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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA – UFRB

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES – CFP


CAMPUS DE AMARGOSA
Curso: Licenciatura em Química

PORTIFÓLIO DE OFICINA DE PRODUÇÃO PARA O ENSINO DE QUÍMICA

JANIELE DA SILVA SOUZA

Amargosa - BA
Maio/2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA – UFRB
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES – CFP
CAMPUS DE AMARGOSA
Curso: Licenciatura em Química

PORTIFÓLIO DE OFICINA DE PRODUÇÃO PARA O ENSINO DE QUÍMICA

JANIELE DA SILVA SOUZA

Portfólio apresentado ao Curso de


Licenciatura em Química da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia, como parte
das atividades exigidas para aproveitamento
da disciplina de oficina de produção para o
ensino de química.

Orientador (a): Marina Rodrigues Martins

Amargosa - BA
Maio/2021
23 de fevereiro de 2021
A partir da discussão sobre argumentação no ensino de química pude perceber
que é de suma importância que ele seja abordado, pois acredito que esta temática vai
nos ensinar a como conduzir e promover de forma adequada situações
argumentativas quando estiver ministrando aulas.
Argumentar pode ter vários significados, entre eles: dialogar, provar se algo é
verdadeiro ou falso, convencer, elaborar conclusões, dentre outros. Situações em que
diálogos favorecem a argumentação podem trazer diversas contribuições para os
alunos como, torná-lo um cidadão mais crítico e reflexivo, aprender sobre ciências e
principalmente entender porque sabemos o que sabemos.
Durante a aula, foi apresentado que o conceito de argumentação pode ser,
lógico, retórico e dialético. O foco da aula foi a argumentação na perspectiva lógica,
em que a lógica pode ser formal ou informal. Na lógica formal o objetivo é a elaboração
de pensamentos para que se chegue a um conhecimento verdadeiro, essa lógica é
dividida em raciocínio dedutivo e raciocínio indutivo. Já a lógica informal tem como o
objetivo elaborar análises, interpretações, avaliações e a criação da argumentação do
discurso.

24 de fevereiro de 2021
A atividade realizada foi de caráter dialógico na qual teve como objetivo a
apresentação de evidências e justificativas que dessem subsídio às afirmativas
apresentadas pela professora. Elaborar justificativas e procurar por evidências que
ofereçam suporte às afirmativas é um pouco complexo, pois podem existir diversas
evidências que possam ser apresentadas, mas a questão é qual seria a maneira mais
coerente para dar sustentação à afirmativa?
Evidências podem ser: uma observação, fatos, dados e podem ser também
ilustrações, portanto, evidências não se resumem a apenas dados empíricos. Já a
justificativa é a razão, é a causa que vai uma base para a sua afirmação.
Durante a execução da atividade, discutimos bastante sobre como iríamos
explicar as justificativas e evidências, como por exemplo, na afirmativa da massa se
conserva em transformações químicas, optamos por apresentar uma ilustração de um
experimento onde acontece a formação de gás que é indício de há reação química no
qual o balão irá se encher. A reação química está acontecendo em um sistema
fechado, com isso é possível pesar antes e após a reação, e consequentemente é
possível observar que a massa continua a mesma, o que é um indício de conservação
da massa. Acreditamos que com essa ilustração e as outras ilusões apresentadas na
atividade é possível apresentar fatos que reafirmam a afirmativa, que é o objetivo da
evidência.
Acredito que essa atividade auxiliou, no entendimento do que realmente é uma
evidência e justificativa e como podemos apresenta-las. Atividades como essas são
muito importantes pois é a partir delas que compreendemos o que é de fato uma
argumentação e assim, pudemos desenvolver um pouco a habilidade de saber como
argumentar de forma mais eficaz.

02 de fevereiro de 2021
A argumentação está relacionada com convencer alguém sobre suas teorias,
provar se algo é verdadeiro ou falso e elaborar argumentos, ou seja, argumentar é
apresentar afirmações, e a partir disso apresentar evidências e justificativas que dão
suporte à afirmativa.
Durante a discussão da atividade, aprendi que a afirmativa seria uma teoria ou
ponto de vista que é defendido, já a evidência se dá pela observação de fatos ou
dados que vão oferecer suporte à afirmativa. Vale lembrar que as evidências não se
resumem apenas a dados empíricos, representações e teorias também são válidas.
Isto é bem interessante, pois há maneiras mais simples de apresentar evidências por
meio de representações como, apresentar o modelo molecular do grafite ao invés de
dizer que ele conduz corrente elétrica para provar por que ele é uma substância
covalente.
E sobre a justificativa ela é a razão ou causa que vai dá suporte a uma
afirmativa e conectá-la às evidências, porém deve-se tomar muito cuidado sobre como
a justificativa vai ser apresentada pois uma justificativa não é uma explicação. Na
justificativa se procura mostrar por que e como determinado episódio é verdadeiro
apresentando razões e causas, já na explicação se procura mostrar por que e como
alguma coisa aconteceu expondo os fatos e dados.
Vale lembrar que para cada evidência apresentada deve haver uma
justificativa. Portanto a justificativa tem que convencer o indivíduo assim como a
evidência sobre determinada afirmativa.
Atividades que favorecem a argumentação, como a atividade discutida no dia
dois, tendem a apresentar teorias na qual o aluno deve apresentar evidências e
justificativas para dialogar sobre determinada afirmativa. Essas atividades podem
trazer diversos benefícios para os alunos como, o entendimento do porque sabemos
o que sabemos, rever nossos conceitos, aprender de fato o que está por trás de
determinada afirmativa e a sermos mais reflexivos com relação a práticas e vivências
científicas. Esse tipo de atividade pode favorecer a nós, estudantes de licenciatura, o
desenvolvimento de habilidades voltadas para a argumentação, que utilizamos
bastante como discentes e posteriormente como docentes.

