil e mais
intensa ao mesmo tempo.
Se sentir vibração ou formigamento em alguma outra parte do corpo, por exemplo a testa
toda, os braços ou até mesmo o corpo inteiro, não dê atenção a isto. Apenas permaneça
ciente da vibração (ou densidade, ou pressão...) entre as sobrancelhas.
Lembre-se: nenhuma imaginação, nenhuma visualização. Apenas flua com o que vem.
Fase 6
Permaneça com os olhos fechados, apenas ciente entre as sobrancelhas durante outros 10
minutos ou mais.
Permaneça extremamente quieto e sinta a energia ao seu redor. Quanto mais imóvel você
ficar, mais conseguirá se sintonizar.
Focar entre as sobrancelhas significa apenas ficar ciente desta área, e não dirigir seus
globos oculares como se tentasse olhar para esta área. Se você fosse aplicar tais movimentos
nos globos oculares, criaria uma tensão que iria apenas perturbar o curso natural da
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experiência. Assim os globos oculares não devem ser dirigidos para qualquer direção
particular, e assim é para as demais práticas ao longo do livro.
Uma experiência comum, no princípio, é sentir vibração (ou pressão, densidade...) não só na
área entre as sobrancelhas, mas também em outras partes da testa ou da face. Se isto
acontecer, não dê atenção, apenas foque na vibração entre as sobrancelhas e a conecte com a
fricção na garganta. Com prática, tudo entrará nos eixos.
Se você pratica com amigos, tenha certeza de que ninguém está se tocando, para evitar
transferências impróprias de energia.
Se a experiência ficar muito intensa, tudo que tem a fazer é abrir os olhos e você voltará a
seu estado normal de consciência.
Deite e relaxe.
No Capítulo 10 você achará um resumo das experiências mais comuns quando se começa a
trabalhar o terceiro olho de acordo com os princípios e técnicas desenvolvidas neste livro.
No que diz respeito a esta primeira abertura, a única coisa que importa é a vibração (ou
formigamento, ou densidade...) entre as sobrancelhas, e a luz, caso você a perceba. A melhor
atitude é não prestar nenhuma atenção a qualquer outra manifestação que pode acontecer ao
aplicar a prática.
Conforme pratica as várias técnicas que trabalham no terceiro olho, encontrará 3 tipos de
experiências, principalmente entre as sobrancelhas: 1) vibração, 2) cores e luz, 3) luz púrpura.
Basicamente falando, o primeiro indica uma ativação da camada etérica, o segundo indica o
astral, enquanto a percepção da luz púrpura indica que uma conexão foi feita com o espaço
astral (os termos etérico e astral serão desenvolvidos mais adiante neste livro).
Claro que estas indicações são muito simplificadas para serem exatas, mas do ponto de vista
experimental, elas provêem referências úteis para permitir ao leitor achar seu caminho no
princípio.
Uma vez que formigamento, pressão, densidade ou peso têm mais ou menos o mesmo
significado, para simplificar vou me referir a todos eles pela mesma palavra: vibração. Então,
sempre que você ler "vibração" neste livro, refere-se a toda e qualquer destas formas
diferentes. Por exemplo, "Edifique a vibração entre as sobrancelhas" significa: edifique a
modalidade que é natural a você - vibração, pressão, densidade, ou seus equivalentes. De
qualquer maneira, depois de certo tempo, a vibração será percebida como tudo isso,
simultaneamente.
O corpo astral é a camada da consciência mental e das emoções. A equação "luz (não-física)
= astral" não é absoluta, pois algumas elevadas freqüências de luz vêm de camadas muito
superiores à camada astral. Mas assim como aprenderá a reconhecer depressa, as luzes e
cores que comumente aparecem entre as sobrancelhas quando você "liga" seu olho, são um
indicador claro que a parte astral do terceiro olho está sendo ativada.
3) a luz púrpura é percebida freqüentemente no fundo das outras luzes ou padrões de cor.
Dá a sensação de uma expansão ou de um espaço que se estende na frente de seu terceiro
olho. Quanto mais profundamente você conecta com a luz púrpura, mais você a percebe como
um espaço que não só está à sua frente, mas em todo seu redor. Este espaço corresponde ao
que os esotéricos chamam de espaço astral.
Nem sempre este espaço de consciência é percebido como púrpura, mas também como uma
escuridão azul ou até mesmo negra. O mais importante é a sensação do espaço, independente
da cor percebida. Usarei a palavra "espaço" para a expansão escura ao fundo do terceiro olho,
qualquer que seja a cor.
Aqui vai algumas indicações para os que parecem não sentir qualquer vibração entre as
sobrancelhas ao praticar os exercícios.
É possível, e não incomum, que a vibração esteja lá, mas você não a registra. Talvez esteja
esperando algo extraordinário, ou muito intenso. Talvez seja simples demais. Esta vibração
sempre esteve entre suas sobrancelhas e você nunca prestou atenção.
Há ainda uma outra razão pela qual você pode não estar sentindo nenhuma vibração: pode
ser que esteja sentindo luz em vez de vibração. Lembre-se de nossas simples referências:
Se você estiver percebendo qualquer forma de luz (desde uma simples névoa embaçada até
um maravilhoso espaço púrpura, através de vários tipos de cores e padrões), então você já
está no astral, e não mais no etérico. Você não pode (no começo) estar dentro e fora de uma
casa ao mesmo tempo. Sendo assim, se você está na luz, é bem possível que tenha se
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desviado do nível da vibração. Neste caso, apenas siga sua prática com a luz em vez da
vibração. No esquema de nossa técnica de meditação (seção 3.7), vá da fase 2 para fase 3.
Não se preocupe com a vibração, conecte a fricção na garganta com a luz.
Depois de aplicar estas práticas com centenas de estudantes na Escola Clairvision, nunca vi
alguém que não conseguisse sentir a vibração depois de um pouco de prática. Siga as
Declarações de Jesus onde ele aconselha: que aqueles que buscam não cessem até que eles
achem, "e quando acharem ficarão encantados." Persista, persista, persista... e tudo
acontecerá.
Porém, seria simplificado demais dizer que o terceiro olho é a glândula pineal ou a glândula
pituitária, como declaram certos livros. Como expliquei antes, o túnel do terceiro olho não é
físico. Ele impacta sua energia em um certo número de estruturas do corpo físico, inclusive no
seio paranasal frontal, nos nervos óticos e seus quiasmas, nos nervos olfativos que passam
pela lâmina crivada do etmóide, nas glândulas pituitária e pineal, alguns dos núcleos no centro
do cérebro, nos ventrículos do cérebro, e outros. Seria muito simplista limitar e escolher uma
destas estruturas físicas e etiquetá-la como "terceiro olho". Repetindo: o terceiro olho não é
físico, é um órgão de energia. Pode ter algumas conexões privilegiadas com certas estruturas
físicas, mas não pode ser limitado a qualquer um deles.
No princípio, não se preocupe com qualquer outra parte do túnel, apenas permaneça atento
entre as sobrancelhas. Tem que começar de algum lugar, e este, em particular, no centro
entre as sobrancelhas tem a grande vantagem de criar uma energia protetora ao seu redor,
em sua aura, assim que você o ativa. Outros centros do "tunel" serão introduzido depois.
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Então, neste livro, sempre que falarmos
sobre "o olho", queremos dizer a área
entre as sobrancelhas . Isso, é claro, não
significa que a área entre as sobrancelhas é o
terceiro olho inteiro, mas nas fases iniciais de
nosso treinamento, é a área que usaremos e
desenvolveremos como o interruptor principal, o
lugar para se estar permanentemente ciente de
sua existência. Se você tiver sensações em
outras áreas da cabeça, não tente suprimi-las,
mas não dê atenção a elas. Mantenha seu
enfoque entre as sobrancelhas.
Vamos começar agora nossa principal técnica de meditação. Os estágios iniciais deste processo
de meditação não visam projetar à estados espetaculares de transcendência, mas trabalhar no
sentido de edificar sistematicamente o terceiro olho, para mais tarde alcançar o verdadeiro
silêncio interno. Como será discutido no Capítulo 9 sobre consciência, um dos princípios de
nossa abordagem é que não se pode lutar mentalmente contra a
mente. A pessoa não pode forçar a mente a ficar calada, mas pode
construir uma estrutura além da mente, através da qual a mente
pode ser dominada. Neste sentido, o terceiro olho pode ser
comparado a uma torre de controle, semelhante àquela do
hexagrama 20 do I-Ching. As primeiras fases deste processo de
meditação visam estruturar o terceiro olho e imprimi-lo o mais
tangível possível em seu sistema.
Preparação
Sente-se, no chão ou em uma cadeira, com as pernas em cruz e suas costas retas. Você não
tem que ficar no chão, mas suas costas devem ficar extremamente retas. Se você se sentar
em uma cadeira, é preferível não apoiar as costas em seu encosto, de forma a permitir um
fluxo livre de energias.
O fricção na respiração gera uma vibração na garganta. Perceba a vibração na laringe. Use a
fricção para intensificá-la.
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A vibração na garganta consta de duas partes: uma física, criada pela ação mecânica da
respiração, e outra mais sutil, como um formigamento, que ainda pode ser percebido quando
você pára a respiração.
Ajuste a posição de sua espinha. Procure o endireitamento absoluto. Alinhe o pescoço com o
resto de suas costa em busca da postura perfeitamente reta. Tenha certeza de que a cabeça,
o pescoço e o resto das costas estão em uma única linha reta.
Assista como a vibração na laringe e o fluxo de energia na garganta pode ser aumentada ao
adotar uma postura o mais perfeitamente vertical possível.
Cultive a quietude.
Continue respirando com a fricção na garganta, mas permaneca ciente na garganta. Perceba a
vibração entre as sobrancelhas.
Se você não está muito seguro do que "conectar" quer dizer, apenas permaneça
ciente de ambos ao mesmo tempo: a fricção na garganta e a vibração entre as
sobrancelhas. Rapidamente, ficará claro que uma certa interação acontece entre a garganta e
o olho. Isso é o que significa conectar.
A fase 2 consiste em usar a fricção na garganta como um amplificador, para cultivar e edificar
a vibração no olho.
Se você pode escolher entre a densidade pesada e formigamento sutil, opte pelo
formigamento. Evite "se agarrar". Mantenha a luz da experiência.
Mantenha a fricção na garganta. (Os olhos permanecem fechados até o fim da meditação.)
Assim que perceber qualquer uma destas modalidades de luz (névoa, brilho, cor...) mesmo
muito vagamente, conecte-a com a fricção na garganta. Da mesma maneira que na fase 2
você estava conectando a fricção com a vibração entre as sobrancelhas, agora você está
conectando a fricção com a luz. Em vez de ampliar a vibração, você está
trabalhando agora para ampliar a luz.
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Conforme pratica, perceberá partes mais luminosas e brilhantes da luz. Gradualmente
abandone a consciência das partes mais nebulosas para enfocar no brilho. Conecte seu
amplificador-fricção com a parte mais luminosa da luz.
Em vez de focar na própria luz e em suas partículas luminosas, perceba o fundo da luz. A
escuridão ou a luz púrpura ao fundo de todas as cores lhe darão o sensação de um espaço se
estendendo à sua frente.
Tal espaço pode aparecer púrpura, azul escuro, ou mesmo só escuridão. Mais que a cor, é a
sensação de expansão que importa.
Nesta fase você pode diminuir a fricção na garganta ou mesmo deixá-la de lado. Comece a
respirar novamente com a fricção se a mente vagar com pensamentos.
Comece a girar no espaço a sua frente, espiralando para frente e no sentido horário, como se
estivesse caindo em um túnel mais adiante.
O vórtice está lá, no espaço, esperando por você. Não tente criar um movimento espiral, mas
permita ser apanhado pelo vórtice e levado por seu movimento natural.
Conforme você vai girando, as qualidades e cores do espaço podem mudar algumas vezes,
como se você fosse projetado em uma área completamente diferente. Apenas reconheça as
várias sensações e continue com o vórtice.
De vez em quando, ou constantemente se assim desejar, você pode usar a fricção na garganta
para ampliar o efeito de vórtice.
Não-técnica
Perceba seu corpo. Faça algumas longas inalações. Leve o tempo que desejar para voltar
completamente, e então clique os dedos da mão direita e abra os olhos.
Não importa se no princípio você achar difícil separar a vibração física da não-física. É
suficiente que se tenha uma vaga sensação da vibração, tanto física e não-física, para o
processo seguir seu curso. De qualquer maneira, se tentar ser muito precisa, sua mente
provavelmente entraria no meio e bloquearia o processo.
Tudo que for relacionado à vibração, certamente, ficará mais claro depois de ler as técnicas
dos Capítulos 4, 6 e 8 e praticar as técnicas de Circulações Energéticas. No princípio pode ser
útil colocar sua mão perto de sua garganta, aproximadamente 1 polegada de distância, a fim
de aumentar a sensação de energia nesta área. Mais tarde, isto não será necessário.
Para esta prática como para qualquer trabalho de energia na laringe, é crucial que o pescoço
esteja tão vertical quanto possível.
Em termos de experiência, a intensificação da vibração no olho que acontece assim que você a
conecta com a fricção, indica que a ação da laringe está acontecendo.
Como expliquei antes, a vibração também pode ser sentida como um formigamento, uma
pressão, uma densidade... Esta fase trabalha para edificar a camada etérica do terceiro olho.
No princípio, apenas conectando a luz no olho com a fricção na garganta significa sentir os
dois simultaneamente. Então uma troca entre os dois acontece automaticamente, através da
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qual a energia gerada pela fricção na garganta comunica-se com a parte de seu terceiro olho
que percebe a luz. Na prática, a experiência é bem simples: a fricção parece "alimentar" a luz
para deixá-la mais tangível e mais luminosa, o que nos dá outro exemplo de como a laringe
pode ser usada para "dar forma".
A maioria dos estudantes que pensam não enxergarem a luz, na verdade a enxergam, mas
não a reconhecem. Você tem que aceitar isso no princípio, a sensação da luz pode ser vaga,
como uma embaçada névoa esbranquiçada, por exemplo. Mas este brilho lânguido é a
primeira pista. Use o efeito ampliador da laringe para desenvolvê-la. Pratique, pratique,
pratique... e o brilho humilde se transformará em uma iluminação.
A direção horária não deve ser tida como sistemática e compulsória. Como sempre, você
tem que seguir a energia do momento, e isso às vezes pode lhe fazer girar para trás e no
sentido anti-horário. Não obstante, quando nenhum vento em particular o leva para trás, é
preferível se mover adiante e para a direita.
O vórtice é ao mesmo tempo um vórtice e um túnel. É preferível não ter expectativas sobre
como ele deve parecer. Deixe a percepção surgir por si só, gradualmente.
Girando no espaço conduz a uma elaborada ciência dos vórtices, através dos quais pode-se
viajar longe em espaço e tempo. Isto introduz uma forma de viagem no qual o objetivo não é
se projetar fora de seu corpo, mas ir tão fundo que não sobra nada que possa vir de fora. O
efeito do vórtice de conduzir de um tempo-espaço para outro é intensivamente usado em ISIS,
a técnica Clairvision de regressão.
Se pensamentos surgirem
durante a meditação, não
dê atenção a eles,
apenas siga o processo.
Você logo notará que
uma forte vibração entre
as sobrancelhas tende a
aquietar a mente e reduzir significativamente a
velocidade de seu fluxo contínuo de pensamentos.
Assim não há nenhuma necessidade de lutar
mentalmente contra os pensamentos. Apenas não
foque sua atenção neles. Cada vez que é distraído
por um pensamento, simplesmente volta ao olho e
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continue o exercício. Persista no processo, e conforme o terceiro olho se desenvolve, os
pensamentos se tornarão um problema cada vez menor. Passado um certo nível de
desenvolvimento, o terceiro olho dá a capacidade para sair completamente da mente e
consequentemente manter os pensamentos afastados.
Freqüentemente, quando o nível de pensamentos fica perturbando, ele pode ser aquietado
intensificando a fricção na garganta que tem a ação de reforçar a vibração no olho. Mas
lembre-se que em nossa meditação o propósito não é deixar a mente silenciosa - que é
notoriamente um exercício inútil - mas edificar o terceiro olho. Uma vez que isto é alcançado,
pensamentos não terão mais importância.
4) espaço
Para uma meditação de 30 minutos: 5 minutos para cada das 5 fases, mais 5 minutos
acima da cabeça.
Para uma meditação de 10 minutos: leve aproximadamente 2 minutos para cada fase.
Não negligencie a fase 1, mesmo quando falta tempo, porque é uma parte essencial do
processo.
Esta técnica usa o som de zumbido praticada na seção 2.4. Sente-se com suas costas retas e
fique ciente da garganta. Repita fases 1, 2 e 3 da meditação do terceiro olho, usando um
zunido em vez da fricção na garganta.
Então deixe-se ser submergido no espaço, como nas fases 4 e 5, usando de vez em quando
um zumbido para penetrar mais profundamente no espaço.
Dicas
Estes sons de zumbido provêem um modo poderoso para se projetar no espaço. Não
hesite recorrer a eles sempre que estiver transtornado por pensamentos ou atividades mentais
durante sua meditação.
Uma boa maneira de proceder é gastar algum tempo todos os dias para praticar a meditação
do terceiro olho (3.7) e outros exercícios. Por exemplo, medite durante 20 ou 30 minutos, e
então pratique os exercícios de Circulações Energéticas (Capítulos 4, 6 e 8) durante 10
minutos, depois as técnicas de visão (Capítulos 5 e 7) durante 10 minutos, as técnicas de
proteção (Capítulos 18 e 20) durante 10 minutos. Faça uma prática noturna (Capítulos 13, 14,
15) todas as noites antes de ir dormir, e possivelmente de tarde ou de tardezinha, por
exemplo se estiver cansado ao chegar em casa depois do trabalho.
Se tiver mais tempo, é certamente possível e benéfico, dedicar períodos mais longos aos
exercícios. Ainda deve ser claro que as técnicas Clairvision foram projetadas para aqueles que
vivem no mundo. Elas não o convidam a se retirar de suas atividades, mas começar a executá-
las com uma consciência nova, como será discutido no Capítulo 9.
Para ter sucesso, o segredo não é passar longas horas meditando, mas incorporar cada vez
mais estas práticas em cada uma de suas atividades diárias. A base de nosso método é manter
um estado de consciência permanente no olho (entre as sobrancelhas) em tudo que faz
(aparte de dormir). Isto não se refere à luz ou ao espaço que serão mantidos durante a
meditação. Mantendo permanentemente a consciência de um pouco de vibração entre as
sobrancelhas, você alcançará um duplo objetivo. Por um lado, ficará gradualmente mais
presente e centrado em suas ações; e em segundo, seu terceiro olho será nutrido por sua
consciência e se transformará em um poderoso centro de energia. Assim, todas as técnicas
deste livro são consideradas como ocasiões para cultivar uma nova consciência. O primeiro e
principal benefício de nossas técnicas de visão é que, para aplicá-la, você tem que permanecer
consciente e presente entre as sobrancelhas.
Se estiver com falta de tempo, pode muito bem seguir o processo de meditação indicado neste
livro (técnica 3.7) usando apenas de 5 a 10 minutos todas as manhãs e incorporando as outras
práticas em sua rotina diária. Mas estes 5/10 minutos de meditação matutina são essenciais
para o desenvolvimento de seu terceiro olho. Se seu horário é tal que seu tempo de prática é
à noite e não de manhã, tente manter os 5/10 minutos de meditação matutina a qualquer
preço, porque eles afiançam um reconexão com seu olho que modifica completamente sua
energia por todo o dia.
Qualquer que seja sua forma de praticar, lembre-se que esta parte do caminho tem a ver com
construção - edificar o corpo sutil. Quanto mais você pratica, mais rápido a edificação será
alcançada.
Para o embrião, o espaço está fora, ao redor dele; mas para nós, o mesmo espaço é dentro.
Para entrar no espaço, temos que nos recolher do lado de dentro e passar pelo portal do
terceiro olho. No Upanishads , o ser humano é comparado a uma cidade com dez portões.
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Nove destes portões conduzem para fora e um único conduz para dentro. Os nove portões
externos são os dois olhos, as duas orelhas, as duas narinas, a boca, o ânus e o órgão
reprodutor. O décimo portão é o terceiro olho, ou ajna-chakra , que não se abre para o mundo
externo, mas para o interno.
Assim, o que estava fora para o embrião, agora está dentro para nós. Durante os processos
embriológicos que constroem o feto, acontece uma internalização do espaço astral. É uma
reversão fascinante pela qual o interior se torna o exterior e o exterior se torna o interior. E na
morte, o contrário acontece: o indivíduo se reintegra no espaço.
Isto nos conduz a um entendimento mais profundo da palavra "existência", usada para
descrever o período de vida na Terra. Em latim, "ex" significa fora, e "sistere" significa tomar
posição. Por conseguinte, "existência" significa "tomar posição do lado de fora", quer dizer,
sair do espaço. Existência é a saída temporária do espaço que experimentamos entre o
nascimento e a morte.
Agora você pode entender a sensação de alívio em seu coração quando você se submerge no
espaço púrpura durante a meditação. É como se seu coração fosse aliviado de repente de
todas as pressões da vida encarnada, todas as dificuldades da existência - suficiente para te
fazer sentir muito mais leve! Um dos resultados da iniciação é estabelecer uma conexão
permanente com o espaço sem perder qualquer ancoradouro da pessoa na Terra. A pessoa
pode desfrutar então a paz do espaço cósmico e ao mesmo tempo, permanecer
completamente envolvido em suas atividades diárias. Passado um certo nível, esse delicioso
estado iluminado fica para sempre em seu coração, independente do que possa estar
acontecendo do lado de fora.
Mas ainda tenha certeza que o propósito do estilo de trabalho da Clairvision não é levá-lo a
sair da encarnação para algum paraíso feliz e flutuante, mas prepará-lo para um trabalho de
alquimia na matéria. O objetivo é o esclarecimento aqui e agora, no meio da bagunça cósmica
da vida moderna. Paradoxalmente, conectar com o espaço cria uma liberdade interna que lhe
permite estar mais completamente no mundo.
capitulo 4
Sob o nome Circulações Energéticas, agrupam-se várias técnicas que visam despertar e limpar
o corpo de energia, ou corpo etérico. A energia do etérico, ou força de vida, é idêntica ao
prana da Tradição Indiana e o qi da Medicina Tradicional Chinesa. Nosso primeiro propósito
será alcançar uma percepção tangível desta energia.
Enquanto circula por todo o corpo etérico, a força de vida segue certas linhas de energia,
chamados de "meridianos" na medicina chinesa e "nadis" em Sanskrito. Trabalharemos em
alguns destes, nos esforçando para sentir o fluxo de energia ao longo dos mesmos.
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Um estágio mais avançado, mas essencial, será aprender a mover conscientemente a energia
nestes canais.
