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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES


CAMPUS DE AMARGOSA – BAHIA
Curso: DOCES REAÇÕES: Aprendendo Química tendo o mel como temática
Ministrante: Janiele da Silva Souza
Monitoras: Renata Santana Araújo e Natalia Andrade de Aquino
Conteúdo – Reações químicas

DETERMINAÇÃO DA AUTENTICIDADE DE MÉIS

1. INTRODUÇÃO

Fonte: Canva.

O mel é um dos alimentos mais puros da natureza e apresenta uma


riqueza de elementos em sua composição como água, glicose, frutose,
sacarose e maltose, sais minerais, vitaminas, enzimas, hormônios, proteínas,
ácidos, aminoácidos e fermento (BATISTA, 2004).
Mas, será que esse produto delicioso que nos adquirimos é mesmo puro?
Será tem alguma maneira de saber se o mel não está adulterado? É bom
sempre ficar tento a esse assunto.
O mel é um alimento muito apreciado devido ao seu sabor característico
e pelo seu considerável valor nutritivo, onde sua oferta é pequena e sua
procura é enorme, por este motivo seu preço é relativamente alto, o que
incentiva por muitas vezes a sua adulteração, ao qual é geralmente feita
através de adição de açúcares comerciais, derivados de cana-de-açúcar e
milho. Regulamente, apicultores e consumidores têm demonstrado grande
preocupação com a qualidade e com constantes adulterações em amostras de
méis (MENDES, 1983).
Por muitas vezes os consumidores realizam alguns testes popularmente
conhecidos para saber se o mel é adulterado ou não, mas será que estas teses
são realmente eficazes? É o que vamos provar com a reação de Lugol.
Segundo Zenebon et al. (2008), um dos testes mais usuais para identificar
possíveis alterações em méis destaca-se a reação de Lugol, a reação de Lugol
pesquisa a presença de amido (molécula grande formada pela união de
centenas de moléculas de glicose/reserva natural energética das plantas) e
dextrinas (classe de polissacarídeos de baixo peso molecular) no mel. O amido
quando tratado com o lugol modifica sua coloração, pois o amido reage com o
iodo na presença de iodeto, formando um complexo de cor azul intenso.

2. OBJETIVOS
Avaliar os parâmetros de qualidade para verificar a pureza do mel
comercializado.

3. MATERIAIS E REAGENTES
3.1. Amostras – mel de abelha (Abelha melífera da espécie Apis melífera);
3.2. Béquer de 50 mL;
3.3. Solução de Lugol;
3.4. Água;
3.5. Copo de vidro;
3.6. Colher;

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Teste 1: Aderência
1) Consiste em colocar um pouco do produto sobre o dedo;
2) Esfregar um pouco.

Se ele aderir (colar) à sua pele, o mel é autentico.

Teste 2: Diluição

1) Adicionar um pouco de mel em copo de vidro com água;

Se ele misturar à água sem que você o misture, ele é adulterado. Por outro
lado, se o mel se acumular no fundo do copo, ele é autentico.

Teste 3: Reação de Lugol

1) Pesar 10 g da amostra em um béquer ou copo de vidro de 50 mL


aproximadamente;
2) Adicionar 20 mL de água e agitar;
3) Colocar no banho-maria por 1h e, em seguida deixar resfriar a temperatura
ambiente;
4) Adicionar 0,5 mL da solução de lugol;
Na presença de glicose comercial ou xaropes de açúcar, a solução ficará
com uma coloração de marrom-avermelhada á azul. A intensidade da cor
depende da quantidade e do material que foi utilizado para fraudar a
amostra.
Tabela 1 - Resultados obtidos dos ensaios qualitativos dos testes
realizados.

Amostras Teste1: Teste2: Teste3: Reação Previsão Observações


Aderência Diluição de Lugol

B
C

Fonte: Próprio autor.

5. REFERÊNCIAS
BATISTA, C. A Natureza é o meio. Almanarque Rural Apicultura nº 01. São
Paulo: Escala, p 64-65. 2004.

SOARES, K.M.P. e AROUCHA, E.M.M. Características e propriedades


inerentes ao mel. PUBVET, Londrina, V. 4, N. 9, Ed. 114, Art. 772, 2010.

ZENEBON, O.; PASCUET, N. S.; TIGLEA, P. Açúcares e produtos correlatos -


Capítulo 7. In: ZENEBON, O.; PASCUET, N. S.; TIGLEA, P. (Ed.). Métodos
físico-químicos para análise de alimentos. 5. ed. São Paulo: Instituto Adolfo
Lutz, 2008. 23 p.

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