04, 09 e 12 de março de 2021


Situações que favorecem a argumentação acontecem geralmente quando
sujeitos apresentam posições distintas ou quando um dos sujeitos apresenta dúvida
em relação à posição que ele propôs e um outro sujeito o auxilia a tomar a melhor
decisão, apresentando afirmações, evidências e justificativas que são a base da
argumentação.
A atividade 2 teve como intuito a observação de aula na qual uma professora
teve a intenção de promover situações dialógicas que favorecem a argumentação na
sala de aula. Ao observar o vídeo, percebi que os alunos estavam bem dispersos e a
professora (estagiária) não estava tão segura com a situação. Isso pode ter ocorrido
em virtude de a professora ainda não ter a habilidade de conduzir adequadamente
situações que promovam a argumentação e ter pouca experiência ou entendimento
sobre o conteúdo.
Foi um pouco difícil perceber alguns pontos na atividade pois, o vídeo não tinha
um bom áudio e, além disso, não tivemos acesso ao texto que foi apresentado aos
alunos. Isso dificultou a resolução da atividade 2.Tive um pouco de dificuldade em
descrever o que faria de diferente da professora, como por exemplo fazer com que o
aluno seja conduzido para uma situação argumentativa que de fato favoreça o
aprendizado do mesmo.
Durante a resolução da atividade é possível notar que um argumento é
constituído pela defesa de afirmações; apresentações de evidências e divulgação de
justificativas. Portanto, para se promover uma situação dialógica, devem ser
apresentadas duas posições distintas na qual o sujeito (1) vai escolher a posição A e
defende-la, e o sujeito (2) vai escolher a posição B na qual ele terá que defendê-la,
apresentado evidências e justificativas que convençam o seu oponente de que a sua
teoria é verdadeira.
A partir da realização da atividade 2, pude entender que durante a realização
de uma atividade dialógica, o professor deve buscar o ponto de vista do aluno fazendo
indagações, na qual o docente busque nos próprios alunos a elaboração de
argumentos. Porém, a execução da atividade depende de como o professor vai
direcionar os diálogos, e como os alunos irão reagir a atividade; além disso, deve-se
tomar muito cuidado para que não haja dispersão durante a realização da atividade.

16 de março de 2021
Aula discursiva sobre a atividade 2.
O objetivo da aula era analisar o vídeo e debater sobre o que faríamos diferente
da professora e bolsista do vídeo com relação às estratégias didáticas.
Observamos que a atividade feita pela bolsista do vídeo foi uma boa atividade
para iniciantes no quesito de argumentação. A turma era bem quieta e aparentemente
não tinha o costume de argumentar com professores durante a aula. É possível notar
que os alunos estão acostumados a um ensino tradicional, por isso tiveram certa
resistência em expressar suas ideias, assim como é possível observar que a bolsista
não soube conduzir de maneira eficaz a aula. Acredito que isto tenha ocorrido em
função de ela não ter conhecimento sobre como conduzir situações argumentativas,
assim como pouco domínio da habilidade argumentativa.
Presumo que o intuito de provar que algo é verdadeiro ou não foi sanado na
aula, pois nenhum grupo conseguiu convencer os outros sobre seu ponto de vista,
que é um dos objetivos da argumentação. Acredito que isso tenha acontecido porque,
os alunos não têm experiência em argumentação, e essa foi a primeira atividade na
qual os alunos tiveram que contrapor ideias com seus colegas. Creio que isso também
aconteceu pelo fato de os alunos estarem acostumados com o modelo de ensino
tradicional.
Durante a aula discursiva, foi abordada a ideia de que se a bolsista tivesse a
"malícia" de fazer a divisão dos grupos, colocando alunos que fossem mais
desinibidos em cada grupo, a aula fluiria de forma mais eficaz, em termos de favorecer
alunos receios (por medo de estarem errados) em participar da aula a discutir suas
ideias e expressá-las.
Concluímos a partir da discussão que é preciso desenvolver habilidades de
argumentação para assim poder elaborar situações argumentativas. Além disso, o
professor deve ter ciência de que ele é o mediador e que, quando o aluno não
argumenta, o professor deve trazer informações que auxiliem na argumentação dos
alunos.
O professor deve também avaliar a argumentação do aluno, contrapondo os
argumentos dele, e consequentemente o ponto de vista do mesmo.
Com base na discussão, pude perceber o quão necessário foi essa atividade.
Até então tínhamos aprendido na atividade 1 sobre o que é argumentação e quais são
os elementos básicos do argumento. Porém, não sabíamos de que jeito deveríamos
agir como professores ao realizarem uma atividade argumentativa em sala de aula; e
foi a partir da atividade 2, que aprendemos como devemos nos portar e o que devemos
fazer para poder promover situações argumentativas significativas.

18, 23 de março de 2021


Realização da atividade 3, o intuito da atividade era fazer com que os alunos
aplicassem os conhecimentos sobre argumentação com a elaboração de um plano de
aula sobre a temática propriedades dos materiais e que favorecesse a argumentação
na perspectiva da lógica.
Durante a realização da atividade, tivemos um pouco de dificuldade ao elaborá-
la, pois de início, pensamos que teríamos que abordar todo o tema na aula.
Apresentamos também dificuldade sobre as concepções alternativas. Nunca tínhamos
abordado essas concepções na escrita dos planos nas disciplinas anteriores.
Assim, resolvemos fazer um plano para três aulas.
Na primeira aula, iniciamos como uma atividade experimental para que os
alunos compreendessem sobre a densidade, sua aplicação e argumentasse de uma
forma mais didática.
A segunda aula seria uma aula teórica, onde o professor teria que explicar o
que são propriedades dos materiais, quais propriedades existem e como se
classificam. E por fim, na terceira aula o intuito era fazer com que os alunos
aplicassem os conhecimentos adquiridos nas aulas anteriores resolvendo uma
atividade investigativa, na qual, os alunos teriam acesso a fichas com informações de
um dado material, e a partir desses dados os alunos teriam que descobrir de qual
material se tratava.
A partir da realização da atividade 3, pude entender que a elaboração de uma
aula argumentativa é bem trabalhosa e o professor deve tomar muito cuidado sobre
como os diálogos vão ser direcionados. O professor deve também pensar como os
alunos devem agir, além disso ele deve tomar cuidado para que o ponto principal da
aula não seja a argumentação. Esta é importante, porém deve haver aprendizado de
conteúdo químico durante a atividade.

25 de março de 2021
Aula discursiva sobre a atividade 3.
O objetivo da aula era discutir sobre os planos de aulas que foram elaborados
pelos alunos e opinar sobre possíveis modificações nos mesmos.
Foi possível observar que todos os alunos tiveram bastante dificuldade em
elaborar o plano de aula. Ressalto que os alunos que já cursaram o estágio três
elaboraram vários planos de aula durante o estágio, porém o plano de aula era
diferente do requisitado para professora.
Foi discutido sobre se é possível abordar uma temática em apenas uma aula
argumentativa. Acredito que não seja possível, pois atividades argumentativas
demandam tempo, visto que deve haver a elaboração de argumentos, apresentando
evidência e justificativas para que tal afirmação seja convincente. Assim, em aulas
argumentativas deve-se trabalhar as habilidades dos alunos discutindo os conteúdos
de forma mais aprofundada.
Em aulas argumentativas, o professor deve: saber como direcionar perguntas;
proporcionar que as atividades sejam feitas em grupos, pois os alunos se ajudam na
hora de elaborar os argumentos; fornecer suas aulas para os alunos fazerem as
atividades, se elas forem feitas em casa, eles podem procurar as respostas prontas
na internet, e assim, podem não aprender o conteúdo.
Sobre o plano de aula do nosso grupo, foram feitos alguns apontamentos bem
significativos que ajudaram bastante na melhoria do mesmo.
Foi proposto que seria mais interessante se deixássemos apenas o primeiro
evento, e antes desse evento fosse feito um outro com intuito de que os alunos
conhecessem melhor os materiais que iriam participar da atividade afundam ou boia.
Também foi proposto que fizéssemos tabelas antes e após o experimento. Na
primeira tabela o aluno teria que colocar as evidências, justificativas e a previsão se o
material vai boiar ou afundar. Na segunda, a ser preenchida após o experimento, o
aluno teria que apresentar as evidências, justificativas e relatar se sua previsão estava
de acordo ou não com o observado e justificar.