Conforme o corpo etérico ganha força com estas práticas, adquire uma maior resistência a
energias negativas. E quando uma energia indesejável é percebida em um dos canais, fica
possível expeli-la conscientemente, do mesmo modo que um cascalho pode ser expelido de
uma mangueira ligando o fluxo de água. Tal habilidade afiança um alto nível de proteção
energética e provará ser de grande ajuda a todos aqueles envolvidos com auto-transformação
ou cura.
Em uma fase mais avançada, a alquimia interna lida com a abertura do mais essencial de
todos os canais de energia, localizado no centro do corpo. Este canal central ascende da raiz
do tronco (o perineum, entre o ânus e o órgão genital externo) para o topo da cabeça e acima
desta. É a Vara de Trovão ( thunderwand ), o caminho da serpente de fogo da tradição
esotérica ocidental, idêntica ao sushumna da Yoga-Kundalini. Um dos propósitos dos exercícios
de circulações energéticas é prepará-lo para o trabalho neste canal mestre. Os exercícios de
circulações energéticas te treina para mover a energia etérica conscientemente. Portanto, ao
invés de "imaginar" um fluxo no thunder-wand , você será capaz de implementar uma genuína
circulação de energia.
Estágio 1: Tremendo
Então permaneça imóvel com suas palmas voltadas para cima. Para alcançar um efeito
máximo, evite descansar suas mãos nos joelhos ou nos braços da cadeira (veja próxima
figura).
Repita fase 1: sacuda suas mãos, então fique imóvel com as palmas voltadas para cima.
Perceba a vibração nas mãos.
Perceba a vibração no olho (entre as sobrancelhas.)
Foque durante alguns segundos na vibração no olho. Então perceba novamente a vibração nas
mãos durante alguns segundos, passando a seguir para a vibração no olho novamente...
Alterne de um para outro várias vezes.
Então perceba a vibração entre as sobrancelhas e nas mãos
ao mesmo tempo.
Organize 3: fricção
Dicas
Estágio 4: conectando
Sacuda as mãos durante alguns segundos. Então permaneça imóvel com suas palmas voltadas
para cima.
Sinta a vibração no olho e a vibração nas mãos.
Comece a respirar com a fricção na garganta. Conecte a fricção com a vibração no olho e nas
mãos. Assista às mudanças na vibração que acontece automaticamente devido à fricção.
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Então tente sentir a conexão entre as mãos e o olho.
Use a fricção na garganta para ampliar esta conexão.
O que exatamente você pode sentir entre suas mãos e seu olho?
Aparte de sentir, consegue "ver" alguma coisa (com seus olhos fechados)?
O que muda na energia em suas mãos se você intensifica a conexão com seu olho?
Dicas e armadilhas
Permaneça imóvel com suas palmas voltadas para cima. Passe alguns segundos observando a
qualidade da vibração em suas mãos e em seu olho.
Então comece a respirar com a fricção na garganta. Conecte a vibração com suas mãos e seu
olho. Esteja atento para com as mudanças sutis que acontecem na vibração das mãos devido à
fricção.
Conecte a vibração no olho com a vibração nas palmas. Use a fricção na garganta para
intensificar esta conexão. Sinta que a vibração nas mãos fica mais refinada.
Dicas
Quando a vibração em suas mãos ou em outro lugar parece ficar mais sutil, isso indica que
você está adquirindo contato com camadas mais profundas e mais sutis do corpo etérico.
No princípio, usamos excitação física para despertar a percepção da vibração etérica; mas mais
tarde você poderá adquirir a mesma vibração sem esfregar ou usar qualquer outra técnica
semelhante. A vibração virá de dentro.
Sugiro, então, que nestas primeiras fases da prática, você não se preocupe muito se sua
vibração é física, etérica ou imaginária. Confie em sua experiência. A síndrome do membro
fantasma, sentir a mesma vibração de antes em um membro amputado, é uma prova muito
direta da natureza não-física da vibração.
Outras indicações da natureza não-física desta vibração é que você a sentirá em vários lugares
do seu corpo, sem esfregar nada ou usar qualquer forma de excitação física. Você a sentirá até
mesmo além dos limites de seu corpo físico, primeiro ao seu redor e depois em objetos mais
distantes. E assim, a percepção da vibração etérica terá se tornado completamente separada
de qualquer sensação física.
Em todo caso, por favor lembre-se que em nossa abordagem não há nada em que acreditar (e
por conseguinte nada para duvidar também). O que importa não é o que você acredita, mas o
que você percebe. Nosso enfoque constante está na experiência direta. Aprenda a perceber
esta energia vibrante, e então decida como deseja entendê-la.
Você notou que quando você desperta a vibração nas palmas das mãos, um intensificação
da vibração no olho parece acontecer simultaneamente? A vibração no olho parece ficar mais
tangível ou mais densa, como se em uma freqüência mais rápida; percebida mais claramente.
Falaremos mais sobre este importante efeito no começo do Capítulo 6.
o monte da palma
Lembre-se que sempre que você lida com energia, e especialmente no princípio, tem dias
que parece muito mais difícil para alcançar a percepção da vibração. Por exemplo dias nos
quais se projeta no espaço púrpura em meditação, mas não sente muita vibração (em
particular ao redor da Lua Nova). Outros dias, acontece justo o oposto - muita vibração mas
nenhum espaço. E às vezes você não sentirá quase nada. Esse é o curso normal do processo.
No princípio, as percepções não estarão sob seu controle. Elas vêm quando você não as
espera, e desaparecem sem razão.
Continue com as práticas regularmente, e depois de alguns meses terá apenas que entrar em
seu olho e se sintonizar para gerar um fluxo imediato de vibração. Mas até que um certo nível
de mestria seja alcançado, a vibração está sujeita a variações de um dia para outro e até
mesmo durante o mesmo dia.
(Melhor não ler esta seção até que tenha determinado o caminho dos
meridianos nas suas mãos)
A acupuntura descreve o Meridiano Constritor do Coração terminando na
ponta do dedo mediano (entre o dedo indicador e o anular). Pode muito
bem acontecer que você sinta um formigamento também no dedo anular, uma vez que se diz
que o Meridiano Constritor do Coração está junto e troca energia com o Meridiano do Triplo
Aquecedor que circula no dedo anular.
Diz-se que o Meridiano do Coração termina na ponta do dedo mindinho. (O Meridiano do
intestino delgado, junto com o Meridiano do Coração, também circulam na ponta do dedo
mindinho.)
Diz-se que o Meridiano Pulmonar termina na ponta do dedo polegar. Ao trabalhar no Meridiano
Pulmonar, não é incomum sentir uma vibração se movendo também no dedo indicador,
relacionado ao Meridiano do intestino grosso, pois existem intensas trocas de energia entre
estes dois canais.
O primeiro nível é perceber a vibração ao longo da linha que você esfregou e perceber que
esta vibração é da mesma natureza que a do seu olho (entre as sobrancelhas).
O segundo nível é perceber um fluxo de energia que significa uma circulação da vibração ao
longo do meridiano. Ela pode se mover tanto para cima, na direção do ombro, ou para baixo,
na direção da mão. Usando a fricção na garganta e a conexão com o olho, você poderá
intensificar este fluxo gradualmente.
O terceiro nível é ser capaz de mover a energia conscientemente ao
longo da linha. Esta função tem que ser desenvolvida como se fosse
um músculo atrofiado que precisa ser colocado novamente em
movimento.
Uma vez despertada, a experiência é semelhante àquela de pequenas
mãos de energia ao longo do meridiano. As "pequenas mãos" se contraem rapidamente e
colocam a energia em movimento, um pouco parecido como quando você aperta a pasta de
dente e traz o creme dental para fora do tubo. É tudo bem semelhante às contrações
peristálticas da área digestiva (mas muito mais rápido) ou a contração dos músculos das
artérias que movem ativamente o sangue. Mas nos meridianos, isto acontece à nível do corpo
etérico, não do físico.
Como estamos lidando com o etérico, você sentirá principalmente vibração, mas pode
acontecer, também, que você tenha experiências visuais da luz que flui nos meridiano. Uma
vez que você começa as técnicas de visão, descritas nos Capítulos 5 e 7, você pode somar o
triplo processo de visão ao trabalho nas circulações de energia etérica.
Apenas se você sentir esse desequilíbrio repetidamente durante um certo tempo é que o fato
se torna significante. Se este é o caso, quer dizer que algo está bloqueado no canal e o fluxo
tem que ser restabelecido, portanto, você deve enfatizar a pratica neste meridiano até que um
fluxo igual possa ser alcançado. Isso é bem encorajador, porque te dá a oportunidade de
corrigir um bloqueio antes que ele se transforme em um problema físico. Medicamentos
energéticos representam freqüentemente um papel importante na prevenção de desordens da
saúde. Interessante que, na China antiga, os médicos eram pagos contanto que o paciente
estivesse saudável e deixavam de receber assim o mesmo caísse doente.
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Se você sente muitos desequilíbrios em seus fluxos de energia, pode ser uma boa idéia discutir
a situação com um acupunturista.
A energia nos meridianos deve se mover para cima ou para baixo? Nos cursos da Escola
Clairvision, eu tive a oportunidade de compartilhar os exercícios de circulações energéticas
com várias pessoas que que não tinham nenhum conhecimento da teoria dos meridianos
conforme a Medicina Tradicional Chinesa. Pude, então, observar a direção natural das
circulações de energia, descobertas ingenuamente pelos estudantes. Devo dizer que o que vi
não confirma a teoria tradicional das circulações nos meridianos, na qual a acupuntura afirma
a existência de doze meridianos principais: seis que circulam a energia da cabeça para as
extremidades (pés e mãos) e seis das extremidades para a cabeça. Porém, eu descobri que
quando você ensina um grupo como perceber a energia, a grande maioria tende a senti-la se
movendo sistematicamente para cima na direção da cabeça, qualquer que seja o canal com o
qual estejam lidando.
Meu conselho é confiar em sua experiência e encorajar o fluxo de vibração que parece natural
a você. Não importa se a energia não flui sempre na mesma direção - energia é um princípio
caprichoso, o que é parte de sua beleza. A saúde superior vem da harmonia com os fluxos
naturais, e não de estabelecer uma ditadura de energias.
Pratique 4.11
Dicas
Se puder, repita o mesmo exercício com os ombros parados e suas mãos para cima.
Para sua informação, deixei indicado o que a acupuntura diz sobre a direção dos fluxos dos
meridianos em uma nota no final deste capítulo. Porém, sugiro que você não olhe até que
alcance sua própria percepção desses fluxos.
Da mesma maneira que um certas comidas ou substâncias podem ser tóxicas ao corpo físico,
algumas energias etéricas são nocivas ao corpo etérico. Nos capítulos sobre linhas telúricas e
proteção, estudaremos como a vida moderna tende a criar uma acumulação dessas energias
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tóxicas em nosso ambiente, tornando mais e mais vital desenvolvermos a habilidade de nos
livrarmos delas.
Pratica 4.12
Abra uma torneira de água fria. Dirija sua consciência para o fluxo de água corrente. Sintonize
nela e sinta suas qualidades. Deixe a água correr de cima do cotovelo para baixo, do lado de
dentro do braço, caso a pia seja funda o bastante. Esteja realmente ciente e focado, como se
executando uma ação importante, e sintonize no fluxo. Deixe todas as energias negativas
serem lançadas para fora de seu antebraço na água corrente. Continue por um bom meio
minuto.
Então repita a mesma prática no lado posterior do antebraço. Quanto mais você se sintoniza
no fluxo da água corrente, mais energias negativas poderá liberar.
Embora a prática possa parecer muito simples, é vital. Se você faz isso algumas vezes por
dia, e com completa consciência, uma nova função se desenvolverá depressa: excreção
etérica. Você perceberá claramente que algumas energias indesejáveis serão expelidas no
fluxo da água, e você se sentirá bem em seu corpo etérico, exatamente como uma pessoa
constipada se sente bem depois de passar tamboretes.
Excreção é uma função tão essencial para vida quanto ingestão. Uma das descobertas que
você fará conforme abre sua percepção é que uma proporção significante da população é
"etéricamente constipada": impossibilitada de liberar energias negativas. A Excreção Etérica
deveria acontecer automaticamente, sem termos que pensar nisto, mas, por alguma razão,
perdemos esta função, e agora temos que trabalhar para recuperá-la conscientemente.
- cada vez que tem a sensação de ter um "energia suja" em suas mãos
- depois de trabalhar em seu computador, ou com qualquer outro aparelho que tenha muita
eletricidade estática presa a ele
- antes da meditação, e não depois. (O mesmo se aplica a chuveiros. A meditação gera uma
valiosa internalização da sua energia, enquanto a água corrente tende a atrair a energia para
o exterior, deixando-a à flor da pele, contrariando assim os benefícios de sua meditação.
Portanto, é melhor tomar banho sempre antes de meditar).
Conforme você fica mais capaz de liberar energias negativas na água, pode aplicar o mesmo
processo enquanto lava louça, toma uma ducha, toma banho em um rio ou oceano.
Cachoeiras em particular têm uma vibração etérica espetacular.
De acordo com acupuntura, a direção do fluxo permanece a mesma quer você suspenda suas
mãos ou não. Quadro de circulação de energia etérica conforme descreve a tradição hindu
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capitulo 5
Visão
Uma diferença chave entre estas duas formas de visão é que, na primeira, existem figuras que
fluem no seu quadro de consciência. Para alcançar a visão da Verdade, por outro lado, um dos
segredos é se tornar menos interessado naquilo que vê e focar mais no processo da visão,
deixando seu estado de consciência se expandir através da mesma. Assim você alcança uma
percepção e um entendimento completamente diferente do universo. A pessoa nunca
consegue transpor completamente em palavras "o que é visto", porque a experiência
transcende a lógica comum da mente. É por isso que a verdadeira visão alimenta o Espírito e
dispersa as falsas concepções da alma. A "visão" não deveria ser considerada apenas como
uma ferramenta para percepção, mas como uma experiência que tem um valor de
transformação em si mesma. Ver é uma modalidade expandida da consciência. É um
"amplificador ontologico" e significa um meio para SER mais. Se você pensar em clarividência
nestes condições, tem muito menos chance de ser enganado pelas ilusões da visão astral mais
baixa.
Um dos enganos mais comuns aos novatos é esperar ver realidades espirituais com suas visões
ordinárias e seus olhos físicos, como se, de repente, auras e seres espirituais fossem somados
aos quadros do mundo que é percebido pela mente. Isto não vai funcionar, porque a
consciência mental habitual é justamente aquela parte de você que é cega. Para começar a
ver, a primeira coisa a fazer é sair de sua mente.
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Isso explica uma das constantes lembranças
deste capítulo: se você quer a "visão", deixe de
olhar. Em outras palavras, deixe de processar e
analisar imagens como está acostumado a fazer
com sua mente. Não tente "ver", pois quando
você tenta, você opera com sua mente. Deixe-se mudar para um diferente modo de
consciência, e permita que "algo mais" aconteça.
Como sempre, o segredo principal para o sucesso repousa em três palavras: pratique,
pratique, pratique...
Nossa primeira meta é alcançar algumas inovações fora das imagens de nossa consciência
mental habitual, e adquirir vislumbres de realidades não-físicas. Para preencher este propósito,
uma série de técnicas que envolvem estabelecer contacto visual (olhos nos olhos, contacto
visual ) serão introduzidas. Elas podem ser praticadas com um amigo, ou sozinho, estando de
frente a você em um espelho. Ambos têm suas vantagens, e eu recomendo que pratique
ambos os modos.
As duas pessoas não devem se sentar longe uma da outra. Uma distância de 90 centímetros
(3 pés) pode ser considerada ideal. Se você não pode tocar a face de seu par com a palma
de sua mão, então está muito distante. Se estiver no espelho, sua imagem deve parecer
estar aproximadamente com a mesma distância, ou pouco mais.
Errado
Certo
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É sempre preferível ter uma parede branca como fundo e usar velas em vez de luz elétrica.
Os olhos das duas pessoas devem estar na mesma altura, assim se uma é mais alta que a
outra, devem ser usadas almofadas para um ajuste.
Você pode se sentar em uma cadeira em vez de se sentar no chão, mas suas costas devem
estar retas. Para facilitar uma livre circulação de energias, não apóie contra a parede ou o
encosto da cadeira.
Você sabe distingüir um deus de um ser humano (de acordo com as escrituras hindus)? Os
deuses são imortais - algo que pode não ser imediatamente óbvio quando você os vê; assim os
textos Sanskritos descrevem alguns outros sinais: diferente dos seres humanos, os deuses
nunca fazem sombra. Outro sinal é que os deuses podem contemplar o Sol sem danificar os
olhos.
Agora, o ponto é: sendo humano, ao olhar para o Sol, seus olhos sofrerão um dano irreversível
extremamente depressa. Óculos de sol não fazem nenhuma diferença. Nenhuma forma de
contemplação deve ser praticada ao Sol, de forma alguma. De forma semelhante, contacto
visual não deve ser praticado ao ar livre durante o dia, a fim de evitar um excesso de luz que
danificaria sua vista. Mesmo porque você adquire melhores resultados em semi-escuridão, em
lugar fechado. Se você pratica durante o dia, é melhor escurecer o quarto puxando as cortinas.
Semelhantemente, é recomendado que você não contemple a Lua sem piscar, pois sua
luminosidade também pode ser prejudicial a sua vista. Mas não há nenhuma restrição quanto a
contemplar as estrelas, o que, de fato, é uma prática iluminada que preenche a alma.
Espelhos... o espantarão! Como pode ser possível para uma superfície física não só refletir
sua imagem física, mas também sua aura, faces suas no passado e no futuro, faces de seus
guias? Chogyam Trungpa, o conhecido mestre Tibetano, uma vez falou para um amigo que
ele podia ver o reino de Shambhala em seu espelho quando estava em meditação profunda.
O espelho é um do elementos básicos de iniciação nas escolas ocidentais de esoterismo.
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Os ancestrais devem ter tido uma sensação da natureza misteriosa dos espelhos, uma vez que
a palavra espelho vem do latim mirari . Mirari significa tanto surpreender como admirar, e é a
origem de outras palavras como: maravilha, admirar, milagre... e miragem!
Antes de começar quaisquer das práticas de contacto visual , e entre elas, reconecte com seu
olho do seguinte modo:
4) Perceba o espaço púrpura ou escuro (o fundo das luzes e cores). Permaneça no espaço
durante 1 ou 2 minutos.
Você descobrirá nestas instruções a serem praticadas com seus olhos fechados, que ela é uma
versão encurtada da meditação do terceiro olho, descrita na seção 3.7. Como sempre, "o olho"
se refere ao terceiro olho, entre as sobrancelhas, e não aos olhos físicos.
Vamos começar com as duas primeiras partes do nosso processo triplo de visão que será
descrita por completo na seção 5.13.
Antes de começar, passe 3 minutos com os olhos fechados, fazendo um reconexão como na
seção 5.3.
Então abra seus olhos. Dirija seu olhar aos olhos de seu amigo ou aos seus próprios, se estiver
praticando na frente de um espelho.
Ao longo do livro, sempre que a expressão "o olho" é usada, refere-se à área entre as
sobrancelhas; mas a expressão "focar entre as sobrancelhas" significa apenas que você deve
permanecer atento àquela área. Isso não quer dizer que você deve dirigir seus globos oculares
como se tentasse olhar entre suas duas sobrancelhas. Os olhos não são para serem dirigidos
para qualquer lugar em particular, e quanto mais você se esquecer deles, melhor. Isto se
aplica à meditação do terceiro olho (Capítulo 3) na qual os olhos são mantidos fechado, como
também para os exercícios de contacto visual .
Aqui vem um grande segredo dos videntes, que pode criar uma profunda alteração dos
mecanismos de percepção. Normalmente, quando dirige sua atenção para um objeto com seus
olhos abertos, você olha a imagem e suas diferentes partes; e então, os vários elementos são
processados por sua mente consciente. Algumas técnicas até visam desenvolver sua acuidade
mental para apanhar mais detalhes de uma imagem. Por exemplo um desenho de vários
objetos é apresentado a você. Um tempo limitado de alguns segundos é designado para
esquadrinhá-lo. Assim você deve listar tantos objetos quanto sua mente pôde reter
conscientemente. Tudo isso é relacionado ao que poderia ser chamado de "modo mental de
visão", visão da consciência mental ordinária. Como foi discutido antes, esta camada é
justamente a parte de você que é cega para mundos espirituais. Para ficar capaz de ver auras
e seres espirituais, é necessário apagar este modo mental de visão.
Para este propósito, há um segredo: em vez de olhar quaisquer dos detalhes da imagem, fique
ciente do fato da visão. Normalmente, com o modo mental de visão, ao olhar a imagem, você
estaria ocupado descobrindo se seu conteúdo é redondo ou quadrado, verde ou amarelo,
bonito ou feio, e assim por diante. Mas agora, com o modo não-mental de visão, você está
fazendo algo completamente diferente. Você deixa de lado o interesse pelos componentes da
imagem. Ao invés disso, você se dá conta do fato de ver. Para ver, você deixa de olhar. Você
muda sua atenção do objeto de percepção para o processo de perceber. Em vez de assistir o
objeto, você começa assistindo a ação de ver, o fato de ver ou "estado de visão"
Este primeiro nível de contacto visual consiste em duas partes, aplicadas simultaneamente
enquanto se senta na frente de um amigo ou um espelho:
1) absoluto estado de imobilidade que cresce do firme enfoque no olho, piscando o menos
possível
Duração da prática de contacto visual : comece com 3 a 5 minutos. Aumente gradualmente até
15 minutos ou mais. Ao terminar a prática, siga os passos indicados na próxima seção (5.5).
A percepção do "estado de visão" não tem que ser precisa. Uma vaga sensação do estado
de ver é suficiente para o processo se desdobrar.
Se nem mesmo uma consciência vaga do fato de ver pode ser alcançada, então deixe isso
de lado temporariamente e proceda do seguinte modo: perceba o fato de que há uma
imagem à sua frente. Se esqueça do amigo ou do espelho e de qualquer detalhe da imagem.
Substitua "estado de visão" por "sentir a imagem em vez de olhá-la" e continue o processo.
(Note que não é apenas a imagem de seu amigo que você deve sentir, mas também o espaço
ao redor dele ou dela.)
Serão dadas explicações mais detalhadas sobre "estado de visão" na seção 7.12.
Coloque as palmas (não os dedos) em seus olhos fechados, tocando a face, de forma que elas
toquem a pele.
Certo Errado
Deixe o calor das palmas penetrar em seus olhos. Permaneça nesta posição por meio minuto
ou mais, desfrutando o efeito curativo.
Então comece novamente. Faça uma reconexão com seus olhos fechados durante 2 ou 3
minutos (seção 5.3). Então abra-os e restabeleça o contacto visual da mesma maneira.
O que realmente acontece quando você alcança o estado de imobilidade absoluto, e quando
tem a sensação que sua energia coagula? Entre outras coisas, a conexão entre o corpo
etérico e o corpo físico fica ligeiramente mais solto. O corpo etérico é a camada da vibração.