Antes das modificações, o nosso plano de aula era assim:

EVENTO 1: INTRODUÇÃO ÀS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS - DENSIDADE

Inicialmente, o professor irá dividir a sala em grupos, em seguida vai encher um


recipiente semelhante a um aquário com água de maneira que haverá diferentes
materiais em cima da mesa como cadeado grande, rolo laminador de massas em
madeira, aliança de ouro, 100 gramas de algodão e ovo. Posteriormente, os alunos
terão que escolher um material em cima da mesa e dizer se boia ou afunda, além de
apresentar evidências e justificativas para tais afirmações. Levando em consideração
que os alunos apresentarão como uma das principais evidências o peso do material
na qual interfere na flutuação, iremos demonstrar que existem materiais que são
pesados e flutuam na água e materiais leves que afundam, como eles verão no
experimento. Diante disso, com base nas evidências apresentadas pelos alunos,
como por exemplo, o peso do material.

Assim, explicaremos que há materiais que são pesados e flutuam, e existem


materiais que são leves e afundam. O rolo laminador de massas em madeira é um
exemplo, na qual é considerado um material pesado e flutuou sobre a água, enquanto
a aliança (material que apresenta pouca massa), afundou. Com isso, explicaremos
para o aluno que o fato do material flutuar sobre a água está relacionado com a
densidade que é a relação entre massa e volume de um material. Destarte, o intuito
deste experimento é fazer com que os alunos percebam que a densidade afeta na
flutuação e submersão do material, pois caso o material apresente uma densidade
menor que a da água, ele irá boiar e caso contrário, irá afundar. Assim, será possível
discutir com os alunos acerca de uma das propriedades dos materiais e como eles
podem ser observados no cotidiano como o navio e o iceberg não afundar.

EVENTO 2: PROPRIEDADES GERAIS E ESPECÍFICAS

O professor através da aula expositiva e dialogada, discutirá sobre o que são


propriedades dos materiais e sua classificação em gerais e específicas por meio de
apresentação de slides e como podem explicar fenômenos que nos cercam.
Posteriormente, com a explicação do conteúdo e após sanar as dúvidas que podem
surgir durante a apresentação, como por exemplo, o porquê de os materiais possuírem
pontos de fusão específicos. Diante do possível questionamento, o professor irá
explicar que cada material possui suas características particulares, uma vez que as
interações entre as moléculas que constituem o material possuem intensidades
diferentes, assim elas diferem no ponto de fusão e ebulição. Portanto, essa aula terá
como intuito apresentar as diferenças entre propriedades específicas e gerais, além
de abordar sobre a importância desse conteúdo e como ele explica fenômenos que
ocorrem no nosso cotidiano.

EVENTO 3: ATIVIDADE DOS CARTÕES

Inicialmente, o professor irá explicar a atividade dos cartões, e demonstrar uma


porção de álcool etílico que deverá ser identificado pelos alunos. A atividade ocorrerá
em cinco grupos, em que o professor irá disponibilizar para cada grupo cartões
contendo diferentes propriedades de um determinado composto, e os alunos terão
que organizá-las em específicas ou gerais. Essas etiquetas terão escritos nomes
como: cor e estado do material; odor, massa e volume da amostra, temperatura, ponto
de ebulição, ponto de fusão e densidade. Após organizá-las, o grupo em conjunto
deverá identificar qual é o composto e justificar o porquê chegou a esta conclusão
para os demais grupos. Diante dessa temática, os alunos poderão identificar que
algumas propriedades são gerais e outras específicas, como visto na aula anterior,
em que perceberão que as propriedades gerais não servem para identificar de qual
substância se trata, pois são características comuns a alguns materiais.

Enquanto com as propriedades específicas, os alunos poderão identificar de


qual material se trata, uma vez que elas se referem às características que são distintas
para cada tipo de material. Assim, a partir desses conceitos apresentados, os alunos
poderão identificar de qual substância se trata a partir das propriedades escritas nas
etiquetas. Através dessa atividade, é possível que alguns alunos cheguem à
conclusão de que o material é água pois é incolor, é líquido à temperatura ambiente e
polar, apresentando algumas propriedades comuns ao etanol. O intuito desta
atividade é fazer os alunos aplicarem o que aprendeu sobre as propriedades para
descobrir de que material se trata tendo como interesse, o aprendizado significativo
do conteúdo. Diante deste fato o professor apresentará o ponto de fusão e ebulição,
explicando que a partir destas propriedades específicas eles poderão fazer a
identificação correta do material. Por fim, a avaliação será realizada durante todo o
processo das aulas por meio do desempenho dos estudantes.

Após as modificações o plano ficou dessa maneira:

EVENTO 1: PROPRIEDADES GERAIS E ESPECÍFICAS


O professor através da aula expositiva e dialogada, apresentará os seguintes
materiais para os alunos: cadeado grande, tábua de corte em madeira, aliança de
ouro, 100 gramas de algodão e ovo. Logo após a apresentação, ele vai solicitar que
os alunos observem os objetos, como peso, cor, estrutura e de qual material é
constituído.
Assim sendo, o intuito é fazer com que os alunos manipulem os materiais para
investigar as possíveis evidências que fazem o material flutuar ou afundar, a partir daí
os alunos poderão tomar uma decisão acerca das possíveis informações que
coletaram.
Durante a observação, podem surgir possíveis indagações, tais como: os
alunos perguntarem se as aberturas presentes no material podem interferir na
flutuação, sobre a absorção do objeto e sobre de que tipo de material ele é feito. Essas
possíveis indagações, serão sanadas após o experimento.
Em seguida, o professor explicará aos alunos como deverão preencher uma
tabela, na qual irão apresentar justificativas, evidências e colocar a previsão sobre se
o material irá afundar ou boiar. O quadro será confeccionado pelos alunos, na qual
terá como modelo o quadro 1 feito pelo professor no quadro branco da sala.
Como base, o professor apresentará como exemplo um objeto “x”,
apresentando evidências, justificativas e previsão para os discentes terem noção de
como deverão relatar nos seus cadernos as respostas.
A finalidade desse exercício é fazer com que os alunos reflitam com maior
compreensão às questões que explicam o fenômeno de boiar ou afundar, uma vez
que a partir do momento que eles escrevem, tendem a buscar concepções mais
elaboradas para seus argumentos.
Quadro 1. Quadro de observações

Matérias Justificativa Evidência Previsão

Cadeado grande

Tábua de corte
em madeira

Aliança de ouro

100 gramas de
algodão

Ovo
Fonte: Próprio autor.