Sempre que você sente a vibração, você sente o etérico. Quando você alcança uma
quietude total que é mais que uma ausência de movimento, significa que seu corpo etérico
não está mais tão preso ao corpo físico. Ele está parcialmente livre, e mais disponível para
executar certas funções independentemente do corpo físico. Portanto, você pode sentir uma
vibração muito intensa por toda parte.
A Medicina Tradicional Chinesa diz que "os olhos são os portões do coração", e "o coração é
o portão do Shen". Em nosso contexto, esta última frase pode ser traduzida como: "o
coração é o portão do Eu Superior" (Higher Ego). Ao aplicar suas palmas sobre seus olhos,
você pode sentir o calor que alcança seu coração? Tente aumentar esta transferência de
energia afetuosa que alimenta o coração.
Em Hatha-ioga há uma técnica chamada tratak, onde a pessoa contempla um micro objeto,
como por exemplo um ponto na parede, ou a chama de uma vela. Os textos Sanskritos dizem
que a prática deve continuar até que lágrimas sejam derramadas, e então serão curadas todos
os tipos de doenças do olho. Ouvi, freqüentemente, mestres da India comentarem que durante
o tratak as lágrimas liberam muitos "venenos" e energias negativas que se acumularam nos
olhos. Como médico, achei esta técnica muito útil para corrigir certos defeitos da vista, qaundo
aplicada a tempo. Várias pessoas se livraram dos óculos fazendo este exercício, estando claro
de que elas não os usavam por muito tempo, sem ultrapassar alguns meses ou no máximo um
ou dois anos. Em particular para adolescentes, tratak funciona maravilhosamente bem.
Tudo isso é para dizer que se você alcança a fase onde seus olhos estão queimando e lágrimas
começam a rolar por sua face, você não deve se preocupar, mas se regozijar. De acordo com a
ciência antiga de Hatha-ioga, isto liberará tensões de seus olhos e prevenirá várias doenças.
De qualquer maneira, use bom senso: Aumente a duração do exercício de forma gradual e não
force a prática. Não há nenhum valor espiritual em se machucar.
Como sempre, quando você lida com energia, há dias que é fácil e não requer esforço
permanecer sem piscar por longos períodos. Outras vezes, é como se você apenas tivesse uma
nuvem de fumaça tóxica em frente aos seus olhos, e parece impossível ficar sem piscar por 2
segundos. A melhor solução é aceitar que a energia é caprichosa e variável por natureza, e
continuar praticando sem dar muita importância a estas flutuações.
Em uma fase mais avançada, ficará possível ter tanto a imagem física quanto a não-física ao
mesmo tempo. Mas no princípio, você tem que deixar os contornos definidos sumirem e deixar
a imagem se tornar embaçada antes que possa ver halos e cores astrais.
A pessoa à sua frente parece muito mais longe do que na realidade está.
Este é um sinal satisfatório. Indica que você está saindo da visão da realidade física para a
visão de reinos sutis. Assim que você alcança a percepção do mundo astral, distâncias
assumem um aspecto muito diferente. É comum que a pessoa sentada na sua frente pareça
estar longe. Sempre que isto acontecer, você sabe que o que está vendo está além do plano
físico.
Vendo cores
Nos mundos astrais, a luz não vem de um sol, ou de qualquer fonte externa como luminárias.
Os objetos e seres podem ser vistos devido à própria luminosidade. Eles derramam sua própria
luz e aparecem como se fossem "feitos de cores" em uma atmosfera de semi-escuridão.
Porém deve ser sempre lembrado de que cores astrais são bem diferentes das físicas. É então
virtualmente impossível descrevê-las precisamente, devido à falta de referências em nosso
ambiente material. Uma diferença principal é que, freqüentemente, as cores astrais parecem
ser uma mistura de matizes diferentes, mas tais componentes não se misturam de forma
alguma, ao contrário do que pode ser observado no mundo físico. No mundo físico, quando
duas cores se misturam, elas desaparecem e um tom intermediário acontece. Por exemplo,
você mistura azul e amarelo e aparece verde. O azul e o amarelo desapareceram, restando
apenas o verde. No astral, a situação é bem diferente: as cores parecem ser feitas de milhares
de pontos minúsculos hiper--brilhantes. Por exemplo, há um "azul-amarelo-verde" no qual
podem ser vistos pontos azuis brilhantes, pontos amarelos, e pontos verdes, intrinsicamente
tecidos. Cores astrais são raramente uniformes por completo. Sua grande variedade e beleza
surpreendente estão além de qualquer comparação com o que é observável no mundo físico.
Devido à diferença da natureza das cores astral e física, não é pertinente tentar rotular uma
aura de "verde" ou "azul" ou "amarela". Essa é a razão pela qual deve-se ter cuidado ao ler
em certos livros que o verde na aura indica uma emoção particular, o azul outra, e assim por
diante. Simplificando demais, a pessoa pode acabar fazendo afirmações completamente sem
sentido.
O quarto no qual você está praticando parece ficar mais escuro, a qualidade das cores
muda.
O fundo das cores astrais é o que ocultistas chamaram de "luz astral". É a cor básica que
penetra o espaço astral, e nada diferente da luz púrpura que você vê quando medita no olho.
Também poderia ser chamada "escuridão astral", porque aparece como uma semi-escuridão,
definitivamente mais escura que a luz do dia do mundo físico, mas de uma natureza diferente
da escuridão de nossas noites. A escuridão física é uma ausência de luz. A escuridão astral
cintila, daí a expressão "escuridão visível" (darkness visible) usada na Tradição Maçônica.
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Quando você está praticando contacto visual e o quarto ao seu redor de repente parece mais
escuro, embora você possa estar no meio do dia, isso significa que você está vendo a luz
astral. Você está saindo da percepção do mundo físico para o espaço astral. Muito
freqüentemente, isto será acompanhado por uma percepção diferente das cores: elas
aparecerão a você como indicadas nos parágrafos prévios.
O espaço astral não é igual nem uniforme. Conforme você avança em sua meditação e sua
viagem, você aprende a saltar de um espaço astral para outro. Uma das referências que te
ajudam nesse passo é a qualidade das cores e o matiz básico da luz astral: ambos variam de
acordo com o espaço em que você está. Em certas regiões do espaço, o fundo de luz astral é
lácteo, em outras é mais escuro, quase negro, ou até mesmo verde-azulado como no fundo do
oceano. Mesmo antes de alcançar a fase atual de viajar, você pode observar estas variações de
cor do espaço quando medita em seu olho.
A maravilha é que se torna possível, quando seu "estado de visão" amadurece, ver algumas
destas camadas ao mesmo tempo. Em uma certa fase do processo de abertura, você se torna
capaz de incluir simultaneamente o mundo físico em sua visão.
Nesta explosão de cores, a magnificência do universo fica tal que força seu coração a abrir. A
beleza, às vezes, chega no limite do que é suportável. A vida se torna uma maravilha
constante, e uma grande diversão.
No outro lado dos mundos astrais está um outro mundo, chamado de devachan pelos
ocultistas ocidentais e svarga-loka ou mundo dos deuses pela tradição hindu. Novamente neste
mundo, é percebido um arsenal completamente diferente de luzes. Elas são para as cores
astrais o mesmo que o dia é para a noite.
Esta é um das experiências mais comuns ao praticar as técnicas de contacto visual : O rosto do
amigo sentado na sua frente desaparece e outra face pode ser vista. Se você está praticando
sozinho na frente do espelho, é sua própria face que desaparece e é substituída por outra.
Estas faces correspondem principalmente a quatro possibilidades: 1) um espírito guia 2) uma
vida passada 3) uma sub-personalidade 4) uma entidade.
1) espírito guia: é bastante comum seus espíritos guias se manifestarem deste modo para a
pessoa com quem está praticando. Conforme você progride, ganhará capacidade para
manifestar conscientemente seus guias sobre sua própria energia, de forma a ser visível a
outros, mesmo se a clarividência deles for mínima. Contacto visual é de fato um dos modos
mais simples e diretos para conseguir ver guias espirituais.
Uma variação desta experiência acontece freqüentemente enquanto escuta uma palestra dada
por um professor espiritual. Se você ficar bem imóvel, deixar de piscar, e praticar nosso
método de visão enquanto o contempla, poderá ver a face dele desaparecer e ser substituida
pela a do professor de seu professor ou algum ser mais elevado por trás deles.
2) outra possibilidade, quando as mudanças de face ocorrem, é a de que você está vendo uma
imagem sua ou de seu par em uma vida passada.
3) a face também pode ser uma sub-personalidade sua ou de seu par. Isto não é
completamente diferente do que foi descrito no 2, se considerar que sub-personalidades são
construídas pelas circunstâncias de vidas passadas.
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4) a face também pode ser uma entidade e pode significar uma presença que se prendeu a
você. Uma entidade pode ser considerada como um parasita não-físico. Da mesma maneira
que alguns parasitas físicos podem aderir a partes diferentes de seu corpo, algumas energias
ou presenças não-físicas podem, igualmente, se prender a sua energia.
Este é um ponto que pode salvá-lo de muitos problemas, se for capaz de entendê-lo
por completo: eu recomendo veementemente que você não tente analisar muito do
que vê. Conforme pratica este exercícios, visões diferentes virão a você. Você tem que
aceitar que vai levar um certo tempo antes que realmente possa entender o que elas
querem dizer. É necessário muita experiência interna e conhecimento esotérico antes que se
possa interpretar seguramente o significado das visões.
Por exemplo, quando você vê outra face durante contacto visual , é muito difícil, no princípio,
saber se pertence à outra pessoa ou a você. À parte do fato de que você pode se enganar e
confundir uma entidade com um guia espiritual (que é extremamente comum nestes dias),
nunca negligencie a possibilidade de que o que você vê na face de seu amigo possa ser uma
projeção sua. Se tentar analizar as coisas muito depressa e dar sentido a tudo, você corre o
risco de ser completamente iludido.
Visões, e experiências em geral, são para serem digeridas profundamente no nível da alma, e
não em avaliações mentais. É muito mais sábio levar alguns lápis e fazer desenhos de suas
visões, do que se preocupar sobre elas. Deixe as experiências acontecerem em você ao
invés de tentar entender o que elas querem dizer .
Lembre-se que nossa ênfase está no fato de ver, ou "estado de visão" e não no conteúdo das
visões. Quando pratica de acordo com os princípios expostos neste livro, a visão é uma
penetração em regiões mais elevadas de consciência, criando brechas em nossa fachada de
rigidez mental, e nutrindo o crescimento do Eu Superior por mecanismos sofisticados de
alquimia interna. Neste sentido, o conteúdo das visões é secundário.
Se você pratica ao longo destas linhas, pondo mais ênfase no fato de ver do que no conteúdo
das visões, então você não construirá castelos no astral, e sua jornada espiritual estará segura.
Em última instância é a pura luz do Espírito que lhe permitirá discriminar e se mover em
direção à Verdade, mesmo nas circunstâncias mais confusas.
Prepare-se para estabelecer contacto visual (seção 5.2). Lembre-se de que se a palma de sua
mão não pode alcançar o nariz de seu parceiro, vocês estão longe demais um do outro Faça
um reconexão (seção 5.3) durante 2 ou 3 minutos.
1) Perceba entre as sobrancelhas. Deixe seu foco no olho ficar completamente imóvel, e pisque
o menos possível.
2) Em vez de olhar quaisquer dos detalhes da imagem à sua frente, torne-se ciente do fato de
ver, ou "estado de visão". (Se "estado de visão" não está claro para você, apenas "sinta a
imagem" ao invés de olhá-la.)
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A tendência natural é de que a imagem física se altere. Os contornos se tornam embaçados,
novas cores aparecem, e todos os tipos de modificações de imagem acontecem, como descrito
na seção 5.7.
Conforme você vai praticando, um mecanismo de interesse primordial pode ser observado. De
vez em quando, algo parece se recolher dentro de você. De repente, as cores ou faces (não-
físicas)se perdem, os contornos ficam definidos novamente e você volta na imagem física. É
como se algo o trouxesse de volta, como uma parte sua que não consegue aguentar a
expansão da visão; e em uma fração de segundo, você retorna a seu modo habitual de
percepção da realidade física. Os halos desapareceram e os contornos ficam claramente
delineados novamente.
Outro achado interessante é que quando você está no modo expandido de percepção (a
imagem embaçada "não-mental"), sua visão fica periférica e abraça todo o campo à sua frente.
Você vê muito mais do que se encontra em cada lado da imagem. Mas assim que você é
trazido de volta para a imagem clara e definida, sua visão fica seletiva novamente. Sua
percepção é limitada a alguns detalhes no meio da imagem, e você perde a visão do que está
aos lados. Você só fica em contato com uma fração do campo.
Resumindo: esta prática consiste em ir para o olho e ficar imóvel, sem piscar, deixando a
imagem ficar embaçada. Então observe como "algo dentro" se recolhe de tempos em tempos e
o projeta de volta na imagem com esboços definidos. Relaxe, deixe-se voltar mais uma vez
para a imagem embaçada na qual cores alteradas podem aparecer... até que "algo dentro" se
contraia novamente, e então é como uma queda: você perde sua percepção abruptamente.
Tente perceber mais sobre a natureza desse "algo" que o faz sair de seu estado de percepção.
Então feche seus olhos. Esfregue suas mãos. Coloque suas palmas sobre seus olhos fechados,
como indicado na seção 5.5.
Qual é a parte de você que se encolhe quando você pratica o exercício indicado acima (seção
5.9)? É a camada da consciência mental ordinária que corresponde ao corpo astral no idioma
Clairvision (e de Steiner), e ao manas da tradição indiana. É uma camada que funciona por
reação. Os mestres tibetanos usam uma palavra excelente para descrevê-la: agarramento
(grasping). Veja como sua mente opera normalmente. Um pensamento vem a sua mente,
sobre sua geladeira, por exemplo. Imediatamente a mente agarra o pensamento e
desencadeia um segundo. É como uma reação ao pensamento anterior. Você pensa, "eu tenho
que ir ao supermercado, encher a geladeira". E então um outro pensamento se agarra ao
primeiro: "eu também tenho que ir ao banco"... e assim por diante. Uma cadeia de
pensamentos é tecida e o leva para longe do pensamento original.
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Durante contacto visual , sua própria experiência confirmará como a palavra "agarramento" é
pertinente para descrever esta pequena reação rápida que o faz perder sua percepção da
imagem embaçada, projetando-o de volta na imagem física definida. Quando isto acontece,
você sente uma espécie de pequena contração - não no nível físico, mas um aperto da mente.
É essencial que você continue observando este processo cuidadosamente. Volte o foco no
terceiro olho e no "estado de visão", deixe a imagem se alterar novamente... e de repente,
outro aperto da mente, e todas as percepções desaparecem. Quando um mestre como Sri
Aurobindo diz que uma mente silenciosa é um pré-requisito para uma experiência mais
elevada, nada é mais significativo que um erradicação desses apertos e "agarrações". Quanto
mais você os observa, mais eles te aparecerão como algo que se sobrepõem à sua percepção
natural.
Vamos desenvolver este último ponto, porque tem imensas repercussões no modo como
vemos o mundo.
Tudo isso, claro, é um processo gradual, que não vai acontecer de um dia para outro. A mente
é a parte mais tenaz do ser humano, e não vai deixar você em paz tão cedo. Não obstante,
quando você faz o trabalho, uma nova percepção se desenvolve lentamente. De vez em
quando, você se encontra apenas "sendo". É um estado muito simples e inocente de
consciência. E nesta simplicidade, são percebidos auras e outros mundos.
Na maioria do tempo você está preso ao funcionamento habitual da mente. Mas conforme
você avança, a mente aparece cada vez mais como uma crosta em cima de seu ser. Fica óbvio
que ela é algo somado, sobreposto. Somente se agarrando e apertando é que ela pode operar.
Assim você começa a considerar as imagens artificialmente definidas como algo
automaticamente construido pela mente, e o nível fluido de luzes e cores como a verdadeira
realidade por trás disto. Você começa a se interessar cada vez mais em ver o mundo como
realmente é, e não como sua mente o compõe.
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Uma das razões pelas quais eu insisto neste ponto é que não é uma teoria filosófica mas algo
que você pode observar facilmente em si mesmo pela prática. Conforme você continua
trabalhando no exercício 5.9, os apertos da mente ficarão mais óbvios a
você.
Feche seus olhos e comece com um reconexão (seção 5.3): fricção na garganta, consciência
da vibração no olho. Então permaneça ciente do espaço púrpura ou escuridão por
aproximadamente 2 minutos.
Abra seus olhos e aplique o processo duplo de visão descrito na seção 5.4:
2) simultaneamente, em vez de olhar quaisquer dos detalhes da imagem à sua frente, fique
consciente do fato de ver, ou "estado de visão" (ou, mais simplesmente, sinta a imagem em
vez de olhá-la).
Para esta prática em particular, é essencial que você pisque o menos possível, de preferência
não pisque. Você tem que edificar uma forte pressão entre as sobrancelhas, e alcançar um
clímax de quietude. Estas duas fases vão muito bem juntas: quanto mais você está focado no
olho, mais você consegue ficar imóvel; e quanto mais você deixa sua energia se densificar (ou
"coagular") através de sua quietude positiva, mais você pode edificar a vibração no olho.
Fique mais e mais imóvel. Edifique a pressão entre as sobrancelhas até que seu corpo se sinta
tão sólido quanto uma estátua - uma estátua de vibração. Esse estado se desenvolve
lentamente em um estado de imobilidade conectado que dá a sensação de um grande acumulo
de poder, como se seu olho estivesse recebendo a força de uma coluna de energia que cai
diretamente sobre ele. Quanto mais você conseguir cessar o movimento de cada célula de seu
corpo, mais seu olho pode receber a força, e mais densa e intensa a vibração se torna.
Vá edificando a vibração durante alguns minutos. Explore o clímax, o poder máximo que pode
receber em seu olho através da quietude absoluta. Deixe o poder resplandecer pelo seu corpo.
Então feche os olhos. Esfregue as mãos. Coloque suas palmas sobre os olhos fechados, como
indicado na seção 5.5.
Dicas
Durante os últimos períodos da era de Atlantida, através de práticas similares a esta, era
possível alcançar um grande domínio sobre os poderes de natureza. Agora a roda virou, e os
métodos de ontem já não rendem os mesmos resultados. Várias leis da natureza operam de
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um modo completamente diferente e não se pode mais alcançar a mesma mestria ao se usar
estas técnicas. Alguns novos caminhos de iniciação têm que ser seguidos.
Quando praticado com a intensidade requerida, este exercício constrói um estado de
consciência com duas características principais: A primeira é uma extraordinária sensação de
poder. A segunda é uma falta óbvia de compaixão. Este estado é destituído de qualquer
sentimento ou empatia pela pessoa que se senta a sua frente. Estes dois aspectos resumem
muito bem a condição da antiga Atlantida, e é parte das razões de sua queda.
Esta prática não será aplicada com uma base regular. É indicada aqui apenas para te dar
um vislumbre de antigos estados de consciência. Será especialmente interessante praticar a
próxima técnica (5.13) logo após esta daqui, para perceber a diferença da vibração e da
atmosfera provocadas pelo coração.
Sente-se com suas costas retas, de frente a um amigo ou espelho. Feche seus olhos e faça
uma breve reconexão, como descrevi na seção 5.3: edifique a vibração no olho e respire com a
fricção na garganta. Então fique consciente do espaço púrpura ou escuro. Permaneça no
espaço durante 1 ou 2 minutos.
Em seguida abra os olhos e retome o processo de visão que descrevemos na seção 5.4:
1) permaneça focado entre as sobrancelhas e muito imóvel. Pisque o menos possível. Deixe
sua energia se "coagular" através da quietude.
2) em vez de olhar qualquer detalhe da imagem, esteja ciente do fato de ver, do "estado de
visão". Se nenhum "estado de visão" pode ainda ser percebido, apenas sinta a imagem ao
invés de olhá-la - a imagem inteira da cena à sua frente, e não só a imagem de seu par. Sinta
de um modo "tátil", sentindo a pressão (não-física) da luz em seu olho.
A isto nós somamos um terceiro componente a ser aplicado agora, simultaneamente com os
dois primeiros:
Tente sentir a outra pessoa (ou você em um espelho) a partir de seu coração. Não preste
atenção à imagem, embora seus olhos estejam abertos. Apenas fique focado em seu olho e
sinta seu par com o coração.
Seu foco agora é duplo: no olho e no coração. Mas não é uma divisão. É mais como ancorar
seu olho em seu coração. Não é olhar tanto pelo olho quanto pelo coração, mas ver através do
coração, pelo olho.
Dicas
Este é nosso triplo processo de visão: o olho, o "estado de visão", o coração. Você pode
jogar com estes três elementos e enfatizar mais um ou outro , dependendo do fluxo de
energia do momento.
58/194
Onde está localizado o centro do coração exatamente? Sempre que você deseja localizar um
chakra, é preferível não ser muito preciso. Um chakra não é um ponto, mas uma zona, uma
área de vibração. Assim pode-se basicamente dizer que o centro da área do chakra cardíaco
está no meio do esterno (ao redor do ponto de acupuntura Concepção 17), e também atrás
dele, dentro do tórax. Mas não procure muito por ele. É preferível tornar-se consciente nesta
área, e deixar a sensação surgir por si só. Contanto que você permaneça no meio do tórax e
não entre, desencaminhadamente, no plexo solar, estará tudo bem.
Esta técnica mostra um claro contraste com a anterior ("Clímax Atlantido"). Uma suavidade
é agora introduzida e que estava previamente ausente. Em termos da história oculta de nosso
planeta, o aparecimento desta empatia do coração, que dolorosamente faltava em nossos
antepassados da Atlantida, tem muito a ver com a manifestação da Consciência Cristã.
capitulo 6
Circulação Energética 2
Antes de retomar nossos exercícios nos canais do corpo etérico, vamos enfatizar alguns dos
objetivos desta parte do trabalho. Você deve ter notado, e não há nada surpreendente sobre
isto, que uma consciência forte do terceiro olho tende a reforçar a vibração ao longo dos
canais. Quanto mais você está no olho, mais você sente a vibração nos meridianos. Isto é
lógico uma vez que o olho é o principal interruptor do corpo de energia. Operando o
interruptor, você ativa circulações de vibração por toda parte do corpo.
Mas o oposto também é verdade! Quando você desperta uma vibração forte nos meridianos,
pode sentir melhor a vibração em seu olho. Freqüentemente, só esfregando suas mãos e
estimulando nelas a energia de formigamento, um aumento imediato pode ser sentido em seu
olho. O olho aparece mais tangível, mais denso, mais “cristalizado” e mais ativo.
Há um mecanismo profundo atrás deste achado simples. A camada etérica não é um grupo de
remendos dissociados, é uma camada coerente. Tem uma unidade. Todas suas partes são
muito mais interconectadas que as diferentes partes do corpo físico. Por causa da natureza
fluida do corpo etérico, qualquer onda de vibração em uma de suas partes ressonará com a
camada inteira. Assim, quando você treme ou esfrega suas mãos e desperta uma forte
vibração nelas, toda a camada etérica é estimulada, inclusive a camada etérica de seu terceiro
olho. Um dos resultados será o aumento de sua clarividência.