EVENTO 2: PROPRIEDADES DOS MATERIAIS - DENSIDADE


Inicialmente, o professor irá dividir a sala em grupos, em seguida vai encher
um recipiente semelhante a um aquário com água, haverá diferentes materiais em
cima da mesa como cadeado, tábua de corte em madeira, aliança de ouro, 100
gramas de algodão e ovo. Posteriormente, os grupos terão que apresentar e explicar
para a turma as razões de suas anotações de tal material boiar ou afundar.
Levando em consideração que os estudantes apresentarão como principais
evidências a massa do material ou volume interfere na flutuação, o professor
demonstrará que existem materiais que são pesados e flutuam na água e materiais
leves que afundam, o professor apresentará que existem objetos com grandes
volumes que boiam e com pequenos volumes e afundam. Com base nas evidências
apresentadas pelos alunos, como por exemplo, o peso do material e volume, o
professor apresentará que tábua de corte em madeira é um exemplo, na qual é
considerado um material pesado e volumoso e flutua, enquanto a aliança (material
que apresenta pouca massa e não é volumoso), afunda.
Como resultado das possíveis evidências sobre o objeto boiar ou afundar,
iremos questionar se uma dessas grandezas estão relacionadas com tal fenômeno. O
intuito é fazer com que os alunos percebam que de fato existe porque se for para
analisar a maioria dos materiais que são pesados e volumosos afundam, assim como
os materiais levem, boiam.
Entretanto, existe uma minoria de materiais que não se encaixam nessa
relação, então o professor questionará o porquê de tal minoria não se encaixa nessa
relação. Caso nenhum aluno chegue a apresentar a densidade como resposta para
tal fenômeno, o professor deverá explicar o fato do material flutuar sobre a água está
relacionado com a densidade que é a relação entre massa e volume de um material.
Destarte, o intuito deste experimento é fazer com que os alunos percebam que
a densidade afeta na flutuação e submersão do material, pois caso o material
apresente uma densidade menor que a da água, ele irá boiar e caso contrário, irá
afundar. Assim, será possível discutir com os alunos acerca de uma das propriedades
dos materiais e como eles podem ser observados no cotidiano como o navio e o
iceberg não afundar.
Após tal explicação é possível que os alunos não tenham compreendido de fato
o que é densidade, então, o professor irá questionar. Se você colocar uma melancia
de 3 Kg e 3 Kg de uva de passas em um aquário, qual irá afundar? É provável que
alguns alunos relatem que a melancia irá se fundar, isso acontece porque mesmo
após explicações, os alunos tendem a confundir peso e densidade.
Portanto, o professor deverá apresentar novamente o conceito de densidade
demonstrando que é uma relação entre massa e volume, assim, os alunos terão
consciência de que a densidade não está atrelada apenas à massa dos materiais e
possam perceber que um material denso nem sempre é pesado.
Os alunos deverão fazer um quadro após o experimento, onde apresentarão
evidência e justificativa, além de relatar se a sua previsão estava de acordo com o que
ele havia relatado anteriormente, se não estiver o estudante deverá explicar porque
sua primeira previsão não estava correta. O intuito da confecção desse novo quadro
é fazer com que o aluno reflita sobre suas respostas anteriores e possa compreender
o conteúdo.
Por fim, a avaliação será realizada durante todo o processo das aulas por meio
do desempenho dos estudantes.
Quadro 2. Quadro de observações

Materiais Justificativa Evidência Sua previsão


estava de acordo?
Explique o porquê!

Cadeado grande
Tábua de corte em
madeira

Aliança de ouro

100 gramas de
algodão

Ovo
Fonte: próprio autor.
É possível notar que o segundo modelo de plano de aula favorece mais aos
alunos se engajarem em situações argumentativas. Isso porque com o preenchimento
das tabelas e com as informações dos materiais colhidas no primeiro evento, os
alunos tendem a pensar mais e construir argumentos bem elaborados.
Além disso, com o segundo quadro, será possível fazer com que o aluno possa
repensar sobre como responderia de forma mais adequada por que determinado
objeto boia ou afunda quando colocado na água e reconhecer e aprender com os seus
erros.
A partir da realização da atividade 3, compreendi que a elaboração de uma aula
argumentativa deve ser bem pensada e elaborada. Pois, nela o aluno deve aprender
o conteúdo, elaborar argumentos, conclusões e raciocinar logicamente sobre a ideia
que ele está defendendo. Isso facilita a compreensão de conceitos científicos pois a
argumentação exige que os estudantes tenham pensamentos mais organizados com
relação aos conteúdos.
Sendo assim, aulas argumentativas devem favorecer a argumentação, em que
os alunos podem apresentar posições distintas ou sanar dúvidas em relação à uma
posição que eles possuem ou professor apresenta. Nesse contexto, tanto o professor
quanto seus colegas podem auxiliar no processo de tomada da melhor decisão.
Portanto, com a realização e discussão da atividade 3, pude perceber o quão
necessário foi essa atividade.
Porque com as outras atividades tínhamos aprendido sobre o que é
argumentação e como o professor deve agir ao realizar uma atividade argumentativa
em sala de aula. Porém, não sabíamos como elaborar uma aula argumentativa e o
quão difícil é; e foi a partir da atividade 3, que aprendemos como devemos elaborar
um plano de aula bem apurado e o que devemos apresentar em planos de aula a fim
promover uma aula argumentativa significativa para os alunos.
30 de março d 2021
Aula discursiva acerca da atividade 3 do grupo de Jean.
O grupo apresentou um plano de aula que continha aulas contextualizadas
argumentativas. Durante a apresentação, discutiu-se sobre a importância de abordar
temas ambientais e outros tipos de conhecimentos além dos químicos nas aulas de
química. Além disso, foi abordado que temas ambientais são bem vistos pelos alunos
quando fazem parte da realidade deles. E com isso, aprendemos que com a
argumentação os alunos podem se tornam mais flexíveis em relação às opiniões das
outras pessoas, tornando-se pessoas mais tolerantes. Após a discussão, foi feita uma
revisão sobre argumentação na qual foi apresentado, o que é argumentar, situações
que favorecem a argumentação, por que os estudantes precisam argumentar e as
classificações da argumentação na perspectiva lógica, que pode ser formal
(raciocínios dedutivo e indutivo).
Foi apresentado também o conceito da argumentação retórica segundo
Wenzel (1990) que envolve a produção de um discurso, que pode ser escrito ou
falado, na qual o foco é o processo de produção de argumentos.
A argumentação retórica está ligada à tomada de decisões onde os sujeitos
devem fazer escolhas entre dois argumentos bons que comprovam posições
diferentes. Ela é atribuída a métodos de comunicação, em que uma pessoa tenta
influenciar a outra por meio de apelos emocionais e pessoais. Geralmente a
argumentação retórica é aplicada em discursos em comícios, discursos jurídicos, em
há um apelo emocional e pessoal muito grande.
É muito importante reconhecer que a habilidade de argumentação que é
aprendida nas escolas favorece consideravelmente a vida do aluno durante e após
sua formação acadêmica. E essa habilidade pode favorecer que os sujeitos possam
estabelecer uma boa convivência em seu ambiente de trabalho e conquistar seus
espaços, diretos e melhoria. Além disso, essa habilidade pode contribuir na aplicação
de discursos na carreira de advogado na defesa ou acusação de um indivíduo e em
debates ou discussões feitas por políticos, como por exemplo o argumentador pode
fazer uso de dados pessoais da sua vivência o quanto sofreu na vida para convencer
o seu público-alvo ou os leitores em geral.
01,06,08 de abril de 2021