O terceiro olho é feito de diferentes partes. Uma de suas partes pertence à camada astral,
outra à camada etérica. Apenas quando todas as partes estão completamente edificadas e se
59/194
comunicando entre si, que sua clarividência fica fidedigna. Imagine um tubo com um metro de
comprimento. Se mesmo um milímetro deste tubo estiver bloqueado, nem água e nem ar
podem fluir por ele. Você não pode nem mesmo ver através dele.
Esta é a razão pela qual, para desenvolver sua visão de reinos não-físicos, é tão
valioso realizar este trabalho de desenvolver o corpo etérico. Ao executar as
práticas de “visão” (Capítulos 5 e 7), é uma boa idéia fazer alguns exercícios de
circulação energética no princípio e no meio das sessões.
Deixe sua mão reta e firme. Comece a esfregar ao longo da linha do meridiano com o monte
da palma (veja figura na seção 4.5).
Permaneça imóvel e fique ciente da vibração na linha que acabou de esfregar. Conecte a
vibração na linha com a vibração em seu olho. Use a fricção na garganta para intensificar a
vibração e a conexão.
Então tente perceber o fluxo natural da vibração ao longo da linha. Uma vez mais, conecte
este fluxo com seu terceiro olho e amplie com a fricção.
60/194
Tente localizar o caminho deste meridiano para além da área que você esfregou. Sinta o fluxo
de energia na mão (ou no pé). Então sinta no tronco; no pescoço; na cabeça.
Tente aumentar o fluxo contraindo as “pequenas mãos” de energia ao longo da linha (seção
4.10). Quanto mais você progride em circulação energética, mais esta fase se torna essencial.
Conforme você fica mais familiar com o processo, também pode escolher esfregar ambos os
meridianos rapidamente, um logo depois do outro. Então fique ciente da vibração e execute a
sucessão inteira ao mesmo tempo em ambos os lados.
Dicas
Em circulação energética, primeiro você executa uma ação, como esfregar um meridiano,
depois segue uma fase de “quietude conectada”. É durante esta fase que o mais importante
acontece – o movimento de energia, a onda. Tanto esfregar quanto qualquer outro movimento
é como liberar a rede. Permitir o movimento de energia durante a fase imóvel é como pegar o
peixe.
Na fase imóvel, a arte é permitir a energia a entrar em movimento. Você não fará nada, mas
ainda assim, não fazer nada não é o bastante para que a onda de energia possa surgir! Uma
habilidade yin tem que ser desenvolvida, um magnetismo passivo, que permite acontecer o
movimento de energia. Você não pode FAZER isso, você tem que deixar isso acontecer. Mas se
você não fizer nada, nada acontecerá.
Em Taoísmo, o exemplo dado é o de uma mulher que seduz um homem. Ela não faz nada, ela
apenas “é”. E o homem é puxado para ela. Mas por outro lado, se a mulher não faz nada, isto
é, se ela não liberta seu poder yin, bem... nada acontece! O homem não será atraído. O
mesmo se aplica à capacidade de criar ondas dentro de seu corpo de energia. Você não pode
fazer isto, mas tem que deixar isto acontecer. Eu sugeriria que você enfatize este princípio e o
explore durante suas práticas, porque ele conduz a grandes compreensões.
Em Sanskrito, um dos nomes para a energia é Shakti, descrita como um princípio altamente
feminino. Se você praticar seus exercícios da mesma forma como se disseca um
rato em um laboratório, se você é muito sério e frio, a Força, ou Shakti, o achará
muito chato e não se mostrará a você. Aproxime-se da energia como você se
aproximaria de um amante. Seja caloroso e brincalhão e a Força dançará com
você. Ponha tudo de você nos exercícios, porque Ela se chateia com amantes tépidos. Ela só
se dá àqueles que se dão a Ela.
Então, ao invés de esfregar o meridiano, mova as pontas unidas dos dedos ao longo do
mesmo. Use um toque muito gentil, quase sem contato com a pele, ou até mesmo 1 milímetro
longe dela. Mas ponha tudo de você neste toque conectado.
Conforme sua sensibilidade se desenvolve, você também pode usar um único dedo para
estimular a linha energeticamante. Um achado interessante será o de que cada dedo desperta
diferentes qualidades de energia dentro dos meridianos.
Não escute com suas orelhas, escute com seu olho, entre as
sobrancelhas! Há algo como um zumbido ou o som de um
poderoso fio de alta-voltagem que vem com a vibração.
Dicas
Esfregue da parte de trás do calcanhar à parte de trás da cabeça passando pela barriga da
perna, coxa, nádega, e ao longo das laterais da espinha e do pescoço (veja figura na Prática
62/194
6.6). Depois de explorar completamente este caminho de energia, você pode dar uma olhada
nas notas do Apêndice 1 para mais detalhes.
Mais que nunca, o nome “Bexiga Urinária”, dado a este meridiano, é um trote. As funções Zu
Tai Yang são múltiplas e vastas, e certamente não limitadas à bexiga. Em particular, ao longo
dos lados da lombar e nas áreas toráxicas da espinha, encontra-se neste meridiano vários
pontos extraordinários de acupuntura que governam algumas funções altamente espirituais. Se
você ficar mais especialista em circulação energética, será possível entrar nesses pontos e
explorar suas funções de dentro das mesmas, e não somente de livros.
Prática 6.6
Repita a sucessão inteira de seção 6.3, desta vez no Meridiano da Bexiga Urinária.
Este meridiano está localizado ao lado da espinha, não na própria espinha. Não esfregue a
própria espinha. Esfregar é um modo bruto e preliminar de mover vibração. A energia da
espinha é extremamente sutil e pode se perturbar facilmente com a manipulação. É sempre
preferível ativar a vibração na espinha pelo lado de dentro, em vez de por massagem ou
contato físico.
Quanto mais aberto você se torna, mais eu recomendo que evite ter sua espinha tocada logo
de cara por diferentes tipos de médicos. Se algum toque terapêutico tem que ser
implementado, como, por exemplo, osteopatia, recomendo que você escolha alguém que
realmente conhece o que está fazendo, não só na própria disciplina, mas também no campo
de energia.
Sente-se com as costas retas. Mantenha seus olhos fechados ao longo do exercício.
Fase 1: Pendurar/Descansar
Perceba como se sente por dentro e veja se pode notar qualquer diferença de uma posição
para outra.
Dicas
Quanto mais você se familiariza com a percepção da energia, não apenas a qualidade da
vibração em suas palmas se tornará mais clara, mas a energia em todo seu corpo, que varia
de uma posição para outra. O “sabor interno”, a atmosfera de consciência, muda
completamente. No princípio, estas variações podem parecer sutis mas conforme você
progride, elas ficarão mais tangíveis e distintas.
Isto conduz a uma ciência que visa induzir estados particulares de consciência através da
sintonia em diferentes posições das mãos e, mais geralmente, do corpo. Elementos como
esse, de sabedoria popular, têm sido incorporados em rituais de todas as tradições que você
encontra no planeta. Por exemplo, estes “gestos de energia” são chamados de “mudras” em
Sanskrito.
Ao passar por estes exercícios, você pode perceber por si mesmo que é apenas quando sua
percepção está aberta que os gestos de energia irão manifestar seus efeitos verdadeiros.
Sente-se com as costas retas. Esfregue suas mãos durante alguns segundos e então fique
imóvel com suas palmas para cima.
Fase 1
Una suas mãos em uma posição de oração. Perceba a vibração em suas mãos e no corpo
inteiro. Fique um meio minuto nesta posição.
Continue alternando de uma posição para outra, comparando sua energia. Observe qual a
disposição de consciência que surge quando suas mãos estão unidas.
Fase 2: Jnana-mudra
Volte para a posição com suas palmas para cima (sem descansá-
las nos joelhos). Empenhe a fricção na garganta para ampliar a
vibração e conectar as mãos e o olho. Gaste um minuto para re-
focar.
Jnana-mudra
65/194
Fase 3: A ação de jnana-mudra nos pulmões
Continue indo de uma posição para outra durante alguns minutos, explorando as variações de
energia em seu corpo de forma geral, e especialmente em seus pulmões.
Agora, um enigma: algumas pessoas parecem achar mais fácil respirar quando fazem jnana-
mudra, enquanto outras acham um pouco mais difícil. Como pode ser isto? A resposta está na
seção 6.13, ao término deste capítulo.
Sente-se com as costas retas, com suas mãos uma de frente para outra à sua frente. Em
nenhum momento deste exercício deixe as mãos se tocarem, sempre há espaço entre elas.
Perceba a vibração em seu olho e em suas mãos. Respire com a fricção na garganta para
ampliar a vibração e conectar as mãos com o olho.
Comece a mover sua mão direita lentamente para a esquerda, como se a mão direita estivesse
empurrando a esquerdo através da vibração. A mão esquerda se move para a esquerda,
repelida com suavidade pela pressão da vibração que vem da mão direita. Continue movendo
ambas as mãos para a esquerda muito lentamente.
Então mude de direção. A mão esquerda começa a se mover para direita e repele a mão
direita pela vibração. Continue usando a fricção na garganta para intensificar a vibração entre
as mãos.
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Depois de mover as duas mãos para direita com extrema lentidão durante mais ou menos 1
minuto, mude de direção novamente. Comece a empurrar para esquerda, repelindo a mão
esquerda com a vibração que vem da direita.
Repita a prática em direção vertical, com sua mão direita sobre a esquerda. Mova as mãos de
cima a baixo muito lentamente, repelindo uma com a outra, seguindo o mesmo método.
Mantenha a fricção na garganta. Observe o campo de vibração entre as duas mãos.
Sente-se com suas costas retas, suas mãos uma de frente a outra como no último exercício.
Então vire as palmas para cima. Sinta a diferença de vibração em suas mãos e em seu olho
conforme você vai de uma posição para outra.
Então coloque suas mãos e braços em diferentes posições no espaço, qualquer posição que
quiser. Mas se mova lentamente e conscientemente. É como se fosse um “movimento imóvel”
que o leva de uma posição para outra.
Em cada posição, uma diferente “freqüência” de vibração é gerada dentro de você. Seu campo
de consciência muda de sabor (flavour), dependendo da orientação de suas mãos. Vá
brincando com seus braços durante alguns minutos e explore como posições diferentes criam
estados internos diferentes.
Então se levante e comece a mover o corpo inteiro, lentamente, como se fosse de uma posição
imóvel para outra.
Dicas
Esta prática é excelente para trabalhar com sons internos. Se você está familiarizado ao
som (não-físico) da vibração, perceberá variações claras no som conforme muda as posições.
Sintonize no som da vibração no meio da cabeça, atrás do ponto entre as sobrancelhas. Uma
real melodia te será revelada conforme você dança – a harmonia das esferas.
Esteja atento à vibração no olho. Respire com a fricção na garganta. Então esfregue
vigorosamente as costelas com a palma. Esfregue verticalmente tudo ao redor da costela por
um meio minuto. Depois use seus punhos para estimular a parte de trás da costela, aos lados
da espinha. Mas não esfregue a própria espinha.
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Então permaneça imóvel e permita o movimento de energia. Este exercício dá bons resultados
em termos de dissipar a ansiedade que tende sempre a se acumular ao redor do plexo solar.
Também te ajuda a adquirir um controle mais consciente de seu diafragma. É também
bastante eficiente para acordá-lo de manhã ou qualquer outra hora.
Por outro lado, se há uma deficiência de energia nos pulmões, adicionar mais vibração fará
com que se sinta bem e capaz de respirar mais facilmente. Este teste sutil pode ajudá-lo a
descobrir se há um pouco de qi demais ou se não há qi o bastante em seus pulmões.
Tente este exercício algumas vezes, com intervalos de alguns dias, antes de definir-se sobre o
qi de seus pulmões.
capitulo 7
Visão - 2
Em “A Separate Reality”, Don Juan ensina para Carlos Castaneda como fazer uso da escuridão.
Quando este pergunta para que ela pode ser usada, Don Juan responde que “a escuridão do
dia” é a melhor hora para “ver”.
Fomos condicionados para correr para o interruptor de luz ou para uma tocha toda vez que
temos que nos achar na escuridão. Em muitos casos, você pode se virar muito bem
sem uma luz. Finja que você é um gato. Mude para o “modo-gato”. Confie em seu
instinto. E, claro, esteja muito consciente no olho. Todos os tipos de objetos tem um
brilho de energia ao redor deles à noite, e alguns são realmente bastante fáceis de
ver. É, tipicamente, uma dessas percepções que a maioria das pessoas deixa passar,
simplesmente porque nunca pensam em investigá-la, e não porque seja difícil ou avançada.
Por exemplo, se você entra à noite em uma estrada de chão de terra, descobrirá que o
caminho brilha quando você o enxerga de seu terceiro olho. Este é um valioso exercício para
tentar achar seu rumo sem luz artificial. Você também pode redescobrir seu apartamento à
noite, ou na “escuridão do dia”. Explore.
Sempre que possível, use velas (ou luminárias de óleo) em vez de luzes elétricas. Na luz
natural das velas, você terá acesso muito mais fácil à visão de auras.
Há algumas razões simples porque luzes elétricas não são conducentes à abertura de
percepção. A luz que vem de uma lâmpada incandescente aparece a nós como contínua, mas
na realidade, não é assim. Luzes elétricas trabalham com uma corrente de 50 hertz revezada.
Isto significa que a luz liga e desliga cinquenta vezes por segundo. O processo é rapido o
bastante para enganar sua mente consciente, mas subconscientemente esta freqüência é
registrada e tem uma ação em seu cérebro.
Imagine se a cada vez que a luz elétrica ligasse e desligasse você pudesse vê-la pulsar. Qual
seria o resultado? Bastante doloroso! Você teria que fechar seus olhos, ou pelo menos fazer
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uma formação mental, como uma tela, para se proteger. Isto significa você teria que se fechar
em certo nível.
Quando você começa a usar seu olho, percebe que um processo semelhante acontece,
inconscientemente, com a luz elétrica ligando e desligando cinquenta vezes por segundo. É
“duro” para o cérebro. No fundo, alguma coisa tem que fechar para se proteger.
É claro que a direção geral de uma percepção é a abertura. Nós já discutimos como, ao tentar
ver uma aura, um dos obstáculos principais é a tendência da mente de se recolher (seção
5.10). Você está começando a ver uma aura, e de repente sua mente se surpreende, ou te
surpreende, ou fica muito interessada... Instantaneamente, esta reação da mente cria um
fechamento. Em uma fração de segundo sua percepção está perdida e você tem que começar
a reabrir novamente. Luz elétrica cria um processo semelhante ao do fechamento, a um
profundo nível inconsciente.
Mas que fique muito claro que não estou pregando que se livre de todas as luzes elétricas em
sua casa! Ao ler ou escrever, é claro que deve usar esta luz. Luz insuficiente cansaria seus
olhos, o que não o ajudaria a se tornar mais clarividente. As técnicas Clairvision foram
projetadas para os que estão no mundo, e, atualmente, você não pode estar no mundo sem
usar eletricidade, computadores e assim por diante.
O ponto onde quero chegar é que quando você pratica contacto visual ou outras técnicas de
visão, é muito melhor usar velas. À parte disso, há muitas circunstâncias como comer ou falar
com um amigo em que usamos luzes elétricas e não porque realmente precisamos delas.
Assim, podemos tirar proveito dessas ocasiões para dar um tempo ao nosso cérebro, e para
praticar as técnicas de visão. Este é um dos segredos de sucesso na prática espiritual: use
cada vez mais suas atividades diárias para pôr os processos na prática. Integre seu trabalho de
abertura com as ações mais simples.
Não obstante, no final das contas, deveria se tornar uma preocupação o fato de que a luz
elétrica é estressante. Seria uma bênção para a humaninadade se alguém inventasse uma
forma de luz artificial mais suave para nossa percepção inconsciente.
Ao tentar ver uma aura, você terá resultados muitos melhores se a parede atrás do objeto ou
pessoa for vazia, branca, ou bem clara. Se "ver" é, realmente, um de seus objetivos essenciais
de vida, você deveria considerar redecorar as paredes dos quartos nos quais gasta a maior
parte do tempo. Certas variedades de pintura branca e reboques
de parede têm um efeito mágico: sempre que alguém está na
frente delas, automaticamente começa a ver halos de luz.
Sugiro um mantô porque é extremamente simples de fazer: não há nada que costurar, você só
precisa de uma tesoura! (Um tamanho de 1 metro por 2 ou 2.5 é normalmente satisfatório.)
Mas você também pode fazer um vestido. Os vestuários dos monges foram originalmente
projetados para desempenhar uma função na concentração de energia e proteção, embora
este conhecimento tenha se perdido. Talvez seja hora de uma nova geração de “vestimentas
de energia” ser projetada.
Antes de retomar as técnicas de visão, sugiro que você releia o conselho dado no Capítulo 1.
Feche seus olhos durante 1 ou 2 minutos e respire com a fricção na garganta. Opere um
reconexão com o espaço no olho fazendo uma pequena meditação de terceiro olho, como
descreveu a seção 5.3.
Depois de alguns minutos, comece a fricção na garganta. Conecte a fricção com a imagem.
Quando você terminar, esfregue suas mãos. Ponha as palmas contra seus olhos. Deixe o calor
alcançar do lado de dentro e curar seus olhos.
Dicas
Você ficará pasmo ao ver como a percepção de halos aumenta de repente assim que você a
conecta com a fricção na garganta. É uma demonstração bonita do efeito ampliado gerado por
esta fricção.
Para fazer uma leitura de aura, o truque é sintonizar nos seres espirituais sobre a cabeça da
pessoa e deixar que façam a leitura por você. Sintonize na presença deles e permita que
monitorem sua visão.
– tentar contemplar à sua frente sem “tocar” qualquer parte física de seu par com seus olhos.
Experimente estas diferentes opções e vá de uma para outra. Depois de um certo tempo, a
imagem física desaparece, de forma que realmente não importa qual você escolheu. Quando
focar nos olhos da pessoa à sua frente, às vezes acontece que tudo se torna embaçado, mas
os olhos permanecem claros; ou a face muda mas os olhos permanecem o mesmo. Qualquer
que seja a possibilidade que você explore, é preferível para ambas as pessoas praticar o
mesmo modo ao mesmo tempo.
Aqui estão algumas sugestões para trabalhar o desenvolvimento de sua percepção de auras.
Comece com um reconexão: feche seus olhos, respire com a fricção na garganta e edifique a
vibração entre as sobrancelhas. Então sintonize na luz e fique ciente do espaço púrpura escuro
durante 1 ou 2 minutos.
Então abra os olhos e comece o processo triplo de visão:
1) Foco imóvel no olho
2) Estado de visão
3) A sensação que vem do coração
A idéia é permanecer muito quieto interiormente, absorvido neste processo triplo, e pedir ao
amigo à sua frente que diga ou pense em coisas diferentes, para ver se qualquer modificação
na aura dela(a) pode ser percebida como uma conseqüência. Você pode colocar seu olhar uma
polegada sobre a cabeça de seu par, ou entre as sobrancelhas dele, como preferir. Tenha
cuidado para não olhar muito, do contrário, você não verá nada.
Peça a seu amigo que repita “Não, não, não...” durante um minuto mais ou menos. Deve
ser um “não” com intenção, um não que realmente significa não. Durante este tempo, sinta a
qualidade da luz ao redor dele.
Então peça ao seu amigo que repita “Sim, sim, sim...” com intenção, durante um minuto. Sinta
a luz e compare a qualidade de energia.
Repita uma ou duas vezes com “não” e então com “sim.”
Repita o mesmo procedimento, mas desta vez seu amigo deve estar atento tanto no olho
quanto ao redor do umbigo enquanto diz não. Enquanto diz “sim”, peça ao seu amigo:
– estar completamente consciente no coração, durante um minuto aproximadamente
– pensar em morte durante um minuto
– pensar em uma coisa feliz que poderia acontecer na vida dele
72/194
– ficar ciente de uma emoção triste
– pensar em algo que normalmente cria irritação ou raiva
Peça para seu amigo que fique sereno novamente.
Não se esqueça de fazer um pouco de “palmas” (aplicando suas palmas em seus olhos
fechados, conforme seção 5.5) ao término de cada sessão, ou cada vez que você faz um
pequeno intervalo com seus olhos fechados.
Dicas
Você pode repetir o mesmo exercício enquanto pede ao seu amigo que pense em:
– alguém amado
– alguém de quem não gosta
– alguém que está morto
Várias outras possibilidades virão a sua mente conforme você explora essas práticas. Uma vez
que tenha assimilado o capítulo sobre radiestesia, você também poderá observar a aura de seu
amigo enquanto ele está se sentando:
– conscientemente, em um cruzamento nocivo de linhas de terra
– sem saber, em um cruzamento nocivo de linhas de terra
– em uma nascente de energia. (Se você achar uma nascente de verdade, a ação na aura é
imediata e bastante notável assim que a pessoa fica sobre ela.)
Também é interessante pedir para seu amigo segurar diferentes objetos e substâncias e
assistir à modificação da aura de acordo com os mesmos. Peça ao amigo que se sintonize no
objeto. Você pode segurar o objeto na frente do coração, e então na frente de outras partes
do corpo, e ver se nota qualquer diferença na aura.
– uma vasilha de cobre
– uma grande ferramenta de ferro (mas nenhuma que você segure por um cabo de madeira!)
– a ponta de um termômetro (que contém mercúrio)
– uma caçarola de alumínio
– diferentes latas de comida
– pacotes de comidas congeladas
– pratos com comidas diferentes
– uma variedade de ervas, drogas, medicamentos, remédios homeopáticos, etc.
Basicamente, tente qualquer coisa – ordinário e extraordinário.
Dicas
A técnica conhecida como “teste muscular” está baseada na idéia de que a força de um
músculo é maior quando você pensa algo verdadeiro ou quando segura uma substância que é
73/194
“boa para você”. De modo contrário, supõe-se que a força muscular diminui se você está
segurando o remédio errado, ou se pensa em algo que não é verdade ou não é benéfico à sua
saúde.
Por exemplo, pede-se aos pacientes que segurem diferentes garrafas com a mão esquerda, na
frente de seus corações, e esticar horizontalmente o braço direito. O médico empurra a mão
para baixo para testar a força do deltóide (músculo do ombro).
A técnica tem seus limites, e não acho que seja razoável tentar fazer dela um método
universal de conhecimento, como alguns parecem estar fazendo. Ainda assim, é um fato
surpreendente que a resistência do músculo seja, às vezes, significativamente mais forte ou
mais fraca, dependendo do que a pessoa segura ou pensa.
Assim que você começa a perceber auras, descobre que claras diferenças podem ser sentidas
na energia de uma pessoa quando elas pensam em coisas diferentes ou enquanto seguram
substâncias diferentes. Para perceber isto, você nem mesmo precisa “ver auras”, senti-las é o
bastante.
Dicas
Uma conclusão iluminada é que você, algumas vezes, terá mais sucesso sem escutar nada e
apenas olhando a aura, em vez de analisar o conteúdo das mensagens.
Não hesite em trapacear, dando mais de uma falsa declaração, para acrescentar ao esporte!
Steiner previu que nossos sentidos atuais vão todos seguir um processo de evolução
semelhante, assim haverá um dia em que os seres humanos poderão cheirar, ver, ouvir,
degustar,... com o corpo inteiro e não só por um órgão particular. É como se o órgão
localizado estivesse lá para nos ensinar uma sensação particular, e quando a lição está
completa, já não precisamos mais dele.
Como a sensação de calor é muito mais antiga, e por conseguinte, mais integrada em nosso
ser, é mais fácil para nós reconhecermos o que é calor, independentemente de qualquer
objeto. Nós podemos captar a pura qualidade do calor. Vamos desenvolver isto como uma
analogia para entender mais sobre o estado de visão.
No princípio pode ser difícil de adquirir uma sensação do “estado de visão”, significando o fato
de ver, independente de qualquer imagem em particular. Nós entendemos o que é ver uma
árvore, ver uma luz ou até mesmo ver uma aura... mas a nudez do estado de visão pode não
ser tão óbvio.
Neste momento, na vida diária da maioria dos seres humanos, o primeiro e o terceiro elemento
se perderam, o que significa a consciência da percepção e do processo perceptivo. Ao ver uma
árvore, por exemplo, há um reconhecimento mental da árvore, mas não há nenhuma
consciência de quem vê a árvore, nem do processo pelo qual a árvore é percebida. Uma
assimilação acontece com o objeto de percepção. Tornar-se ciente do “estado da visão” é estar
ciente do no. 3, o processo de percepção.
Conforme você continua praticando nosso triplo processo de visão, seu “estado de visão” se
desenvolverá gradualmente. No princípio, pode parecer vago, mas conforme exercita, adquirirá
uma qualidade mais tangível e ficará tão claro e óbvio quanto a percepção do calor. Também
podemos comparar o estado de visão a um músculo que não foi usado por muito tempo. É
provável que ao reativar o músculo, ele esteja lento no princípio: você mal consegue senti-lo,
você nem mesmo sabe quando está contraindo ou não, e sua contração é bastante fraca. Uma
vez que você tenha trabalhado e ativado seu estado de visão, ele fica tão claro e tangível
quanto contrair seus bíceps. De fato, esta parte do processo de alquimia interna é semelhante
à construção do corpo físico, mas de forma não-física, na edificação do corpo sutil.
Agora, há um paradoxo. Quando você quer ficar ciente de seu estado de visão, o que você
faz? Você se certifica de que não está olhando nada em particular, que o conteúdo da imagem
não te interessa. Em outras palavras, você tira uma das duas laranjas da cesta. Você se livra
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do no.2) objeto de percepção; e então, a segunda laranja (estado de visão, o processo de
percepção) fica eminente.
Mas uma vez que seu estado de visão tenha evoluido, você passa a operar de um
modo diferente: Você se sintoniza em um objeto ou uma pessoa, “liga” seu estado de
visão, e automaticamente você “vê”. Não importa se o objeto de percepção está bem
na sua frente ou do outro lado do planeta, ou mesmo do outro lado da galáxia. Você
vê. E freqüentemente algo estranho acontece: você pode muito bem optar por fechar os olhos
a fim de ver melhor algo que está bem na sua frente.
Então a pergunta seguinte é: como você pode estar completamente desinteressado no objeto,
se usa o estado de visão como um meio de vê-lo? A chave para este paradoxo é: uma vez que
você alcançou essa fase, não está mais olhando o objeto com sua mente. A mente se cala e
você está vendo através de uma camada sua muito mais profunda e mais verdadeira. Uma
condição prévia básica para uma percepção mais elevada repousa no silêncio da camada de
consciência mental ordinária.
Sente-se na frente um do outro com suas costas retas. Se você não pode tocar no nariz de seu
par com a palma de sua mão, então já sabe que está muito longe.
Feche seus olhos e faça um reconexão. Execute a fricção na garganta. Construa a vibração no
olho. Então passe 1 ou 2 minutos no espaço púrpura.
Abra os olhos. Execute o triplo processo de visão (foco no olho, estado de visão, e sentindo no
coração, como explicado na seção 5.13). Tente receber o outro, levá-lo para dentro de seu
coração.
Então um diz, “Sim” e o outro, quando estiver pronto, responde “Sim.” Ambos vão dizendo
“Sim”, um em seguida do outro.
Esta prática é uma prática de coração. Você não pode enganar. Se deixar qualquer barreira ou
restrição, o outro a sentirá imediatamente, e o milagre não acontecerá. Você tem que dizer um
“Sim” que seja realmente um “Sim”, e colocar cada vez mais significado e abertura nele. O
“Sim” tem que vir do coração. Você tem que trabalhar aprofundando cada “Sim” um pouco
mais, até que alcança uma aceitação total da outra pessoa. E então, vá mais adiante. Dê um
“Sim” que seja uma aceitação do mundo inteiro através daquela pessoa à sua frente.
Continue a prática pelo tempo que quiser. Então, demore uns bons 2 ou 3 minutos cobrindo
seus olhos fechados com as palmas das mãos, deixando o calor das mãos alcançar o coração
através dos olhos.
Dicas
Você ficará surpreso ao ver quantas pessoas articulam um “Sim” que, verdadeiramente,
significam “Não”, ou então dizem, mecanicamente, um “Sim” depois do outro que
simplesmente não significam nada.
Ponha tudo de você nesta prática, e depois de alguns minutos, você mal será capaz de
articular qualquer coisa. A palavra parece vir de longe, muito longe. Isto pode levar a uma
intensa experiência de sua própria verdade.
Não há nenhum limite quanto ao tempo para continuar esta prática – pode ser horas se
quiser.
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O Despertar da Visão Interior
capitulo 8
É preferível não executar os exercícios deste capítulo logo no começo de uma sessão. Comece
com algumas práticas de circulação energética para esquentar seu corpo etérico.
Dicas
Tradicionalmente, o fígado é o órgão do etérico e da força de vida – conseqüentemente a
conexão entre as palavras “vivo” (live) e “fígado” (liver) pode ser achada em vários idiomas.
Você concorda?
Se você está sofrendo de qualquer desordem física, inclua a área correspondente no
exercício.
Pode ser interessante repetir esta prática em circunstâncias diferentes, por exemplo uma ou
duas horas depois de uma comida pesada.
Então coloque suas mãos retas a alguns centímetros da planta, sem tocá-la. Repita a mesma
sucessão: sinta a vibração da planta, explore suas qualidades.
Sintonize de longe em outra planta. Repita a mesma sucessão, mas ao mesmo tempo compare
a qualidade da vibração da planta com aquela de antes. Então ponha suas mãos perto da
planta e explore sua vibração novamente.
Repita o mesmo com plantas diferentes.
Então tente se sintonizar em animais e explorar a qualidade da vibração deles.
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Dicas
Esta prática torna a natureza um campo fascinante para exploração. Apenas avance um
passo adiante e a comunhão com a natureza se torna uma realidade tangível.
É ainda um fato confrontante e básico sobre percepção que uma vez que você pode sentir
algo dentro de você, também pode sentir o mesmo fora de você. Por exemplo, quanto mais
familiar você se torna com a vibração dentro de seu corpo, mais fácil se torna sentir tudo ao
seu redor. Deveria ser enfatizado que esta observação não só se aplica à camada etérica mas
para o espectro completo de percepção sutil.
Enquanto faz estes exercícios, não se esqueça de seu foco no olho: permaneça
completamente consciente da vibração entre as sobrancelhas. O que quer que seja que você
deseja contactar, sinta-o através do espaço entre as sobrancelhas.
Algumas correntes e lagos têm uma qualidade particularmente rica de vibração e comunicam
bonitas forças de alma quando você se sintoniza nelas. O mesmo com o oceano. Passar um
tempo na natureza ajudará a desenvolver sua percepção. Além de aumentar sua experiência
da vibração, sintonizar nas forças da natureza provocarão vastas realizações.
Dicas
Diz-se que o corpo físico é relacionado ao elemento terra, o corpo astral ao elemento ar, o
Self ao elemento fogo e o corpo etérico ao elemento água. É então bastante apropriado
explorar profundamente seu etérico enquanto na água. Não hesite em repetir todas as práticas
deste capítulo e descubra as qualidades, circulações e limites de seu etérico enquanto estiver
na banheira.
Nunca perca uma ocasião para sintonizar na vibração sempre que estiver na água. Você se
surpreenderá quão refrescado você se sente depois de tomar um banho de acordo com estes
princípios. Você também pode incorporar um pouco de óleos essenciais e várias substâncias
(naturais) no banho e descobrir se pode sentir qualquer modificação na qualidade da vibração
(na água e em você). Óleos essenciais são sutis: é quando você se sintoniza na energia deles
que pode se beneficiar da maioria de seus efeitos.
Um excelente suco para pôr em uma banheira pode ser preparado ralando um pouco de
gengibre e ferver em fogo baixo durante dez minutos. Coe e coloque o líquido na água da
banheira. O efeito de limpeza na pele é notável.
Esta nova percepção da água tornará mais fascinante tomar banho em lagos, rios,
cachoeiras ou no oceano. Mas não o tornará, necessariamente, mais atraído a piscinas
públicas, nas quais, às vezes, todos os tipos de vibrações indesejáveis se acumulam.
Dicas
Tente usar esta técnica quando estiver sofrendo de uma enxaqueca. Quando aplicada cedo o
bastante, no começo da crise, freqüentemente dá resultados excelentes.
As práticas deste capítulo certamente abrem novas perspectivas em relação à hidroterapia.
Depois desta prática de excreção não permita que ninguém entre na banheira. Deixe a água
ir embora. Sob circunstâncias normais, não há nenhuma necessidade para se preocupar por
demais em ter que limpar a própria banheira. Ainda assim, você deve ter cuidado se muitas
pessoas estão usando a mesma banheira. (Gurus hindus puseram grande ênfase em ter seu
próprio banheiro privado.)
Algumas pessoas tendem a sentir incômodo se tiram o tampão e deixam sair a água
enquanto ainda estão no banho, como se um pouco da própria energia fosse levada embora.
Experimente e veja se isso te diz alguma coisa.
Dicas
Quanto a energias negativas, primeiro tente liberar na água ou na terra. Mantenha as
árvores para vibrações mais sutis ou para o tipo de energia que está realmente impossibilitado
de liberar por qualquer outro meio. De qualquer maneira, você não fere a árvore fazendo isto,
mas a presenteia com algo valioso. Embora para você a vibração relacionada a um humor
deprimido ou o começo de uma gripe possa parecer negativa, para a árvore é uma energia
altamente evoluida e sofisticada. Se você usar sua sensibilidade, poderá escolher árvores que
anseiam pelo que você está tentando eliminar.
Esta técnica pode fazer milagres. Mas você tem que ficar contra a árvore o tempo suficiente,
uns 10 a 15 minutos, ou mais se puder. Você precisa dar a árvore tempo o bastante para
receber o que você está tentando dar.
Dicas
Se você for rápido o bastante, pode usar também o espirro como uma liberação de energia.
Você deve ter notado como bocejar é contagioso. Em uma série de conferências dadas em
Kassel, em junho e julho de1909, Rudolf Steiner explicou que, na Atlantida, influências
subconscientes passavam mais livremente entre seres humanos. Um homem poderoso podia
elevar o braço, e apenas com o jogo destas influências subconscientes, todas as pessoas ao
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redor dele se sentiam compelidas a erguer os respectivos braços automaticamente. Bocejar foi
o que restou deste tipo de inclinação.
Dicas
Muita força pode ser armazenada em um anel, com ou sem uma pedra montada. Quanto
mais potente o anel, mais importante é usá-lo do lado certo.
Um pêndulo também pode ser usado para confirmar o lado “certo” do anel.
Agora repita a operação com a outra mão de seu amigo. Sintonize na vibração da pulsação.
Você verá que na maioria dos casos o pêndulo começa virando na outra direção. Este fato é
bastante normal: isto apenas mostra que a energia de cada braço tem uma polaridade
diferente.
Então repita a operação depois de pedir a
seu amigo que coloque o relógio. Meça o
pulso da mão com o relógio, sintonize-se,
e... surpresa! O pêndulo ou deixa de
girar, ou gira na direção oposta de
quando estava sem o relógio. Isto
significa que o relógio de pulso cancela
ou inverte a polaridade de energia do
braço no qual é usado – uma observação
realmente confrontante!
Não há nenhum lugar certo para usar
relógio em seu corpo. Enfermeiras tem o
hábito de prender o relógio perto do
coração, o que, certamente, não é
aconselhável. Contanto que o relógio
esteja em contato com o corpo, ou muito perto dele (menos de 1 ou 2 polegadas fora), cria
uma interferência principal em seu etérico. Essa é a razão pela qual o efeito será basicamente
o mesmo se você decide manter o relógio em seu bolso em vez de usá-lo em seu pulso.
Um relógio deveria ser levado em uma bolsa, e não em você. Por exemplo, é muito possível
prender o relógio de certo modo à correia de sua bolsa que facilite ver de longe. Por que não
começar uma nova moda ?
capitulo 9
Consciência
Nota: Ao longo deste livro, sempre que o termo “o olho” é mencionado, refere-se ao terceiro
olho, e não aos dois olhos físicos.
Portas e portões têm uma forte ressonância simbólica. Uma prática poderosa é se lembrar de
sua aspiração espiritual cada vez que você cruza uma entrada.
Outro método poderoso é adquirir um relógio com uma contagem
regressiva e fazê-lo soar, digamos, a cada sete minutos. Cada vez
que você ouve o sinal, foca novamente sua consciência na vibração
entre as sobrancelhas e respira com a fricção na garganta durante
dez ou quinze segundos. Sete é um bom número para auto-
transformação. De fato, o que é importante não é a duração do
intervalo mas o fato que o sinal e a prática são repetidos com
regularidade extrema. Isto dá uma sensação de ritmo ao corpo
astral e imprime profundamente em você o hábito de estar no olho.
Agora vamos tentar algo. Feche seus olhos, comece a respirar
com a fricção, edifique uma forte vibração entre as sobrancelhas
durante 1 ou 2 minutos. Então abra seus olhos, mantenha o foco o
mais apertado que puder entre as sobrancelhas, e se olhe no
espelho.
Obviamente seus amigos e parentes acharão um tanto confrontante se você se dirigisse a eles
com uma cara assim! Então, o que fazer? Primeiramente, sempre que você estiver falando
com alguém, pratique estar no olho e no coração (técnica 5.13), de forma que a intensidade
de seu olho será temperada pela abertura e suavidade de seu coração.
Em segundo lugar, quando, por prática, você se estabelecer melhor em seu olho, os intensos
semi-franzidos entre as sobrancelhas do começo desaparecerão e você parecerá bem normal.
Enquanto isso, tente lidar com o fato diplomaticamente.
9.4 A colheita da permanência
Vamos revisar e tentar entender os benefícios que resultam de manter a consciência
permanente no olho.
Consciência
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Estado de Centro
Uma consciência além da mente discursiva
A razão é óbvia. O verdadeiro objetivo é a consciência do Self, e não só autoconsciência!
Manas, a camada de consciência mental ordinária, que fala em sua cabeça todo o tempo, é o
principal véu entre você e o Self. Dessa forma, o propósito é emergir fora da manas-mente
para o Self, e não consentir que a manas-mente imite uma consciência mais elevada somando
pensamentos após pensamentos.
Assim, é quando você começa a observar a mente de fora da mente que sua consciência se
torna recompensada espiritualmente. E essa é a razão pela qual pode ser tão valioso trabalhar
uma abertura de percepção: quando alcançada de acordo com nossos princípios, a abertura te
permite sair da manas-mente. O ponto principal não é tanto ver auras e mundos não-físicos,
mas ver “de fora da mente”. Então você começa a existir fora da gaiola.
Agora você pode entender melhor porque constantemente foi repetido neste livro que a
essência não repousa naquilo que você vê, mas no fato de ver. Em termos de
desenvolvimento espiritual, o conteúdo das visões é secundário comparado ao rompante fora
da camada de consciência mental habitual. As pessoas que gastam muita energia tentando
analisar o significado simbólico de suas visões perdem este ponto completamente.
Construindo o olho
Persistência neste trabalho também nutre várias mudanças fisiológicas nos nervos e glândulas
que estão relacionadas ao terceiro olho. O terceiro olho não é físico, é um órgão de energia.
Pertence principalmente aos corpos etérico e astrais, mas algumas estruturas físicas são
conectadas em suas redondezas, e sofrem uma transformação profunda conforme o despertar
acontece: a glândula pituitária, por exemplo, e mais recentemente, a glândula pineal. Estas
duas, invariavelmente, são mencionadas por ocultistas de todos os tipos quando discutem o
terceiro olho. Porém, uma investigação clarividente detalhada também revela mudanças
significantes em outras estruturas, como a lâmina crivada do etmóide, por onde passam os
nervos olfativos (por onde os nervos da mucosa nasal alcançam o cérebro), o quiasma ótico, o
seio frontal, os canais nasais do esfenóide, e os ventrículos do cérebro (cavidades cheias de
líquido dentro do cérebro).
Filtrando o mundo externo
Em outras palavras, você é permanentemente inundado com impressões não processadas:
imagens, sons, cheiros e assim por diante. Estas correm para sua consciência e criam muito
mais dano do que você pensa. Por analogia, é como se os nutrientes que você come fossem
enviados diretamente aos órgãos e tecidos de seu corpo sem terem sido processados pela
digestão. Se esse fosse o caso, seu corpo físico perderia sua identidade, se tornaria por
demais “como se vê”, e isso é exatamente o que acontece com sua consciência. Ela perde sua
auto-identidade. O Self já não pode ser discernido no meio deste maremoto de impressões
externas.
Quero insistir neste fato, porque parece essencial quando se observa a economia da
consciência clarividentemente. Do mesmo modo que seu corpo físico é feito daquilo que você
come, todas as impressões sensóriais contribuem para tecer sua camada de consciência
mental. E na situação atual, uma espessa nuvem de matéria bruta astral está sendo
permanentemente gerada em você, dia após dia, ocultando o Self.
O que acontece quando você permanece consciente em seu terceiro olho? São recebidas as
impressões que vêm do mundo externo primeiro no terceiro olho em vez de correr
diretamente para sua mente. Lembre-se dos exercícios sobre estado de centro no começo
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deste capítulo, onde você olha um objeto e permanece ciente entre as sobrancelhas.
Automaticamente, é como se você estivesse olhando do terceiro olho, significando que as
impressões visuais alcançam seu terceiro olho primeiro. Então, o que acontece? O terceiro olho
“digere” estas impressões, filtrando-as e processando-as.
Entender e utilizar este princípio é suficiente em si mesmo para mudar um destino. O que se
vê ao observar a mente clarividentemente? Os pensamentos da mente não são entidades
abstratas, eles são feitos de uma certa substância. Claro que, esta substância não é física,
apesar de existir como matéria, em um certo nível. E a qualidade de sua substância mental
determina a qualidade de seus pensamentos. Pensamentos espirituais, ou mesmo apenas
pensamentos inteligentes, simplesmente não podem crescer ou serem recebidos se a
substância mental é bruta e pobre. Se você quer seu desenvolvimento espiritual, sugiro que
pondere sobre este ponto.
Prática 9.5
Você pode se sentar ou ficar em pé, mas certifique-se de que suas costas estão retas.
Fique ciente entre as sobrancelhas. (Logicamente, depois de ler este capítulo já deveria estar
entre as sobrancelhas!) Fique imóvel. Evite piscar e movimentar seus globos oculares.
Imagens
Olhe um objeto ao seu redor. Olhe do olho. Receba o objeto no olho, entre as sobrancelhas.
Tente pôr em prática o efeito de filtro que acabamos de discutir. Tente sentir o “peso” das
imagens em seu terceiro olho, como se as imagens estivessem pressionando entre suas
sobrancelhas. Tenha certeza de que nenhuma impressão visual se desvie do olho. Fique ciente
do processo de todas as imagens físicas pelo terceiro olho.
Então abandone qualquer consciência do olho. Afrouxe seu foco. Comece a olhar os objetos do
modo mental habitual... e veja a diferença. Você pode perceber que as vibrações que sua
cabeça alcançam são menos sutis?
Sons
Utilize o mesmo método para sons. Coloque uma música e primeiro passe um minuto
escutando-a sem qualquer consciência particular, e sem foco no olho. Tente apreciar a
qualidade de vibração na qual é levado.
Cheiros
Agora pratique com algo que estimula a sensação de cheiro. Primeiro cheire a
substância sem qualquer consciência particular. Então receba o cheiro de
entre as sobrancelhas: cheire do olho. Como o primeiro difere daquele que é
filtrado pelo olho?
Gosto
Comece a comer uma comida sem qualquer consciência particular. Então, depois de alguns
minutos, comece a provar a comida do olho. Nesta instância, a diferença na qualidade de
vibração será especialmente surpreendente.
Então pratique mais seletivamente com gostos e comidas diferentes. Observe e compare a
ação dos gostos doce, salgado, ácido e outros em seu olho, um após outro.
Uma descoberta principal será que uma vez no olho, você não aprecia necessariamente as
mesmas comidas de quando come sem consciência.
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Prática 9.6
Pratique andando na rua com um total foco no olho. Tenha certeza
que qualquer imagem, som, ou cheiro é recebido de seu olho. Depois
de alguns minutos deixe sua consciência de lado. Receba tudo, sem
qualquer foco em seu olho, mentalmente. Compare a
qualidade das vibrações dentro de você.
Prática 9.7
O que é exatamente isso que o penetra quando você percebe uma imagem, um som, um
cheiro...? Que tipo de vibração é recebida? Que tipo de substância sutil é adicionada ao seu
ser?
Repita a prática 9.5, mas desta vez ponha toda a ênfase naquele que percebe – você. Olhe um
objeto sem manter qualquer foco particular no olho. O objeto tem certas qualidades e também
há uma certa qualidade de vibração dentro de sua cabeça.
O que é isso que se adiciona à sua própria vibração quando você recebe a imagem do objeto?
O que muda em sua cabeça ou em outro lugar, a nível energético?
Agora fique cada vez mais no olho. Existem diferentes níveis no que diz respeito a estar no
olho. Você pode estar 10% no olho, ou 40% no olho... e se persistir em sua prática, um dia
você poderá estar 100% no olho.
Comece estando apenas um pouco no olho, digamos 5%. Veja a diferença na vibração que é
recebida do objeto, comparado quando nenhuma consciência particular é mantida no olho.
Aumente progressivamente e se torne 10% ciente no olho, então 20%, e assim por diante.
Cada vez, observe a vibração para a qual é levado enquanto olha o objeto. Então faça o
mesmo com o máximo de consciência possível. Tente sentir como a impressão visual o afeta.