Realização da atividade 4, teve como objetivo a observação de vídeos de um


júri simulado que ocorreu em uma sala de aula. Com base nas observações tivemos
que identificar o que era justificativa, evidência, inferência, retórica e analisar se o
contexto era coerente ou não com o tema do júri simulado.
Após, discutimos a partir de um texto sobre a qualidades dos argumentos
apresentados pelos alunos e concluímos que o grupo de defesa cumpriu seu dever
que era de convencer o júri a permitir que as pesquisas sobre produtos transgênicos
continuassem.
Acredito que essa atividade auxiliou a refletir como é difícil o processo de
análise com relação à identificação de evidências, justificativas, retóricas e
inferências. A argumentação geralmente ocorre quando há um debate sobre ideias
contrárias, isso demanda que exista uma defesa e acusação, desta maneira o intuito
é fazer com que seu oponente seja convencido a aceitar a ideia do outro, isso envolve
um processo de exposição de evidências que podem ser fatos, dados ou observações
que oferecem suporte a justificativa. Já a apresentação da justificativa vai revelar a
razão ou causa que dão suporte a teoria, então teremos a retórica que é a formulação
de um pensamento ou argumento através da fala, é por isso que nela se utiliza do tom
na qual ela é apresentada, assim, podemos notar o quão importante é a pronúncia,
pois ela pode agregar mais prestígio ao discurso ou não, dependendo do tom em que
ela é apresentada. E por fim, temos o uso de inferências que é uma maneira pela qual,
chega-se a uma conclusão através de dados apresentados durante a apresentação,
é válido lembrar que, as falas que serão formuladas durante o debate devem estar
dentro do contexto da teoria que é defendida pelo sujeito, se caso sair do contexto o
será argumento fraco e possivelmente falho.
Foi possível notar os benefícios que uma argumentação traz para o aluno como
o aprendizado, respeito a opiniões contrárias, o desenvolvimento de uma boa oratória,
além de tornar o aluno mais consciente acerca dos assuntos que estão presentes na
vida deles.
13 de abril de 2021 - Aula de discussão sobre a atividade 4

Discutimos como é importante, além de saber sobre os elementos que


constituem a argumentação, ter conhecimento sobre assunto para avaliar a qualidade
da argumentação dos estudantes e identificar as inverdades que são ditas nos
discursos.
Discutimos também os benefícios que um júri simulado pode oferecer para
aula. Dentre os benefícios se encontram discussões sobre questões diversas como
meio ambiente, sociedade, relações interpessoais que são questões que uma
atividade argumentativa deve favorecer.
Aprendemos que evidências são observações, fatos ou dados que oferecem
suporte a justificativa e que a justificativa é uma razão ou causa que dá suporte a uma
afirmativa. Já a retórica consiste no uso de palavras que tem o intuito de persuadir o
oponente sobre determinado tema, e por fim temos a inferência que pode ser uma
suposição, conclusão ou justificativa. No entanto, a inferência consiste na
interpretação do sujeito sobre determinada temática, ou seja, é uma interpretação
pessoal sobre o assunto.
Portanto, só saber as definições não é o suficiente pois é preciso observar o
raciocínio do aluno e o contexto para assim poder identificar as evidências,
justificativas, retóricas e inferências nos argumentos.
Foi possível compreender que questionamentos retóricos são argumentos que
não tem como objetivo obter alguma resposta do seu adversário, mas o intuito de
causar reflexões nos oponentes com o objetivo de convencê-los sobre o argumento
no qual ele acredita. Em vista disso, questionamentos retóricos podem ser de cunho
crítico ou emocional a depender do contexto na qual deseja ser empregado.
Discussões sobre atividades argumentativas são muito importantes
principalmente em cursos de licenciatura, pois elas ensinam aos futuros professores
quais os métodos que eles devem utilizar a como elaborar situações argumentativas
durante as suas aulas. Acredito que a argumentação possa trazer diversos benefícios
para o futuro professor como ter postura durante as atividades, saber elaborar,
promover e conduzir essas atividades em sala de aula, portanto, discussões a respeito
de atividades argumentativas contribuem para o desenvolvimento de habilidades
argumentativas ou favorecimento delas.
15 e 20 de abril de 2021- Realização da a atividade 5
A atividade tinha como objetivo a análise de transcrições sobre uma aula com
a temática de interações intermoleculares, tínhamos que analisar a intenção da fala
da professora e alunos durante a atividade argumentativa. Porém, não
compreendemos o que de fato a atividade pedia, acreditamos que era só para
identificar se houve ou não situações em que os estudantes ou a professora
favoreciam situações argumentativas dialéticas nas transcrições e foi o que fizemos.
Com base nisso, acredito que durante a aula, na qual a professora deveria
favorecer situações argumentativas ela acabou sendo um pouco apressada durante o
desenvolvimento da atividade, ela deixou passar vários momentos em que os alunos
poderiam argumentar a respeito, por diversas vezes ela respondia seus próprios
questionamentos não dando margem para os alunos pensarem e responderem a
respeito.
Acredito que o professor deve saber conduzir uma atividade argumentativa, se
não vai ocasionar em aulas como esta, em há uma excelente atividade argumentativa
que poderia favorecer várias situações dialógicas interessantes porém não foi o que
ocorreu, e isso pode ter acontecido por inexperiência ou falta de controle na condução
da atividade, pois por diversas vezes a professora fazia questionamento que
acarretaria em argumentação porém ela mesma fornecia os dados e responda seus
próprios questionamentos.