O que é somado à sua energia enquanto percebe? Você pode sentir a quantidade sensorial
que entra como matéria astral?
Vá de um objeto para outro e repita gradativamente o processo de observação com níveis
crescentes de consciência centrada no olho.
Então coloque um pouco de música e repita o processo, desta vez com sons.
O mesmo exercício pode ser aplicado com o paladar.
9.8 Teste
Escolha o lugar mais movimentado de uma cidade grande. Tente ficar lá por uma meia hora
com total consciência no olho. Tenha certeza de que nenhuma percepção chega sem ter sido
processado por seu olho. Filtre essas percepções das quais normalmente permanece
desavisado, mas que são registradas inconscientemente.
Quão longe você pode manter sua integridade?
Repita o teste de tempos em tempos para medir seu progresso.
1) consciência no olho
2) consciência do fato de ver, ou estado de visão. Se estado de visão ainda é um problema,
apenas sinta a imagem em vez de olhá-la.
3) sentindo do coração
Você notará que enquanto está focado no olho, sua percepção da vegetação muda
ligeiramente. Uma diferença inicial é que sua percepção é mais global: ela cerca mais o que
está localizado na periferia da imagem. Ao invés de selecionar uma parte e inconscientemente
focar nela, você permanece ciente de todo o quadro.
Outra diferença notável é que a imagem parece ser mais “viva”. As cores são mais vívidas,
como se dotadas de uma intensidade e uma vitalidade própria. As cores falam à sua alma, elas
comunicam suas qualidades. Definitivamente, há uma sensação de estado vivente que penetra
o quadro inteiro. Sua visão física é, de repente, grandemente embelezada: é como se você
estivesse redescobrindo o mundo! E tudo que você tem a fazer para alcançar esta outra visão
é sair um pouco da camada da mente na qual foi condicionado a operar. Lembre-se que assim
que você entra no olho, já está meio caminho andado para fora da mente.
Quando reexperimentando episódios de vidas passadas através de técnicas de regressão e
clarividência, a pessoa vem a perceber que até pouco tempo, a maioria dos seres humanos via
o mundo por esta visão mais bonita e viva. A “decaída” do campo de consciência parece ter
acontecido a partir do século XIX, contemporâneo com a revolução industrial e a explosão de
descobertas científicas. Pode ser relacionado ao que Rudolf Steiner chamou de a vinda de
influências Ahrimânicas na consciência humana.
Eu sugiro que você pense sobre ir passear na natureza e se reconectar com esta visão viva
quando estiver preocupado ou agitado. É um modo gentil de pacificar muitos conflitos da
mente sem lutar, mas atraindo a beleza do mundo, como é vista da não-mente.
capitulo 10
Dicas
Um pouco de Bálsamo de Tigre na testa, freqüentemente, funciona muito bem para
enxaquecas relacionadas a energia, especialmente se aplicado no começo.
Se você acha difícil mover a energia para cima, pelo topo da cabeça, tente passar pela parte
de trás do topo do crânio em vez do meio. Esta área, ao redor do ponto Pae Hui de
acupuntura, ou Governador 20 (seção 16.7), é um modo mais fácil de sair da cabeça.
Outro modo para facilitar o movimento de energias para cima é levantar as sombrancelhas o
mais alto e esticadamente possível desde o princípio até o fim desta prática.
Esta técnica é um modo de liberar pressão extra na cabeça devido a “prática em excesso”.
Mas de fato, uma vez que você domine o truque, pode usá-lo para se livrar de quase qualquer
enxaqueca, até mesmo se for causada por algo completamente diferente. A técnica pode ser
definitivamente usada para controlar enxaquecas de várias origens, contanto que o paciente
esteja pronto a aprender como dirigir energias.
10.10 Vertigem
Não há nada errado com sentir-se um pouco fora do ar depois de algumas práticas que o
levam longe no espaço. Em certos estados de consciência expandida, você se sente
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extremamente leve e um pouco eufórico, como se tivesse bebido uma ou duas taças de
champanhe.
Porém, nem sempre é você que está de cabeça leve, são os outros que estão de “cabeça
pesada”! A vida, na mente discursiva comum, cria uma gravidade sufocante de pensamentos e
emoções. Mas as pessoas nem mesmo percebem, porque assim foram condicionadas desde
cedo.
Conforme você avança, uma sensação moderada de iluminação, que é o resultado de sua
prática, se tornará “normal” e integrada em seu modo habitual de funcionar. Você não vai nem
perceber. Mesmo se no princípio, se sentir um pouco “diferente”, você logo achará mais fácil e
mais eficiente funcionar neste estado de iluminação. (Quando você começa a trabalhar com
anjos, é uma delícia absoluta, como se você estivesse voando em seus sapatos.)
Se por alguma razão a sensação de cabeça leve ficar incômoda, as sugestões seguintes irão
provavelmente restabelecer rapidamente a situação:
–Pratique os exercícios de ancoragem à terraindicados nos capítulos de proteção (Capítulos 18
e 20), mantendo uma forte consciência no olho e na barriga.
–Coma! Comer é um dos melhores métodos para criar uma ancoragem a curto prazo. Se um
amigo seu está completamente aéreo após uma meditação e há qualquer razão urgente para
trazê-lo de volta, alimente-o. Em uma emergência, apele para comidas pesadas: bolos, e até
mesmo carne. Isto é dramaticamente eficiente, mas não abuse: uma ancoragem apropriada
vem de seu domínio de energia (Capítulos 18 e 20), não de uma dieta duvidosa!
Nos capítulos relacionados a proteção, torna-se muito claro que o estilo de trabalho
daClairvision visa ancoragem tanto quanto conexão com o espaço.
capitulo 11
A arte de se sintonizar
11.1 Sintonizando
Vamos começar com um exercício simples. Pegue, por exemplo, um cristal e uma outra pedra
qualquer, achada no mato. Se você não tem um cristal, apenas pegue duas pedras de cores e
texturas diferentes. Você também precisa de uma flor ou um punhado de folhas. Sente-se em
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uma posição confortável e coloque os objetos à sua frente. Tenha certeza de que suas costas
estão retas. Comece a contemplar o cristal, ou uma das pedras.
Aplique o triplo processo de visão:
1) Fique ciente entre as sobrancelhas. Permaneça imóvel. Pisque o menos possível.
2) Em vez de olhar qualquer detalhe da imagem à sua frente, fique ciente do fato de ver, que
chamamos “estado de visão”. Se isso não for possível, tente, simplesmente, sentir a imagem à
sua frente em vez de olhá-la.
3) Sinta o objeto de seu coração. Receba-o em seu coração, pelo olho.
Permaneça com o primeiro objeto durante 2 ou 3 minutos. Então aplique o mesmo processo à
segunda pedra, durante dois minutos ou mais. Proceda da mesma maneira com o terceiro
objeto.
Ficará claro que você obtém sentimentos bem diferentes de cada uma das pedras, das folhas e
flores. É claro que estes objetos têm qualidades diferentes de vibração, mas você também fica
diferente quando se abre a um ou o outro. Cada objeto te faz vibrar em uma freqüência
distinta. Quanto mais sensível você se torna, mais claro fica o contraste interno ao se
sintonizar em objetos ou pessoas.
“Sintonizar” é a capacidade para ressonar em harmonia com um objeto, um animal, uma
pessoa. “Sintonizar” evita o uso da consciência mental ordinária. É um modo direto de
conhecimento e experiência que diferem em muitas formas da mente ordinária.
Um ponto chave é que sempre que você olha um objeto usando a mente, a mente o “mata”. O
objeto está cheio de energia e vibrações, tem uma vida própria. Várias leis da natureza estão
ativas dentro dele. E o que você consegue usando a sua menta ? Uma réplica morta que
poderia ser chamada de cartão postal mental. A essência da informação se perdeu.
Quando você “se sintoniza” em um objeto, acontece o contrário. Você deixa as qualidades do
objeto ficarem vivas dentro de você. Não é mais um cartão postal que você recebe, mas um
sentimento de vida.
Repita o exercício com vários cores. Aplique o processo triplo de visão em paredes, roupas e
objetos de matizes diferentes. Cada vez, tente se sintonizar na cor. Abra-se para ela. Deixe as
qualidades da cor se manifestarem vivas dentro de você.
O resultado é mágico. Cores diferente o movem em direções diferentes e geram toda uma
gama de efeitos dentro de você. Cores e luzes começam a te alimentar: o azul do céu, por
exemplo, ou a luz das estrelas, ou até mesmo o amarelo de uma Camiseta... Você pode
literalmente “beber” as cores e as respectivas energias. Você obtém forças delas que
fortalecem sua alma. Isto te permite entender porque crianças pequenas, que ainda não estão
vivendo somente dentro de uma estrutura mental, são tão fascinadas por cores e luz.
Outra distinção chave entre o modo mental de perceber, e desta técnica de se “sintonizar”, é
que o primeiro está baseado em separação, enquanto que o segundo é um processo de
unidade. Quando você recebe uma imagem mental de um objeto ou pessoa, não há nenhuma
conexão verdadeira entre o objeto e a imagem. Mas quando você “se sintoniza” em um objeto,
você se torna o objeto.
Por exemplo, se o gato está tentando confundí-lo quanto ao fato de você já ter lhe dado o
jantar ou não, você se sintoniza no gato, e você se torna o gato. E então, pode sentir tudo
aquilo que o gato sente. Você pode perceber o mundo como o gato o vê, de forma
completamente diferente. Você sente o instinto do gato fluir por você, você sabe exatamente
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como é ser um gato. E você também pode sentir se o estômago de seu gato está cheio ou
vazio!
É um conhecimento por identidade, um processo fascinante, que te dá uma profunda
compreensão intuitiva da natureza de objetos e seres. Você penetra a lógica deles por dentro,
porque você se torna o que eles são.
“Sintonizar” te dá acesso a uma nova e rica gama de sentimentos e sensações. Você descobre
uma paleta de experiências internas que sua mente nem mesmo suspeitava que pudesse
existir. Você fica vasto. Pela arte de “se sintonizar”, muitas coisas simples da vida, como olhar
as estrelas, nadar no oceano, alimentar o gato, se tornam absolutamente fascinantes. Você
participa na vida do universo, em vez de percebê-la como uma série de cartões postais.
Por exemplo, no centro de retiro de nossa escola nos planaltos de New South Wales, tem uma
águia que vem nos observar quando estamos trabalhando fora. Se você se sintoniza na águia,
ela pára a 20 metros acima de sua cabeça e te contempla. É um permanecer quieto completo,
um momento de verdade. Se você eleva seus braços para a águia e começa a girar
lentamente, a águia gira com você. Lentamente, como se estivesse suspensa no ar, a águia o
segue em uma dança imóvel. Então, se você “se tornar” a águia, é uma explosão interna.
Simplesmente não há palavras para descrever tal coisa. Pessoas que nunca experimentaram
qualquer coisa do gênero, podem ser inteligentes e prósperas, não obstante não vivem em
nada diferente de uma gaiola.
Dicas
Por que não aplicar esta percepção do espírito das cores para reconsiderar o modo como
escolhe suas roupas e como se veste?
Nenhuma cor física na Terra é tão pura quanto essas vindas das estrelas. Olhar fixamente as
estrelas com um terceiro olho aberto é uma experiência sem igual, e que conduz às mais
surpreendentes e iluminadas visões.
Aprenda a reconhecer as estrelas com um manual astronômico, e sintonize nelas. Você logo
descobrirá que suas energias variam grandemente de uma para outra. Uma estrela dourada
como Arcturus (Alfa Bootis), por exemplo, desperta abundância na coração e esquenta seu
Espírito. Algumas outras, como Algol ou Rasalhague, estão para as estrelas assim como as
orquídeas estão para as flores: a beleza delas é, às vezes, traiçoeira.
Estrelas, especialmente quando vistas com nosso triplo processo de visão, provarão ser uma
fonte inesgotável de inspiração e de centralização. De maneira interessante, videntes de
102/194
vfárias tradições perceberam constelações como o lugar de habitação de seres espirituais bem
elevados.
Prática 11.6
Sintonizar-se é uma habilidade que se desenvolve gradualmente. No princípio, você se
sintoniza 10% no objeto, o que significa que você apenas adquire uma certa sensação. É
então uma questão de intensificar a conexão e de livrar-se de sua personalidade superficial
por um total silêncio e quietude interna. Você deixa as qualidades do objeto ficarem vivas em
você até que alcança a fase onde se torna o objeto de fato.
Para desenvolver sua capacidade de se sintonizar, recomendo que você pratique com várias
espécies de árvores. Sintonize, e aprenda a vibrar com elas. Você descobrirá que árvores
diferentes têm energias completamente diferentes.
Aqui estão algumas sugestões de como descobrir as propriedades e qualidades das árvores.
Nosso método será explorar sua própria sensação conforme você se sintoniza em árvores.
Quando você se sintoniza na árvore:
-Sua energia tende a se expandir, ou parece contida?
-A árvore lhe dá um sensação de suavidade, ou de uma dureza árdua?
-Você está tendo uma sensação mais Yang (ativo, etc.) ou mais Yin (receptivo, etc.)?
-A energia da árvore é mais semelhante ao elemento terra, água, ar ou fogo?
-A energia da árvore tem uma ressonância maior com sua barriga, seu tórax, sua garganta, ou
sua cabeça? (Ao tentar entender as propriedades de qualquer planta ou substância, é sempre
uma boa idéia sentir com qual chakra ela tem ressonância.)
-Você tem a sensação de estar protegido quando se sintoniza na árvore? Algumas árvores
podem envolvê-lo dentro de seus galhos como um anjo o levaria em suas asas.
-Tente sentir qual é a especialidade desta árvore. Para que ela poderia ser boa, do ponto de
vista medicinal?
Vá praticando de uma árvore para outra.
Dicas
Árvores são realmente boas quando você está aprendendo a se sintonizar, porque elas têm
uma natureza generosa, e gostam de comunicar a própria energia. Eu conheço várias pessoas
que tiveram uma grande abertura de percepção quando se sintonizaram em uma árvore.
105/194
Algumas árvores literalmente conversam com você. Quando você se torna mais perceptivo,
não é raro que ao passar por uma árvore, você tenha simplesmente que parar, porque a
árvore está te chamando. Não hesite em abraçar árvores!
Lembre-se da prática 8.12: se você tem uma mágoa ou uma energia perversa da qual não
consegue se libertar, abrace uma árvore por um longo tempo, e peça a ela que leve isso de
você. Os resultados podem surpreendê-lo. (A energia não é nociva para a árvore como é para
você.) Conforme sua capacidade para se sintonizar se desenvolve, você poderá aplicar este
exercício com maior intensidade.
Há um costume bonito que é plantar uma árvore quando uma criança nasce. (Enterre a
placenta na terra próximo à árvore.) Assim a criança e a árvore terão quadros astrológicos
semelhantes. Claro que, não é muito fácil plantar a árvore no momento do nascimento
(embora isso pudesse ser bem divertido). Dessa forma, você pode proceder da seguinte
maneira: anote o minuto que a cabeça da criança sai e peça a alguém para plantar a árvore
no dia seguinte, exatamente na mesma hora. Com exceção da Lua, os corpos celestiais não se
movem muito por um dia, e 24 horas depois eles têm quase a mesma posição que tiveram o
dia anterior. Uma outra época ótima de plantar uma árvore é na Lua Nova que precede o
nascimento. Se a criança não nascer na até a Lua Cheia, então plante outra. Estas duas
árvores, a da Lua Nova e da Lua Cheia, terão um significado particular à criança.
Escolha uma boa árvore, na qual a criança, e mais tarde o adulto, poderá refletir a si mesma.
Shiva-linga
Nas tradição da Índia, há um símbolo que ilustra este conceito: o Shiva-linga. O Shiva-linga é
um falo ereto, e seu significado simbólico vai muito além de conotações genitais. Você o
encontra por toda parte nos altares de templos da Índia. Se você der uma olhada mais
profunda em um Shiva-linga, você notará que o falo na verdade descansa em um yoni, que
significa um orgão gerador feminino. Isto simboliza que apenas quando está na base de sua
polaridade oposta que a força masculina pode ser estabelecida fortemente.
capitulo 12
As barras são feitas de arame espesso. O lado mais longo do L tem aproximadamente 40
centímetros (400 milímetros) ou 15 polegadas. O lado menor é aproximadamente 12
centímetros (120 milímetros), ou 4.5 polegadas.(figura XII.7 a) Alguns milímetros de diferença
não farão nenhuma diferença de qualquer modo.
Uma boa maneira de fazer as barras é
pegando cabides de arame e os cortar
como indicado acima. Se não tiver
nenhum cabide de arame disponível,
pode usar qualquer arame de metal,
contanto que seja rígido o bastante para
sustentar a forma em L.
Figura XII.9 A : Errado, muito alto - pg181 Figura XII.9B : Certo - pg181
Segure uma barra em cada mão, na mesma altura de seu umbigo. Se você segurar as barras
como se estivesse segurando armas, você provavelmente terá a altura e a consciência da
barriga certas: mais uma vez não é hora para devaneios, mas estar muito bem enraizado na
vibração.
Um erro comum é bloquear as barras com os dedos polegares, sendo que estas devem
permanecer livres para girar.
Certo Errado
Comece caminhando lentamente, como um tigre, com uma forte consciência da vibração tanto
no olho quanto embaixo do umbigo. As barras permanecem apontadas para frente. Mantenha
as mãos firmes para evitar qualquer movimento das barras. Quando elas balançarem deverá
ser devido à uma linha, e não por causa de seus próprios movimentos ao caminhar. Esteja
atento a qualquer sensação que venha de sua barriga. Continue respirando com a fricção na
garganta e caminhando lentamente.
Ao cruzar uma linha:
117/194
1) as barras giram se colocam paralelas à linha. (Figura XII.9e) Sendo assim, para determinar
a direção da linha, basta olhar a direção apontada por suas barras. Não faz diferença se as
barras giram para direita ou para esquerda, ou se vai cada uma para um lado. (Figura XII.9f)
2) Ao cruzar uma linha, durante uma fração de segundo antes das barras virarem, uma
sensação bem “física” pode ser sentida na barriga. Isto é o que eu chamarei de “sinal da
barriga”. De fato, não é uma sensação muito agradável. Quanto mais tóxica a linha é, maior o
incômodo em sua barriga. Esta é uma maneira simples de determinar quão tóxica a linha é.
Assim que você tiver uma noção da orientação geral da grade, é preferível caminhar de forma
perpendicular às linhas, assim terá uma clara rotação das barras cada vez que cruzar as linhas.
(Se você caminhar quase que paralelo às linhas, suas barras irão girar bem de leve nos
cruzamento.) Uma boa idéia é ter um rolo de fita crepe com você, e utilizá-la para marcar as
linhas no chão para lembrar as suas
posições posteriormente.
Considerando que as linhas fazem um grade
mais ou menos perpendicular, você achará
freqüentemente dois grupos de linhas,
sendo estes paralelos um ao outro. Uma vez
que tenha explorado todas as linhas
paralelas de um grupo, comece a caminhar de
forma perpendicular a elas, explorando a
segunda parte da grade.
E se você achar uma linha que não se
ajusta com o grade, uma linha diagonal, por
exemplo? Isso indica que você localizou algo
adicional à grade natural, como um cabo
elétrico, uma tubulação de água, ou até
mesmo um riacho subterrâneo (Figura XII.9g). Vá (ainda mais) para seu olho, sintonize na
linha, e tente descobrir o que é. Cabos elétricos normalmente fazem linhas moderadas. Água
subterrânea cria o tipo de linhas que o deixam com o estômago “embrulhado” ao se sintonizar
nelas. Já as tubulações de água ficam numa categoria entre as duas primeiras e dependem do
volume de água que flui por eles.
capitulo 13
“Dormiens Vigila”
124/194
Enquanto adormecido, permaneça desperto.
“Quando é noite para todos os seres, o iluminado está acordado. Quando todos os seres estão
acordados, é noite para o iluminado.”
Bhagavad-Gita II.69
A prática noturna é um conjunto de técnicas projetadas para induzir um estado de sono
psíquico, usando suas noites com a finalidade de auto-transformação. Quando executada
durante o dia, a prática noturna é um modo rápido e seguro para se recuperar de tensão e
fadiga. Para níveis mais elevados dessa prática, como por exemplo, viagem astral consciente,
são sugeridas algumas técnicas preparatórias no próximo capítulo.
capitulo 14
Então fique ciente de sua mão e braço astral esquerdo... Sem mover o corpo físico, erga o
braço astral esquerdo... Então reponha o braço esquerdo astral no físico...
Comece novamente o mesmo processo do lado direito: separe a mão e o antebraço astral do
físico. Erga-os para cima... e depois reponha...
142/194
Novamente no lado esquerdo [...]
O lado direito [...]
Erga o braço astral esquerdo [...]
[ Isto pode ser repetido mais algumas vezes. ]
7b _ "Fique ciente de sua perna astral direita. Sem mover nenhuma parte de seu corpo físico,
pratique erguer o pé e a perna direita astral para fora do físico... e então retorne-os...
Fique ciente da perna astral esquerda... Tente erguê-la para cima, fora do físico... e então
traga-a de volta até a perna física...
Pratique da mesma maneira, algumas vezes de cada lado. Erguendo a perna astral direita para
cima... Repondo-a...
Erguendo a perna astral esquerda... Repondo-a...
Erguendo a perna astral direita... Repondo-a...
Erguendo a perna astral esquerda... Repondo-a...
7c _ "Perceba seu corpo astral como um todo...
Perceba seu corpo físico como um todo...
A natureza de seu corpo físico é a gravidade, a natureza de seu corpo astral é a levitação ou
anti-gravidade...
Fique ciente da gravidade de seu corpo físico... perceba o peso de seu corpo no colchão...
Tudo aquilo que você sentir pesado, pertence ao seu corpo físico...
Agora, olhe dentro de você para o que pertence a um estado de leveza... Procure o princípio
da levitação, a força que se move para cima... tome consciência dessa força que empurra para
cima, o oposto exato do princípio da gravidade... Está lá, dentro de você. É uma questão de se
sintonizar nela... Sintonize nessa força que se move para cima... Deixe-a penetrar no corpo
inteiro... Deixe-a levantar tudo [...]
Agora volte na percepção da gravidade... Procure o princípio pesado [...]
Agora volte a consciência ao princípio da anti-gravidade... Consciência da força que se move
para cima [...]
7d _ "Consciência do estado de visão, do fato de ver...
Pratique enxergar seu corpo visto de acima...
Fique consciente do estado de visão e sintonize em uma imagem de seu corpo, visto de cima
[...]
Reconectando
"Comece a escutar os sons que vêm do lado de fora [...]
Tome consciência de seu corpo novamente... Volte para o corpo...
Dê algumas inalações longas, longas [...]
Comece a mexer um pouco as suas mãos... seus pés...
Espreguice, estique o corpo ...
143/194
Balance o corpo para os lados.. e abra os olhos."