22 de abril de 2021- Aula de discussão sobre a atividade 5


A primeira parte da aula começou com uma revisão sobre argumentação. A
argumentação envolve lógica, retórica e dialética, elas trabalham em conjunto. A
argumentação pode ser a contraposição de ideias, o diálogo, o intuito de provar que
algo é verdadeiro ou falso, é o convencimento e a elaboração de argumentos. Um
argumento é constituído por três elementos básicos que são: a afirmativa, a evidência
e a justificativa.
A argumentação lógica é direcionada pelas premissas que são utilizadas para
dar suporte a uma conclusão. O seu foco é a produção de argumentos e ela pode ser
formal ou informal.
A perspectiva formal tem como objetivo elaborar meios para assegurar que o
argumento seja coerente com os conhecimentos verdadeiros. Ela pode ser
relacionada aos raciocínios dedutivo e indutivo. Como o próprio nome já diz,
pensamento deve induzir ou deduzir. Já a lógica informal tem o intuito de elaborar
procedimentos para a análise, interpretação, crítica, avaliação e construção da
argumentação.
A argumentação retórica envolve a produção de um discurso, que pode ser
escrito ou falado. O seu foco é a produção de argumentos.
Geralmente a argumentação retórica está atrelada a situações de tomadas de
decisão em que o sujeito deve fazer escolhas entre dois bons argumentos que
sustentam posições diferentes. Ela pode ser proposta em processos de comunicação
em que uma pessoa tenta influenciar a outra por meio de apelos emocionais ou
pessoais.
Já a argumentação dialética é a elaboração de argumentos que devem ser
coerentes com a conclusão do sujeito contribuindo para provar ou esclarecê-la. Sua
avaliação se dá no contexto do uso de proposições.
Na segunda parte da aula foi discutido sobre como deveríamos ter respondido
a atividade 5 e refizemos a atividade com a professora. Notamos que é necessário
sabermos o contexto para entendermos a intenção do sujeito ao argumentar que era
o objetivo da atividade. Com a discussão, notamos a intenção da professora e dos
alunos durante a atividade, como por exemplo a intenção de instruir, direcionar,
justificar, solicitar informações, esclarecer, refletir e favorecer uma situação
argumentativa. Debatemos sobre como a professora conduziu a atividade, de como
ela acabou não fornecendo espaço para os alunos argumentarem, uma vez que
muitas vezes elas apresentavam as justificativas e interrompia os alunos. Dessa
forma, ela pouco favoreceu situações argumentativas em uma atividade que havia
potencialidade de os alunos argumentarem. Talvez isso tenha ocorrido por conta da
inexperiência e de conhecimentos sobre argumentação.
Compreendi que aprender sobre argumentação é importante para que
possamos identificar a credibilidade das informações que recebemos diariamente e
nos discursos, para podermos dialogar sobre temas sociais e/ou científicos para
possamos nos emancipar. Assim teremos poder de fala. Vale lembrar que não é só
sobre saber argumentar, temos que saber sobre o tema que estamos argumentando.
27 de abril de 2021- Elaboração da sequência didática
Reunião para decidirmos sobre qual temática iriamos trabalhar na sequência
didática. Em média a reunião durou cerca de quatro horas. De início já tínhamos um
tema antes mesmo de começar a reunião que era o tratamento de água, porém ao
lermos o material que a professora havia nos enviado notamos que tinha material com
um contexto muito parecido, então resolvemos escolher outra temática.
Durante a reunião discutimos sobre temáticas voltadas aos agrotóxicos, saúde,
adulteração da gasolina entre outros, mas decidimos trabalhar com a temática do pH
ligada aos alimentos.
Escolhemos o pH ligado aos alimentos, pois seria um tema na qual a gente
poderia fazer atividades experimentais sem precisar utilizar o laboratório e técnicas
muito elaboradas. Além disso a temática nos possibilita trabalhar em cada atividade
assuntos diferentes como, degustação de alimento como método para classificar os
alimentos como sendo ácido ou não ácido, a utilização de um indicador ácido-base
para identificar os ácido e bases, conservação de alimentos e sua relação com o meio
ácido e básico, estudo de caso na qual os alunos teriam que ter compreensão do
conteúdo de pH para poder resolver e pôr fim a resolução do estudo de caso por meio
da argumentação.
Nesse primeiro dia discutimos sobre o que iríamos trabalhar em cada aula para
posteriormente podermos escrever a sequência didática. Em sequência, começamos
a escrever a primeira aula, pensando em quais questões poderiam ser levantadas
durante a aula para que pudesse favorecer situações dialógicas argumentativas. Por
fim, escrevemos uma atividade experimental degustativa que tem como intuito fazer
com que os alunos avaliem o alimento como ácido ou básico a partir de seu sabor.
Pensamos em fazer aulas conectadas na qual algumas atividades só serão
"solucionadas" em experimentos de aulas posteriores, criando assim uma sequência
mais coerente.

29 de abril de 2021- Elaboração da sequência didática


Reunião para dar prosseguimento à sequência didática.
Essa reunião durou cerca de seis horas. Nesse dia ajustamos algumas coisas
da primeira aula, assim como a ordem dos eventos, os objetivos dos eventos e
atividade e discutimos sobre as concepções alternativas dos alunos.
Após a conclusão da primeira aula da sequência, começamos a escrever a
segunda na qual o intuito é a continuação da discussão da primeira aula sobre o
experimento degustativo. Nessa aula os alunos deveriam realizar um experimento
para descobrirem o pH dos mesmos alimentos que eles degustaram na primeira aula.
E por fim, discutimos sobre questionamentos que o professor poderia fazer durante e
após a experimentação.
Devo falar que a construção de uma sequência didática argumentativa é bem
complicada e trabalhosa, porém muito significante para nossa aprendizagem e
formação. Discutimos bastante durante a escrita para que a sequência fosse a mais
coerente possível com a nossa temática. Sentimos muita dificuldade em prosseguir
com a aula sem despejar todo o conteúdo nas costas dos alunos. O conteúdo deve
ser apresentado de forma “leve” digamos assim, sem muita informação para que o
aluno possa compreender de fato sobre o pH.

03 de maio de 2021- Elaboração da sequência didática


Reunião para a escrita da aula três e quatro da sequência didática.
A atividade três será de conservação dos alimentos em que os alunos terão
que fazer um experimento com uma maçã na geladeira, maçã com vinagre, maçã com
limão e maçã em cima da mesa. Nesta atividade, os alunos terão que anotar
observações em um quadro sobre o que ocorreu durante o experimento, se a maçã
foi conservada ou não.
Na aula quatro foi feito o estudo de caso na qual os alunos terão que criar
tratamentos para a melhora da saúde de Clara. Os alunos resolverão este caso com
base na leitura de dois textos, pesquisas e dos conhecimentos sobre pH que os alunos
adquiriram durante a sequência didática.
Estudo de caso é um método que visa a aproximação dos alunos com
problemas reais e a busca pelo aprendizado para resolução do caso. Durante a
resolução do caso, discussões poderão ser direcionadas para interdisciplinaridade e
contextualização.
A confecção da sequência didática vem sendo muito trabalhosa, porém muito
proveitosa, pois estamos aprendendo muito, sobre como um professor deve proceder
durante atividades investigativas, experimentações, discussões, debates e estudos de
casos.
Nunca havia aprendido tanto em tão pouco tempo. Cursar a disciplina de oficina
tem sido uma ótima experiência, me sinto um pouquinho mais preparada para ser
professora, contudo, sei que há muita coisa que eu tenho que aprender sobre
educação no Ensino de Química ainda.

04 de maio de 2021- Orientação


Reunião de orientação com a professora, durante a reunião fizemos a leitura
das atividades 1,2,3,4 com a professora. Tiramos algumas dúvidas e a professora deu
várias dicas de como poderíamos melhorar cada uma das atividades.
A professora deu vários conselhos relacionados ao processo de condução da
sequência, com relação a como deveriam ser os questionamentos para poder gerar a
argumentação. Conversamos também sobre como colocar no lugar certo a discussão
sobre quebrar o paradigma de que o ácido é ruim e a base ser boa.
As contribuições da professora foram muito válidas e realmente precisávamos
dessas melhorias. Assim, mudamos alguns questionamentos das atividades 1,2 e 3;
o direcionamento da atividade 2, e a discussão sobre ácido ser bom ou ruim na
atividade 3.
A reunião foi excelente, aprendemos muito com cada contribuição e fala da
professora.

05, 06 de maio de 2021- Elaboração da sequência didática


Escrita das concepções alternativas dos alunos.
Tivemos um pouco de dificuldade em formular as possíveis respostas dos
alunos até porque eram muitas perguntas para responder. Recorremos a alguns
artigos para auxiliar na elaboração das respostas.
Aprendi que quando um professor elabora uma determinada atividade deve
pensar nas possíveis respostas dos alunos. Ele tende a planejar uma aula mais
proveitosa em termos de aprendizagem e conteúdo programático.

07,10,11,12 de maio de 2021- Elaboração da sequência didática


Escrita da introdução dos pré-requisitos e das reações químicas, assim como
confecção dos quadros e reescrita de algumas atividades da sequência didática.
A escrita da sequência está ficando um pouco "chata'' digamos assim, pois
estamos um pouco cansados, então não tem mais aquela euforia do início. Porém
estamos bem confiantes sobre o que escrevemos, estudamos e pesquisamos muito a
respeito e acreditamos que a professora irá gostar.

13 de maio de 2021- Orientação


Reunião de orientação com a professora.
Durante a reunião fizemos a leitura da atividade 4 e 5 da sequência para que
pudesse tirar nossas dúvidas acerca se o estudo de caso estava direcionado da forma
correta e sobre o direcionamento da atividade 5.
Durante a reunião a professora relatou que deveríamos fazer um slide para a
apresentação da sequência. Assim, após a reunião, nos reunimos para divisão de
tarefas e confecção dos slides.
A reunião foi rápida, só tiramos algumas dúvidas a respeito do slide, sobre o
que poderíamos colocar no slide ou não para que a apresentação fosse mais
proveitosa.

18 de maio de 2021- Elaboração da sequência didática


Neste dia a sequência didática já estava praticamente pronta, só faltava alguns
detalhes como adicionar a capa e a contracapa.
Além disso, fizemos os recortes e adicionamos como anexos os artigos
intitulados “Benefícios da água com pH alcalino” (ANEXO A) e “Revisão bibliográfica
sobre a importância da dieta alcalina” (ANEXO B) que servirá de embasamento teórico
para os alunos na 4 e 5 da sequência didática.

20 de maio de 2021- Elaboração da sequência didática


Finalizamos o trabalho, fizemos uma leitura final para ver se não havia nenhum
erro no trabalho e, após marcamos uma reunião conversamos sobre como deveria ser
a apresentação em slides da sequência didática.
Fizemos a divisão de quem iria explicar cada atividade da sequência, a divisão
foi embasada na complexidade de cada atividade e sobre quem mais conhecia o
andamento delas, assim a atividade 1 ficou com Gabriel; Janiele ficou com a segunda
atividade; Igor ficou responsável por apresentar a atividade 3; Iara ficou com a
apresentação da atividade 4, e por fim Jaime ficou responsável pela apresentação da
atividade 5.
Conversamos que deveríamos explicar detalhadamente a sequência, optamos
por fazer os questionamentos, apresentar quadros e o estudo de caso das atividades
na apresentação para que os demais colegas pudessem compreender melhor sobre
como deverá ser realizada cada atividade.