[Se você estiver praticando na cama, antes de dormir, você não precisa passar por estas
últimas instruções. Ao invés de se reconectar com sua consciência desperta, apenas vire para
o lado e durma.]
- ( fim da prática noturna ) -
capitulo 15
15.I Preparação
Seja bem rígido com detalhes do tipo tirar sapatos, deitar em uma posição adequada, e assim
por diante. Eles fazem uma diferença significante na profundidade da experiência alcançada.
Se um ou dois dos participantes não seguirem estes procedimentos preparatórios e
permanecerem na superfície durante a sessão, é o suficiente para perturbar as vibrações de
todo o grupo e impedir que os outros tenham acesso à experiência.
15.7 fase 4
Separando imagens do fato de ver, ou do “estado de visão”, a pessoa pode se tornar
clarividente. O mesmo princípio pode ser aplicado ao desenvolvimento de outras sensações
sutis, como é o caso de discernir o “estado de audição” dos sons, o “estado olfativo” dos
cheiros, e assim por diante.
Esta fase também é um método poderoso para interiorizar as sensações, separar as sensações
astrais das físicas, e deixar o corpo astral em um estado que permita a máxima ajuda de seres
espirituais mais elevados durante a noite.
15.8 fase 5: Recordando as imagens do dia
Este exercício é considerado essencial por várias escolas ocidentais de esoterismo, e você o
encontrará freqüentemente mencionado na literatura esotérica.
Ele trabalha em vários níveis e tem mais de um propósito. Vamos tentar entender um ou dois
deles.
Uma observação comum entre as pessoas que voltaram de uma experiência de quase morte é
que elas testemunharam o quadro completo de suas vidas, desdobrado diante delas como se
fosse um filme. Além deste fato famoso, ocultistas descrevem o ciclo de reencarnação como
duas fases revezadas: uma vida na Terra durante a qual são executadas ações, e então a
jornada por planos não-físicos, que é seguida por outra vida de encarnação em Terra, e assim
por diante.
O que acontece durante a jornada entre a morte e o renascimento? Entre outras coisas, há o
trabalho de integrar o que foi alcançado na Terra. É como uma maturação das experiências
físicas pelas quais a alma passou, e uma incorporação lenta da quintessência das mesmas.
Um ponto crucial é que a alma viajante se defronta com a impossibilidade de mudar qualquer
coisa feita durante a encarnação na Terra. A alma pode trabalhar a digestão das ações que
foram executadas, e pode tentar preparar sua próxima encarnação da melhor forma possível.
Mas, se ações deploráveis foram executadas e oportunidades foram perdidas, é simplesmente
fora de questão mudar qualquer ação passada. Isto pode ser um drama terrível para a alma
viajante.
Este fato espiritual também pode ser achado na tradição hindu. Textos Sanskritos descrevem
como a alma individual, contanto que não esteja encarnada, até mesmo enquanto está dentro
do útero da mãe, ainda está cheia de boas resoluções: “Eu serei um grande adorador de
Shiva, eu dedicarei minha vida à prática da ioga...”
Mas assim que o indivíduo é pego no vórtice da vida, ele ou ela se esquece imediatamente de
todas as boas intenções e começam a se comportar de acordo com as motivações do eu
inferior. Então, assim que a alma deixa o corpo na hora da morte, percebe dolorosamente que
foram perdidas muitas oportunidades. E o ciclo se repete mais uma vez. Algum progresso
pode ser feito, mas freqüentemente não é nada comparado ao que poderia ter sido alcançado
se a recordação do propósito tivesse sido mantido.
Este exercício no qual o dia é visto do fim para o começo, visa criar todas as noites um
equivalente dessa fase de contemplação das ações que a pessoa cometeu, o que normalmente
149/194
só acontece depois da morte. Ao invés de esperar até que você morra, seu processo de
maturação pode começar aqui e agora, acelerando assim o curso de evolução.
Note que seria bem impróprio passar por uma revisão mental e tentar julgar o valor moral de
nossas ações com um diálogo interno do tipo: “Eu deveria ter feito isto, eu não deveria ter
feito aquilo...” O exercício trabalha em um nível muito mais profundo. Não é através de um
diálogo mental, mas por uma profunda abertura da alma que o processo de maturação será
iniciado. A consciência superficial de uma avaliação moral seria completamente inadequada
para desencadear o resultado esperado.
Depois da morte, a visão retrospectiva das circunstâncias da vida não acontece apenas
durante os primeiros três dias e meio, mas se repete em diferentes fases da jornada, de
diferentes formas. Se você tem pacientemente observado o panorama de seu dia, todas as
noites antes de ir dormir, muito tempo e energia serão economizados depois. Não que haja
qualquer urgência depois da morte, mas se você já tiver feito este trabalho, sua energia estará
disponível para executar algumas outras tarefas importantes, o que torna a transição mais
frutífera.
No que se refere à técnica de revisar as imagens do dia, você pode escolher entre duas
opções. A primeira possibilidade é revisar as cenas mais marcantes do dia, começe com as da
noite, e termine com as da manhã. O segundo e mais acurado modo de praticar é ver seu dia
precisamente como um filme que vai para trás. Assim, se, por exemplo, você dirigiu, você vê o
carro se movendo de frente para trás. Se você caminhou, você se vê caminhando para trás.
Você vê o alimento que comeu saindo de sua boca, e assim por diante. Isto pode parecer
difícil no começo, mas com alguma prática você pode alcançar uma fase onde todas as
imagens se desdobram sem esforço, e o dia todo é coberto em 4 ou 5 minutos. É uma dessas
coisas que você não pode de fato “fazer”, mas tem que permitir que aconteça.
Uma pergunta feita freqüente é quão detalhada a revisão do dia deve ser, e quanto dos
detalhes minuciosos e das circunstâncias triviais deveriam ser incorporados. Parece razoável
completar a técnica entre 5 e 10 minutos. Quanto mais eficiente você se tornar, mais detalhes
poderá incluir neste espaço de tempo.
De manhã, vamos dizer que primeiro você recupera sua consciência em A. Você p ode não se
dar conta disto, mas terá que cruzar todo o espaço entre A e B antes que esteja
completamente desperto. Acontece automática e inconscientemente. A maioria das pessoas
nunca nota isto.
152/194
Agora, suponha que você se lembre de um sonho ou uma jornada astral em A. Até que você
alcance B, é muito provável que já tenha esquecido novamente. Dessa forma, para trazer as
recordações ao estado desperto, você tem que recordá-las algumas vezes conforme cruza a
zona de amortização entre um estado e outro. Você terá que se lembrar primeiro em A, depois
em A1, em A2, em A3, e finalmente em B.
Lembre-se de seus sonhos imediatamente, assim que recuperar um pouco de sua consciência
desperta, caso contrário você chegará em A3 ou até mesmo em B sem nem se dar conta
desse movimento, e quando for ver, já será tarde demais, e já terá se esquecido de tudo.
Pelas mesmas razões, permaneça extremamente imóvel na cama assim que recuperar a
consciência. Mudando de posição, você acelera a transição de A para B. Assim que recuperar o
fio da meada de sua percepção consciente pela manhã, não se mova e tente se lembrar de
qualquer coisa que puder.
Conforme você desenvolve seus corpos sutis, perceberá que começa a ter acesso a uma nova
forma de memória: a do olho. Várias coisas que foram completamente esquecidas por sua
mente consciente podem ser imediatamente recordadas quando você vai buscá-las na
memória de seu olho.
Isto nos leva a separar dois tipos de memória: a da mente, e a do olho. De maneira bem
interessante, elas não registram as mesmas coisas. Por exemplo, a memória do olho se lembra
de auras. Se você viu uma aura dez anos atrás, você pode recordá-la imediatamente, apenas
se sintonizando na memória do olho. Esta memória é muito mais fidedigna que a mental.
Talvez por não depender das células cerebrais, a memória do olho nunca se esquece de coisa
alguma; e ao contrário da memória da mente, a memória do olho não requer nenhum esforço,
as coisas voltam automaticamente à você.
No que se refere às noites, a mente tende a se lembrar de sonhos, enquanto o olho se lembra
de viagens astrais e experiências de estados de consciência.
Infelizmente, não há nenhuma fórmula simples que possa ser aplicada para desenvolver esse
acesso à memória do olho. Ela vem como resultado de todo o processo de alquimia interior.
Mas o ponto é: esta memória do olho já está presente em muitas pessoas. O problema é que
elas apenas não pensam em usufruir disto. Quando elas têm que se lembrar de algo,
procuram em suas mentes, e nem mesmo pensam em tentar se lembrar através do olho.
Assim, todas as manhãs entre em seu olho e tente se lembrar de lá. É como fazer uma leitura
áurica de sua noite. Se você vive com outra pessoa, descobrirá que uma vez que pode se
lembrar de suas experiências noturnas através de seu olho, também pode ver o que aconteceu
à ela naquela noite. Como discutido anteriormente, as percepções do terceiro olho não são
limitadas aos limites de sua pele.
capitulo 16
Técnicas complementares
16.1 Neti
Nos antigos tratados Sanskritos da Hatha-ioga, são descritas várias técnicas de purificação
interna. Um grupo de seis delas é chamado de shat karman, ou “seis ações”. São elas:
154/194
– Neti, uma purificação da cavidade nasal,
– Dhoti, purificação do estômago,
– Bhasti, uma variação de um enema,
Além de suas ações locais, dhoti e bhasti são limpadores dos elementos terra e água ao longo
do corpo.
– Trataka, contemplação de uma vela ou de um minúsculo objeto (veja seção VI.6)
– Nauli, no qual os dois músculos abdominais: recti abdominis são contraídos um depois do
outro, dando assim uma impressão de rotação. Nauli é um forte estimulante do fogo
abdominal e do fogo do corpo em geral.
– kapalabhati, feita de uma breve, mas intensa hiperventilação.
Estas técnicas não só purificam os corpos sutil e físico, mas também despertam o corpo de
energia e seus centros. Sendo assim, todos podem ser recomendados a quem seja sincero na
sua busca.
Destas seis técnicas, enfatizaremos a primeira, neti, porque tem uma ação direta e notável no
despertar do terceiro olho. Diz-se também que, além de seu efeito no chakra frontal, neti
purifica todos os canais de energia do pescoço e da cabeça, tendo assim uma ação curativa
significante em qualquer desordem localizada nestas áreas.
Na Hatha-ioga tradicional, o neti é executado com uma panela de bico longo chamada lota.
O lota é enchido com água salgada. Os iogues dobram suas cabeça
para um lado, e introduzem a ponta do bico na narina oposta. A água
entra por uma narina e sai pela outra. Então repete-se a mesma
operação no outro lado.
Para o nosso propósito, há um modo mais eficiente de executar o neti,
e que não requer uma lota:
Pegue uma caneca, ou melhor, uma vasilha ou tigela pequena, que são menores mas mais
largas que uma caneca. Encha de água morna, semelhante à temperatura interna de sua
boca. (Use água limpa, purificada.) Coloque meia colher de chá de sal grosso. Não use sal de
mesa (refinado) porque irritaria seu nariz.
Ponha seu nariz na água. Comece a “beber” a água salgada por suas narinas: puxe a água
pelo nariz e deixe sair pela boca. A água vai diretamente da cavidade nasal para a boca e é
expelida por lá.
A operação inteira é rápida e não incômoda. Dá uma sensação revigorante e desperta. Gera
claridade interna, e uma percepção acentuada da energia nas narinas.
Dicas
Um dos segredos é não respirar ar enquanto puxa a água. Por isso é que a xícara mais larga
é aconselhável. Caso contrário, depois "beber" um quarto da caneca, você começa a puxar
tanto ar quanto líquido, e isso pode irritar um pouco seu nariz.
Outro segredo está na arte de secar o nariz depois que terminar de expelir a água. A
maioria dos tratados modernos em Hatha-ioga são vagos e evasivos neste tópico, não
aconselhando nada além de soprar o nariz. Errado! Se você praticar a seguinte técnica secante
você se surpreenderá ao ver como expelirá mais água de suas cavidades nasais, mesmo que
já tenha soprado seu nariz previamente durante alguns minutos.
155/194
Numa posição de pé, mas meio curvado para frente, e com suas pernas afastadas. Coloque as
suas mãos nas suas coxas. Sem mexer o seu tórax, jogue a cabeça para cima e para baixo,
exalando violentamente através das narinas ao mesmo tempo. Isto é feito dentre de um
segundo, após o qual uma inalação normal deve seguir.
Então, depois desse meio segundo sem se mexer, projete rapidamente a cabeça para baixo,
enquanto sopra com força o ar de seu nariz. Inale normalmente.
Então, projete novamente a cabeça para cima, enquanto sopra o ar vigorosamente. Inale
normalmente.
Continue assim por meio minuto, soprando o ar e jogando alternadamente sua cabeça para
cima e para baixo.
Depois repita o processo, mas girando a cabeça uma vez para a direita e uma vez para a
esquerda. Sopre vigorosamente o ar de suas narinas cada vez que jogar a cabeça para o lado.
(Não há nenhuma necessidade de soprar seu nariz antes ou depois deste método de secar.)
156/194
A prática de neti deve ser praticada pela manhã, antes de meditar, e antes de comer.
Depois de algum tempo, você completará o exercício em 2 ou 3 minutos, inclusive o secativo.
Pratique todas as manhãs por aproximadamente um ou dois anos, e então espere alguns anos
antes de retomar outro ano de prática.
Neti tem uma ação revigorante acentuada. A prática faz com que se sinta intensamente
consciente, desperto e restaurado. Fortalece o terceiro olho de um modo único e estimula a
visão clarividente. Se você tiver coragem o suficiente para superar o desconforto das primeiras
tentativas, você logo passará a desfrutar e ganhar benefícios significativos da técnica.
Uma vez que tenha dominado o neti, você se torna capaz de suprimir qualquer resfriado se
pegar um. Você desenvolve a capacidade de ajustar a energia na parte posterior de sua
garganta, de forma a parar qualquer descarga nasal. (Esse truque funciona melhor se você o
aplica logo no início do resfriado.)
Porém eu não aconselho fazer algo desse gênero! Respeite as pequenas descargas do corpo,
não as suprima. Elas são uma eliminação natural: cumprem a função de manter o equilíbrio
geral de seu sistema. Portanto, por favor aguente o resfriado de acordo com um de nossos
lemas, "deixe fluir". O hábito moderno de correr para um médico toda vez que temos um
sintoma é infantil e baseado em um engano da administração corporal. Em muitos casos,
deveriam ser permitidas que doenças secundárias seguissem seus cursos. Ao tratar doenças
secundárias, pode-se, às vezes, acabar criando uma principal no final das contas.
Crepúsculo
A noite é yin, o dia é yang, e o que é crepúsculo? Além do par de opostos, crepúsculo é um
tempo de transcender: consciência do Self. O amanhecer e o pôr-do-sol deveriam ser
considerados como momentos preciosos nos quais uma energia muito especial está disponível
para o despertar espiritual.
Não é muito difícil descobrir a hora exata do amanhecer e do pôr-do-sol, uma vez que são
indicados na maioria dos jornais. Essa hora varia pouca coisa de um dia para o outro, portanto
já é suficiente dar uma olhada uma ou duas vezes por semana. De qualquer maneira, o
crepúsculo não é um momento exato, mas mais um tempo de alguns minutos.
É de grande valor espiritual sintonizar e estar ciente no olho e no coração, pelo menos nos
pôres-do-sol (se for difícil acordar ao amanhecer). Você não tem que parar o que está
fazendo, apenas se sintonize. Tente estar em harmonia com essa energia muito especial do
crepúsculo, e deixe-a trabalhar em você.
16.6 Telefone
Cada vez que o telefone tocar, ao invés de correr, permaneça interiormente quieto durante um
ou dois segundos e tente sentir quem está ligando. Tenha cuidado para não deixar sua mente
racional interferir fazendo "deduções inteligentes". Apenas fique vazio e receptivo por um
curto espaço de tempo. Faça desta técnica um hábito sem esforço: pratique-a
sistematicamente. (Normalmente, colar um bilhete de lembrança no telefone ajuda.) Isso não
tomará nenhum tempo extra do seu dia. A mesma prática pode ser estendida a outras
situações da vida diária. Por exemplo, cada vez que alguém entrar em sua casa, sintonize-se
na pessoa e tente "ver" quem é.
Com o telefone, esta prática será de natureza diferente, pelas seguintes razões: visto através
de um olhar clarividente, uma chamada telefônica é um melange curioso de consciência e sinal
eletromagnético. Os dois são entrosados em uma onda, não diferente das manipulações
radiônicas. A chamada telefônica não é só um sinal levado por uma corrente elétrica. Uma
onda é gerada em uma camada astral particular, e o sinal elétrico é mais uma manifestação
exterior desta onda. 1
Isso explica porque algumas pessoas transmissoras de energia curativa podem ser tão
eficientes ao ajudar um paciente por telefone: a onda do aparelho leva o seu impulso
sensitivo. Isso também explica que se você, às vezes, se sente disperso depois de uma
chamada telefônica, pode ser que tenha sido atingido por uma carga emocional muito negativa
através da camada astral da comunicação.
Eu prevejo que nos próximos séculos, alguns seres humanos desenvolverão interessantes
capacidades psíquicas usando dispositivos eletrônicos (ou os sucessores de nossos dispositivos
eletrônicos atuais). Não todos os seres humanos, mas algumas escolas particulares
trabalharão o uso do eletromagnetismo e outras tecnologias para ampliar seus poderes
sensitivos. Elas conectarão seu sistema nervoso à estranhas máquinas, o que resultará em
uma bio-simbiose-eletrônica monstruosa. Os eletrônicos se tornarão um caminho para o
estado da consciência, e as forças malígnas tentarão tirar proveito dos poderes provenientes
disso, que poderá ser eventualmente usado como uma principal forma de guerra.
Um grupo de almas, que está sendo atualmente treinada, reencarnará com o propósito
particular de lutar contra o lado negro da força, que estará manipulando o campo radiônico.
Esta camada astral terá que ser completamente limpa, uma tarefa semelhante à limpeza dos
estábulos de Augean por Hercules. 2
159/194
As batalhas serão inacreditavelmente violentas, mas de uma natureza
bem diferente das atuais formas de guerra. E a vitória das forças da luz
dependerá do apoio e integridade de um grande número de seres
humanos. Alguns dos leitores deste livro estarão envolvidos nesta
guerra, direta ou indiretamente, e as forças de suas almas, que eles
estão desenvolvendo atualmente pela prática espiritual, se provará
essencial na decisão de qual lado sairá vitorioso.
Governador 20
Acenda a moxa com uma vela. Segure-a aproximadamente uma polegada sobre o ponto Bai
Hui. A pessoa deve sentir um calor suave, confortável. Se ela não sentir calor nenhum,
coloque a moxa um pouco mais perto. Se começar a ficar muito quente, afaste um pouco.
Nenhum ardor deve ser sentido em qualquer uma das fases da prática. Continue esquentando
o ponto com suavidade durante 5 a 10 minutos. Não esqueça de remover as cinzas da moxa
de vez em quando, ou elas podem cair e queimar a cabeça de seu amigo.
Depois que terminar, há um modo especial de extinguir o moxa. Por ser muito grosso, não
pode ser tratado como a ponta de um cigarro. Você deve colocar a ponta acesa da moxa na
terra para abafá-la (em um vaso de planta, por exemplo.)
Moxas no ponto Bai Hui tendem a puxar a energia para cima, e a liberar suavemente o corpo
astral do etérico, e o etérico do físico. É claro que o corpo etérico não é completamente
puxado do físico, mas se tornam ligeiramente menos compactados. Isto cria uma situação
temporária que é favorável às percepções sutis.
Eu não recomendo que você use moxas neste ponto com regularidade, mas que você
experimente de vez em quando, para aumentar sua visão (por exemplo, antes do eye-
contact).
Você não deve usar moxas quando o tempo estiver muito quente, evitando assim uma
acumulação de calor no corpo.
160/194
16.8 Rabo de cavalo
Outro modo interessante de estimular o Bai Hui (Governador 20) e o chakra coronário é
amarrar um tufo de seu cabelo nessa área (figura XVI.7). Este costume era praticado por
monges de várias origens. Outros raspam esta parte da cabeça para aumentar a receptividade
às esferas mais elevadas, mas isto não é muito conveniente se você mora no mundo!
Você ficará surpreso ao ver como um rabo de cavalo na área do Bai Hui aumenta a energia de
seu chakra coronário imediatamente. É um complemento secundário mas benéfico, caso esteja
em um retiro e praticando sem parar.
capitulo 17
Proteção
capitulo 18
Fase 1: Abrindo
Sente-se em posição de meditação em um tapete ou cadeira. Mantenha seus olhos fechados
ao longo da prática. Comece meditando, passando pelas diferentes fases da primeira técnica:
fricção e vibração na garganta, vibração no olho, luz no olho, espaço purpúreo (seção 3.7).
Depois de 5 ou 10 minutos, fique ciente do espaço acima de sua cabeça. "Apenas" permaneça
atento desse espaço, flutuando sobre a cabeça. Não faça nada, apenas fique ciente. Deixe-se
esparramar sobre a cabeça.
Então tente sentir os limites de sua aura. Quão distante sua energia se estende? Você
consegue sentir a presença dos objetos ao seu redor (mesmo que não consiga vê-los)? Pode
"tocá-los" com sua aura? Se houver outras pessoas no quarto, você pode sentir a presença
delas dentro de seu próprio espaço? Como sua aura se entrosa com as pessoas e os objetos
ao seu redor? Você consegue ter uma sensação das paredes do quarto? Quão denso você
sente a sua aura? Sintonize-se na energia, dentro e ao redor de seu corpo. Você a sente
abundante ou escassa? Continue explorando em todas as direções durante alguns minutos,
com uma consciência aberta sobre sua cabeça.
Fase 2: Selando
Em seguida, foque novamente entre as sobrancelhas. Comece respirando com uma fricção
ritmada na garganta, e construa uma forte vibração entre as sobrancelhas.
168/194
Vibração, luz e espaço no olho corresponde a três níveis de profundidade crescente da
experiência. Quando você está no espaço, você está mais fundo na consciência astral do que
quando está vendo cores. E quando você está vendo cores, você está mais fundo do que
quando está sentindo a vibração.
Agora é a hora de despertar uma intensa vibração no olho. Pode haver alguma luz, mas uma
luz espessa e intensamente vibrante - não uma luz tênue e imaginária que flutua! Não se deixe
dissipar no espaço.
Esfregue suas mãos durante alguns segundos, então fique imóvel com as palmas voltadas
para cima. Sinta a vibração em suas mãos, como no trabalho de circulação de energia
(Capítulos IV e V). Conecte a vibração nas mãos com a vibração no olho. Esfregar as mãos
desperta uma vibração muito física e ancorada no olho, que é exatamente o que você quer.
Mantenha a fricção na garganta para beneficiar-se de seu efeito amplificador. Então tente
sentir a mesma vibração intensa por toda parte de seu corpo.
Agora, tente sentir os limites de sua aura novamente. Quão distante você se estende? Você
ainda pode sentir os limites do quarto? Você ainda pode "tocar" outras pessoas e objetos
dentro do quarto com sua aura?
Sinta então a densidade de sua aura. Perceba a energia dentro e fora de seu corpo físico. É
tão fluída quanto antes? Gaste um ou dois minutos explorando, mantendo uma forte vibração
no olho e a fricção na garganta.
Dicas
É muito comum, ao passar por esta prática, sentir a aura muito mais larga, mais aberta e
diluída na primeira fase. Na segunda fase, a aura é percebida como menor, mais espessa e
fechada à influências externas. Na segunda fase você já não consegue sentir os limites do
quarto, ou "tocar" outras pessoas ou objetos com sua aura, simplesmente porque sua aura
está mais compactada e não se estende até onde ia antes. Obviamente na primeira fase sua
aura está mais aberta do que na segunda.
Outra sensação pode surgir quando sua aura está completamente aberta: não é incomum
sentir-se mais alto, como se estivesse acima de seu corpo. Você também pode ter a sensação
de que sua energia está mais comprida e alongada, como um marshmallow.
Quando a aura está fechada e recolhida, você, às vezes, tem a sensação de que seu corpo
quer cair para frente, arredondando as costas com os ombros para frente.
Como funciona este mecanismo de abrir e fechar auras? Não é nada diferente de uma
demonstração prática do poder de contração do corpo astral. Na primeira fase, quando você
está flutuando no espaço, e mal pode sentir seu corpo físico, seu corpo astral está meio dentro
e meio fora dos corpos etérico e físico. Quão longe seu corpo astral pode ir depende do quão
profundamente você pode meditar. Em alguns estados de meditação profunda, semelhante
aos samadhis da tradição indiana, você está completamente fora. Outra situação de completa
retirada acontece quando você constrói seus veículos sutis ao ponto de ser capaz de viajar
astralmente.
Por outro lado, quando você desperta uma forte vibração física no olho, quando você pode
sentir a vibração que flui em suas mãos e por toda parte do corpo, é justo o oposto que
acontece. Seu corpo astral fica totalmente compactado nos corpos etérico e físico. Então,
devido à ação de contração do corpo astral, sua aura está hermeticamente fechada, muito
mais impermeável à influências externas. (Isto permite entender claramente porque é tão
difícil dormir quando experimentamos uma forte vibração no olho.)
169/194
Agora, vamos esclarecer um ponto: eu não estou sugerindo que qualquer uma das duas
condições de energia, a aberta ou a fechada, seja superior uma à outra. Dizer isto é como
apoiar a idéia de que dormir é superior a estar acordado, ou vice-versa. Estas são as duas
fases da existência, uma tão indispensável quanto a outra. A vida não pode florescer sem a
sucessão revezada de dormir e acordar, e mestre é aquele que, às vezes, pode estar
completamente aberto e, às vezes, completamente fechado.
Porém, há momentos em que uma destas duas condições é imprópria. Por exemplo, se você
fica sonolento sempre que chega ao trabalho, e se desperta assim que deita na cama, você
está em apuros. Semelhantemente, se você permite que sua aura fique muito aberta ao
esperar o metrô em uma estação lotada ou visitando um amigo em um hospital, você pode
pegar todos os tipos de influências negativas. Você pode inclusive adoecer de um modo
insidioso, pois pode haver uma longa demora entre a contaminação energética e o
estabelecimento da doença, de forma que você não conseguirá fazer a conexão entre a causa
e o efeito. Um princípio básico é:
Sempre que você precisar de proteção,
esteja completamente dentro de seu corpo e não flutuando acima dele!
Pratica 18.6
Sente-se em uma posição de meditação. Ao trabalhar para desenvolver o centro abaixo do
umbigo, uma boa postura é sentar em seus joelhos, com suas nádegas apoiadas nos
calcanhares ou entre os mesmos (Figuras XVIII.6A e XVIII.6B), postura essa que se torna o
vajrasana da Hatha-ioga. Mas a prática pode muito bem ser executada sentado em uma
cadeira, contanto que você mantenha suas costas retas.
Contraia ligeiramente os músculos abdominais e massageie o ponto uma polegada abaixo do
umbigo, girando a ponta do dedo médio (entre o indicador e o anular) no chanfro, caso
conseguir encontrá-lo, do contrário, fique simplesmente uma polegada abaixo do umbigo.
Mantenha a rotação por mais ou menos meio minuto e então pare. Tente sentir a vibração na
área.
171/194
Esfregue suas mãos durante alguns segundos, e então coloque-as abertas uma sobre a outra,
paralelas ao abdômen 2 ou 3 polegadas afastadas do centro da vontade. (figura XVIII.6c)
Comece a respirar com a fricção na garganta. Conecte com o
formigamento entre as sobrancelhas. Construa uma forte vibração
no olho durante 2 ou 3 minutos. Então, mantendo a fricção na
garganta, perceba a vibração no centro da vontade, uma polegada
abaixo do umbigo, onde você sentiu a vibração depois de
massagear. Conecte a fricção na garganta com o centro do livre
arbítrio para edificar a vibração.
Sinta a vibração em suas mãos, e no centro do livre arbítrio. Da
maneira como estão posicionadas, as mãos agem como refletores e
concentram a vibração.
Mantenha a prática durante alguns minutos, reforçando a vibração
uma polegada abaixo do umbigo, através da fricção na garganta e
da ação refletora de suas mãos.
Dicas
Se praticada o suficiente, esta técnica o colocará mais em contato com seu próprio poder.
Pode ser recomendada às pessoas que sofrem de baixa auto-estima e precisam desenvolver
sua assertividade.
Eu tive resultados encorajadores com estas técnicas de enraizar ao trabalhar com pessoas
beirando a esquizofrenia. Devido à natureza da doença, certos pacientes esquizofrênicos são
pegos em um tumulto de percepções extrasensoriais que às vezes são genuínas mas
completamente fora de controle, gerando assim uma ansiedade terrível, inclusive pânico.
172/194
Ensinando os esquizofrênicos como se ancorarem vigorosamente ao sentirem um flash de
delírio se aproximar, eles, às vezes, conseguem evitar que aconteça, mantendo a sanidade.
Dicas
Esta prática pode parecer simples contudo pode despertar uma energia considerável.
A prática regular deste exercício é recomendada para aqueles que acham difícil se abastecer
da energia positiva do seu centro do livre arbítrio.
Tente este exercício logo antes de um exame, ele combate a ansiedade e desperta a energia
que você precisa.
Ele é também bem eficiente depois de uma refeição pesada, ou sempre que estiver beirando
uma indigestão. Por um lado, há uma ação mecânica, como uma massagem interna que
acelera o esvaziamento do estômago e intestino, e por outro há uma excitação poderosa do
fogo digestivo, através de uma ativação dos centros abdominais de energia.
capitulo 19
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Trabalhando com bebês
capitulo 20
Fase 1
Cante o “uuu” e o faça ressonar no abdômen, ao redor e abaixo do
umbigo. Há um jeito de produzir o som que faz seu abdômen vibrar
de uma forma tanto física quanto etérica (o jeito que cultivamos no
olho e em circulação energética), fazendo com que ambas as
vibrações possam ser sentidas em sua barriga.
179/194
Continue com alguns longos “uuu” e tente produzir a vibração
apenas em sua barriga e em nenhuma outra parte do corpo.
Um modo simples de aumentar a vibração é colocar sua mão
paralela ao abdômen, umas 2 ou 3 polegadas afastada, usando-a
como um refletor.
Não há nenhuma consciência particular no olho nesta fase, nem na
fases 2 e 3.
Fase 2
Então tente cantar um longo “uuu” que só ressona no tórax. O tom
realmente não importa. Procure um som que gera o máximo de
vibração possível no tórax, e em nenhuma outra parte do corpo.
Use sua mão como um refletor e coloque-a paralela ao tórax, umas
2 ou 3 polegadas afastada.
Continue cantando “uuu” e coloque tudo de você no som.
Sinta a vibração física ressonar em seu tórax, mas sinta também a vibração da energia.
Tente eliminar qualquer vibração que venha de outras partes do corpo, em particular do
abdômen, da garganta, e da cabeça.
Fase 3
Produza alguns sons de “uuu” que só vibram na garganta.
Coloque sua mão como um refletor, 2 ou 3 polegadas na frente
de sua garganta.
Desta vez, tente alcançar um som que ressona puramente na
garganta, sem qualquer vibração em outras partes do corpo.
Fase 4
Repita a mesma prática com um enfoque entre as sobrancelhas.
Cante alguns “uuu” e tenta fazer vibrar no olho e apenas no
olho.
Repita este exercício algumas vezes, comece
novamente da fase 1 e passe por toda a sucessão.
Se você praticar este exercício com amigos, vocês
poderão trocar informações sobre a vivência, assim
como a localização exata de cada som.
Prática 20.2 Falando a partir de diferentes níveis
Fase 1
Pegue uma frase bem simples, tipo: “Que dia bonito!”
Pratique repetí-la a partir da barriga.
Da mesma forma que no último exercício, tente fazer
seu som vibrar apenas ao redor do umbigo.
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Quando você articula um som, isso gera uma vibração física e também uma vibração etérica,
da mesma natureza que a vibração que você sente entre as sobrancelhas quando medita.
Conforme você repete a frase, tente perceber tanto a vibração física e a não-física ao mesmo
tempo.
Nesta primeira fase, dedique-se a conseguir a vibração acontecendo apenas na área da
barriga, como se você estivesse falando “a partir da barriga”. 1
Como no último exercício, nenhuma consciência em particular precisa ser mantida no olho
durante as três primeiras fases.
Fase 2
Abandone a consciência na barriga e repita a mesma frase a partir do tórax. Tente fazer o som
vibrar só no tórax.
Fase 3
Repita a frase a partir da garganta. Sinta seu som vibrando na garganta. Sinta o formigamento
físico que acontece nos órgãos de sua garganta enquanto você fala. Mas esteja ao mesmo
tempo atento da vibração não-física.
Fase 4
Repita a mesma frase e faça-a vibrar entre as sobrancelhas.
Repita esta sucessão de 4 fases várias vezes.
Dicas
Esta forma de trabalho apresenta uma diferente abordagem de comunicação. Pratique este
exercício com os amigos e observe cuidadosamente a partir de onde eles podem ou não
podem falar. Muitas pessoas têm grande dificuldade de emanarem um som a partir de uma
área ou outra: barriga, coração, e assim por diante. Isto é freqüentemente muito revelador no
que se refere à organização psicológica dessas pessoas. Estar quase sempre impossibilitado de
falar de uma dessas áreas indica um bloqueio emocional maior e que precisa ser trabalhado
antes que um equilíbrio possa ser alcançado. Observe as pessoas ao seu redor, no trabalho,
etc. Veja por onde elas falam, e relacione isto ao que você pode observar das características
psicológicas que apresentam.
Quanto mais atento você está em seu olho, mais fácil é sentir de onde as pessoas estão
falando. Você sentirá a vibração que é ativada no corpo delas, na área correspondente, claro.
Sempre que você consegue perceber algo dentro de si mesma, não demora muito para que
possa sentir o mesmo nos outros.
Conforme sua percepção se abre, não é apenas a vibração que você sentirá, você também
verá modelos de luz na área da qual eles estão falando. Pratique estar no olho e estar ciente
do estado de visão, como descrito nos capítulos sobre a visão.
Note que eu não estou sugerindo que é preferível falar de qualquer uma destas áreas, quer
seja o coração, a barriga ou qualquer outro lugar. Fale de onde você gosta, por favor! É
apenas quando é impossível para você falar de um dos centros que algo está errado, e que tal
desequilíbrio precisa ser corrigido.
181/194
Prática 20.3 E se você tiver que mostrar autoridade?
Vamos repetir o mesmo exercício mas com palavras diferentes. A frase seguinte foi sugerida
em uma de minhas aulas por um homem que teve onze filhos homens (e nenhuma mulher):
“Limpe seu quarto!”
Repita a frase “Limpe seu quarto!” algumas vezes da barriga, então do tórax, então da
garganta, então do olho. Cada vez que falar, faça-se a pergunta: Eles iriam ? (limpar o
quarto.)
Dicas
A resposta é óbvia: quando você está só na garganta, eles não iriam! O olho pode ser um
pouco mais convincente, mas provavelmente não seria forte o bastante contra os onze na
plenitude da Lua Cheia. Aceitemos o fato de uma vez por todas: autoridade vem da barriga.
Agora, comece a notar ao seu redor, no trabalho por exemplo, aquelas pessoas que
parecem autoritárias por natureza. Você descobrirá que algumas delas têm a capacidade de,
quando falam com você, serem muito fortes em suas barrigas, ao
mesmo tempo que fazem com que você se sinta fraco na sua.
Grande parte da autoridade delas vem daí. Note que quase todas
elas fazem isto inconscientemente. Não é o resultado de um
treinamento, mas elas fazem do mesmo jeito! Assim que o truque se
revela ao seu olho, você começará a ver isto como uma farsa. Você
ganhará a capacidade de se impor quando alguém tentar abusar de
você com um método tão bruto.
Dicas
Este exercício te ajudará a estruturar o poder “olho-barriga” que é de grande ajuda quando
você precisa de uma verdadeira proteção.
Você achará mais fácil de implementar este exercício se você puder dirigir suas palavras
para alguém, ao invés de falar para as paredes. Isto é porque você estará exibindo muita
força, e freqüentemente uma força acha estranho se manifestar externamente a menos que
possa se defrontar com outra força.
Sempre que estiver fazendo um trabalho físico, lembre-se de tirar força de seu poder olho-
barriga.
Nessas alturas, você provavelmente pode entender melhor porque quem já trabalhou
bastante em seu hara, ou centro do livre arbítrio, através da prática de uma arte marcial,
normalmente tem pouca dificuldade para proteger-se energeticamente.
20.5 Inalando/Exalando
Na tradição Tantrica hindu, há um texto Sanskrito chamado Shiva-svarodhyaya, que fornece
muitas informações relacionadas ao nadis, que significa as circulações prânicas (= etéricas) de
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energia. Nos versos 92, 93 e 98 do capítulo 1, o texto dá o seguinte conselho: quando você
caminha em direção ao mestre, seus amigos e parentes, todos aqueles que te amam e querem
te ajudar, você deve inalar profundamente. Quando você caminha em direção a inimigos,
ladrões, mendigos e outras pessoas das quais você quer manter distância, você deve exalar
profundamente. É perigoso inalar profundamente no meio de uma briga, na frente de um
superior que está bravo com você, ou na companhia de pessoas más ou ladrões.
Vamos tentar colocar isto em prática imediatamente.
Fase 1
Perceba quão aberta ou fechada sua aura está naquele momento.
Então, dê uma exalação profunda, lenta e com uma leve fricção na garganta, e sinta a
qualidade de sua aura enquanto exala.
A seguir, inale profunda e lentamente, e sinta a qualidade de sua aura enquanto inala. Faça
como se você estivesse inalando a outra pessoa, colocando-a para dentro. Sinta como sua
aura parece aberta enquanto inala e compare com a fase de exalação.
Continue respirando lenta e conscientemente durante alguns minutos.
Durante esta primeira fase, seu amigo não estará inalando nem exalando profundamente, mas
apenas respirando normalmente e tentando perceber as modificações em sua energia. Para
permitir que ele siga o que você está fazendo, você pode elevar sua mão lentamente cada vez
que inalar e abaixá-la ao exalar.
Fase 2
Deixe de lado qualquer consciência de sua respiração e torne-se aquele que percebe enquanto
seu amigo inala e exala com total atenção.
Peça para seu amigo respirar longa e profundamente, respirações com intenção. Existe uma
maneira de puxar o ar e expelí-lo do corpo que não é somente uma ação mecânica, mas um
movimento consciente de energia. Isto é, conscientemente empurrar o ar e a vibração para
fora enquanto exala, e puxá-los enquanto inala.
Continue a prática da mesma maneira durante 3 ou 4 minutos, tentando sentir as
modificações na aura de quem está respirando.
Fase 3
Ambas as pessoas inspiram e expiram conscientemente ao mesmo tempo durante alguns
minutos.
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Levantam e abaixam suas mãos concomitantemente para poderem seguir um ao outro,
mantendo uma leve fricção na garganta. Façam inalações muito longas e lentas, e exalações
que proporcionem tempo suficiente para sentir a densidade de suas auras.
Mantenham a sincronicidade: ambos os amigos inalam e exalam simultaneamente.
Durante esta prática, sua aura tende a ficar mais leve e mais larga quando você inala. Quando
você exala, ao contrário, você sente sua aura mais junta, mais densa e mais grossa, seus
limites mais pertos da pele. Em outras palavras, isto significa que sua aura tende a se abrir
cada vez que você inala, e a fechar cada vez que você exala. A intensidade da abertura ou do
fechamento depende de quão completa e conscientemente você respira. Enquanto respira
normal e inconscientemente, este ciclo de expansão e contração é lânguido e difícilmente
perceptível, mas, não obstante, presente. Ganhando controle consciente sobre este
mecanismo, você pode ir um passo adiante na proteção de suas energias.
Fase 4
Retome a prática como na fase 3. Ambos os amigos exalam profundamente ao mesmo tempo,
e então inalam profundamente. Acompanhe a respiração com os movimentos das mãos para
manter sincronicidade.
Desta vez, tente perceber como suas auras se encontram e se misturam quando você está
exalando (fechando a aura) e inalando (abrindo a aura). Enquanto “inalam um ao outro”,
conforme suas auras estão abertas, há uma forma de entrosamento de suas energias. A linha
que separa você e seu amigo não é tão claramente definida.
Continue exalando e inalando durante alguns minutos.
Enquanto exala, conforme suas auras estejam mais densas e fechadas, a separação se torna
muito mais evidente. Você pode sentir uma superfície de contato na qual ambas as auras se
encontram mas não se misturam. Clarividentemente, a pessoa pode ver luzes cintilantes onde
as duas auras se chocam.
Exalando Inalando
Se você pratica com um amigo, a superfície de colisão entre as duas auras será percebida
muito claramente ao exalar.
Dicas
Nestas situações, sem este treinamento, freqüentemente há um entrosamento
desnecessário e impróprio de auras. Conforme o dia passa, especialmente se você mora em
uma cidade grande, este entrosamento de energias tende a se repetir várias vezes, e você
termina o dia esgotado.
Se você vive em uma cidade pequena e só encontra amigos e conhecidos quando sai, então a
situação é completamente diferente. Não há, certamente, a mesma necessidade de proteção.
Pessoas que freqüentemente usam o telefone no trabalho devem estar cientes de que muita
energia é trocada durante uma ligação. Como discutido na seção XVI.6, a onda
eletromagnética do sinal do telefone não só carrega, como também amplifica, algumas das
emoções e dos movimentos sensitivos que acontecem durante a conversação. Sendo assim,
fique vigilante e não vacile em usar nossas técnicas de proteção quando estiver ao telefone.
Vá e lave suas mãos em água corrente (seções IV.12 e XVII.12) depois de um telefonema
negativo, ou de vez em quando durante o dia, se estiver usando o telefone continuamente.
As mesmas recomendações também se aplicam ao uso do modem do computador.
Quanto mais você pratica exalar conscientemente e repelir energias no momento
apropriado, mais esta função ficará automática.
No começo, você tem que trabalhar e permanecer vigilante, exalando e se selando cada vez
que uma energia estranha passa. Então, depois de praticar durante algum tempo, você estará
185/194
exalando automaticamente quando precisar. Você não tem nem necessidade de pensar nisto,
acontece por si só. Cada vez que acontece, evita-se uma dissipação de energia que faz grande
diferença no final do dia. Este provará ser um dos mais valiosos resultados de seu
treinamento.
Prática 20.11
Siga o mesmo procedimento de antes (prática 20.10), mas mais depressa. Abra sua aura por
aproximadamente 10 segundos. Então feche a partir do centro de livre arbítrio por
aproximadamente 10 segundos. Abra novamente durante 10 segundos, e continue alternando
do mesmo modo durante alguns minutos.
Dicas
A prática 20.10 é uma das mais importantes deste livro, não só por causa de seu valor de
proteção, como também porque é um modo poderoso de desenvolver a autonomia de seu
corpo etérico. Pratique, pratique, pratique!
No princípio, para ajudá-lo a se re-ancorar em uma forte vibração por todo o corpo, você
pode esfregar suas mãos vigorosamente durante alguns segundos. Isso ajuda a juntar a aura.
Mais tarde, isto não será necessário.
Você pode reforçar a ação do centro de livre arbítrio através de uma contração leve dos
músculos abdominais abaixo do umbigo. Em uma fase mais avançada, você não precisa da
contração física para gerar ação no nível energético. Quando o centro da vontade é ativado,
uma “contração etérica” acontece no nível da vibração, sem qualquer contração física dos
músculos.
Conforme esta habilidade se desenvolve, haverá cada vez mais ocasiões em que sua aura se
selará automaticamente se necessário. A transferência de energia não desejadas nem sempre
acontece quando você espera. O seu Eu Superior ativará o selamento porque pode sentir
potenciais perigos muito melhor que você.
Na prática acontecerá assim: você sentirá sua aura se fechando hermeticamente de forma
repentina, e não entenderá, necessariamente naquele momento, o porquê. Mas
freqüentemente a razão ficará óbvia nos próximos segundos ou minutos. Quando isto começar
a acontecer, é sinal de que sua camada etérica alcançou um certo nível de consciência
desperta e integridade.
Prática 20.16
Deite-se de costas. Pratique somente e tão somente
respiração abdominal (isto é, sem qualquer movimento do tórax ou da área das clavículas).
Peça para alguém pressionar seu abdômen abaixo do umbigo com mãos espalmadas enquanto
você inala.
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A cada inalação, tem que empurrar as mãos da outra pessoa, estabelecendo a pressão.
Quando você exala, toda a pressão é liberada. Continue edificando a força de sua inalação
abdominal. Lembre-se de ter certeza de que suas costelas não se movem enquanto inala.
Agora, exercitando ou não, se sua barriga estiver realmente bloqueada, isso precisa ser
explorado através de uma regressão segundo a técnica ISIS, ou outro método de liberação
emocional baseado em energia. Isso poupará muito tempo em seu desenvolvimento espiritual
e provavelmente transformará seus padrões de relacionamento e vida social.
capitulo 21
“E a verdade o libertará”
João 8:32
capitulo 22
apêndice 1
Zu Shao Yang, o Meridiano da Vesícula Biliar, começa no canto externo do olho físico (não o
terceiro olho!) De lá segue um caminho complicado ao redor da orelha e ao lado da cabeça.
Pela lateral do tronco ramifica-se para a vesícula e para o fígado. Diz-se também que tem uma
conexão direta com o coração. Do quadril faz um desvio repentino para o sacro, e volta pelo
lado da coxa. Termina do lado externo da unha do quarto dedo do pé (contando o dedão do
pé como o número 1).
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