24 de maio de 2021- Elaboração da apresentação


Tivemos uma reunião para acertar o andamento da apresentação e fizemos
um balanço sobre como foi a elaboração da sequência didática.
Conversamos sobre o fato da elaboração da sequência ter sido muito
proveitosa e divertida, de certa forma tivemos uma certa facilidade em elabora a
sequência pelo fato de termos aprendido muito durante o semestre na disciplina de
oficina, além disso escolhemos um bom tema que proporcionou uma boa quantidade
de atividades e assim iniciamos a confecção.
Acredito que de início pensar o que faríamos em cada atividade antes de
começar a escrever ajudou muito, além de termos acesso a uma sequência didática
da professora de oficina.
No primeiro dia de confecção, elaboramos a atividade 1,2,3. Já no segundo dia
começamos a elaborar a atividade 4 e 5, na verdade o que fizemos foi mais um esboço
para ver se a sequência estava tendo uma boa continuidade.
Assim nas reuniões posteriores fomos melhorando cada atividade,
acrescentando, questionamento e como o professor deveria agir, nosso intuito era
chegar na primeira orientação com a professora com as atividades praticamente
pronta e foi o que fizemos.
Durante a orientação a professora falou sobre como poderíamos melhorar as
atividades. Ela falou sobre de início não falarmos o nome base pois é uma palavra na
qual os alunos não têm muito acesso, e não sabe o que significa, então a professora
propôs que ao invés de colocar a palavra base colocar não ácido. Pois os alunos
teriam mais facilidade em compreender.
Sobre a atividade dois ela relatou que poderíamos apresentar reações
químicas de cada alimento utilizado para que com o auxílio do professor os alunos
pudessem compreender sobre a mudança de coloração das substâncias e por que
aquilo ocorreu.
E sobre a atividade 4, a professora orientou para que déssemos mais tempo
para os alunos realizarem está, e sobre como deveríamos melhorar o estudo de caso,
não apresentando a doença de Clara.
E sobre as outras atividades a professora falou muito sobre como deveríamos
escrever o direcionamento do professor durante a atividade e, sobre como os
questionamentos deveriam ser feitos.
Seguimos cada orientação da professora, e de fato a sequência ficou muito
melhor. Após o que fizemos na sequência foram apresentados alguns detalhes, como
concepções alternativas dos alunos, como o professor deveria prosseguir em cada
atividade e a introdução e os pré-requisitos.
Nossa maior dificuldade foi na atividade 2, tínhamos dificuldade em escrever
uma atividade investigativa, então não sabíamos muito bem como realizar a atividade
sem dar a resposta aos alunos, para que eles pudessem chegar a conclusão sobre a
concepção de pH e o que ele significa sozinhos.
Sendo assim, a professora nos orientou sobre como deveríamos proceder e
em qual momento seria o mais adequado para apresentar a escala de pH e a teoria
de Arrhenius. Assim, ela nos auxiliou sobre como deveríamos apresentar o conceito
de pH, em uma atividade investigativa.
A professora teve uma ideia de apresentar as reações e assim apresentar para
os alunos os padrões de cada reação para que os alunos pudessem compreender que
as reações que apresentam liberação de íons de hidrogênios são consideradas
substâncias ácidas e as que apresentaram liberação de íons hidroxila são
consideradas como bases.
De modo geral, a confecção da sequência didática foi tranquila, por conta das
duas reuniões de orientação que tivemos com a professora que ajudou bastante.
Utilizamos tudo que aprendemos durantes as aulas de oficina na sequência,
como a construção de quadros na qual os estudantes têm que apresentar suas
opiniões antes e após experimentos para que assim eles possam rever a partir dos
resultados se as suas previsões e argumentos de acordo e, reflitam sobre seus
argumentos e possam discutir e assim compreender o conteúdo.
Também utilizamos a estratégia de criar debates na atividade 5, porém a
professora orientou a não fazermos um debate e sim a contraposição de argumentos
que favorece ainda mais a construção do conhecimento. Assim, os alunos irão
apresentar os tratamentos e posteriormente em outra aula eles irão discutir um pouco
sobre cada tratamento com o intuito de elucidar sobre qual tratamento o mais
adequado para Clara.

25 de maio de 2021- Apresentação da sequência didática


No início da aula a professor pediu para que os grupos falassem como foi o
processo de escrita das sequências e falamos das dificuldades encontradas e, sobre
o quanto gostamos em fazer a atividade.
Após o meu grupo composto por Iara, Igor, Jaime, eu Janiele e José Gabriel
iniciamos a apresentação da nossa sequência. A apresentação foi bem tranquila,
fizemos uma divisão da apresentação de cada atividade, como havia cinco atividades
cada componente ficou responsável por uma.
Depois da apresentação houve uma discussão sobre o que os outros alunos e
professora acharam da sequência e, sobre as contribuições que eles poderiam propor
para o trabalho.
Assim foi discutido sobre se o título da sequência não ficaria melhor se fosse
uma questão problema, acredito que não pois a nossa problemática da sequência só
acontece na quarta atividade então não faria muito sentido, colocar a problemática da
doença de Clara como título da doença, pois esta não é uma problemática que vai
reger toda a sequência.
A doença de Clara é uma problemática na qual os alunos terão que aprender
sobre o conteúdo primeiro nas atividades anteriores para poder solucionar o caso.
Falou-se também sobre a questão de a sequência poder ser aplicada em dois
momentos diferentes, as duas primeiras atividades no primeiro ano e as últimas três
no segundo. Então falamos que a sequência foi pensada para uma turma de segundo
ano, na qual seria uma introdução ao conteúdo de ácido-base.
Foi discutido também sobre o quão interessante foi explorar de várias formas o
conteúdo. Estas foram as contribuições dos colegas de classe.
Sobre as contribuições da professora, ela falou que na atividade 3 deveríamos
trabalhar a questão de o ácido ser ruim ou bom da seguinte forma, devemos falar para
o aluno que não é questão de ser ruim ou bom e sim sobre a maneira que a substância
é utilizada. Concordamos com a contribuição e iremos fazer esta alteração na
atividade 4.
A professora orientou também sobre colocarmos na sequência a questão de
que a escolha do tratamento deve ser feita por causa da doença, o que apresentamos
na apresentação da atividade e não escrevemos na sequência. Ou seja, devemos
escrever na atividade 5 que se a doença de Clara foi causada pelo envenenamento
(ingestão exagerada de medicamentos), o tratamento mais adequado seria dos
biomédicos já que se trata de um envenenamento e o tratamento tem que ser o mais
rápido possível.
Já se a doença de Clara fosse causada pela ingestão de alimentos ácidos o
mais adequado seria o tratamento dos nutricionistas que seria a dieta com alimentos
alcalinos.

27 de maio de 2021- Apresentação da sequência didática


Apresentação do grupo de Jean, Aline, Ivana e Sisley. O grupo abordou em sua
sequência didática os acidentes envolvendo navios petroleiros, a apresentação do
grupo foi muito boa, gostei muito da temática pois ela possibilitou a
interdisciplinaridade de uma forma muito leve.
Após a apresentação do grupo os colegas apresentaram algumas contribuições
como, a partir das concepções alternativas dos alunos, como o professor irá direcionar
a atividade se os alunos não conseguirem compreender o conteúdo abordado.
Além disso, foi apresentada a ideia de que as políticas públicas poderiam ser
mais abordadas na atividade sobre, como a sociedade em si poderia se mobilizar para
cobrar do poder público um parecer e uma punição realmente adequada em casos
como a do acidente que ocorreu em 2019 no nordeste do país.
Questões voltadas ao meio ambiente são debatidos geralmente quando ocorre
um acidente como a do petróleo nas praias do Nordeste, porém com o tempo no nosso
país são esquecidas ou deixadas de lado. Então o que os alunos poderiam fazer para
que esse modelo fosse mudado para que as pessoas se esquecessem tão
rapidamente desses assuntos que são tão importantes.
Com relação às contribuições da professora ela relatou que os alunos poderiam
fazer as seguintes alterações: na atividade 1, não colocar que os alunos pensem nas
medidas pré contaminação, eles devem apresentar essa questão mais tarde em outra
atividade. A professora também solicitou que os alunos fizessem algumas alterações
nas questões da atividade 1 e 2 da sequência.
A sequência foi muito interessante, os alunos abordaram conteúdos de
diversas disciplinas, sei que trabalhar com a interdisciplinaridade é difícil, porém os
alunos trabalharam muito bem com esta questão.

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